Conto Amor de Clarice Lispector

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QUANDO FICO SEM VOCÊ

Quando fico sem você,
Perco a noção do tempo,
Conto por séculos os minutos,
E as horas por milênios!

A tua ausência pra mim é demais ,
Quero sair correndo pra te encontrar,
E te dizer que não suporto mais,
Ficar sozinho nesse lugar!

Quero sentir o teu abraço,
E não tenho os teus braços.
Quero desfrutar do teu beijo,
E nem por um momento a vejo!

Meus dias passam monótonos sem a ver
A dor é tanta que chego a delirar,
Clamando repetidamente por você,
Mas onde meu bem estará?

Mas só saber que você existe,
Já me dá força pra suportar,
Quero ir além dos meus limites,
E tentar a saudade controlar!

Você é uma jóia que não se pode comparar,
Da qual Salomão em seu proverbio diz,
Mulher virtuosa, quem a achará,
Pois sua valia excede a dos rubis!

Não consigo evitar essa dor,
Que a cada momento cresce,
A ausência pode aumentar esse amor,
Mas somente a tua presença é que o fortalece!

Rodivaldo Brito em 23.07.1987

A PRESENÇA DA BRISA
(28.11.2018).

Conto com a presença constante da brisa,
Que o mar deixa em minha alma,
Pois com ela posso sentir a face pura,
E sem pensar em qualquer problema.

Sempre sendo acolhido pelo tempo...
Misturando-me ao espaço existente,
Como se não houvesse outro dia,
Por estar em uma dimensão: MINHA VIDA!

Então, em mim posso enxergar,
O repouso das página do livro...
Andorinhas voando e fazendo ninho,
Desconstruindo todos os seus medos.

Desbravo-me no silêncio que me surpreende,
Guiando meus passos até a entrada principal. Entrada? Principal?
Sim! O encontro com meu verdadeiro EU.

Inserida por ricardo_oliveira_1

CONTO DO MEIO

Quando pequeno, eu estava no aniversário de um amiguinho

e pus meu dedo no bolo.

Não coloquei e tirei. Não passei o dedo.

Apenas enfiei a ponta do indicador naquela parte branca.

O dedo permaneceu lá, parado, enfiado, intacto.

Todas as mamães me deram um sorriso falso.

Os papais estavam bêbados no quintal.

O único homem ali perto era o tio Carlos.

Tio Carlos se escondia atrás dos óculos e da câmera fotográfica.
Era bobo, agitado e gorducho.
Quase sempre sorrindo.
Tinha poucas, raras, nenhuma namorada.
Tio Carlos atrás dos óculos, da câmera e de namorada.

Meu braço esticado era a Golden Gate.
Uma conexão entre minha consciência
e aquele montante de açúcar.

A ponta do dedo imóvel, conectada, penetrada no creme branco.

Uma das mamães resolveu liderar a alcateia
e me pediu para tirar o dedo.

Pra que tanta coragem, perguntou meu coração.
Porém meu dedo,
afundou um pouco mais.

Olhei-a nos olhos sem docilidade.
Meu corpo imóvel.
O dela recuou.

Minha mamãe, sem graça,
falou que isso passa.
Eu atravancava, ria e dizia:

- Vocês passarão, eu... - estendia a aporia.

Eu era a Criação de Adão na Sistina.
Era mais que Michelângelo,
Era Adão no Bolo,
Era Bolo em Deus.

Mamães desconcertadas. Olhando umas para as outras.
O silêncio reinava,
o reino era meu.

Mamães desorientadas. Olhando para mim.
Tio Carlos com a câmera fotográfica
olhava para as mamães.

Acho que ele era apaixonado por umas três mamães,
ou mais,
ou todas.

Esperei um não.

Esperei um pare.

Ninguém era páreo

para um rei.

Tirei.

Inserida por kikoarquer

CONTO DE NINGUEM

Essa história poderia ser a minha, mas é conto de ninguém.

- Uai sinhá Ineizinha!
- Ninguém se não é nenhuma pessoa é quem?

- Uê!
- Poderia ser vosmecê ou alguém, mas é conto de ninguém.

- Ah! Sinhá! Alguém eu não identifico quem. É ninguém?

- É!
- É ninguém com alguém, como eu e vosmecê. Slave and mistress. Black and white.

Bem assim: num vocábulo do tempo da senzala em tempo de se cuidar do linguajar. Onde toda palavra que se diz tem outra interpretação e pela conotação reação mediática.

Num?

- É! No interior de... Tá tudo mudado.

- Tá, Sinhá?

- Alto lá, tá é tá e basta!

Pré conceito é agressão aos novos conceitos. E armar o povo, não é mais instruir e ofertar conhecimento. Voltou ser outro tempo. O tempo do Lord of slave! Até açoite tão dando. Outros mandando. Éh! Vosmecê precisa entender. Tão é tão.
E alguém evoluiu mesmo sem saber quem! E ninguém regrediu, só se descobriu!

- Sinhá, ninguém ficou nu com dorso de fora como outrora?

- Não!
- Ah! Sim! Parece bem assim.
E agora é hora de black on white como a sinhazinha que ouviu ser ninguém, e que chegou na idade que ela se dá ao direito de usar o suporte que lhe convier com a palheta da sua vivência e se colorir como quiser.

E hoje quer ser Black! Mas é white! E é Indigenous! E all the people of the land.

E a tal que ouviu ser ninguém, sabe. Criar é de graça. Só pode alguém que entende ser não a graça do nada que custa ninguém. E sim a graça da superioridade que dons lhe concedeu. E ninguém sabe o quanto estes dons muito lhe custa. Money não compra dom e money ninguém tem. E se money não têm para alguém é ninguém.

E se vosmecê ouve bem entenda, sinhá compreende que se tudo que alguém tem é money, não compra o saber de ninguém. E ninguém vale nesta vida mais que alguém!

E bom evitar contenda de alguém com ninguém por vintém. E conserva o money que é tudo que tem.

E ninguém, que money não tem, conquista com seus dons mais que vintém ou money de alguém.

Falo por falar, vosmecê deve saber, Conselho igual ninguém nada deve valer.

Autoral: Cleuta Paixão

Todos os direitos reservados a autora protegidos por lei específica até que alguém lhe tire esse direito também.

Inserida por CleuttaPaixao

O palácio das "noivas".

'Breve conto poético'

Numa cidade antiga conhecida como "lugar do coração",
Havia sim, um homem imponente, sábio e virtuoso,
Chamado também Salomão.
Seus pais assim o chamaram,
Em homenagem ao grande rei.
Porque quando crescesse, diziam seus pais,
Ele dirá: grande como ele, também eu serei!
O garoto cresceu, e andou por toda a cidade imponente,
Garboso, observador e contente.
Sempre sorridente,
Mostrando com elegância a linda brancura do dente.
Observara ele o nobre e extravagante,
E sempre se lembrava do Rei Salomão.
Pois apesar de tudo, coisas tristes lhe aconteceram,
Que serviria para uma grande lição.
Então, comparando essas coisas ruins dos nobres e Salomão,
Disse: farei a mesma coisa, mas com encantada inversão!
Salomão Rei tivera mil mulheres,
Que lhe perverteram o coração,
Pois eu terei "mil" noivas que me ajudarão a permanecer no caminho da retidão!
Vi os nobres de minha cidade,
Corromperem-se e casarem-se com a megera luxúria,
E o fruto desse nefasto casamento lhes gerou a penúria!
Vi que puseram em seu leito a amante inveja,
Que sempre deseja o que a ela se supera.
Vi em seu leito a paixão desenfreada,
Que faz perderem-se os homens de nobreza encantada.
Vi o amor ao dinheiro,
Que entorpece o coração,
E faz com que se cometa os maiores atos de devassidão!
Vi a senhora cólera em sua cama,
Violentar sua mente.
Que lhes deixava sempre desgostosos e com espírito descontente.
Observei a mulher mágoa,
E a intensa pobreza de alma em que se lhes deixava!
Convidaram em seu leito a morte,
Acode!!!
Porque contra ela, em amarras de pecado,
Nunca se pode.
Vi acréscimos de núpcias,
Dia após dia,
Vi a fome insaciável de relacionamento com as volúpias!
Vi a maldita traição,
Que levava à morte de um irmão.
Vi o que foi gerado com o casamento da desregra,
Que fazia com que os homens se acabassem numa cela!
Vi infanticídio, matricídio, parricídio,
Vi o irmão de sangue matando irmão de sangue,
Através do fratricídio!
Vi homicídio, feminicídio.
Vi a desgraça que comete o homicídio!
Todos filhos da traição,
Que faz as vidas serem ceifadas sem perdão!
Daí eu disse: eu não quero isso para minha vida não!!!
Casarei com mulheres diferentes, que sempre me deixarão alegre e contente!
Mais sorridente,
Prudente,
Diligente,
Inteligente,
Sapiente!
Relacionar-me-ei com a boa fama,
Por que não há um só dentre os homens,
Que com ela nunca se encanta!
Colocarei em meu leito também a senhora virtude,
E montarei um lindo harém cheio de magnitude!
Se Salomão teve mil,
Mil eu também quero ter,
Mas como eu disse em sentido inverso,
Para não pôr nada a perder!
Quero casar também com a intelectual solidão,
Que sempre me faz crescer sozinho,
E sair um pouco da multidão!
Relacionar-me-ei com a caridade,
Que faz os homens casados com ela,
Sempre fazerem gestos de piedade.
Colocarei em meu leito também a sabedoria,
Que a todos os mistérios sempre nos descortina!
Que faz o insondável ser sondado,
E o importante impenetrável ser com clareza penetrado!
Porei em meu leito a fé!
Que nos faz acreditar naquilo em que não se pode ver.
Com brilhantismo e convicção tal,
Que fica mais fácil de perceber!
Colocarei em meio leito a prudência.
Casarei com a inteligência,
Sapiência que nos fazem evitar a DEMÊNCIA.
Saciar-me-ei no bom e lícito “bacanal” do permitido!
Para que do reino da prosperidade,
Eu jamais seja demitido!
Deliciar-me-ei do banquete do que a vida pode me dar!
E rejeitarei as “prostitutas” da perversão,
Que às loucuras levam ao homem,
Sem pestanejar!
Só colocarei em meu leito noivas virtuosas,
Amorosas e que me querem bem,
Quanto as outras: NEM VEM QUE NÃO TEM!
Quero amar a suavidade,
Boa riqueza e prosperidade.
Quero a boa fama,
A amável sensibilidade.
E com ela fazer de tudo na “cama”.
Relacionamento com a sensibilidade -
Faz a tudo ver com clareza, singeleza,
Justeza, nobreza, delicadeza, pureza.
Puro desejarei sempre ser,
Pois com essas LINDAS “mulheres”,
Não haverá como não ser.
Essas são noivas para mim mui castas,
Puras, santas.
Que me fazem saciar-me em mel,
Preferir o mel, quando penso em me lambuzar de fel.
Como Zeus, que prolongou a noite para deliciar-se com Alcmena em amores,
Quero que o rei dos céus prolongue-me os dias com elas,
Para que eu não tenha dores.
Óh maravilha,
Divindades do céu,
Concedei-me o que vos peço agora,
Para que diante de vós,
Eu nunca venha a perder,
A intelecção do sábio Aitofel.
Aitofel Salomão também conheceu,
Pois fora conselheiro de seu pai Davi.
Davi significa AMADO,
E que sempre amado eu seja óh céu, para TI!


25.10.2015 – 14:35 h

Inserida por FabioSilvaDN

⁠Momentos são como o vento, você vive e vira uma história. Se esse conto vai ser bom ou ruim, vai depender da relação que tu tens com o destino, já que nada está em nossas mãos, só a esperança de que tudo seja majestoso.

Viva, reflita e cause, busque, peregrine e ria, momentos podem ser inesquecíveis e a sua atitude é o que mais representará na lembrança da eternidade.

Inserida por Mitchel

⁠Capitulo não publicado- O fim
Um dia conto, o quanto gostei de você.

No dia que acreditei fielmente que ele havia apenas fingido um teatro, que as pequenas coisas que achei serem resquícios de um amor não eram reais e me fez como uma palhaça, naquele salão, com meus medos e sentimentos expostos a todos os meus amigos, aos amigos dele e a pessoas que se tornaram parte da história (que na minha cabeça existia), uma parte minha morreu.
A parte que acreditava no amor.
A parte que fazia ser doce.
A parte que me fazia o amar.
Decidi ir embora sim! Mas não podia morrer engasgada com o que sentia. Escrevi uma carta, pedi que em algum momento minhas amigas o entregassem como sinal de que pra min aquilo havia sido importante.
Ele recebeu.
Ele leu.
Esperei ansiosa por pelo menos uma resposta, ainda que não fosse através de uma carta.
Ele não respondeu.
O maior trauma, nunca foi o acidente, sempre foi ele.
Jurei amores por alguém que não fez o mínimo em me responder.
Só foi difícil processar tudo, ainda é.
Nosso magnetismo , nossa química, nosso amor, ou melhor o MEU amor, o único existente entre nós, parecem estar grudados a uma memória que não saem de mim Posso por vezes ter parecido a louca que apaixonou sozinha,e acredito que seja! De fato, na minha cabeça nossa história parecia como algo que poderia dar certo, eu te o amei, da forma mais absurda, mais catastrófica e intensa! Dessas que a gente não mede esforços, dessas que a gente quer cruzar distâncias, que cuidar loucamente e também tirar a dor do outro pra ser a nossa…
Acordei do coma, isso!
Do coma do acidente.
Ou do coma da situação, não sei…
A recuperação não foi tão fácil!
Fisioterapias, acompanhamentos com a psicóloga, alta dosagem de medicamentos, fonoaudióloga, oftalmologista.
Pareço estar falando apenas de procedimentos médicos, mas não…
Intensas fisioterapias para voltar a andar sem as muletas da dependência emocional que criei dele, das memórias que jurei serem reais por algum momento.
Incontáveis induções de drogas (medicamentos) de tarja preta, para tirar a imensa dor que estava em meu coração.
Acompanhamento psicológico, para explicar a minha mente a tamanha dor do meu coração, que era estancada pelos remédios.
Oftalmologista, pra enxergar a realidade como é: Andrew não me escolheu, nunca me escolheu e nunca irá me escolher.
Fonoaudióloga, para voltar a falar e ouvir o que sinto sem achar que estou cometendo um crime.
Não foram dias fáceis, mas consegui!
Recuperei-me do trauma de anos, em meses. A Catherine estava de volta e a famosa alta veio, acompanhada de uma esperança a todos (inclusive os médicos) de que minha vida voltasse a ser como antes, ou melhor!
Pra mim, uma missão humanamente impossível já que minha realidade tinha sido bruscamente mudada e meu destino perfeito também.
Encontro o Lucca e o escolhi.
O Lucca? Bem, ele é um analgésico pra mim, estanca a dor que ainda dá as caras de vez em quando.
Melhor ter ao lado alguém agressivo, que machuque apenas meu físico do que alguém que sempre me machucou o emocional sem dó nem piedade.
Um dia eu conto, o quanto você me magoou.
Um dia eu conto, o quanto me decepcionou.
Um dia eu conto, o quanto me torturou.
Um dia eu conto, o quanto me humilhou.
Ou talvez,
Eu não conte.
Apenas te mate na minha imaginação, memória e com sorte, na vida, assim como você matou uma parte minha, matou a Catherine, a “sua” Catherine.

Inserida por acamisabreuu

⁠Eu me deito e conto mentira
Me arrependo e minha conta outras
Eu conto ovelhas com sono de canto
e choro em conta gotas

Me conta quanto custa?
Eu pago! pra sorrir fácil
E dormir leve, juro irmão eu pago

Eu bebo, eu trago, rabisco, apago
Se eu precisar eu me estrago
Mas e porque eu preciso adocicar esse amargo

Eu escrevi no papel eu quero mudar
Não quero né, eu preciso
Então já comecei escrevendo errado

Converso com Deus
Igual um amigo do bar
Por que pelo o menos um de nós estava bebendo
Querido céu hoje eu te vi chorar
Por isso eu dormi chovendo.
ASS: Nilson Neto

Inserida por NilsonNeto

⁠O conto do nosso corpo

Seu corpo é uma história que eu quero contar,
com cada toque, cada beijo, cada olhar.
Ninguém te tocou como eu, com tanta intensidade,
vivendo cada momento com tanta verdade.
Eu me conecto com seu coração, com sua energia,
seu cheiro e seu sussurro, me levando à euforia.
Sinto seu corpo pulsar sob o meu toque,
cada gemido seu é uma música para o meu ouvido.
Quero explorar cada centímetro de sua pele,
até você sentir que é único no mundo.
Sua respiração acelerada é como uma sinfonia,
e nossos corpos se movem em uma dança de luxúria.
O calor do seu corpo me envolve completamente,
e eu me entrego à nossa paixão sem pensar em nada conscientemente.
Com você, eu me sinto completa,
explorando cada parte, sem medo ou desafeto.
Cada momento é único, é uma verdadeira arte,
e juntos, nós criamos a mais bela parte.
Sua história é minha, agora e para sempre,
uma aventura que eu quero viver intensamente.
Não há nada mais precioso, nada mais belo,
Seu corpo é minha paixão,
e ninguém jamais te descreverá com tanta emoção.

Inserida por Rebervorismo

Eu é que não caio no conto do vigário
Eu tenho fé em Deus pra resolver qualquer parada (...)

Tamo aí na atividade! (...)

Basta que venha do coração!
Basta que venha da mente

O fato é que a gente
Tem que se preservar
Viver intensamente
Com a cabeça no lugar (...)

Eu sobrevivo a todo lixo
Todo ódio, com amor
Eu sou o valor
Das coisas simples (...)

Eles são gente
Mas não são gente
Como a gente

Meu estilo de vida
Liberta minha mente
Completamente louco
Mas um louco consciente (...)

Não, eu não me sinto mal
Eu quero mais é que eles queimem
Na fogueira das vaidades (...)

Charlie Brown Jr

Nota: Trechos da canção Tamo Aí na Atividade.

Inserida por alan_conciente

⁠Eu não conto carneiros:


É noite, vou para a cama, cerro os olhos para dormir, em vez disso vejo uma frondosa árvore por cima do meu olhar, abro e fecho novamente os olhos e volto desta vez a ver árvores desta vez as suas copas estão afastadas e entre elas vejo o céu com algumas nuvens, mas estranho! Não vejo estrelas.
Assim vão desfilando imagens com árvores, sempre árvores, como se estivesse a assistir à projeção de slides.
Não, eu não conto carneiros, eu conto árvores


25/09/2018 Ec.

Inserida por elisiocordeiro

⁠As poesias são algo que espiram sentimentos podem ser um conto dos acontecimentos colocando para fora o que estás aqui ❤ dentro
Palavras que vão criando rimas para quem faz e bom, pois cada um tem um dom no momento não sei qual e o seu pode ser cantar dançar ou outros, qual não citei aqui, mas acredito que você faz alguém feliz só por você existir.

Inserida por Vanderm3333

⁠Deixa eu te contar...viver não dói.
O que dói e a desconstrução do conto de fadas que acreditávamos ser real, que tão vagarosamente vai ruindo, ao passar dos anos.
E essa desconstrução é um processo tão lento, que dói a conta gotas...com pequenas doses de decepção, desamparo, desespero, angústia...mas viver não dói.
O que dói é perceber que sua bondade se limita a sua utilidade

Inserida por SiviaEsbano

⁠A vida
Algo que não faz sentido
Não sem a morte
Muita das vezes sombria
Ou até mesmo um conto de fadas
Uma poesia vívida
Com dias de luta
Dias de gloria
Uma vida que não é vívida
É algo que nunca existiu
Viva sua vida
Pois tu não tens outra
E se tivesse
Não saberia viver
A vida é a vida
Então á viva!

Inserida por Klauzzz

⁠Conto desimportante

No espaço sideral das coisas mais desimportantes,pairava um
clichê insignificante, muito fofinho e de alma simplesinha.
Ele não tem a mínima noçãoooooo de quão grande são seus feitos…

Vida, simplesmente é o responsável por costurar as estrelas no céu, aham, as estrelas que enfeitam as noites do mundo inteiro.“Vida” é o nome dele, e ele nem imagina que tem um dos trabalhos mais lindos que Deus criou, depois de fixar as estrelas no céu, uma a uma, ele fica todo iluminado, mas calma que agora vou contar a melhor parte…

O desimportante em suas horas vagas, pode ficar o tempo que quiser em seu espaço exclusivo no céu. Vida, é muito humilde, só ele tem a permissão de Deus pra adentrar no céu e peneirar o sol durante o dia, eis a sua maior paixão: “peneirar sol”. E como vocês repararam, até o nome dele é grandioso, ainda assim, nem por isso ele se gaba, se sente ou se acha melhor que os outros. Isso que é lindo!

Depois de se iluminar de sol e estrelas, Vida, rega os desertos e calabouços de sua própria alma.

Silmara Nogueira

Inserida por silmaranogueira

Conto escrito sob inspiração de imagem recebida...
Qualquer semelhança com fatos reais, será apenas mera coincidencia,
fruto da inspiração de algo que pode ter sido vivido por alguém, e pode
estar mandando um recado a quem interessar possa...
Ósculos e amplexos
Marcial

REGRESSO À CASA DO LAGO
Marcial Salaverry

As recordações da infância sempre nos assaltam a memória. Buscamos as origens, procurando explicações para os fatos que nos levaram a tomar determinados rumos em nossa vida. Depois de longos anos afastado de minhas origens, ao saber que meu pai havia falecido, resolvi voltar ao passado, rever os fantasmas que me haviam afastado do convívio familiar.

Ao entrar no trem que me levaria àquela pequena cidade onde vivera na minha infância, as imagens começaram a chegar à minha memória... Aquela casa enorme, imponente, às margens do lago era o ponto marcante de tudo. A obsessão com que meu pai fazia questão de marcar as origens de nossa família, sempre entrava em choque com minha maneira de pensar. A mansão familiar ocupava um amplo terreno, dominando o lago. Considerava o ponto ideal para um hotel de luxo, aproveitando o visual, a topografia do terreno. Seria realmente um grande sucesso. Poderia fazer fortuna com esse empreendimento. Já havia uma incorporadora que desejava executar a obra. Tentei convencer meu pai a fazê-lo. Negou-se peremptoriamente. Disse que jamais macularia as tradições familiares por causa de dinheiro.

Jamais me esquecerei da última discussão, quando trocamos palavras amargas demais. Chamei-o de velho teimoso e retrógrado e coisas mais pesadas. Terminei dizendo que iria viver minha vida, e que não queria mais vê-lo, e mal sabia que não o veria mesmo. Consegui relativo êxito em minhas tentativas, sempre tropeçando no que meu pai sempre me dizia, minha precipitação, minha urgência em querer conseguir tudo.
Muitas vezes me vi tentado a voltar, e reconhecer que ele estava certo. Mas a teimosia era hereditária. Recusava-me a admitir minha incapacidade para o enriquecimento que prometera a ele. Dissera que só voltaria após fazer fortuna. Rira quando ele disse que a fortuna estava ali, nas origens da família.

Ao desembarcar na estação, e pegar o táxi que me levaria à mansão, que agora poderia vender e fazer o hotel de meus sonhos, era só nisso que pensava. Mas agora, sentado onde costumava ficar com meu pai, em um outeiro um pouco afastado da mansão, local que propicia uma visão fantástica da mansão, refletindo-a inteiramente nas mansas águas do lago, fiquei absorto contemplando aquela imagem que me levava à infância, às conversas que sempre tivera com ele, e que tanta falta me fizeram depois, nos tropeços que dei pela vida afora.

O casarão, imponente, lembrava as tradições que meu pai tão ferrenhamente defendera. Acontece que sua imagem, curiosamente refletia-se nas mansas águas do lago, como se estivesse de cabeça para baixo, ou seja, ao contrário. Naquele instante, as águas como que pararam, ficaram totalmente imóveis... Vi então, o que fizera de minha vida, a deixara de pernas para o ar, tentando provar alguma coisa, que agora me parecia totalmente irrelevante. Por causa disso, dessas minhas idéias, tinha perdido anos de convivência com minha família.

Essa imagem da mansão refletida no lago, fez-me ver o que fizera de minha vida, movido por uma ambição sem limites. Tomei então a decisão. Iria voltar àquele vetusto casarão, trazer minha família e ensinar aos meus filhos toda a história familiar, procurando fazer com que eles possam sentir o orgulho que eu sentia quando era criança, e que depois desprezei. Espero que não tenham que sentir sua vida, como senti a minha, vendo a imagem da mansão refletida nas plácidas águas do lago...

Com a inspiração da linda imagem, desejo lembrar que devemos respeitar a história de nossa vida, o que poderá sempre proporcionar que possamos viver UM LINDO DIA, com recordações do que vivemos ao longo de nossa vida, e que muitas vezes desprezamos em nome da ambição, do desejo de fazer fortuna, quando em nosso coração ela está bem enraizada...

Inserida por Marcial1Salaverry

⁠⁠Em que tipo de forma nos colocaram?
Desde crianças somos alimentados com o conto da forma, somos alertados que a felicidade mora na estabilidade. Que o anseio primordial é a segurança. Que o risco deve ser sempre evitado, e assim seremos felizes. Nos matriculamos então em prisões travestidas de casa do saber; grandes muros, vigias, celas com divisórias.

Para reivindicar algo é necessário levantar a mão e pedir permissão ao vigia presente. Quem discordar ou contrariar irá sofrer as sanções. Talvez uma advertência ou suspensão.

Mas o tocar do sino nos trazia sempre uma esperança. Afinal, no "banho de sol" entitulado de "recreio", tínhamos um breve momento de liberdade onde podíamos partilhar nós mesmos. Depois, o martírio recomeçava.

Com o tempo fomos nos moldando e percebendo o giro desta roda. Bastaria que fôssemos bons de memória. Decorar seria o suficiente para avançarmos. Em poucos meses entendiamos que se replicássemos o padrão, jamais teríamos qualquer problema.

No fim, entregavam um diploma àqueles que tiveram boa memória, então pregávamos um riso largo no rosto; algo nada discreto, mas também não podia ser diferente, é que nossos pais estavam logo ali, bem à nossa frente, com um orgulho estampado na cara e aliviados porque você, afinal, é um promissor replicante.

Para coroar a cerimônia final, chamada "Formatura", os adultos ali presentes entoavam gritos de bravura e aplausos calorosos. A graça era manifesta e evidente.

E ali, inconscientemente, aprendemos que todas as vezes que desejássemos obter aquela saudação, só precisaríamos entrar na forma.

E o que veio depois?

Nos "formamos" na faculdade, no ensino médio, na pós-graduação. E vamos nos moldando em várias formas, tomando a forma de algo que nem nós mesmos sabíamos. Porque quando questionávamos, apenas diziam: "eu não sei, mas é que todo mundo faz assim"

Até que uma coisa acontece: um grito ensurdecedor implora para sair de dentro do seu peito. Sabe o que é isso? a sua essência aprisionada por toda uma vida, constitucionalizada no padrão, na média. Trancada dentro da própria casa, mas em vez de libertá-la, você faz o que foi programado a fazer: se adapta!

Ou por não saber do próprio potencial, afinal, não houve treinamento para isso; ou por medo do risco. Não é o que te dizem? "mais vale o certo que o duvidoso" .

No fim, você termina correndo em torno do próprio círculo, sonhando com um horizonte que não foi feito para você, afinal, foi o que disseram na TV. Você corre sem nunca ter saído do lugar.

E assim, vamos replicando o padrão. Erguendo cada vez mais muros e nos jogando dentro. Carimbando nossas carteiras e nos enfileirando em departamentos de nomes compridos.

Mas assim como no passado, há um alívio momentâneo. Um recreio que aqui o chamam de "Happy Hour". Uma sexta-feira tão aguardada que nem nos damos conta que estamos desejando que a vida passe mais rápido. E assim possamos contemplar cada vez mais outras sextas-feiras.

A tão antes desejada estabilidade foi se tornando uma condenação. Uma espécie de perpétua, a Firma em Forma de Prisão. E para não parecer um estranho nesse ninho, você se ajoelha e diz sim para uma vida moldada pela forma.

Até que um dia a catástrofe é percebida: Você finalmente se formou na vida!

Inserida por vinniromeiro

Por essa escrita vos conto
Esse temor que sinto
Sem ter oque fazer
Apenas assisto
Esse medo me consumindo

O tempo não espera
Ele não é nosso inimigo
Ele apenas não ajuda
Ele apenas passa
E com nossos pensamentos
O passado se repassa

Eu quero chorar
Eu quero gritar
Eu quero querer
Eu quero sonhar

Pois se o futuro é incerto
O passado não muda
E o presente é oque fazemos
Pq nem o presente sabemos

Mudar é difícil
Viver é impossível
Como poderei dar
meu primeiro passo ao desconhecido
Se nem ao menos consigo respirar

Quando fechamos os nossos olhos
O escuro nos acolhe
Mas e nós
Será que o acolhemos ⁠

Inserida por maria_gabriela_5

⁠CONTO DE NATAL

Era uma noite fria e escura
Numa aldeia perdida ou talvez esquecida
Em Trás os Montes
Onde uma menina passava o seu primeiro Natal
Depois de chegar de África (Luanda)
Era tudo novo, diferente, frio, escuro
Ela que tinha vivido com sol, calor, praia
Sentia-se perdida num mundo, para ela diferente
A casa dos avós até era muito acolhedora
Mas ela sentia falta da sua casa
Do seu quarto, da sua escola, de tudo
Em casa dos avós, o colchão era de palha
Tinha um cheiro muito esquisito
Lá vivia uma menina sonhadora
Morava com os pais e com os seus irmãos
Era uma noite fria
Às portas da guerra da independência
Que viria muito brevemente a acontecer
Mudando-lhe a vida e marcando-lhe para sempre
Era a noite de Natal não havia presentes
E muito menos a árvore de Natal
Ou o Presépio, mas havia alegria e amor
Os pais davam muito carinho aos seus filhos
Mesmo sem a árvore de Natal e sem presentes
Contavam-se histórias à lareira, o riso era constante
Foi uma noite que nunca mais esqueceu
Aquela menina de dez anos
Numa noite fria e escura, mas quente no seu coração
Era a noite de Natal fria
E gelada numa aldeia em Trás-os-Montes
Passada em casa dos meus avós numa noite de Natal.

Inserida por Sentimentos-Poeticos

⁠Ayala é uma mulher diferente
Se fosse em conto de fada
Não precisaria ser salva
Por nenhum homem valente

Ela é heroina com garras
De suas Adversidades,medos e
Apuros
Ela mesmo se salva.

Isso mesmo, ela é bruta!
Vive do suor e da labuta
Por seu filho
Ela chinga, grita e luta

Ela tem o poder
De escutar em silêncio
E de prever sentimentos

E com ela não tem padrão
O meu coração
Se enche de inspiração
Quando penso em você
Meus pulmões
Buscam pelo oxigênio
Que você passou a ser.

Como sempre digo
Ela é linda, maravilhosa e incrivel
Ela é um misto de adjetivos
Que numa cabeça
Nao tem como pensar
A ansiedade toma conta em cada despedida
Contando os segundos
Para te abraçar.

Inserida por BrenoFernando

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