Escrevo
Tudo que escrevo sobre o amor é verdadeiro... vem do coração ...vem da alma. É um amor que ainda resiste... como chuva de verão!
Por favor, não me julguem, pois não sou escritora, tampouco historiadora. Escrevo porque as palavras escoam pelos meus dedos e se jogam na folha branca e vazia. Não me julguem, sou apenas uma mulher cavando em meu coração, traçando minha jornada na linha da vida. Neste momento, sinto uma dor indescritível, mas sigo em frente. Preciso processar meus sentimentos, pois sinto que estou enlouquecendo aos poucos.
Será que alguém lê o que escrevo? Não me preocupo, sabem por quê? Tô nem aí para as críticas negativas, até porque não me afetam. Acho que te toquei, né? E as positivas? Obrigada! Tenham uma vida longa e feliz. 🥰
Escrevo porque gosto e me sinto livre. É uma paixão que me liberta. As letras desfilam para mim como crianças, transformando palavras em versos adultos. Elas são minhas confidentes. São amigas que dançam, conversam e se divertem comigo.
Escrevo pensamentos por generosidade muitas vezes sem a devida atenção e correção sintática e ortográfica. Ora por aproveitamento da ideia que flui em um hiato e ao mesmo movimento para aproveitar o tempo hábil que tenho para escrever, afinal minha equipe desde o principio é diminuta de três - Deus, minha estrela e eu. Sendo assim, quando meu pensamento for bom mas assassina a nossa bela língua portuguesa, me corrijam generosamente também, por favor.
A poesia é o ato de fato, que falo, faço ou escrevo do jeito próprio que se quer com rimas perfeitas ou palavras inventadas.E o poeta é todo aquele ou aquela que se incomoda ou pela própria natureza das incertezas já nasceu e cresceu incomodado.O poema não é triste nem alegre o tempo inteiro mas existe e persiste por que há um incomodado.
As "babaquices" que escrevo, me aliviam o coração.
Pobres os babacas que guardam as babaquices pra si só.
Pobre da babaquice enclausuradas em seu coração.
Mais babacas ainda são, os que deixam as babaquices encalacrarem o coração.
Deixa eu te mostrar meu verso
Porque sou poeta
e toda lágrima ou sorriso eu escrevo
Deixa eu mostrar meu universo
Feitos de manhãs e madrugadas
As namoradas que eu pensei que tinha
Só me trouxeram desertos
As namoradas que eu jamais terei
De longe eu as amo
As namoradas sem amores são todas minhas
Quando perco uma destas namoradas
Pra alguém eu me alegro
Porque elas perderam um amor ausente
Mas terão paixão por perto
CRIANÇA
Enquanto eu não escrevo o verso
eu não me reinvento,
Porque ao contrario do que penso,
Eu sou sistemático e perverso,
Enquanto eu não escrevo
o poema eu não aconteço
Porque o silêncio e uma granada
Assim como a própria terra
espera o seu tempo pra explodir
Por isso antes de mais nada
me da teu seio
Como se eu fosse uma criança
Me da a esperança
De acreditar e prosseguir
Isso completa a minha estrofe
Depois eu ateio fogo em Roma
E ponho a culpa em Nero...
LEVE NOÇÃO
Tenho a leve noção de como
Deus se sente quando escrevo um poema...
E se chove meteoros,
Eu os transformo em pétalas de açucena,
E se formam tsunamis,
Eu já velejei por vagas abismais,
Américo, descobrindo continentes,
Meus versos as vezes plácidos,
As vezes impertinentes ,
Minhas estrofes perversas,
Sádicas, de verbos ateus,
O que eu não sei de Deus?
Não saberia de mim mesmo,
Conheço o Pai, o Filho e o Santo Espírito,
Sou feito imagem sua e semelhança,
As vezes nasço criança em Belém,
As vezes me crucifico em Manaus,
As vezes pensamentos maus,
Me fazem Herodes e Judas,
Trucidam recém-nascidos,
Entregam seus amigos,
Condenam inocente, crucificam um santo...
Até que esta criação me dá a leve noção
De ser um pouquinho Deus...
PARALELEPÍPEDO
Escrevo um poema num caroço de arroz,
Escrevo teu nome no meu navio de papel,
Onde navega um paralelepípedo apaixonado,
Jack sparrow e seus asseclas em busca de aventuras
E tesouros inimagináveis nalguma ilha misteriosa...
As lembranças mais doces que eu tinha,
Rimavam com jiló
Hoje sou um pirata pirado nesse mar imenso,
Nos pergaminhos das minhas saudades
Escrevo o silencio das minhas agruras,
Bando de surdos e mudos fazendo muito barulho,
Conversando sobre maremotos e temporais,
No triângulo das bermudas
Femeeiro mencionando transas’ memoráveis,
Escravos em fuga para um quilombo,
Na terra do nunca e do nada,
O meu poema no caroço de arroz,
Menciona uma noite clara,
Uma clara manhã, uma tarde clara,
Uma claridade vinda de santa clara,
Vinda de santa Clareana, com seus cabelos de fogo,
Com seus cabelos azul turquesa,
Com seus cabelos de turmalinas,
Com seus cabelos negros como a asa da graúna
E nesse oceano tem esquadras armadas,
Submarinos nucleares, cruzadores e porta-aviões,
E o meu barquinho de jornal,
Veleja incólume nessa incongruência,
Este paralelepípedo...
Esse mar imenso, piratas...
O momento que escrevo nunca será o presente. A vida presente, o momento presente é um conceito abstrato que não existe em estado bruto, ou é passado ou futuro!!!
Quando escrevo poema espero que sua letra rasgue a alma. De tanto sangrar libere o encanto: poesia.
"ESCREVIDÃO"
Demétrio Sena- Magé
Chego ao fim,
se não escrevo;
me comprimo, anulo,
congelo e travo...
é por isso que me atrevo
a dizer: eu não escrevo...
eu escravo.
Respeite autorias. É lei
Enquanto escrevo tem um cachorro deitado ao lado do gabinete. Fiel e adorado. Estamos em paz. Isso é ter sucesso.
Não escrevo
para agradar
a ninguém,
Para o poeta
escrever já é
a tão almejada
vantagem,
Escrevo para
contar sobre
fatos sem
conexão com
o General,
Mas que fazem
parte do que
vem ocorrendo
na Nação dele;
Porque para ele
só peço mesmo
é a libertação.
Se o quê levou
o General
a prisão foi
uma única
mensagem
em questão,
Já deveriam
ter pedido
ajuda ao relator
da liberdade
de expressão;
A vida pede
de todos nós
desembaraço
e compaixão.
Faço-me eco
da voz da irmã
que nada sabe
do General
há um mês,
Só se sabe que
ele se encontra
incomunicado;
Por favor, mesmo
que as minhas
palavras para ti
nada representem,
Peço que me
ouça gentilmente
e colabore,
Não nos deixe
em dúvida se
ele se encontra
até mesmo
não mais vivo,
Porque mesmo
distante aqui
há um coração
que por ti sente.
