Distraído
Triste
Encontrei-te triste, calada em uma
poltrona sentada, olhando o céu
distraída.
Ao teu lado fiquei, porém não me viste.
Alguma coisa o teu pensamento indagava,
via-se no rosto, a ansiosa expressão.
Nos teus olhos, as lágrimas apontavam,
e tu punhas a mão sobre o coração.
Afastei-me em silêncio, não quis perturbar
o teu recolhimento, afastar-te de algo
importante ao teu eu interior.
Como te amo muito, em mim ficou gravada a
dor que havia em tua expressão, esses lindos
olhos cheios de lágrimas e distantes, e de
tua mão sobre o coração.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Hoje eu vi você.
Estava sozinha, distraída, ausente, mas quando você passou, eu o vi. Num ímpeto me levantei, gritei seu nome, acenei, mas você só passou!
Passou rápido! Deixou seu cheiro no ar...
Não me conformei. Estabanada, procurei a chave do carro, nem sequer coloquei o cinto de segurança, primeira marcha, e parti! Parti atrás de você...
Você já estava longe... Acelerei!
Meu coração disparado, meus pensamentos em desordem, só sabia que tinha visto você!
Nem sei se queria falar com você, ouvir sua voz, não sei se tinha alguma coisa a lhe dizer ou se você teria alguma coisa a me dizer! Mas eu o vi, e não resisti...
É sempre assim, não é mesmo? Na hora tudo se resolveria, pensei. Na hora, quando os olhos se encontrassem, as mãos se tocassem, o corpo falaria...
Você virou a esquina. Virei também... Você continuava de costas. Eu continuava a te seguir, agora devagarzinho...
Você parou. Eu estacionei.
Minha voz estava embargada. Não conseguia dizer seu nome. Então, te toquei... Um toque leve, sutil, carinhoso...
Você se virou para mim. Virou-se e não me reconheceu.
Continuei sem dizer seu nome. Se não saíra antes, muito menos sairia agora. Depois de tudo o que vivemos, você não sabia de quem eram aqueles olhos que insistiam em querer te levar a resposta à boca!
Era eu! Seu amor! Seu grande amor! Por que não me reconhecia?
Só que você continuava assustado, arredio, como se não entendesse absolutamente nada do que se passava ali...
Um outro homem passou à minha frente. Também vi você.
Olhei para o outro lado. Lá vinha você outra vez!
E lá dentro do carro, no semáforo, você sorria para mim!
Mais confusa ainda, dei meia volta, te deixei ali parado, atônito, e sem qualquer explicação, voltei para casa.
No caminho, encontrei outros de você, apressado, falando com outras pessoas, abastecendo o carro, comprando uma cerveja, ao telefone, questionando um auto de infração, sorrindo...
Mas hoje eu vi mesmo você!
Quando chegares (fico imaginando),
tu me acharás fingindo que versejo,
distraído nas teclas martelando
um soneto, umas linhas, um bosquejo.
Quando chegares (já nem sei mais quando
disseste que virias... meu desejo
de te rever vai, célere, aumentando),
quando chegares, pedirei um beijo!
Quando chegares, te direi, voz alta,
que senti brutalmente tua falta...
Estás chegando...céus! Que faço agora?
Chegas... e eu fico tímido e perplexo
e falo, mas as frases nem têm nexo...
Tu te aborreces e te vais embora!
SE estilhaçou.
Caiu em pleno estado de ser.
Sem nome,
Apenas sendo.
MUITO distraido,
Imaginando estar longe,
Emissário perdido,
Corrente de vento
Que bate, que leva
O pedaço de tempo
Marcado, escondido
Do lado de dentro,
Nascendo amanhã,
Escorrendo.
Tremendo de medo e de paz
Num intervalo surdo e liberto.
hoje estava andando pela rua e vendo pessoas distraidamente vivendo suas respectivas vidas,e parei pra pens... ARRRRRRRRRRgh, na verdade não é nada disso que eu quero fala, só tava tentando começar... o que na realidade eu quero é: EU QUERO É VOAR, mas além disso eu quero que você voe junto comigo,rodar o mundo, ver tudo de cima e rir alegrimente falando "aquela pessoa é uma formiga, daquelas bem pequeninha haha, e nos estamos num lugar tão alto". Sim eu quero fala bobagens, porque a vida não é tão feliz sem essas pequenas bobagens que compõem nosso dia a dia.
Tá bom agora eu cair, VoAr?? uma coisa impossivel.
-não, você tem asas e eu posso pegar tua mão e realizar este lindo sonho. depende da gente querer.
agora vamos cantar a felicidades juntos, que enghaw o q? cbjr, nem pensar! e simple plan? esqueça.
a musica será cantanda e escutada em um simples e singelo olhar.
e adorada apenas por nós dois.
Os professores dizem que eu sou distraída e a minha mãe fala que eu sou mandona e de fato, odeio quando as coisas não saem do meu jeito e não tenho mais escolhas a não ser chorar.
Pensamento!
E hoje eu distraído viajando em meus pensamentos onde só habitava o meu querer por você. Eu ficava ali parado enfeitiçado, só a te olhar. Imaginei e criei um pretexto para poder ir correndo te encontrar, te abraçar. Já sentia aquela sensação de ser uma lembrança de alguma vida passada. Sua voz em meus ouvidos soa como o canto dos passarinhos ao amanhecer. Como se minha vida só tivesse sentido ao cruzar com a sua. E continuei distraído e cada vez aumentando mais o meu querer por você...
Vez ou outra
perco-me por aí ,
abstrata, distraída...
Duvidosa,
carregada de um mar negro
afundo ainda mais...
E por pouco,
muito pouco
esqueço-me de quem sou...
Suplico-te, amor,
não deixe os meus passos confusos
o caminho é árduo sem ti
.
.
.
Posso dizer que viver presa nessa película invisível me tornou forte. Que a sorte me tornou distraída a ponto de não me importar com ela. Que o vento me mostrou que a leveza das coisas encontra-se na parte pesada que se deixa libertar. Que os dias me mostraram que as dores são remédios cheios de contra-indicações. Que há sempre cura para o coração que bate por uma causa. Que não há tempo que explique como os sentimentos se libertam todos loucos procurando seus respectivos donos até descobrirem que nunca existirão donos. Que os sentidos, às vezes, falam mais bonito que as palavras dos tão valorizados sentimentos. Que o mundo é realmente um moinho e que toda esta lama um dia te suja de alguma forma, não adiantando tentar vestir branco o tempo inteiro. Que aqueles que não te dizem muito, podem te ensinar muito sobre você em silêncio.
No teto você dança uma canção distraída, adormece pelas quatro pontas do quarto, faz das cortinas edredom.
Tenho medo de entrar na sua casa, ficar tonta, não saber acompanhar seus passos, girar de cima até o chão.
Te procuro então por aqui em tantos textos, rabisco diariamente umas quatrocentos imagens nossas através de palavras.
Ainda me esforço para emendar o cansado órgão com versos pesados e retalhos do que restou da sua quase despedida.
E se um dia distraídos
Nossos olhares se cruzassem
E você enfim notasse
Como seria viver sem mim?
Será que você pensaria
Duas, três ou quatro
O que seria a vida
S não me tivesse aos lado.
Ao lado só é fácil estar
É cômodo, agradável, engraçado
Mesmo se a dúvida pairar
Você sabe que é amado
E se eu do nada perceber
Que sou muito pra você
Você me deixa ir,sair?
Você se deixa ficar?
Sou uma mulher,
um pouco menina.
Desastrada,
Distraída,
Esquecida,
Notávelmente constante.
Mas, também
Sou amiga,
Sincera,
Leal,
Generosa.
Tento ser e dar o
Melhor de Mim Sempre.
Procuro por Amigos,
Momentos,
Alegrias,
Paz.
Sou assim quase sempre
Normal e Feliz!
Jardineiro bobo do regador novo. Distraído, esquece o principal. Esquece as flores. Sem elas, ele não é jardineiro, e o regador é nada.
DE REPENTE
De repente, a gente se dá conta que estava distraída e tropeçou.
De repente, a gente se dá conta que a própria vida se desgovernou.
De repente, a gente se dá conta que as coisas não deram certas, mas que tentou.
De repente, a gente se dá conta que o duelo foi provocador, mas acabou.
De repente, a gente se dá conta que foi vencida, mas lutou.
De repente, a gente se da conta que para não morrer de tédio é preciso se salvar.
De repente, a gente se dá conta que a música que toca não afaga mais.
De repente, a gente se dá conta que era importante e agora está demais.
De repente, a gente se dá conta que não dá para voltar atrás.
De repente, a gente se dá conta que está na hora de ir embora, que o melhor,agora, é dar o fora, porque a gente também não aguenta e nem quer ficar mais.
ANIMAL FERIDO
Sou o improvável por detrás da cortina da neblina que me sublima. Distraída morro nos versos desconexos que me alucinam e que devoram as minhas horas sem rima. Corro em disparada em direção ao infinito, carregando, no meu dorso, a minha carga e soltando talvez o meu último grito de animal ferido. A luz do sol queima a minha pele e abre os meus poros. Banho-me no sal do meu suor na tentativa de aliviar a dor de minhas feridas expostas. A minha boca está seca, a língua rachada, tenho fome, sede e febre alta. Estou exausta. Antropofágica, devoro a minha própria carne e sacio a minha sede bebendo no oásis de minhas próprias lágrimas, com furor. Como uma corredora, no deserto de minhas fragilidades, vou em frente. A brisa que sopra acaricia o meu corpo quente e o deixa dormente, abstraído de sua condição. Neste exato momento, sou toda coração e para cumprir mais essa etapa, cuja única meta é conseguir chegar ao final da estrada, libero o que sobrou de mim para vibrar no ritmo de sua pulsação.
E todas as dores somem quando me lembro do teu rosto distraído, olhando pro nada ou pra mim; da tua boca me falando qualquer coisa; do teu olhar me insinuando bobagens; das tuas feições quando sorri; do beijinho roubado depois de uma briga. Dos teus abraços, o que acalma, afaga, e o que esquenta. É o melhor dengo, carinho , abuso , voz, cheiro! É o melhor de mim.
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