Extremos
1. "A mente oscila entre extremos."
2. "Dias de euforia, noites de tempestade."
3. "Do riso ao choro em segundos."
4. "Luz e sombra no mesmo dia."
5. "Uma montanha-russa emocional."
6. "Nem sempre sou eu, mas sempre sou eu."
7. "A intensidade é minha rotina."
8. "Calma na tormenta, caos na calmaria."
9. "No topo do mundo ou no fundo do poço."
10. "Sentir tudo ou não sentir nada."
Sou de extremos, gosto ou não, amo ou odeio, sorrio e choro, gozo e decepciono... Não tenho medo de demonstrar sentimento verdadeiro. Tenho medo é de me tornar uma alma fria e congelar meu coração com as durezas da vida, das pessoas, e do mundo.
A alma sangra quando chora. Somente no frio dos extremos polos nasce uma nova aurora. Hoje deixei de lado a razão e me apeguei ao liricismo, quero viver um romance eterno com a vida, pois não existe outro sentido. Grito até que a boca escute os ouvidos, sou a gota da chuva que cai maias nunca acaba, encho mares riacho, rios e lagos, sou a tempestade e a chuva de verão. Nuvem carregada que alivia sua dor, depois eu sumo pra que o sol brilhe, a lua apareça, como pode o universo dentro da cabeça, enuanto na Terra vivemos por dinheiro, vicie-se de outro jeito em outra galáxia do universo, quem é o mais correto? Me livro da escolha que induas a erros e acertos, morrendo.
Gente intensa está sempre nos extremos, com elas não tem meio termo ou é 8 ou 80. Por isso sou assim:
Ou estou chorando por tudo ou estou rindo por nada. Ou sou barulho ensurdecedor ou silêncio absoluto. Ou sou calmaria, brisa mansa ou sou vento forte, tempestade.
E quando não sou amor, da cabeça aos pés sou saudade.
"Eu, que não sendo nada, afinal sou tudo... porque os meus extremos , encontram-se nos equilibrios dos meus absurdos."
PECADO SACROSSANTO
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Foste minha versão de afeto extremo
sem extremos dos quais me arrepender,
nau e remo num mar de calmarias
anti-ouvidos, olhares e suspeitas...
Minha cega esperança em colo amigo,
confiança irrestrita e desarmada,
meu antigo segredo sempre novo;
emoção que o silêncio manteria...
Um ingênuo pecado sacrossanto
entre gestos contidos, conscientes
das correntes e cercas abstratas...
Eras minha saudade do futuro
em um porto seguro que não tive,
mesmo assim ancorei minha ilusão...
MEDO PATERNO DO MUNDO
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Sempre me guardo em cuidados extremos e profundas incertezas nas questões relacionadas a filho. Tenho todas as seguranças do que digo, penso e faço em outras áreas, mas me desarmo nesse ponto. Deixo de ser vidente ou mago, e não encontro aquele velho estribilho de se cantar aos quatro ventos, que tudo que será o que for; que tiver mesmo que ser.
Nessas questões de filho, me dá um medo instintivo do mundo. Meu amor me faz inquieto; não se acomoda no coração que há muito não bate por mim. Meus conceitos paternos antiquados ferem a última moda. Não seguem esses padrões que ditam os afetos desapegados, ressequidos e práticos inerentes aos tempos que atravessamos.
Perdido no tempo, acredito na infância guardada pelos medos honestos de quem tem filhos. Na criança mantida em sua justa idade. No amadurecimento agregador de valores que ninguém aprende sem critérios essencialmente humanos. Aposto mais na qualidade afetiva e presencial do que nas técnicas frias e remotas da educação prática e desapegada.
Tenho a mente fechada para questões de filhos. Os filhos meus e os do mundo. Não consigo ver sem espanto a criação dispersa e a terceirização. A proteção vazada e a confiança extrema no caráter e na intenção do outro em relação às nossas crias. Meu coração aberto não consegue vencer minha mente fechada nessas questões relacionadas a filhos.
Porque eu sou feita de extremos;o dia e a noite,a vida e a morte,o prazer e a dor.Por isso o que está no meio disso já não serve para mim,ou seja,você não serve para mim pois você nunca foi bom,delicado ou ao menos se importou comigo.Nem mesmo me odiou para dizer a verdade,não gastou seu tempo tentando me irritar.Apenas foi indiferente.E é isso que não basta para mim,esse amontoado de dúvidas empilhados num ser humano;você.
Sou de extremos. Quando sinto pena de alguém, sou emplumado como o pavão. Mas também, quando não sinto, sou mais depenado que filhote de papagaio.
BAIXADA FLUMINENSE
Demétrio Sena, Magé - RJ.
É na baixada fluminense que os extremos se encontram. Inferno e céu. Às vezes, inferno é céu. Outras, céu é inferno. Por isto somos um povo que sabe andar na corda bamba. Viver no limite. Dançar conforme a música. Um povo de clichês ou saberes levados ao pé da letra porque a vida, no caso específico, a nossa, exige.
Como temos áreas de risco e de sossego, temos dias sossegados em áreas de risco, e dias arriscados em áreas de sossego. O poder público nem percebe a diferença, porque despreza a baixada fluminense. Gosta de mandar, mais do que propriamente legislar ou governar, pois é bom negócio, mas despreza. Evidentemente, sem desprezar os resultados materiais de seus cargos.
De risco ou sossego, em todas as áreas da baixada fluminense há gente viva. As ruas fervilham, as casas comerciais vendem, as pessoas conversam nas esquinas. Umas riem, outras choram. Pobres e ricos têm a mesma cara, níveis culturais parecidos, e o preconceito que se tem é cada um de si mesmo, como se fosse do outro. Olhos nos olhos, eis o nosso espelho e as reservas que trazemos dentro de nós.
Do céu para o inferno e vice-versa, é o nosso vai e vem casa-trabalho, trabalho-casa. Casa-escola, escola-casa. Vida-morte, morte-vida. Nós próprios nos governamos, representamos, e às vezes até fazemos nossa justiça, mas ainda assim elegemos os que fingem cuidar de tudo isso, porque a lei, que nunca está do nosso lado, reza que devemos fazê-lo, e nós, diferentemente, sempre estamos ao lado da lei.
Se vivemos, é porque nossa vida se multiplica, depois de todas as mortes às quais somos expostos. Se temos esperança é porque ela, sendo a última que morre, tem o dever de nos esperar depois de cada baque. Somos corporativistas anônimos. Amigos ocultos. Inimigos-amigos quando “o bicho pega”.
Na baixada fluminense todos somos um. O todo se condensa mais e mais, para ser escudo. Nosso orgulho se perde por orgulho, na solidariedade. Somos a baixada geográfica, em alta na autoestima, mesmo quando parece não haver motivo. Se nas demais bandas cada um se oculta em paredes de cristal, o povo da baixada se expõe, se encontra, se arrisca e risca os traços do destino sonhado.
Temos força, porque temos o hábito da obrigação de ter. Trazemos nos ombros o peso do oceano, e sobrevivemos aos tubarões que fingem ser daqui, por interesses políticos e financeiros. Sendo baixada fluminense, vivemos abaixo do nível do mar, mas a onda não nos leva... nem morremos afogados.
RECONSTRUÇÃO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Reatar meus extremos e voltar pra mim,
dar começo ao meu fim pra caminhar de novo,
pra caber no futuro a partir do presente
que desmente o passado ao resgatar meus grãos...
Exalar do morrer que não se quis assim
e da minha omelete refazer um ovo,
desenhar a minh´alma na folha da mente
para o corpo caber entre as linhas das mãos...
Vou cair de mansinho dos voos que dei,
transgredir essa lei de só seguir além,
ser liberto por crime de sã consciência...
Consertar uma história que não tem conserto,
pôr enxerto no tronco daquela verdade
que me pede mudança e preciso atender
AMORES ETC
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Desisti de trocar o meu tudo por algo,
meus extremos por meios – caminhos ou termos,
ter carinhos enfermos pelo bom humor
com que dou este afeto sem cabresto e muro...
Aprendi a temer os temores de mim,
ficar longe do longe, calar pro silêncio,
dizer sim ao jamais que recheia o talvez
do sorriso velado, a palavra espremida...
Já não quero pairar no vazio de alguém
para quem tanto faz ou às vezes até
tem um quê de bem-vindo que logo evapora...
Quero caso de amor, amizade ou acaso
que não seja forçado, por sinais de aviso,
a ser tímido e raso como precaução...
ESSÊNCIA, GARRAFA E ROLHA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Tenho aqueles extremos, indesejáveis pra muitos, da confiança incondicional, desarmada, irrestrita, ou a desconfiança cega e sistemática. Da entrega ou do rapto de mim mesmo; a doação infinita ou a mais cerrada sonegação do meu todo, porque doar ou sonegar pela metade não completa os meus princípios.
Quem quiser minha essência, terá de sugá-la inteira e também acolher o frasco, pois são inerentes os meus lados. Minha cara não presta sem a coroa, e vice-versa. Sempre vou com fundo e superfície aonde quer que eu vá... e para quem quer que eu vá. Meu carinho não é diminutivo. Se não adoro, detesto, e se não atesto, jogo imediatamente fora. Nunca deixo para fazê-lo depois.
Foi assim que fui com você, que poderia ter sido assim, ou simplesmente o avesso, comigo: confiei sem escudo nem armadilha... entreguei sem freio... doei sem fim... fui essência, garrafa e rolha... tudo em um. Você não tinha o direito de se forjar e corresponder pela metade, à minha plenitude que morreu nos braços da ilusão de sua coplenitude.
Nenhum ecossistema é capaz de sobreviver aos extremos, afinal de contas, em terras de Max Rockatansky e Skynet, não existem seres irracionais como fonte energética.
Nunca pense que seus pensamentos serão a solução de extremos vulcões em erupção de imaginários sem noção numa bi multidão de mega dimensão se ter é melhor do que te faz acontecer, se é a mente ilusão ou o corpo sensação que comandam alguma subordinação.
Os extremos de uma vida, religião, opinião ou preconceito, destroem relacionamentos, vidas, acaba com o mundo.
Tanto o calvinismo como o
new-pentecostalismo são danosos à fé cristã. Os dois são extremos do Evangelho. O calvinismo é a demonização do homem e o
new-pentecostalismo a sua divinização. Portanto, os dois posicionamentos são desequilibrados e heterodoxos.
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