Coleção pessoal de ania1

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Embriaguez...

No breu das madrugadas,
no silêncio das coisas,
teimo te encontrar e divago...

...e do passado te trago
e em saudades naufrago...

...e em versos de amor me alago
e neles, ainda te venero e afago...

...e no silêncio das coisas,
de vãs e tolas esperanças
então, me embriago...
(ania)

Avessos...

Em avessos me fiz, fios e fios desfiei
e prá ti, só pra ti, me doei...

Foi tanto de mim...tanto, tanto...

E foi tal o descaso que portas tranquei
e num casulo me enrodilhei...

...e ali em silêncio, fiquei...

E nem tentei, os fios juntar
e nem tentei me reconstruir,

e nem tentei me resgatar...
(ania)

Ecos da solidão...

...e quando com teus silêncios
minh'alma decorei

(e foram tantos e tão doridos
e tão profundos os teus silêncios)

que de brumas e breus me vesti
e em nostalgias então, me recolhi...

...e a solidão ecoou, ressou, gritou
e em mil sons, explodiu em mim...

...e foi então que em prantos,
mágoa e desespero constatei
que apesar da tua indiferença,
do teu cruel desprezo
ainda assim,
de ti não esqueci...
(ania)

Em minha insanidade tenho a ilusão de que possas ainda, mesmo distante, ouvir meu coração...

...e a noite se fez lua,
se fez saudade tua...

Sinfonia de nós dois...

Quero a surpresa do sussurro
no arrepio que arrebata,
entorna, alastra, derrama...

Quero o êxtase do frêmito
que na pele aflora e vibra,
abala, espalha, esparrama...

Quero a sedução que ecxita,
incendeia, explode e então,
se faz sinfonia de quem ama...

sinfonia de nós,
sinfonia em nós!
(ania)

Me encanta tudo aquilo que me tira o chão...
tudo aquilo que me tira da realidade...
tudo aquilo que me faz sonhar...
(ania)

Ainda tua lembrança...(soneto)

Há no ar certo cheiro de maresia,
Na bruma, toques de irrealidade,
Na brisa, um tanto de nostalgia,
Em mim...solidão, fragilidade...

Nas ondas, um vaivém de melancolia,
No horizonte, laivos de saudade
Sentimento, que as vezes, acaricia,
Em outras, traz dor e infelicidade...

Nas pesadas nuvens, um tom cinzento,
No imenso mar, sonhos naufragados
Na branca areia, pela espuma, espalhados...

Olhar ao longe, na direção do vento,
Na alma, mágoa e desesperança,
No coração, ainda tua lembrança...

...e a vida segue, sempre tão sem sentido...

De vez em quando...(soneto)

De vez em quando vem a saudade
De um tempo que era só de nós dois,
Quanto carinho...quanta ansiedade,
Toques ...beijos...e o gostoso depois...

De vez em quando vem a lembrança
De mãos a procura...louca urgência
Em lençóis de seda... nossa dança,
Saciando...um do outro, a carência...

De vez em quando, ainda, sinto no peito
Tua ausência...insana vontade de te ter
Aqui...preenchendo o vazio do nosso leito,
E noite a fora, no teu corpo, me perder...

De vez em quando, mas não tem jeito,
Eu juro que tento, de você, esquecer...

Criei tantos sonhos que só eu "vivi"...em utopias, me perdi...

Tudo me fala em ti...até as pedras que ferem meus pés no meu tão solitário e triste caminhar...

Dói-me demais...

Dói-me demais a saudade
de beber teus sorrisos,
de me refletir em teus olhos,
de me embriagar no teu cheiro,
de me esconder entre teus dedos...

Dói-me demais a saudade
de te habitar...

Nem Sempre...(soneto)

Nem sempre os dias são de azul imenso
E nem todas as noites, enluaradas
Há dias tristes, de cinza chumbo, intenso
E noites de trevas, luzes apagadas ...

Nem sempre a brisa recende a incenso
Nem estrelas brilham enfeitiçadas
Há vezes que até o ar se torna denso
E as estrelas, se escondem, atordoadas...

Os ventos, nem sempre, são alvissareiros
Não conseguem ser, só bons mensageiros
E o sol, nem sempre, o frio da alma, espanta...

Manhãs, as vezes, nascem com nevoeiros
Modificando todos os roteiros
Dos sonhos que o coração, acalanta...

...essa brisa que vem do mar (depois de tanto tempo) ainda me traz você...

...o silêncio brinca comigo...me alucina...solta meus medos num grito vazio sem eco...sem nexo... na solidão dos meus dias sem você..

Lembranças são sombras

que perseguem...que não se afastam...

que arrastam de volta,

não deixando esquecer...

Horas mortas...

Será que naquelas horas mortas,

aquelas de solidão ( solidão que até tu tens),

consegues ouvir os gritos da minha solidão

que chama por ti?


Então, retorne sobre teus passos e me faça

de novo sorrir...

Meus olhos te vestem de amor e danças, leve, em meu pensar...

É hora de olhar o horizonte...De trilhar estradas, de cruzar a ponte...É hora de seguir adiante...