Flor
CADÊ VOCÊ?
A seca é predominante
não tem uma flor plantada
a escola está distante
e a saúde prejudicada
sai e entra governante
e a pobreza é alarmante
nessa terra abandonada.
Mulher!
Obra prima do Criador!
É ao mesmo tempo
Forte como rocha
E delicada feito flor
É a criatura perfeita
Com suas imperfeições
É um ser completo
Repleto de emoções
A mulher é a pura beleza!
É Rainha é Princesa
E como tal
Deve ser reverenciada
Pois a mulher é tudo!
E sem ela
O homem não é nada.
De tanto cheirar a flor
O caracol fica com o seu odor.
Veludosamente se foi...
Levando nos olhos as suas pétalas
e deixando no caminho a sua marca prateada.
Às vezes, é necessário que a vida nos quebre em mil pedaços, para que, entre uma fresta e outra floresça o nosso jardim interno.
Sentimentos
O que darei eu pelo teu calor,
Minha vida ou uma flor,
Se de mais precioso
Eu lhe dei o meu amor...
Seja como for a minha dor
Neste frio desfavor
Que levou de mim o seu amor
É um tempo de momento que tem fim...
Estou perdido em sentimentos
Sem sentido e sem alento
Te querendo de momento a momento
Neste amor que é tão intenso...
E onde eu te encontrar,
No destino ou pensamento,
Serei inteiro sentimentos....
Edney Valentim Araújo
SONETO II
Tens pele macia
Como pétala de flor.
Em teu rosto,
Tens alegria e amor.
Parei um pouco a pensar,
Se algum dia,
Novamente,
Irei por ai lhe encontrar
Até agora,
Estou sem resposta
Nem sei o que dizer...
Em algum dia,
No futuro,
O mundo vai nos responder...
Viva Flor. . .
Brotei na barranca, morada minha
À beira das águas, contíguo à vereda
Guardo secretos segredos findas verdades
Sou feita de brandura, atenta e avivada
Me falta a voz, mas não sou mouca
Assim, nada digo aos passantes
Minha existência é breve em seu durar
Exalo olor mágico, para sequestrar atenções
Sou f lor frágil, aguerrida à beira rio
Admiro águas que passam peixes
Não conto horas corridas, nem as lentas
Amo garoas, brisas e ventos leves
Somo os minutos de minha eternidade
Conto estrelas, umas, mais que outras
Que flutuam acesas nas profundezas etéreas
Quanta paixão ainda há na leveza dessa ação?
Me arrepio ao beijo do beija-flor
Meu corpo treme, se arrepia. . . e nada entende
Sinto em cada curioso olhar, ser ternamente rara
Vivamente incontida, explodindo em amor de flor
Essa flor que cruzou meu caminho
tão bela que eu dei amor e carinho,
Mesmo eu sendo perfurado constantemente por seus espinhos.
A flor nasce de um botão de uma semente que caiu no chão, você me jogou um olhar que caiu no meu coração; este olhar nasceu , cresceu e deu no que deu: colhemos juntos a flor da paixão.
A mãe
A mãe é doce
como cheiro da flor,
que cheira oce
cheia de dor.
Que pinta o dia,
Para dar brilho,
que acha a melodia,
cheia de luz no trilho.
Como é feliz de esperar,
que a alegria chegue
com o amor de alegrar,
levando-nos a crer no que se.
Tão bom é ser feliz,
como flor no seu germinar,
doce como olhar de liz,
que ao céu fica a pairar.
É alegre de ver,
os brilhos dos nossos dias,
iluminados como o éter
que ao iluminar dá nos lias.
BORBOLETA (soneto)
À flor de lobeira do cerrado, azulada
Voa a borboleta erradia lentamente
De asas tal multicor do sol poente
Num dueto de um balé na estrada
É tão imponente e é tão refulgente
No horizonte rubro, em uma toada
Que hipnotiza o ver e mais nada
Doidejando o encanto da gente
Só a flor, o que importa, a ela atada
Somente! E ao seu redor indiferente
Onde ali, a vida se faz multiplicada
Neste valsar vaporoso e inocente
Do diverso do cerrado camarada
Borboleta em voo, é o belo ingente!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
A FLOR E SUAS PÉTALAS
Não seria eu a flor que sou,
Não fosse parte de mim que o vento levou!...
E levou para nunca mais voltar e outra vez formar
A beleza que existiu em mim. [A beleza natural de uma flor]!...
Mas as pétalas que o vento levou adornaram o coração de alguém
Que, na verdade, precisava da formosura de uma flor!...
Não mais tenho as pétalas que me faziam tão bela!...
Não mais tenho a beleza natural de uma flor!...
Sou um ser que o vento despedaçou, para que alguém
Encontrasse parte de mim e pudesse ser feliz!...
Sou uma flor que o vento reduziu, mas não subtraiu
A verdadeira essência do seu amor!...
Tenho vontade de ser, outra vez, “uma flor tão bela”,
Todavia... Não seria eu a flor que sou,
Não fosse parte de mim que o vento levou!...
AUTOR: Sivaldo Prates Ribeiro
AMOR DE BEIJA-FLOR
Lá fora, um beija-flor...
Um beija-flor esbanjando charme no ar;
De repente, ele encontra uma linda flor
E pergunta a ela se ele a pode beijar.
A flor não profere palavras,
Mas abana a cabeça dizendo que sim;
Suavemente, o beija-flor a beija,
Iniciando um namoro,
Que jamais terá fim.
A flor se sente rainha
Ao lado do belo beija-flor;
O beija-flor se sente soberano,
Beijando novamente
O seu lindo AMOR!
AUTOR: Sivaldo Prates Ribeiro
