Destino Amor
O frio não é freio nem feio,
Às vezes pode até ser ilusão.
No frio, o vinho desafia o destino,
Criando um calafrio que flui, em conexão.
E nesse arrepio, o calor desperta,
Quando o vinho aquece, a alma acerta e o amor liberta.
Nossas escolhas moldam nosso destino, mas não o determinam. Há um propósito maior por trás de tudo que acontece conosco, uma vontade soberana que nos conduz para o bem. Essa é a graça de Deus, que nos alcança mesmo quando erramos, que nos perdoa mesmo quando pecamos, que nos liberta mesmo quando sofremos as consequências de nossas próprias escolhas. Essa é a obra de Cristo, que se manifestou na plenitude dos tempos, para nos reconciliar com Deus e conosco mesmos.
Laços do Destino
Nas margens do destino, eis que se encontraram,
Dois corações inquietos, pelo acaso abraçados.
Um olhar trocado, um sorriso partilhado,
Iniciaram a jornada, em um amor entrelaçado.
Era um encontro de almas, um elo transcendente,
O universo conspirando, em harmonia crescente.
Como folhas ao vento, dançavam os sentimentos,
Em sincronia perfeita, entre risos e lamentos.
Nas madrugadas serenas, ao luar prateado,
De mãos dadas vagueavam, no caminho traçado.
Os segredos compartilhados, entre suspiros e beijos,
Era a essência da vida, o alimento dos desejos.
Os dias se tornaram poesia, alicerçados no afeto,
Cada momento vivido, um tesouro, um afago, um segredo.
Nos olhos um do outro, encontravam a paz,
Nas palavras sussurradas, o amor se refaz.
As estações se sucediam, mas o sentimento não mudava,
Um amor constante, que o tempo não apagava.
Nas adversidades do mundo, juntos se fortaleciam,
E na cumplicidade dos gestos, a eternidade sentiam.
Que seja esse amor eterno, como o sol no horizonte,
A luz que ilumina, a força que confronte.
Que sejam as lembranças, uma canção que embala,
E que a história de amor de vocês, sempre encante e fala.
Que esses corações vibrantes, sigam juntos na jornada,
Construindo um paraíso, na realidade encantada.
E que a cada nascer do sol, renovem os laços,
Nessa bela história de amor, repleta de
traços.
Que seja um amor inspirador, a transbordar de emoção,
Que encha os olhos, faça o coração bater acelerado,
Arrepie a pele, sopre na alma e, unidos, possam voar em uma só direção.
Éramos dois barcos, um só destino, e a imensidão do oceano parecia pequena diante da grandeza do nosso amor.
Destino.
Parou de girar
o Mundo
Quando você me olhou
Me fez sonhar
A noite estrelada no céu
E o mar
Puderam me ver apaixonar
A lua me entregou
A magia do amor
Não há quem arranque de mim
Você é meu sonho lindo, minha ilusão
Esperei te dizer
Facilita eu entrar no seu coração
Não acredito em destino
Penso que cada um faz o seu
Mas este encontro inusitado
Confesso: me surpreendeu
Eu havia bebido em excesso
Meu Deus, quanto retrocesso
Depois nada me rendeu
Estava eu de mudança
Cuidando de tudo sozinha
Precisava de internet
Aqui na minha casinha
Combinei um horário legal
Nove horas não estarei mal
Eu vou estar boazinha
Depois de tudo combinado
Vieram aqui trabalhar
Às nove horas em ponto
O porteiro ligou pra avisar
Estava em estado vegetativo
Meu corpo já tinha morrido
Sem forças nem pra levantar
Preciso abrir a porta
Pensei com zero energia
Fui lá atender o povo
Com nada de simpatia
Eu só queria dormir
Ou tomar algo pra reagir
E sair daquela agonia
O povo ficou sozinho
Pensei comigo: Oh lasqueira!
Estava deitada e ouvindo
Aquela conversa maneira
Queria ter sido solícita
Mas a desnutrição era explícita
Dormi a manhã inteira
Depois que tudo passou
Pensei em me redimir
Comentei o status dele
Mas logo me arrependi
Apaguei o comentário
Fui arrumar meu armário
Se precisar estou aqui
Respondeu ele do outro lado
Desculpa: mandei sem querer
Fiquei toda atordoada
Sem saber o que ia dizer
O papo foi logo fluindo
A ficha também foi caindo
Meu Deus! O que vou fazer?
Do nada ele sumiu
Parou de me responder
Fiquei foi logo com raiva
Espera que tu vai ver
Apaguei foi logo o contato
Igual a bicho do mato
Nunca mais você vai me ver
Mas a situação se transformou
E com ela voltei a conversar
Entre encontros e desencontros
Senti medo de me apaixonar
Mas depois me tranquilizei
E com outros olhos á avistei
Agora somos dois a sonhar
OUTRO ALENTO ...
Encontrei-te em um desejo tão divino
E o destino das emoções nos levaram
Pela mão da sensação, em um desatino
Que no peito afáveis sentidos brotaram
Outra estrada, outro sonho, descortino
Os poemas descontentes se alegraram
Pirralho como menino e de novo a pino
Pois, as invocações ao amor positivaram
Antes, a poesia, sem ousadia e a esmo
Compartindo a tristura comigo mesmo
Via cada trova marcada com torpe pó
Agora, alentado por teus gentis cortejos
Teus beijos, tenho motivo, vivas e festejos
E já não amargo, atrofio e nem sorrio só! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26/01/2021, 05’45” – Triângulo Mineiro
Seja a minha luz
Seja o meu caminho
Seja a minha vida
Seja o meu destino
Seja a minha força
Não me deixes andar sozinho.
Nós não podemos nos perder ...
O destino fugiu de ter lavras
Nos rabiscos de nosso amar
O que ficou em meias palavras
Podemos escolher o recomeçar
Quero ainda de te saber
Tenho fome desta vontade
Satisfação de poder te ter
Por total, não só metade
Se último for este passo
Levando-me ao início do fim
Saudosar-me-ei do teu abraço
Mas antes, brandarei pra valer
Na voz do poetar, a ti saber:
- nós não podemos nos perder!
(é amor! e amor tem que viver!)....
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 de maio de 2010, 10’00” - Rio de janeiro, RJ
Entre o karma e o destino, nossos caminhos se cruzaram em uma tarde de domingo. Hipnotizado pelos seus olhos castanhos brilhantes, minha alma reconheceu a sua em cinco segundos. Eu sabia que era jogo perdido e que não adiantava lutar: a paixão estava anunciada na maneira que o meu coração batia freneticamente e nossos beijos eram como oráculos sussurrando que o amor estava vindo e não havia para onde correr.
O tempo, mestre dos destinos, deveria saber que lhe colocar em minha vida viraria meu mundo de cabeça pra baixo. Agora só ele, o tempo, pode dar as respostas que tanto preciso.
É divino
É divino
É o único meio de nos salvarmos
É o que une as pessoas
É o destino e nossa remissão
Grande falácia dos que gozam dele
Não pressupõe a redenção e a angústia
Ou evoluímos pela dor ou pelo amor
Mentira
O destino do amor é a dor
Em seu pote de ouro descubro a indiferença
Você criou Deus para amar associando o apenas a qualidades
Para que esse amor não seja questionado
Para que esse seu maior amor não se prove dor
E exige que eu ame os humanos
Tão superáveis em seus defeitos
Imersos em soberba e ilusão
Dançando a coreografia dos enganados
Drogados em um delírio social
Amai ao próximo, Ele disse
Já era de Seu conhecimento o caminho de pedras dessa prova
Averiguei entre meus botões que
o espetáculo se encerra quando, de tanto sangrar, o amante desbotou, findou-se
Agora ame o imperfeito
A deformidade de caráter
O desarranjo de estima
O suicida
A persona non affidabile
A desequilibrada
O falido dos anos 80
O adoecido que rasteja perdido
O prófugo de sua dileção
Aquele que nunca devolverá a mica
Você pode viver em busca da fortuna
Pode até querer morrer se falhar
Mas o que mais te rasgará a alma será o amor
Romantizem a família, a união, a igreja, a caridade, a saudade, a morte e a vida
Sempre tem um derrotado para acreditar
Eu, não
Se um dia um parvo romantizar o amor em minha presença
Dou lhe lágrimas e brado desesperado
Coragem para enaltecer o mais cruel dos sociopatas
Aquele que te jura abrigo em cárcere privado
Aquele que acaricia atravessando sua fortaleza
Que te jura sigilo aos segredos para que ele mesmo os use contra você
Que ludibria uma, duas, três…
Tudo em seu nome - em nome do amor
Seria ele tão carrasco
Ou só profanam teu nome?
Não sei
Pois até esse instante fiz sofrer e sofri
Pensando que era amor
Será que eu não sei o que é amor ou
Seria ele essa lástima em minha vida?
Tem como amar errado?
Pronto, já podem voltar a romantizar o amor
Sem sua dor e loucura não vejo sentido na existência
Mesmo sabendo dos efeitos colaterais
Abusamos dessa droga
Burra, burra, burra…
Das duas metades são repletas de mais do mesmo
E ele gera entrega, cegueira e afeição
Promove empatia patológica e perdoa aos prantos
Meu medo é que seus fiéis costumam se matar
Mas se alguém descobrir por mais do que viver
Me avisem
Destino cruel
Colocou você em minha vida
Acendeu a chama do meu coração
Me deixando apaixonado
Juro que não fui eu o culpado
Você roubou meu coração, fez juras de amor
E como o vento partiu
Deixando a dor da saudade
Nesse coração que me arde.
Maria Ferreira Dutra
