A cada crepúsculo, imagino como será o... Laynne Criskel

A cada crepúsculo, imagino como será o amanhã, igual, ou melhor, que hoje. Lembro-me que é o fim de mais um dia e que o hoje não se repetirá jamais. Não importa se o dia foi ruim ou se foi simplesmente maravilhoso, o que importa é que está se rompendo, pronto para colidir com a escuridão da noite. Uma escuridão que nos esconderás as mágoas ou irá transparecê-las. Uma escuridão que nos apresentará as estrelas, aquelas bem brilhantes que iluminam nossas noites, que nos apresentará uma lua nova, que nos guiará diante de suas fases. Uma lua solitária, que aguarda ansiosa o dia em que se encontrará com o sol em um eclipse solar, e os dois, o sol e a lua, farão parte de uma só emoção. Ocuparão o mesmo espaço por frações de segundos, mas serão os segundos mais eternos, mais intensos e mais poderosos, pois a lua e o sol estarão juntos como um todo, compartilhando a mesma esperança de permanecerem ali para sempre. Más como todo começo tem um fim, eles se separam e vão se distanciando aos poucos, e assim, o sol iluminará o dia e a lua iluminará a noite, ambos solitários, sonhando com o dia em que se encontram novamente.
É incrível como o crepúsculo pode ser tão inocente, tão doce, tão lindo, tão envolvente. Ele existe apenas para encerrar o dia, para dar inicio a noite que dará inicio ao novo amanhecer. Ele enfeita o fim da tarde com sua esplendida beleza, é como uma despedida ao sol que se põe no ocidente. Mas ele é também o responsável por destruir esperanças, mostrando o fim de mais um dia de fracasso e metas não alcançadas. Mas é também o renovador dessas mesmas esperanças, pois se ele aparece é um sinal de que um novo dia virá, e teremos a chance de recomeçar de onde paramos.