Disputar uma Pessoa
Uma mulher ignorada, independente do motivo, não estará contigo quando você quiser que ela esteja, independente do motivo.
Uma das coisas que aprendi na estrada é que as chuvas são iguais às nossas lutas. Algumas exigem que você pare e espere, outras que você as enfrente, e saia, inclusive, bem à frente. Mas ambas passam. Mais cedo ou mais tarde, passam.
Não é insegurança o que sente um(a) amigo(a) quando se recusa a competir contigo, seja em qualquer área da vida. É amizade, pelo menos até aceitar que a recíproca não é verdadeira.
Quer saber qual o sinal infalível de que uma mulher não está feliz no relacionamento, na profissão, na sociedade em geral? A perda da vaidade, vaidade de se arrumar para si mesma, sobretudo!
Se perdeu a coragem de se admirar ao espelho, perdeu a alegria.
É só.
A maturidade nos livra de pelo menos uma causa mortis e nos acrescenta outras tantas. Sinceramente eu me sentia mais viva quando acreditava que poderia morrer de amor...
Eu sou uma fraude da poesia, porque dos poetas, tenho somente as dúvidas...
Não sei se meus sonhos ultrapassam as fronteiras do mundo, ou se meu mundo não suporta a imensidão dos meus sonhos. O fato é que eu preciso das palavras para sobreviver! Ah, se eu me contentasse tão somente com minhas palavras...
Eu sou um infinito de personagens inventados desde o momento em que pude compreender a grande farsa que é ser apenas mais um ser humano normal...
O amor supera a distância e não se curva ao tempo. No entanto, a ausência da pessoa amada pode transformar em pedaços sonhos de amor que jamais serão reconstruídos...
E se eu escrevo o que sinto, é que a palavra tem o condão de me retirar do abismo em que por vezes me encontro...
Durante todo o tempo eu quis extrair verdades que eu julgava existir, talvez por ter aprendido ser a mentira a grande mola propulsora das relações...
Não vale a pena enfrentar uma mulher em fúria! Se os homens soubessem que um simples abraço resolveria...
Nada é mais cruel que testemunhar a própria felicidade se escapando por entre os dedos...
Com o tempo, descobri que não é possível abraçar o mundo inteiro tão somente com o meu abraço...
E pela primeira vez ela superou o medo de se olhar ao espelho. Ela era linda! Era perfeitamente possível se apaixonar outra vez...
Do amor verdadeiro não se exige renúncia que implique sofrimento...
O que uma policial admira em um colega de profissão? Profissionalismo, sobretudo aliado, intrínseco, quase nunca separado da gentileza. Outras mulheres podem ter fetiche pela farda ou talvez pela "sensação de proteção", dentre outros, mas um policial que mantém a gentileza em um ambiente que invariavelmente o molda para o contrário, é de uma masculinidade invejável! É quase irresistível... ❤️
Meu sonho é me apresentar a uma dessas pessoas que ficam com plaquinhas de nomes nos aeroportos, esperando as pessoas.
- "Oui, Julie Dubois. Enchantée!"
E vou. Sei pra onde não.
Sábado, dia 22 de maio de 2022.
O telefone toca.
Do outro lado do Atlântico, uma voz embargada pergunta:
- Você sabe o que aconteceu com o Nilton?
As mãos ficam trêmulas, a respiração acelera, a boca seca e ainda assim é o lugar pelo qual o coração tenta desesperadamente sair do corpo.
- Mataram o Nilton! - responde a voz, entre lágrimas, depois que percebeu um silêncio que gritava por socorro do outro lado da linha.
- Mataram o Nilton! - repetia a voz na tentativa que acreditássemos naquela piada sem graça.
- Mataram o Nilton! - insistia.
Só três dias depois entendemos o motivo pelo qual nao acreditamos naquela triste notícia.
Três dias se passaram e continuamos a não acreditar, afinal, que monstro faria mal a uma pessoa como você? Que tipo de lixo humano seria capaz de nos tirar esse sorriso? Que espécie de animal nos tiraria sua companhia, sua amizade, sua leveza, sua generosidade, sua alegria e determinação em viver e fazer os outros viverem?
Três dias se passaram e nós ainda nao acreditamos que voce se foi, mas descobrimos que você tem irmãos espalhados por todo o mundo!
Nesses três dias a Lu recebeu inúmeras mensagens de pessoas, e todas disseram que perderam um irmão, porque é exatamente isso que você é e continuará a ser: O irmão que o nosso coração escolheu! Daí, meu amigo, se o nosso coração te escolheu como irmão, não há violência que te leve das nossas vidas!
Podem dizer o contrário do outro lado da linha! Podem noticiar os fatos pelos quatro cantos do mundo! Você vive, ainda que a gente saiba que nas viagens não vai te ver mais chegar com flores de uma senhora de 80 anos, com a qual você passara toda tarde a faze-la sorrir! Muita falta vai fazer, mas isso não significa que você nao estará lá, então, até a próxima viagem, nosso amigo-irmão!
Te amamos.
Te amaremos, sempre, para todo sempre!
#justiçaporNiltinho
#justiçapeloNilton
#justiça
#violência
Existe no Brasil, sobretudo atualmente, uma intolerância combinada com ignorância e mau caratismo que levou racistas, homofóbicos e demais seres rastejantes em empatia a um lugar no qual se sentem confortáveis em ali estarem. Perderam, orgulhosamente, a humanidade.
Alguém que eu admire, que não me faça travar uma luta homérica para confiar, e que não exija aplausos por ser confiável. Sê-lo não é um plus, é o mínimo.
Se você realmente magoar um(a) taurino(a) e depois pedir desculpas, ele(a) vai te mostrar todas as fragilidades que tem, te perdoar e te excluir definitivamente de sua vida.
Na estação, em Bruxelas, uma voz em francês, depois seguida do neerlandês e inglês, orienta para o cuidado entre o vão do metrô que acaba de chegar.
À porta, provavelmente para sair, meus olhos se cruzaram com outros que não souberam muito o que fazer, e pareceu -me desistir do que faria.
Eu adentrei o metrô, acomodei-me um tanto quanto incomodada com a imagem que acabara de ver, e não consegui deixar de olhá-lo, agora pela vidraça, enquanto algumas coisas corriam à minha mente, à mesma velocidade e barulho de tudo o que se misturava ao reflexo dele.
De repente ele foi para a porta de saída à minha frente.
Todo meu corpo manteve-se inerte, exceto os olhos teimosos.
Ele correspondeu-me o olhar e quando abriu a porta para sair, eu sinceramente não sei qual o problema dos meus olhos, mas estes só se conformaram em não mais procurá-lo quando ele desapareceu à minha direita.
- Mon Dieu, me abana! - pensei e talvez tenha feito o gesto com as mãos. As duas.
Só sei que alguns segundos depois, tempo que fora suficiente para que ele voltasse ao mesmo metrô, minhas mãos também pararam na mesma posição (de abano), porque contrariando toda a inércia masculina europeia (e eu gosto disso, da inércia), sentou-se ao meu lado a imagem que me fizera fazer o que raramente faço: deixar alguém ir se dos meus olhos.
Mas aí pronto.
Face enrubescida, mãos à abanarem ainda mais, um calorão da porra, embora fosse início da noite, e ele a tentar entender aquela cena, mais desconsertado que quem só agora conseguiu vos falar.
É que emudeci-me.
E-mu-de-ci-me! Merda!
- Vous ne parlez pas français?
- Ãham?
- English?
- Ãham?
- Espagnol?
- Ãham?
Putz! E as mãos a abanarem, o rosto cada vez mais vermelho, a boca cada vez mais muda, ele cada vez mais desesperado, e eu também, ambos pelo mesmo motivo: por eu não conseguir falar!
- Desolé, Désolé, Désolé - levantou-se, abriu a porta na próxima estação, e saiu, ainda a falar: Désolé, Désolé, Désolé, como se tivesse cometido o maior e o mais espúrio dos pecados…
E lá fiquei eu, desolada, a lamentar não ter agarrado os braços daquele 1,80 cm, cabelos pretos, olhos da mesma cor e pequeninos, boca carnuda, sorriso lindo, barba muito bem feita, vestido numa camisa branca, uma calça jeans e um despretensioso tênis, pelo menos até eu conseguir reaver meu raciocínio!
Àquele momento eu ia a uma festa de aniversário de uma amiga, e como sempre, a festa seria regada muita bebida acóolica.
O problema é que agora já estou de volta à mesma estação de metrô, há bastante tempo, um tanto quanto cambaleante, e ele não reaparece! Já conversei em francês, inglês, espanhol, italiano, árabe, doguês com as pessoas, e nada…
Eu só queria, enfim, dizer a ele que "Oui, oui. Je parle français!"
Era só isso…
Putz.
Mas c'est la vie!
E eu sigo no que eu faço com maestria: assustar os homens, de um jeito ou de outro! Uma pessoa desse tamanho, e lá da Mara Rosa…
Não me conformo com isso, viu!
Somos como uma árvore florida! As tempestades da vida podem até derrubar nossas flores e folhas, mas se nossas raízes forem fortes, as folhas renascem ainda mais verdes e bonitas e na próxima primavera nada é capaz de nos impedir de florir de novo.
Não deixe de confiar nas pessoas por que uma delas traiu sua confiança, mas tenha confiança que um dia você pode encontrar alguém em que possa confiar.
Se eu fosse uma deusa eu arrumava a felicidade
Colocava dentro de uma bomba atômica
Acionava a reação de fissão
E proliferava no espaço.
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