Desaparecido
Onde será que se escondeu?
Talvez tenha desaparecido
Ou, quem sabe
Nem tenha existido.
Talvez fosse eu que quisesse acreditar
Naquele sonho de criança
De que nada iria acabar
Mas acaba.
Até o sentimento mais profundo
Se modifica
E as pessoas que mais amamos
Não podem ficar.
Onde será que foi parar
O papai noel?
E o coelhinho da páscoa?
Talvez estejam ocupados demais
Ou fui só eu
Que não procurei direito?
Há coisas na vida
Que não podemos mudar
Mas devemos continuar a nadar
Nessa enorme corrente
Mesmo que o cardume diminua
Sempre haverá com quem contar
Basta procurar.
Invoco para que Portugal ouça as preces já antes divulgadas. Onde está o desaparecido? Onde esta o glorioso, aquele que possui a espada?
O tempo é fugaz. É urgente aclamar a protecção de um qualquer Deus que desperte em nós a cura para um novo Portugal. Um Portugal digno de ser relembrado. Digno dos feitos gloriosos.
Hoje apetece-me exaltar a raiva e a incerteza de um País que descobriu os mares, que ultrapassou medos e mitos.
Apetece-me perguntar:
-Que foi feito de Portugal?
Esta não é uma corrente pessimista, é sim realista.
Em tempos de outrora, um tempo de dor e sacrifício (ó mar salgado, quanto do teu sal, são lágrimas de Portugal!) Portugal. Portugal nunca mais voltou!
“O rosto com que fita é Portugal” Assim escrevia Fernando Pessoa, para dar ênfase à posição de Portugal na Europa e no Mundo.
Poderíamos ser O País, o tal País de riqueza, de oportunidades.
Podíamos alegrar-nos da imaginação e do “sonho que comanda da vida”.
Podemos nós dizer que “tudo vale a pena, se a alma não é pequena”?
Teremos nós a alma pequena, ou tudo o que é pequeno, é o cérebro do Português (não do Povo) que gastou o que não devia!!!
Deixou-nos à mercê de uma esperança. Esperança que D. Sebastião regresse, a esperança de um quinto império que traga tudo aquilo que devia ser de Portugal.
Terra de Descobrimentos, Sacrifícios, Patriotismo. Terra de mães vitoriosas, de Reis com força e vontade. Terra de Religião e distinção no Mundo.
Invoco um Portugal Novo…
Um Portugal em que o Português se possa orgulhar.
Evoquei Portugal, agora Invoco para que Portugal olhe em frente com a consciência que o seu passado poderia ser Tudo, tudo o que hoje precisávamos.
As estrelas consomem sua própria massa, nesse caso o sol deveria ter desaparecido, sendo assim uma estrela não pode durar mais de 300 anos já que consome muita massa. A não ser que alguém, forneça massa para que o sol permaneça fornecendo luz e calor, até hoje.
A sua mente frenética fica mais calma, não por todos os pensamentos terem desaparecido mas porque permite que eles sejam como são.
Avisei desde sempre, que quando acorda-se para a vida, seria tarde demais, eu já teria desaparecido faz tempo.
que mãos podem fazer
desaparecer um corpo
não existe corpo
desaparecido
e existe
existem
corpos desaparecidos
américa
Sonhei que tinha desaparecido. O esquecimento me persegue, sinto que não há mais nada a se fazer aqui. Ninguém quer ouvir, ver, falar... Tão desesperado e patético que até eu imploro para me poupar da minha compainha.
A insignificância é tão grande que até a melancolia me abandonou e tudo me parece tão perdido, embaçado. Onde havia vermelho agora existe o preto e o cinza.
Onde anda o tal amor a essa hora da madrugada?
Sumido
Distanciado do mundo, achavam que eu estava sumido, desaparecido, inutilizado ou até morrido..
Realmente,
Perdi minha câmara fotográfica.
Por onde passei, acho que derrapei, ou em algum lugar devo ter esquecido.
Ou de fato caíu de minhas mãos sem eu perceber.
Voltei para procurar, extraviada ficou.
Para minha sorte, carrego comigo, todos os seus arquivos.
Fotografias essas, indestrutíveis.
Ja percebi, o objeto registrador se tornou irrecuperável..
Mas, não posso me sentir derrotado, e sim vitorioso por ter esse espírito gravador cheio de ilusões...
Quando estou desnorteado, esqueço em um segundo das neblinas assustadoras.
Quando estou inspirado, meu olhar percorre fendas impenetráveis..
Quando tentam desmemorizar as batidas das minhas emoções, mais fascinado eu fico.
Me desgoverno num piscar de olhos e me equilibro nas perturbações, e aumenta ainda mais minha vontade de escrever....
Oh! Louco apaixonado....
Esse, sou eu...
Sou responsável com minhas asas inspiradoras..
Fazer tempestade num copo d'água? Jamais...!
Meu barco tem âncora e meu porto tem água de coco e muita persistência.
Sozinho, registro meus momentos, sozinho, enfrento as marés que me tormentam.
Minha máquina, ficou no tempo, mas minha alma se acalma com o senhor dos ventos....
Trata-se de um resgate, e ainda que o sol me bate, não me limito.
E meu anjo protetor sempre me diz;
-Voa poeta, Voa....
-Nunca pare, nunca, se cale....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Estou desaparecido e morto para muita gente, mas estou muito, muito vivo para as pessoas que me amam de verdade.
voce esta perdido sem abrigo
meu amigo en trigo
sofrido en sois feridos
desaparecidos
em perigos se fois retidos
o medo seu pior inimigo em ser pego desprevinido
muitos mas ceedo opremidos
aos apegos ..
Estar desaparecido é diferente de estar morto. De certa forma, é pior. A morte oferece um fim. A morte dá permissao para o luto. Para fazer um funeral, acender velas e deixar flores num túmulo. Para seguir em frente.
Estar desaparecido é estar num limbo. Preso num lugar estranho e desolado onde a esperança brilha fraca no horizonte, e o desespero e a angústia espreitam como abutres.
A BOA CHUVA
A boa chuva faz renascer até o que já havia desaparecido:
Renasce o amor porque a raiz estava viva e resistente;
Renasce a paz porque os caminhos começam a se ajustarem;
Renasce a dúvida porque começa a surgir o aprendizado;
Renasce a esperança porque os cidadãos começam a entender o seu papel;
Renasce a Justiça poque ela é a base da Democracia;
Renasce o plantio porque a colheita é necessária;
Renasce a força de vontade porque estar vivo é o que mais importa;
Renasce o desejo de produzir porque fazemos parte da mola propulsora do desenvolvimento da Nação;
Renasce a espiritualidade porque Deus é a razão de tudo;
Renasce a fé porque o acreditar firmemente, eleva e dignifica a alma;
Renasce a fraternidade, porque inicia-se o desejo da construção de um mundo mais justo e mais humano...
ÉLCIO JOSÉ MARTINS
Se a dor da partida fosse maior que a alegria do existir, a humanidade teria desaparecido nas primeiras gerações...
Eu já estava desaparecido antes da noite em que saí
Só eu e minha sombra e todos os meus arrependimentos
Quem sou eu? Quem sou eu quando não me conheço?
Quem sou eu? Quem sou eu? Invisível
PÁSSARO
"Para José Sebastião Gonçalves,
meu irmão,precocemente desaparecido "
Foste pássaro !
Inda revoas em meu pensamento:foste pássaro!
Cantavas a tua solidão e nostalgia,
num canto silente que se perdia na noite
e misturava-se ao teu pranto em forma de poesia!
Num vôo raso,o teu coração sensível e ferido
apoderou-se da dor que sacrificava a terra
Buscavas um ninho para descansar
depois da fadiga de um sol a pino
e sonhavas com a liberdade tão tardia !
..mas eis que o Supremo reconheceu a tua grandeza
dando-te o infinito de presente !
(in "Momentos"- Editora do Escritor-SP)
Irmão de Marin, desaparecido por vários anos. Icaro, um anjo sem asas, caiu do reino celeste para as profundezas da terra. Anjo caído se perdeu dos céus, caiu como um monstro em chamas, mergulhando em terras de sonhos e desejos perdidos. Icaro mergulhou e mergulhou cada vez mais e caiu, sumiu, por terras estranhas ainda pode vagar, se lamentar, chorar ou sorrir.
*A Ilha dos Desaparecidos*
Numa ilha misteriosa, pessoas desaparecidas de todo o mundo se encontravam. Cada uma tinha uma história para contar e um segredo para guardar.
A ilha era um lugar de silêncio e reflexão, onde os desaparecidos podiam encontrar paz e liberdade. Eles viviam em harmonia com a natureza e consigo mesmos.
Mas a ilha guardava um segredo: aqueles que a encontravam não queriam mais sair. Eles haviam encontrado um lugar onde podiam ser verdadeiramente livres.
E assim, a ilha dos desaparecidos continuou a existir, um refúgio para aqueles que buscavam escapar do mundo.
Um dia eu vi um casal de quero-queros
Procurando seu ninho desaparecido
Após a passagem
de um descuidado jardineiro
Eles piavam desesperadamente
Chorando e saltitando
A grama havia sido cortada
rente, muito rente
Aquilo me causou uma profunda angústia
Mas eles não guardaram mágoa
Não fantasiaram vingança
Construíram outro ninho, provavelmente
E seguiram adiante, em suas vidas
Não vivem de passado
Não plantam e nem tecem
deixam sua tristezas de lado
as esquecem
Portanto, não escrevem poesia
Vivem somente o dia-a-dia
Aceitam os desígnios do Criador
Cantam todo dia
A mesma canção
Eles são
A própria poesia
Quero-Quero
Porém, se Deus não der
Não tem problema
desta vida nada espero.
