Crepúsculo
Crepúsculo do Mundo
Onde está a espada?
Onde está a coragem?
A princesa encantada
O salvador de passagem
O tempo já levou
Ou a verdade se encarregou?
Sendo a areia ou a visão
Findaram a bela criação
Onde está a doce arte?
As linhas fortes da alma
Ou o som do sol da tarde
Sofreram dor ou trauma?
A sinfonia alta e regente
Fugiu do encontro com a aurora
A flauta que erguia a serpente
Fez dela uma sombra de outrora
Onde está o sábio
Aquele da mente hábil?
Outra vítima do humano
Que fez da coruja um pelicano
O mestre dos quatro elementos
Já fraco, menor e antigo
Fez do vácuo profundo um amigo
E sumiu como um grão aos ventos
Onde está o rei guerreiro?
O senhor da honra e da glória
Sucumbiu no ouro da vitória
E o nada virou seu inteiro
A torre dos homens caiu
E a árvore da vida secou
O leão das sombras rugiu
Quando a cova do mundo fechou.
Queda-se o dia, desmaia o sol,
A janela desenha o crepúsculo,
A noite chega, a solidão surge,
É hora de sentar e escrever.
Da aurora ao crepúsculo,
do sorriso ao seu beijo,
suas lembranças ancoraram em meu coração
deixando-me um intenso desejo:
de ter seus braços me envolvendo.
BOA NOITE
Quando acontecer o crepúsculo,
é sinal que é finda sua tarefa.
A parte que te coube dos seus atos,
foram executados.
Agora, resta-te,
conciliar com sua alma,
agradecer na certeza de tudo feito,
com amor, dedicação e carinho
nesse período do dia,
lhe trará bons e doces frutos.
E terá com certeza a consciência leve
e tranquila numa noite
esplêndida de sono.
Encanto
Com o adormecer do sol
O crepúsculo se fez
Trazendo consigo o encanto do luar
A lua beija a face da terra
Seduz com seu brilhar
Transformando uma simples noite
Em algo belo de se admirar
Brilho da lua em seus olhos
Me faz viajar
Caminho sinuoso
Que me leva apaixonar
Eu tenho uma não velha lembrança...
Era domingo, não muito tarde, começo de crepúsculo.
Não pude evitar e então percebi que amava o seu sorriso, seu jeito, seus olhos, foi tranquilo, foi calmo e foi ali.
Eu não me limitaria e por ironia o tom da sua voz e seus ombros eu queria, me perguntava se então ali eu ficaria e se você permitiria.
Eu diria para vir aqui, sentar aqui, respirar o ar daqui e sentir o que se senti aqui.
Chega mais perto, nada se é concreto.
Eu aceito suas condições, a calçada ainda se encontra no mesmo lugar e lá eu te levaria e o universo conspiraria.
- Ao conto da lagoa e o sapo, que se descreve como bom e inesperado.
o crepúsculo da solitude uma ponte ate tua alma,
em suplicas de amor abandonam virtude na clareza do teu ser...
profanando o sentimento através da tua dor,
sutileza é profunda,
como ar do teu coração,
espelhado num mar azul.
teu amor é eterno no meu coração para sempre.
por celso roberto nadilo
Saberei se sou louco se a decomposição de meu crânio começar a cheirar, antes que o crepúsculo se manifeste com suas afirmações que para muitos são fugas profundas de necessidades humanas, para mim é a afirmação da superabundância da tarefa de ser Justo.
Não sou um Hater porque antes de criticar Crepúsculo eu assisti todos os filmes, e antes de criticar a Bíblia eu li todas as páginas.
Adoro caminhar em silencio pelas sombras. Sou um bicho da noite, do crepúsculo, uma caçadora noturna. O barulho me fere a alma; busco a quietude, o contato comigo mesma e com a natureza.
Entardecer em Aveiro
Crepúsculo na ria
triste beleza
o dia agoniza, esmorece
em tão breve perecerá
a paisagem guarda silêncio
os moliceiros se aportam
uma garça solitária
plaina no horizonte
é o seu último voo
o seu último adeus
uma gradação de cores
aquarela as águas salinas
tintura cambiante
a ria se emoldura em túmulo
logo sepultará o dia
Sou pássaro que passa em revoada...
Migrando em firmamentos azuis...
No crepúsculo de um dia de outono
Fui nativa hoje sou partida
Fui amor hoje desamor...
Puro desencanto
Pássaro cativo... De uma saudade que a brisa levou...
Sou poesia em rimas a cantar...
Um pássaro que tem alma delirante... Onde a poesia é
Meu respirar constante... Cuja alvorada brota junto
Ao meu poente!
Falareis de nós como de um sonho.
Crepúsculo dourado. Frases calmas.
Gestos vagarosos. Música suave.
Pensamento arguto. Subtis sorrisos.
Paisagens deslizando na distância.
Éramos livres. Falávamos, sabíamos,
e amávamos serena e docemente.
Uma angústia delida, melancólica,
sobre ela sonhareis.
E as tempestades, as desordens, gritos,
violência, escárnio, confusão odienta,
primaveras morrendo ignoradas
nas encostas vizinhas, as prisões,
as mortes, o amor vendido,
as lágrimas e as lutas,
o desespero da vida que nos roubam
- apenas uma angústia melancólica,
sobre a qual sonhareis a idade de oiro.
E, em segredo, saudosos, enlevados,
falareis de nós - de nós! - como de um sonho.
Tanto no crepúsculo como durante a aurora, tanto durante as tempestades que agitavam suas camadas mais profundas, como quando estava brilhando ao refletir a cara luz do sol ou mesmo nos momentos em que era escurecido pelas sombras que voavam pelo céu e vinham em minha direção.. ainda que momentaneamente ensombreado, este mar em constante movimento trazia para mim, em suas mudanças constante aos longo do dia, as imagens de um espetáculo que nunca me cansava.
Meus dias correm rápidos dentro de um crepúsculo permanente, cheios de alegrias, dores, preocupações e brincadeiras; mas tudo isso passa a meu lado como se fossem outros tantos viajantes, em parte alguma consigo tocar em algo de sólido, em lugar nenhum encontro o sentimento tranquilo de apenas ser e agir.
Foi quando te encontrei,
Que o Crepúsculo começou
a irradiar,
Nos seu olhos;que fizeram
o meu brilhar !
Foi quando te encontrei,
E ouvi a tua
voz
Parei de pensar em mim;
E começei
A pensar em
Nós !
Foi quando te encontrei,
Que senti o amor de
perto ,
E quando te encontrei . . .
Meu coração ficou
completo !
Era só mais uma tarde de verão qualquer, antes do crepúsculo, as ondas do mar iam e viam calmamente sem restrições, um som tão delicioso de se ouvir, fazia carícias maravilhosas em ouvidos apurados. Tudo calmo e tranquilo, robustas gaivotas sobrevoavam pela praia, faziam um espetáculo solene, tão bonito de se ver, giravam em círculos, iam ao alto e desciam, era assim toda tarde, depois iam para bem longe e sumiam no horizonte. Perto da praia calma havia um parque tão lindo cheio de árvores gigantescas e velhas, algumas tinham o tronco grosso, largo, raízes e folhas veludosas estupidamente lindas, tantos tipos diferentes, árvores magras, gordas, pequenas, grandes, uma variedade. Existia uma que era bem mais especial, ficava no centro do parque, era a mais alta e fazia uma gigantesca sombra, ótima para passar a tarde toda sentada debaixo dela e lendo algum livro, em volta havia uma ciranda de orquídeas, lilases, amarelas, rosas, tudo tão maravilhoso que se enchia os olhos de encantamento só de ver, bem perto da árvore magnífica estava um pequeno banco do parque, todo de ferro com formatos florais no canto. Desceu da gigantesca árvore, um curioso animalzinho de patas pequenas e pele cinza amarronzada, um adorável esquilo em busca de alimento, parou em frente ao banco onde estava sentada uma garota.
Tão bela, era majestosa, olhos claros, pele pálida e alva, cheia de doces sardas nas bochechas, vestia um belo vestido de verão laranja, largo e leve. Engasgava-se em risos enquanto lia um livro de capa dura, aparentando ser antigo. Gostava dessas relíquias, cada verbo no pretérito mais que perfeito sempre amou, toda semana ia pela menos uma vez na biblioteca e pegava o livro mais velho, o cheiro de mofo a deixava entusiasmada, aproveitava cada frase, ora sorria com a história, ora deixava o riso correr solto, ria com graça com jeito majestoso que poucos têm. Vivia no passado embebedando-se de histórias antigas, ao mesmo tempo fugia dele, queria esquecer teu pretérito amargoso, cheio de renúncias, em que teu orgulho falava mais alto.
Pedro, Pedro, esse nome ecoava em sua cabeça, passava milhares de vezes todos os dias, por mais que tentasse esquecer, sair de órbita e entrar nos livros, começava a imaginar como seria se fosse diferente, se a escolha que pensasse ser a certa fosse à errada, tudo desmoronaria em cima de sua cabeça, lia um parágrafo inteiro e relia cinco vezes, tua concentração abria caminho para Pedro.
Voltava ao livro e esquecera-se do mundo, Pedro tão valente, a vinte metros do banco atrás da árvore, observava Ana cheia de vigor lendo. Garota tão ingênua, notou teu amado e soltou altos suspiros, não se sentia pronta para o temido encontro, não estava, por mais que entendesse, não queria aceitar, muito menos para voltar atrás. Teu orgulho gritava, vendo Pedro achegar-se a ti, cada vez mais perto. “Corra, depressa, fuja sem olhar para trás, tampe os ouvidos e secrete-se em algum lugar”, dizia a si mesmo, sem sombra de remorsos e traumas. Correu até as pernas não aguentarem mais, os pés queimavam e as coxas doíam, gotas de suor desciam pela nuca, chegou à praia e jogou-se na areia macia até seus nervos esfriarem.
Amava o modo de como a luz do sol perpetuava em sua pele, o jeito que o vento soprava, e a música feita pelas ondas, por um momento quase se esquecera o motivo que a fez chegar aqui. Sabia que estava errada, mas não queria, dizia em prantos para sim mesma: “NÃO, não posso fazer isso, estou errada, mas não me entenderia, não saberia lidar, eu tão cinza jamais poderei compreender o rosa, tal cor que me lembra de amor, afeto, sensibilidade.” “Desculpa, não consigo.” Abaixou a cabeça e os cabelos aninharam-se sob seu rosto, ressentida por ser tão dura consigo mesma, sentia-se incapaz e cruel com teu bem querer, amava Pedro secretamente, mas não queria revelar.
Afagos no cabelo a consolou, teu amado foi atrás de teu bem querer, cansada de resistir, se entregou de vez, esqueceu esse teu orgulho concentrado, dedos entrelaçados, corações em um só palpitar e lábios unidos. Pronto estava feito, de tanto ler histórias antigas de amores, teve coragem de fazer a sua própria, destemida, sim, ela é, e hoje em vez de pegar outras histórias na biblioteca começou a fazer a sua que iniciou com um nobre ato de coragem e terminou em um final feliz, que amor, que felicidade.
Quisera roubar um pedaço do crepúsculo e assim tocar o infinito, pois ele sempre existiu e existirá. Sigo então à procura desse âmbar intocável em mais uma tarde que esmorece em direção à noite. Nesses momentos sou uma sombra, perco-me e preciso cantar para saber por onde anda meu coração, pois ao crepúsculo de cada dia - mais um pedaço se vai. Sou finita, jamais saberei as verdades todas. Quem toca-me é a mão de veludo desse entardecer. Junto a ele faço uma prece, agradecendo mais um dia, mesmo que não tenha sido tão bom, mesmo que a esperança tenha vacilado ou que a saudade tenha dado o ar da graça dentro do coração, mas este é forte e tem lugar para muito mais ainda.
A competição entre a juventude irá durar tanto tempo, até que o crepúsculo desperte neles a visão de cada um seguir os seus próprios ideias e transformar a inveja em inspiração. By dr. *RAJM*