Galhos

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⁠Vento de Outono

Os dias parecem iguais só que não,
As ventanias balança os galhos
As folhas caem sem direção
E o chão fica estampado de afeição.

Estou sentindo seu cheiro no vento,
Entra pelo nariz ,veias, pulmão e pensamento.
Você entra e sair como água de chafariz
Você cai como folha e alimenta minha raiz.

O sangue ferve nas veias como um vulcão.
E os hormônios entra por ti em erupção.
Quando o outono as folhas dança no chão,
você se tornar meu maior desejo e tentação.

É um presente tão bonito que as vezes corro o risco.
De não saber fazer o melhor por ti.
Te elogiar e sorrir ou sorrir e te elogiar
Duas faces iguais da mesma magia...

Eu desejo a sorte de ter você
Para antes de eu morrer
Escreve sobre nós dois no singular
Para falar a vida que valeu apena.

Permita a vida uma vez em cada estação
Num quarto de hotel a gente se encontrar por uma razão.
Perto de você tudo é mais que bom
Tu e eu um de alma e coração.

Ainda que a noite venha calma e sem ventania.
Imagine seu perfume se misturando com meu na maior harmonia.
Feito fogo e pólvora se explodindo por dentro de orquestra e sinfonia.
Nós abraçados ouvindo o barulho dos gemidos com pura alegria.

Sentir seu mel ser seu céu um livro de papel.
Conta nossas histórias proibidas.
e falar ao mundo que a única saída.
É continuar amando o essencial da vida. Um brotinho de ternura trazendo luz as minhas noites escuras.

Ósculo

Fortes são tuas raízes
Frutos doces, como mel
Teus galhos são copados
Agasalho, infinito, céu...

Limite entre o espaço
Que ocupo no teu abraço
Descanso, saciar...sonhar
Entre o chão e o infinito

Tens tu ó Ser
A magia do encantar
Tu abrigas a brisa o vento
Suave toque, a acarinhar

Como o bater de asas do colibri
Sinto o ósculo adocicado
O ar, a tocar a face, aromatizado
Teu bailado, ao redor
Polinizando, dança, encanta.
Faz sonhar.

⁠⁠Nem tudo na vida são flores, as vezes tem galhos secos com muitos espinhos. Dica: Ande sempre com uma tesoura.

Hoje senti a força dos ventos pela manhã, fortes e certeiros, os galhos das árvores e as folhas farfalhavam de um lado para outro, assim despertei.
Na pausa para meu almoço chegou a chuva intensa e rápida, num abençoar doce da energia da terra.
A Terra, as plantas logo absorveu aquele néctar puro e cristalino, nutrindo a sede que possivelmente sentia.
No meio da tarde para fechar o dia o sol intenso apareceu sorrindo, me saudando em alegria!!! Sorri... Saudei com gratidão a presença tão presente dos quatro elementos!
Estar na presença presente é sentir tudo acontecer de forma plena e segura! Assim é!!
É muita gratidão!

Menina de rua

Ela é gente, não é grande
É pequena.
Ela brinca, pula, corre, dança
E em galhos se balança
Ela nunca perde a esperança.
Por ela muitos passos calçados passam
Mas os passos dela são descalços.
Ela é frágil ela sonha ela tem esperança
E de sorrir nunca cansa
Mesmo embora sua alma chora.
Ela gosta de bonecas mas não as tem
Ela sente fome também
E guarda as migalhas
Que ganha de alguém.
Ela quer ser médica, cantora, engenheira
Ou veterinária...
Mas dorme sobre tralhas ofendida por Canalhas que a tratam com desdém.
Ela é frágil meiga e delicada
Mas seu espirito é tão forte quanto as
Marquises e pontes que dorme com
Outros aos montes.
Ela é filha mais não tem pais
Vive nas ruas adorando casais
E sobrevivendo aos natais.
Ela é carente ela é valente
Não ganha presente mas fica
Contente se ganha das gentes
Um pouco de paz.
Ela é humana humilhada sem
Ser amparada tratada como bixo
Procurando brinquedos
No meio do lixo.
Ela é um anjo jogadas a sorte
Esperando a morte ou quem
Sabe alguém que se importe
E a ela adote, lhe abrace bem
Forte, pergunte seu nome
E descubra o amor.

...a menina de rua encontrou um lar.

Seja como os pássaros, que ao pousarem sobre galhos frágeis, os sentem ceder, mas não temem. Eles sabem que possuem asas.

Seja como os pássaros, que ao pousarem sobre galhos frágeis, os sentem ceder, mas não temem. Eles sabem que possuem asas.

Em cima de galhos secos, uma pequena borboleta abre devagarinho as asas, florindo delicadeza.

ALVORADA NO CERRADO (outono)

O vento árido contorna o cerrado
Entre tortos galhos e a seca folha
Cascalhado, assim, o chão assolha
No horizonte o sol nasce alvorado

Corado o céu põe a treva na encolha
Os buritis se retorcem de lado a lado
Qual aceno no talo por eles ofertado
Em reverência a estação da desfolha

Canta o João de barro no seu telhado
É o amanhecer pelo sertão anunciado
Em um bordão de gratidão ao outono

A noite desmaia no dia despertado
Acorda a vida do leito consagrado
É a alvorada do cerrado no seu trono

Luciano Spagnol
Agosto/ 2016
Cerrado goiano

CREPÚSCULO NO CERRADO

Na tarde do cerrado, rubra o horizonte
Pulsa, nos arbustos de galhos tortuosos
O fim do dia. Em cheiros tão saborosos
No crepúsculo tropical, de poética fonte

Tudo, entre rútilos, vermelhes fragosos
Raspando a luz no seu total desmonte
Gerando sombras e enigmática ponte
No breu, vozeando coros lamentosos

A lua, se apresenta com seu alvo manto
Cercada no céu por um véu de casimira
Desenhando o anoitecer com ternura...

Dentre todas as criaturas, meu espanto
Por tão dadivoso encanto, que se expira
No fugaz beijo, inicia a noite, tão escura.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

sonolência

cerrado parado
tortos galhos sem vento
lento e ensolarado
sem movimento
o dia
preguicento
vai inventando nuvens em romaria

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
Paráfrase Mário Quintana

Bolero de inverno no cerrado

No cerrado, seco, o sol da manhã
Nos tortos galhos, o ipê, a cortesã
De um inverno, em uma festa pagã
Desperta o capricho do deus tupã
Degustando a aurora tal um leviatã

E numa angústia, o orvalho, num afã
Do céu azul, num infinito, de malsã
Craquela o dia no seu tão árido divã
Do duro fado, tão pouco gentleman
E tão árido, tal uma agridoce romã

E vem o alvor, com o frígido de hortelã
Bafejando poeira cheia de balangandã
Tintando a flora em um rubro poncã
Zunindo o vento tal um som de tantã
Num bolero ávido por um outro amanhã...
São gemidos, uivos, sofreguidão
Correndo pelo sulco do cascalhado chão
Emergindo desse pântano, ressequida solidão.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, 27 julho 2018
Brasília, DF

Tal qual galhos secos e rudes são as palavras desprovidas, de toda delicadeza. (taw ranon)

Inserida por TawRanon

minha alma perdida encantada pela a paixão...
morte sonho pensando dia e noite...
entre o galhos de pensamentos mortos...
sinto muito, mas... não faço parte do seu jogo...
sob a obscuridade tenho sonhos nos maiores tremores,
menos quando estou acordado vejo realidade...
verdade de dores numa síntese morfológica...
que nunca compreenderia o fato ser o que sou.

Inserida por celsonadilo

Eu faço arte logo, sou arteiro! Pratico a divertida arte de pular em poças d’água e subir nos galhos das árvores, aprendendo a conhecer a profundidade das poças e a resistência dos galhos.

Inserida por andresaut

Galhos finos nunca sustentarão ningém,
firma-te em algo que te proporcione uma raiz!

Inserida por maiconttamps

Flores nascem, flores morrem
Nos galhos aboletadas,
Sem ter ninguém que as socorre
Fenecem acorrentadas.

Inserida por PaolaRhoden

De tanto, quebrar-galho. Na minha árvore não brota mais galhos e nem dá mais frutos.

Inserida por ANTONIOCARLOSJARDIM

A dança das folhas
por entre os galhos
derruba as gotas,
gotas de orvalho.
O néctar da vida
escorre pelo tronco.
Da seiva à saliva
o natural equivale à sonho.

Inserida por JanisLana

É incrível como nós somos como árvores. As raízes é como nossas almas. Os galhos como cada membro da família. As folhas como sentimentos que juntas, formam o coração. As flores, cada amor, porque amamos muitas coisas nessa vida. E os frutos são como os frutos das nossas atitudes nessa jornada.

Inserida por matheusjosedasilva

O preconceito criou raízes no tempo, cultivou galhos sem frutos, consagrou a falta de respeito, desde então fatalmente todos são tidos como suspeitos.

Inserida por thaiannevenancio