Disputar uma Pessoa
É uma alegria ler um poema, sim, mas quem o lê com verdade sabe que por trás de cada verso há um abismo. O poeta canta porque não pode calar a dor; ri, porque não suporta chorar sempre. A sua alma criativa é um reflexo da crise, um espelho partido que devolve a luz em estilhaços de beleza. Que importa que o poema brilhe, se foi forjado nas trevas? Que importa que a palavra dance, se quem a escreveu mal se sustenta em pé? A obra é a fuga, o grito abafado, o sorriso que se desfaz no rosto antes de chegar aos olhos. Lemos e sentimos o êxtase da criação, mas esquecemos que o criador muitas vezes se consumia na chama que nos aquece. A arte é o suicídio adiado, o último suspiro antes do naufrágio. E, no entanto, quanta luz brota dessa escuridão! O poema é alegre porque a tristeza, quando pura, já não sabe nomear-se. E nós, leitores ingênuos, bebemos do veneno como se fosse mel, sem perceber que a doçura vem do mesmo fruto que envenenou o poeta. Mas não importa. A obra está acima do autor, e a beleza sobrevive ao caos que a gerou. Ler um poema é conversar com um fantasma que ainda não sabe que está morto, e, nesse diálogo, ambos, vivo e espectro, encontram uma paz que a vida lhes negou.
Entre a Luz e Ideias
No silêncio da alma, uma dúvida floresce,
Traiçoeira e sutil, como sombra a espreitar,
Ecoa em Shakespeare: "Medo de arriscar,
Nos faz perder o que poderíamos ganhar."
Caminho entre luzes de fé e de amor,
Um mandamento antigo ressoa no ar,
"Amem uns aos outros", a voz ecoa,
No coração sincero, a verdade há de morar.
Na busca pela vida, onde a existência é rara,
Pergunto ao mundo, o que significa viver?
Oscar Wilde sussurra: "Apenas existir,
É o destino de muitos, mas viver é florescer."
Quem é correto, nunca há de fracassar,
Suas pegadas na terra, lembradas serão,
Pois a justiça é uma chama que arde,
Na trilha da vida, um eterno clarão.
Nada há encoberto que não venha a revelar-se,
Nem oculto que não venha a saber-se,
Entre luzes e ideias, sigo o caminho,
Na esperança do porvir, onde a verdade há de brilhar.
Mas quem não se ama, não sabe amar,
Perdido nas sombras, sem luz para dar,
Enquanto eles riem por serem iguais,
Eu rio de volta, por trilhar outros sinais.
- Notório Jhow
Viver plenamente é uma escolha que poucos fazem. A maioria apenas existe, seguindo o fluxo da vida, mas viver com propósito exige esforço e coragem.
Vivemos sob a sombra de uma vida que nunca chega a começar, perseguindo um ainda não que se desloca infinitamente. A sensação de estar atrasado não é fruto da escassez de tempo, mas da impossibilidade de habitar o presente, sequestrado pelo fantasma das possibilidades não realizadas. A gente vive com a impressão de que está sempre correndo atrás de algo que sequer começou direito. Um atraso crônico para uma vida que nunca nos foi entregue por completo, apenas esboçada, nunca habitada. O sujeito contemporâneo não sofre por falta de liberdade, mas por seu excesso, uma liberdade que se transformou em obrigação de otimizar, experimentar, abraçar infinitos eus potenciais. O problema não é a quantidade de opções, mas a crença de que precisamos experimentar todas elas para ser felizes. Essa exigência nos fragmenta. Cada possibilidade que se abre exige um eu que se adapte, que performe, que justifique. Estamos esgotados não pela escassez, mas pela abundância. A ilusão da autonomia absoluta esconde uma verdade mais cruel: escolher não é sobre ganhar, mas sobre perder. Cada decisão é um luto pelas vidas alternativas que não serão vividas. Escolher não é decidir o que se quer, é aceitar o que se vai deixar para trás. É reconhecer que cada caminho traçado é um adeus silencioso às paisagens não percorridas. Mas estamos nos tornando incapazes de dizer esse adeus. Temos medo de fechar portas. Só que quem vive tentando manter tudo aberto, não entra de verdade em lugar nenhum. A multiplicidade de opções não nos liberta; nos paralisa. O menu infinito não amplia a existência, mas a esvazia. Por trás do fetiche pela experimentação total, há um pavor mudo ao compromisso, à irreversibilidade da escolha. Tem algo em nós que desejaria não decidir, como se a não-escolha nos protegesse da dor do arrependimento. Mas isso vai nos matando aos poucos, com uma overdose silenciosa de tudo. Porque, no fim, o excesso não nutre; entorpece. O neoliberalismo nos vendeu a ficção de que podemos (e devemos) ter tudo, mas a realidade é que a felicidade só emerge quando aceitamos os limites, quando nos permitimos ser finitos. Essa sociedade produz não vencedores, mas perdedores glorificados, indivíduos que interpretam a hesitação como sabedoria e a acumulação de possibilidades como libertação. Mas estamos criando, na verdade, uma geração de perdedores, de pessoas para quem a vida é uma porta fechada. Não por falta de chaves, mas por excesso de entradas possíveis. A overdose de opções é um sintoma da miséria espiritual de nossa época. O arroz com feijão do cotidiano, o ordinário, o repetitivo, nos apavora porque exige entrega, exige que paremos de correr atrás do próximo estímulo. Feche o outro cardápio. É só outra versão do mesmo prato, apresentado com verniz gourmet. No fundo, é a vida pedindo presença. Mas estamos ausentes, de nós, dos outros, do mundo. Quem insiste em manter todas as portas abertas condena-se a ser eterno espectador de si mesmo, um turista da própria existência. Uma vida cheia de possibilidades, mas sem entrega, acaba rasa. A verdadeira liberdade não está em ter infinitos caminhos, mas em caminhar por um deles, e pagar o preço. No fim, quem vence não é quem tem mais opções, mas quem consegue escolher... e bancar essa escolha.
De nada adianta falar a língua dos anjos em uma ilha deserta onde seus ouvintes serão apenas as pedras e os animais. Observe sua plateia e respeite seus limites, não é todo conhecimento que serve a todo ouvinte.
A gente já vem para essa vida com a possibilidade de ser nossa melhor versão
Não seja uma “vítima” na sua própria história, por bagagens que sua atual consciência herdou.
Não se entregue pelas dificuldades se assumindo como vítima. Não se limite apenas em ser melhor que ontem e sim em ser sua melhor consciência, sua versão inocente mas que orgulhosamente teve uma vida extraordinária evoluindo essa e outras gerações.
A vida eh como um jogo de xadrez comigo mesmo, a cada desafio novo ou antigo vencido, descubro uma nova habilidade!
Para de competir com os outros, eh uma competição que você nunca vai ganhar! às vezes você vai achar que você perdeu, porque as pessoas são diferentes, de lugares diferentes, situações diferentes então, teoricamente você vai estar sempre sendo mais prejudicado, e quando você achar que você foi melhor… vai ser uma falsa vitória pois vai lembrar que tbm tem pessoas diferentes, lugares diferentes, então foram prejudicados comparados a você! Porque se começar a competir de verdade seu único adversário é você mesmo, o que você tem, o que você pode ter, todo mundo também pode, a única coisa que todo mundo não pode é ser quem você eh! Se você adora competir toda hora, se comparando com os outros, está querendo ganhar mais que o outro, está querendo aquilo que o outro tem, então pega todo essa energia e coloca pra você. agora começa a competir com você mesmo, cada dia após dia ser melhor do que você foi ontem, essa é a única, única… competição justa! e é a única que você tem chances de ganhar… e só depende de você.
(Ser melhor a cada dia, basta você acordar e não repetir o que errou ontem… sem fazer nada, soh se não repetir os mesmos erros de ontem… adivinha? Vc eh melhor do que ontem.)
Tem dias que estou meio pensativo e logo penso… “sou uma formiguinha nesse universo”
Mas logo me vem a realidade e percebo… Ainda preciso crescer muitoooo para ser essa formiguinha.
Se um dia precisar conversar com alguém, plante uma árvore, e fale com ela. como tantas pessoas na vida ela só vai te ouvir, contudo não irá te estressar, apontar o dedo, e muitos menos sentir -se superior a você, pelo contrário ela ao longo de seu crescimento irá te proporcionar abrigo e sombra pra você descansar quando quando sentires exausto.
...a esperança
escatológica em Cristo
é uma realidade
já presente e antecipada
no dom do Espírito,
porém, ainda futura
na iminência
da esperança do Reino
que virá
em sua plenitude.
Dito isto, garantimos
a expectativa
perseverante da esperança
que anuncia: o Senhor vem.
É o brotar de uma rosa pequena,
Brota de uma tenra raiz.
Nos cantos antigos anunciada,
Fruto de Jessé prometido.
A rosa, pequena e frágil,
abre-se à luz
Com o frio do Inverno
Na escuridão da noite
Rosa, tão pequena,
Enche-nos
do teu doce perfume.
Com o teu brilho claro
Afasta a escuridão.
Verdadeiro homem
e verdadeiro Deus,
Auxílio na nossa dor
Que vens para nos libertar
do pecado e da morte
Ó Jesus!
Que a tua ajuda nos acompanhe
Até à sala do banquete
Do Reino do teu Pai,
Onde para sempre
te louvaremos!
Senhor!
É o que te pedimos.
Eu tenho meus dias de sim
Eu tenho meus dias de não
Um suspiro na noite
Uma solidão
Que aperta e prende
Meu coração.
Eu tenho meus dias de lua
Eu tenho meus dias de sol
Uma manhã que clareia
Outra dor que lateja
Talvez um amor me deseja
E me beija
Como flor de cereja.
Eu tenho meus dias de inverno
Eu tenho meus dias de verão
Uma tempestade de neve
Um vento quente de ilusão
Um cachecol de vento
Um sopro de vida
Que sim e que não.
Eu tenho meus dias de luz
Eu tenho outros de escuridão
Brilho de estrela que cega
Um coração de cristal
Uma alma de poeta
Que respira
E de perfume transpira.
Eu tenho meus dias de raiva
Outros de toda gratidão
Um dia de dor
Outros de viva paixão
Muitos só de alegria
Tantos de solidão.
Eu tenho meus dias de lágrimas
Tantos de risos e alentos
Sonhos dourados de amor
Pesadelos de loucas insônias
Desvarios, cansaço e perdão
Tem dias que sou flor
E outros que sou só rebentos!
Sonhei um dia que eu era
uma rosa cor-de-rosa,
perfumada e bela.
Do alto da minha juventude
olhava o jardim e me sentia
uma rainha que tudo sabia.
Até o dia em que descobri
que meu colibri havia
ido beijar outras flores
em outros jardins.
Via minhas pétalas caírem
uma a uma e me entristecia.
Quando um duende verde
e saltitante apareceu e disse:
Ó Rosa! Não olhe só para si.
Veja suas flores e seis espinhos.
Cada um deles é um filho,
uma canção nas cordas
do seu violão,
um sonho a ser realizado.
E pela primeira vez senti
que não existe fim,
apenas um reciclar de vidas,
e não era a primeira.
Olhei de novo e vi
que eu não era só aquela rosa.
Eu era a roseira inteira.
Eu tinha uma sensação muito interessante na água.
E de alguma forma podia fazer uma correlação
com a carreira com
a qual sonhava: eu podia
senti-la, mergulhar nela,
flutuar sobre ela,
mas não podia retê-la
nas minhas mãos...
Ou talvez a água seja o símbolo de mim mesma.
Nada pode me deter, me reter,
transformar ou moldar.
Posso ficar em qualquer
recipiente
por algum tempo,
depois viro onda,
transbordo
como enxurrada
ou rodopio e caio como
a chuva de verão,
que às vezes
pode virar tempestade tropical,
carregada de raios e trovões.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp