Coleção pessoal de elias_borges_de_campos

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⁠como assim, pedes um poema e não esperas que o parto seja a fórceps?

⁠O bom poema é como descascar uma bergamota subtraindo-lhe a casca muito fina, com a gentileza de não lhe ferir a polpa.

HIC ET NUNC

O que é
que muda?
O lugar ou
a gente?
De onde
retornamos?
Quem é
que volta?

⁠E o que é a poesia senão o retrovisor de um carro em baixa velocidade rebobinando o filme de nossas vidas?

⁠Caladão, casou-se com a mulher certa. Ela só conversava quando estava dormindo.

⁠fracasso é uma pausa pra aprendermos a fazer direito.

Ah, professor, com seu giz vais colorindo sonhos pálidos de todos os dias.

⁠Há um momento em que o carvão coagula as palavras no papel. O mineral atingiu o poema.

⁠Ela me queria ponte para um lugar seguro. Meu grafite só desenha abismos.

⁠Paixão é um cesto de najas à espera de um vacilo do flautista.

⁠No final, somos pote de mel trincado na prateleira, silenciamos gotejando memórias.

⁠O poema que me invade, está amarrado à dor de ontem.

⁠Distraídos com a película de horror, estamos sempre contando com a felicidade do último biscoito num pacote que já saqueamos completamente.

EUTANÁSIA

Exausta pensou: se dou comida ele excreta, se dou água ele urina......

Meio-dia,
hora mais
tímida
da minha
sombra.

No casarão, ele, de um silêncio aterrador e um gato com olhar de interrogação que desaprendeu a miar.

Não se engane, o pior pacóvio um dia irá lhe criticar.

Atirar-se para o conflito com sucesso, saindo da zona de conforto, exige tempo de reflexão, o mesmo de descompressão de um mergulhador.

Furtava, mas devolvia as calcinhas que vestia os varais do residencial sem o forrinho.

O Brazil não consegue mais secretar sua bílis. E o saco de vômito está cheio!