Eco
A paz e o silêncio da consciência, fazem o mais gostoso barulho, o puro eco só dos seus pensamentos.
Abrir um livro é deixar chegar ao seu ouvido o eco de algum coração, a sabedoria de alguma alma que eternizou nas palavras a intensidade de um momento que viveu...
E eu
Indiferente à sonolência da língua
Ouço o eco do amor há muito soterrado
Encosto a cabeça na luz e tudo esqueço
No interior desta ânfora alucinada
Desço com a lentidão ruiva das feras
Ao nervo onde a boca procura o sul
E os lugares dantes povoados
Ah meu amigo
Demoraste tanto a voltar dessa viagem
O mar subiu ao degrau das manhãs idosas
Inundou o corpo quebrado pela serena desilusão
Assim me habituei a morrer sem ti
Com uma esferográfica cravada no coração
O relógio marca o tempo e dita o ritmo da vida; talvez o vazio que você sente hoje seja o eco de alarmes que você julgou importantes, e que agora se manifesta no prato vazio e na ausência de alguém que você jamais imaginou perder.
Tic-tac...
som simbólico da passagem, eco constante que nos lembra que o agora é tudo o que temos antes que o tarde nos alcance.
O Eco das Nossas Decisões
Toda decisão, por mais insignificante que pareça, carrega em si o poder de moldar o nosso caminho. A partir do momento em que fazemos uma escolha, somos lançados em um mar de consequências, obrigados a conviver com os desdobramentos que ela traz. Algumas dessas consequências nos envolvem como um cobertor quente em uma noite fria, confortando-nos com a sensação de que fizemos a coisa certa. Outras, porém, surgem como tempestades inesperadas, desafiando-nos a encontrar forças e resiliência.
Viver com as consequências das nossas escolhas é, de certa forma, um processo contínuo de autoconhecimento e aprendizado. É nas adversidades que realmente descobrimos do que somos feitos, aprendendo a levantar após cada queda, a sorrir depois de cada lágrima. As consequências ruins nos ensinam a sermos mais cuidadosos, mais ponderados, a valorizar as pequenas vitórias e a apreciar as belezas do caminho.
No entanto, reconhecer os nossos erros é um sinal de verdadeira humildade. Saber pedir desculpas e, mais importante ainda, estar disposto a reparar o erro quando nossa escolha prejudicou alguém, são atitudes que não só restauram a confiança, mas também promovem o crescimento pessoal e a harmonia nos relacionamentos.
Por outro lado, as boas consequências nos lembram de que também somos capazes de tomar decisões acertadas, de trilhar caminhos frutíferos e de construir histórias memoráveis. Cada sorriso, cada momento de paz e realização, reforça a importância de seguirmos em frente, mesmo que o futuro seja incerto.
Assim, viver é um constante balancear entre o que escolhemos e o que nos é apresentado. Cabe a nós abraçar cada consequência, seja ela boa ou ruim, com coragem e gratidão, sabendo que é através dessas experiências que nos tornamos quem somos.
O Ser Divino que Mora em Mim
No silêncio da alma, um eco desperta, um sussurro que dança entre sonho e vento. Não é palavra, nem verso, nem canto, mas pulsa vivo, ardente, sedento.
Ecoa suave no peito trêmulo, como rio que abraça sua própria nascente. Não há templo, altar, ou promessa, apenas o instante, puro, presente.
Choro e riso são sua canção, a voz que vibra no coração. No amor, na dor, na brisa esquecida, Deus se revela na própria vida.
Quem ouve, sente; quem sente, vê: Deus não se esconde, Ele também mora em você.
Nos dias cinzas, a chuva é meu eco frio, um sussurro da cachoeira que conheci, onde mente e céu choram juntos, e a tristeza vira um abraço silencioso.
AMOR SEM ECO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Um gostar dissolvido em névoa e véu;
disfarçado no céu de minha voz;
uma chama escondida que não chama
e me leva pra cama só comigo...
Meu amor se declara pra si mesmo,
minhas mãos te procuram nos meus cantos,
onde os mantos de minha solidão
chocam sonhos que nunca darão crias...
Tenho via de fato sem saída,
servidão que não serve um horizonte,
velha ponte quebrada noutro extremo...
É assim que meu mundo anseia o teu;
céu de ateu que não crê, só por despeito;
eu te odeio de amor ignorado.
MINHA NOVA LEI
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Decidi que o que sinto requer o seu eco
e que não me darei ante a mão recolhida,
doravante não peco por sonhar sozinho
nem mergulho no caos ao encontro do nada...
Meu olhar quer espelho nos olhos de alguém,
quero chama por chama como troca justa,
nunca mais vou além do sentido que faça
esperar que um afeto me faça viver...
Decretei que suporto sentir solidão;
jamais foi o meu fim me acomodar comigo
e não perco meu chão porque não sou amado...
A partir da partida que repete a dor
deste amor que renasce como nunca sei,
minha lei é gostar um pouco mais de mim...
SEM ECO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Nem saudade resiste ao menosprezo;
ela morre por falta de respostas;
quem a nutre sozinho sente o peso
do silêncio de cruz em suas costas...
As lembranças despencam das encostas,
quando escalam com sonhos indefesos,
onde havia esperanças restam crostas
de sentidos que agora estão obesos...
O que houve de bom fica sem chão,
feito bicho de brejo no sertão,
como rio que um dia ficou seco...
Foi assim que murchou meu sentimento;
minha massa incruou sem seu fermento,
pois a minha emoção ficou sem eco...
QUEM ME AME
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Já não quero seu eco
me devolvendo a seco
o que me soa infame...
Não quero mais alguém
que me ame também...
desejo quem me ame.
O ECO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Foi amor infinito; sei que sim,
mesmo havendo ficado no caminho;
teve um fim que não teve, porque é
um espinho florido na saudade...
Seus efeitos ficaram no meu ser;
nas lembranças que a mente quase toca;
numa toca secreta nas entranhas,
no viver entre os panos do passado...
É amor que disfarça que se foi,
pra que o tempo não ache o ponto fraco;
não aumente o buraco entre nós dois...
Fomos tudo que ainda sou por nós,
trago a voz das promessas que trocamos
e a faço ecoar no meu silêncio...
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