Conto Amor de Clarice Lispector
Conto do Coração sedentário
Ontem encontrei um sedentário, um coração que descansava meio despreocupado, em seu rosto um sorriso meio morno, olhos que lentamente piscavam no horizonte, e por vezes e alguns minutos nem abriam.
Sentei ao seu lado, numa rede que havia, dei duas balançadinhas de leve e no "ringir" daqueles enferrujados tornos fui arrancar alguns motivos.
Ouvia pouco, pois era de uma voz meio arrastada, um tanto tremula, mas dava para entender do que se tratava. Em meio ao diálogo que fui arrancando percebi que algumas veias já estavam secas, então foi evidente perceber que aquele se tornara um coração preguiçoso, era muito claro a falta do sangue quente que pulsara ali outrora.
Me contou dentre tantas coisas, que tinha vivido com um outro coração, e o mesmo te dava muito carinho, todas as atenções possíveis e nos mais diversos meios de comunicação, porém te traiu, e foi uma decepção só. Mas dessa vez tentou sorrir e saiu a rua, e saindo de casa foi aos ambientes mais sociais em busca de outro coração (ainda estava decepcionado), quando se encontrou com outro coração, engoliu o ar e foi lá, dançaram juntos naquela balada noturna, quando no dia seguinte o mesmo não te ligou, e aquilo se tornou uma frustração.
Mas coração de balada você sabe como é (...)
Sem cansar muito e nem pensar mais que duas vezes, saiu a sua rotina diária acabando por se deparar com o que ele chamava de 'hipertenso', era aquele típico coração que quer fazer todos os planos, mas nada muda com o passar dos anos, só bate, bate e bate acelerado com muitos desses planos, sufocava, agredia, mas não parava e tipo, não mudava. Desse cansou, nem sabe mais por onde andará este.
Só restou voltar para casa e por eventualidade daquele momento encontrou outro coração, esse mais carente, molhado de tanto que chorava, convenceu a tomar um sorvete e dar uma volta na praia, fizeram isso juntos e por fim percebeu um ar de amizade, hoje são grandes amigos e moram em cidades distantes.
Chegou, abriu a porta, tomou um bom banho para tentar tirar todas aquelas situações, sentou-se ali no alpendre, descansou sua alma, quando num monólogo interior disse.: 'Sentai, esperai que tão como você apareceu a tantos corações, o seu haverá de ser apresentado, mas apenas a quem quiser ser seu.' Então ali ele permanece até hoje, descansado, preguiçoso, sedentário.
Depois de ouvir tanto, só não quis me convencer, então sai em busca de meu coração. É melhor morrer tentando, a enfartar por corações partidos.
Está na hora de acordar e perceber que a vida não é um conto de fadas. Que nem sempre os principes são tão perfeitos e as mocinhas tão indefesas.
Esta na hora de se dar uma chance e viver cada momento como se fosse unico, porém apostando tudo nos "sins e nos nãos" da vida. Nem sempre a gente pode ter tudo o que queremos, mas podemos fazer do pouco que temos um tudo...
A vida é como um conto de fadas
A varinha mágica são os nossos sonhos
Cada pedido são nossas realizações
De coisas boas ou ruins
Vai depender o que desejarmos
A forma que plantarmos
Cada pedido desejado
Mas tudo tem sua causa e efeito
Se plantarmos coisas ruins
Colheremos frutos podres
E quando iniciarmos a subida da escarpa
Acontecerá uma grande queda
Num abismo de tristeza e sem vida
Mas se plantarmos coisas boas
Colheremos saborosos frutos
E nossa subida será tranquila
E contemplaremos lá do alto
A verdadeira felicidade de viver a vida
A vida nos encanta
e a gente canta a vida
a vida a gente conta,
conta como conto
letrado, manuscrito
e melodia ao choro
a força ela dedilha
à sombra dos seus sonhos
quando se tem cavaco
e quando não, aos olhos
a falta ou excesso
de algum amor
se vem, se bate e volta,
pra qualquer efeito
ela só quer que a gente
fale sobre ela
e se a gente não fala
se nega a cantar
ela te sulga toda
lágrima do corpo
então, eu vou cantar
que hoje estou amando
e que ontem chorei
sozinha procurando
uma forma de esquecer
meu bem há tanta vida
no meu coração
porque você ta dentro
em cada distração
em cada parte do meu ser
e existir, e quando eu paro
e penso ,logo penso em ti
É simplismente empolgante e muito rotineiro o fato que agora vos conto. Segunda-feira 06h30min, realmente hoje o dia está incrivelmente bom para se dormir, porem como já diz o dito popular "tudo que é bom dura pouco" o celular desperta com o seguinte lembrete em sua tela: Escola . É aí que tudo cai por terra, sonhos, cama, cobertor, tudo precisa ser largado imediatamente. É preciso se vestir( uniforme ) para o combate e seguir rumo a mais um proveitoso dia, mais uma Segunda-Feira onde o pavor,cansaço e principalmente a preguiça emperam sobre seu rosto, humor e reflexos. Se deparar com as simpatias de sua Diretora, Supervisora e Pedagoga. Encontrar fieis amigos que não vê desde sexta-feira e seus ' mestres ' com aquele ar de fome de conhecimento, sabedoria e mansidão.
Ao entrar na classe, percebe-se que seus amigos estão desanimados, sem demonstrar nem um tipo de novidade, ou se quer algum tipo de AMEAÇA. É aí que esta o problema, quando se trata do 2° ano do ensino médio, quietude definitamente é muito preocupante.
O Melhor de tudo é saber que o primeiro horário se restringe a uma estimulante aula de Física. Onde o máximo que você escutará é termodinâmica (é a parte da física que estuda as transformações entre calor e trabalho)
É neste exato momento que uma visão nostálgica se materializa em sua mente, quando você imagina sua cama te chamando e dizendo: deite-se, eu sou confortável e revigorante.
Aproveitando seu momento de desatenção, sorrateiramente seu 'fiel' amigo de classe te arremessa uma bola de papel no estilo 'arremesso de handebol' bem no meio das temporas, e pronto. TUDO ESTA PERDIDO.
Imediatamente uma onda de ataques baixos e premeditados (rs) acontecem, ninguém esta seguro. É preciso montar sua base militar e estar preparado para o pior. Não existe mais sono, não existe mais Física, só existe sede de vingança. Os ataques estão vindo de todos os lados, não há tempo para bolar uma estratégia eficaz. Você esta recolhendo sua munição quando repentinamente te acertam novamente, só que dessa vez com um estilo diferente: esse parecia um ultraleve, talvez o 14 bis, a guerra esta declarada, salve-se quem puder, muitos correm da raia com a seguinte desculpa: vocês vão ser suspensos. Porém um soldado nunca desiste de sua missão, apesar de as chances de sucesso na vingança serem extremamente baixas, e a diretoria é quase certa, não a tempo para pensar, você esta cego, e derrepente você arremessa, e consequentemente suplica em pensamento que sua mira não lhe falte dessa vez, tudo fica em câmera lenta, consegue se ouvir os suspiros ao fundo, muitos combatentes nem se quer piscam as pálpebras com medo de perder este momento de glória e extrema tensão. As tropas inimigas tentam se proteger, mas já é tarde de mais. Sim, você acertou o alvo, sem falsa modéstia sua precisão foi incrível e seu inimigo esta desencorajado a contra-atacar, já não existem preocupações ou precauções a se tomar, você conseguiu, seu posto como Soldado Universal será mantido, e você pode respirar despreocupado...
até a próxima segunda-feira.
tempo
Eu não simpatizo com o tempo
Também não conto os dias que já foram
Eles sempre anunciam a minha velhice,
Não escrevo o tempo, ele me escreve
Eu gosto da vida no hoje, e descrevê-la,
em porções nos meus poemas
E quando findar o meu tempo,
da minha carne aqui na terra
Talvez tu estejas
eternizado em versos,
talvez em um livro empoeirado,
em uma gaveta, esquecido
Papai Noel.. passamos por três fases desse lindo conto..
1º Quando crianças em que acreditamos que ele chegaria de trenó enquanto dormiamos, se durante todo o ano tivessemos nos comportado (no meu caso passado de ano na escola..rs).
2º Quando deixamos de acreditar na mágia do Natal... "Aborrecencia".. a luta para sair da infancia e virar "GENTE GRANDE"..rs Faz com que deixemos alguns sonhos adormecidos..
3º E quando passamos a ter a LINDA responsabilidade de "SER O PAPAI NOEL" e tentamos fazer a diferença a uma criança, ajudando a acreditar na magia, no amor e em seus Sonhos... Por isso eu digo.. Papai Noel EXISTE SIM!!! Está dentro de cada um de nós...
Há quem critique dizendo que Papai Noel é capitalista, mas me refiro ao fato de fazer a diferença, ao sonho de Natal..
E, aquela criança que passa junto com sua familia um aperto danado o ano todo e que tem a esperança de que no final do ano tudo pode mudar? E pra ela e por ela que insisto nessa linda magia do Natal!!!.. Repense seus valores e FAÇA A DIFERENÇA!!!!
Monique (Poema II)
Conto as horas para
Chegar em casa
E em apenas um olhar
Ver seu sorriso sem graça
Sempre espero suas mensagens
E respondo depois de um segundo
Não quero perder tempo
Não tenho todo tempo do mundo
Contamos tantas histórias
Nossas coisas preferidas
Contamos segredos
Coisas da nossas vida
Mais guardo um
Sentimento profundo
Que não sinto por mais
Ninguém nesse mundo
E aquela solidão que
Era o fardo do meu coração
Logo queimou-se
Com o fogo da paixão
Mas não sei ainda como dizer
Talvez nenhuma palavra saiba
Traduzir o que eu sinto por você
Se teus olhos brilham ao ver os meus
Se sua mão treme ao falar comigo
Acho que você também gosta de mim
E não me quer só como um amigo
Mais guardo um
Sentimento profundo
Que não sinto por mais
Ninguém nesse mundo
E aquela solidão que
Era o fardo do meu coração
Logo queimou-se
Com o fogo da paixão
Sou uma pessoa muito tímida
Mas pra você eu conto tudo
Mesmo as minhas coisas íntimas
E meus planos para o futuro
E aquela solidão que
Era o fardo do meu coração
Logo queimou-se
Com o fogo da paixão.
UM CONTO "HOMEM SÓ, JÁ NÃO"
Homem deixado entregue ao seu destino
roto quase despido, tinha chorado, tinha gemido.
Já tinha fugido das responsabilidades, tantas vezes do tempo
Da verde eufórica mocidade, agora já na madura velhice
O gosto falso de uma caminhada dada na verde preguiça,
Onde quis fortalecer a fraqueza da solitária serra
Mora nos bosques repletos de diversidades, nos rochedos nas grutas
Com o seu fiel amigo, um lobo abandonado
Por um caçador repugnante que tantas vezes batia no lobo indefeso
Como nos cães que ele tinha e tem
Caçavam juntos o homem sem nome,
Ele não gosta nem de lembrar o seu passado
Apenas o presente numa terra agreste dura
Fugia das pessoas que o olhavam de lado chamando-lhe louco
Coitado diziam, mal sabiam
Que era mais feliz numa gruta na serra
Do que com um bom carro que tinha
Um Audi topo de gama, uma casa na zona mais cara de Lisboa.
Mas não era feliz, encontrou a felicidade quando o deixaram
O roubaram, entregue a si próprio no meio do Monsanto,
Roto quase despido e revoltado
Quando deu-se por ela era um sem abrigo triste e solitário.
Resolveu fugir da cidade para o campo
E foi quando começou a viver nas grutas das serras
Enfiados nos rochedos, nas fragas
Foi quando viu um animal quase morto cheio de feridas
Não deixava ninguém aproximar-se dele
Estava moribundo mas tinha garra
Afinal era um animal selvagem
Domesticado por um verdadeiro animal o seu dono
Um caçador que o tinha roubado à sua pobre mãe loba, coitada
Lentamente começou a aproximar-se, mas o lobo uivava
Ele com calma foi ganhando confiança
O lobo começou a baixar a guarda, estava tão ferido que metia dó
Mas devagarinho conseguiu aproximar-se dele
Tinha caçado um coelho selvagem
Coitado nunca tinha comido carne crua
Era repugnante dizia ele em pensamento, comer a carne crua
Mas o amor que ele tinha por aquele animal ferido
Era tanto que nunca tinha sentido por ninguém
Era uma mistura de sentimentos desconhecidos dele até então
Repartiram a carne entre os dois e a confiança estabeleceu-se
Ele conseguiu agarrar-se ao lobo que ainda o abocanhou
não o mordeu, aceitou o abraço de um homem que não conhecia
Afinal o antigo dono nunca o tinha abraçado
Só lhe batia como batia nos seus cães o caçador era um homem rude
Talvez sem instrução coitado não é desculpa mas enfim
O lobo tinha ganho um amigo, o homem tinha ganho
Mais uma razão de continuar o seu destino
Já não estava sozinho tinha um fiel amigo, o lobo.
Andam assim os dois pelas serras, montes
Bosques, rochedos, fragas e grutas do nosso amado Portugal!
O conto dos dois caminhos
Eu estava perdida em sofrimento, solidão e agonia. Desejava tanto a morte quanto a luz do dia. Já não sabia se amava mais a vida ou se desejava mais a morte. Só que eu era covarde. Tão covarde que eu não sabia viver e nem morrer. Tinha medo da vida e da morte. E eu vivia vazia, parada nessa encruzilhada. Olhava para os dois caminhos, sem saber qual seguir. Então peguei a direita, o caminho da vida. Fiquei tão apreensiva que eu chegava a subir nos barrancos da vida, só para não entrar de cabeça nessa estrada. Olhava para todos os cantos, todas as sombras... Eu prossegui pelo caminho da vida solitariamente. Durante algum tempo... Mas, ao decorrer desse, eu encontrei outras pessoas nesse caminho. Pessoas como eu. Que também haviam parado na encruzilhada e que também haviam ficado indecisas. Conheci um senhor que havia dito que havia conhecido um homem sofredor, como nós dois. Esse homem optou pelo caminho da esquerda, o da morte. E o senhor me disse que não sabia por quê. E eu lhe disse que também não sabia. Então nós rimos, aquele riso triste. E então o senhor começou a narrar-me sua história de vida. Disse-me que, quando tinha a minha idade, também havia chegado na primeira encruzilhada. Nesse instante, arregalei os olhos. E o senhor entendeu porquê. E ele disse-me para não me assustar, pois no decorrer deste caminho eu hei de encontrar mais encruzilhadas como essa primeira. E eu perguntei-lhe como ele sabia disso, sendo que nós dois estávamos apenas no início do caminho da vida. Ele me disse que ele já não estrava mais no início. Disse-me que havia nascido, prosseguido feliz e chegado à primeira das encruzilhadas. Disse-me que passou pela vida e que a seguiu até encontrar outras tantas encruzilhadas, iguais à primeira. E disse-me que, como eu podia observar, ele havia optado sempre pela vida, mesmo desejando também a morte. Ele me disse que a única certeza que tinha nessa vida era que um dia ele teria de seguir o caminho da morte, mesmo querendo ou não. E então ele me disse que não havia porque em apressar o fim, já que ele viria de qualquer jeito. Ele me disse, então, que optou pela vida porque queria saber mais sobre ela. Queria encontrar, no fim disso tudo, mais uma vez a alegria que sentia ao ser criança. Perguntei como ele sabia que a encontraria. Ele me disse que não sabia. Perguntei, então, se ele havia encontrado. Ele me disse que sim, mas que já à havia perdido. Ao me ver com um olhar desentendido, ele disse à mim que havia encontrado o amor. E então eu perguntei a ele por que ele havia voltado. Ele me disse que não tinha mais o que viver. Que sua vida já estava no fim e que jamais encontraria felicidade nessa, já que seu grande amor se fora. Ele me disse que optou por voltar, apenas para narrar aos outros, como eu, suas histórias. Disse também que queria terminar no início. Que gostaria de morrer na primeira encruzilhada. Que esperaria pela morte ali mesmo. Disse-me que estava apenas voltando no tempo. E disse-me também que queria prosseguir, antes que esse já não o deixasse mais fazê-lo. Assim, o velho me disse um adeus e se foi. E eu prossegui meu caminho, desejando, lá no fundo, encontrar a alegria. Prossegui. Após um tempo, encontrei um garotinho. Estava escondido no meio do mato que crescia pelo barranco em que eu andava. Ele se escondia da vida, mas ela não o deixava. Perguntei a ele por que se escondia. Ele me disse que era a vida quem se escondia dele, e não o contrário. Ele me disse que a vida é que não quis ser gentil com ele. Ele era tão pobre com um rato. Era sujo e imundo. Olhei para ele e disse-lhe que a vida também não me é gentil, mas eu não desisti de conquista-la. Disse à ele para prosseguir que um dia daria certo. Dei então um abraço bem forte no garoto sujo e prossegui. Ao olhar para trás, vi que ele sorria. Eu continuei andando. O tempo passou. Encontrei pelo caminho água, comida e ar fresco. Encontrei o necessário para continuar vivendo. Mas não encontrei a alegria que, lá atrás, aquele velho senhor dizia ter encontrado. Eu, hoje, sou tão velha quanto ele. Estou tão cansada que resolvi parar na próxima encruzilhada que me vier. E farei a mesma coisa que fez aquele velho. Vou ficar parada na encruzilhada, pensando na vida e na morte. Esperando-a chegar. Pensando em como fui feliz antes da primeira encruzilhada. Tudo porque eu tinha conhecido a alegria que um dia aquele velho sentiu. Eu só não dei a sorte que ele deu. Eu apenas vi a alegria andando ao longe, já o velho pode abraça-la. Ele pode amar e ser amado. Já eu, parei na primeira parte, na primeira encruzilhada.
Um conto de Ivanor
Eu e ele estávamos no quarto dele. Ele me encarava e eu retribuía o olhar. Ao nosso lado havia um espelho, que ia da cabeça aos pés. Após uns segundos, virei-me para o espelho e fiquei encarando-o através do espelho. Ele, então, fez o mesmo. Agora nós nos encarávamos, mas dessa vez era através do espelho. Então eu disse:
- Eu e você temos o cabelo praticamente da mesma cor, e os olhos também.
Ele me olhou, ainda através do espelho, com um olhar inquisitivo. Então virei-me novamente para ele, e ele para mim, e disse:
- Se nós tivéssemos um filho, ele seria lindo como nós!
Ele sorriu, deu um passo até mim e me beijou.
Ele é o meu sonho mais bonito
Conto segredos, medos, pensamentos,
raivas, e ele me ouve com carinho e
entende, mesmo que às vezes não
concorde (isso me deixa um pouco
irritada, porque sempre quero ter a
razão).
Ele me abraça, e é como fosse um
abrigo em um dia chuvoso.
Ele me faz sorrir sem nenhum
esforço, pois só a sua presença traz
alegria ao meu coração.
Conversas fluem como rios.
Sorrisos se abrem.
Ele é como um sol em dias nublados.
Ele é como chuva calma que resfria
até a alma.
Como pode existir alguém assim ?
Ele é o meu sonho mais bonito.
(É, eu acho que me apaixonei pelo
meu melhor amigo)
"CONTO DE OUTONO"
A chuva caia com imensa intensidade
A noite estava escura cheia de neblina
Como se não houvesse lua no céu
Ela estava perdida à procura do seu amado
Mas o seu amado não estava em lugar nenhum
O amor e a dor consumiam o seu coração
E uma parte dela morria
O seu amado havia levado essa parte com ele.
Ela não conseguia explicar a dor no seu peito
Chorava de saudade sangrando por dentro.
Pergunta ela porque o conheci?
Era uma simples noite de outono, numa simples festa
Num simples momento, um simples beijo
Coisas simples que foram o bastante para abrir um buraco
De esperança no seu coração para faze-la sofrer de amor
Ela fecha os olhos e pensa no seu amado
No dia em que se conheceram
Do primeiro abraço, do seu único beijo
Olhares profundos dentro dos olhos um do outro.
Uma lágrima desce vagarosamente pelo seu rosto
A dor que de repente a consome, simplesmente desaparece
Olhou para o passado para sentir o que viveu
Não no sentido de quem me dera voltar para trás
Mas apenas para perceber se valeu a pena amar tanto o seu amado!
O conto da flor rosa
Percebi que nos últimos dias ele estava meio cabisbaixo. Então resolvi, como ele sempre faz com todos, alegrá-lo. Só que descobri segundos depois que eu não tinha muito bem esse dom. Mas pensei em qualquer coisa, por mais sem graça que fosse. Então, me aproximei dele e, com as mãos juntas e fechadas, estendi-as à ele.
- Ei, tenho uma coisa para lhe mostrar.
Ele, um tanto curioso, perguntou-me o que era. Então, abri as mãos, ainda mantendo-as juntas, e perguntei-lhe se ele conseguia ver uma flor rosa. O fato era que não existia nenhuma flor rosa em minhas mãos. Elas estavam vazias. Mas ele disse:
- Sim, estou vendo.
Olhei-o um tanto curiosa. Então ele soube jogar. Soube usar a imaginação. E eu prossegui.
- Ok. Agora pegue essa flor nas mãos.
Ele fez de conta que pegava, porque a flor não existia. Feito isso, eu disse:
- Agora coloque-a no bolso. Mas, quando chegar em casa, tire-a do bolso para não amassá-la. Cuide bem dela.
Ele fez de conta que guardava uma flor no bolso da calça. e depois ele disse:
- Ok, mas a flor vai morrer depois de uns dias, e aí o que eu faço?
- Se quiser, chore. Ou apenas lembre dela. Lembre da beleza dela.
Terminado isso, me afastei dele. No dia seguinte, ele veio à mim:
- A flor ainda não morreu, mas já está murcha.
- Tudo bem, é a vida.
Ele ficou me olhando, parecia um olhar curioso. Perguntou-me:
- O que quer dizer com a história da flor?
- Ainda não compreendeu?
- Não.
- Pensei que já.
- Mas não entendi ainda.
- Ok, vou lhe ajudar. É simples. Relembre a história da flor. Agora imagine, no lugar da flor, uma pessoa. Uma pessoa qualquer, sem identificação.
Passados alguns segundos, eu prossegui:
- A flor é alguém que lhe ama. Você deve cuidar de quem lhe ama. Você deve apreciar a beleza interior de quem lhe ama. Você deve fazer isso antes que seja tarde. Antes que essa flor morra. Porque todos nós vamos morrer um dia, e não se sabe quando. Então saiba dar valor enquanto tem.
As Lendas da Criação – Conto III
A Era da Vaidade
Houve uma era, não se sabe aproximadamente qual, mas que o homem estabelecia um vinculo muito grande com o reino animal, e que tentando entender sua forma de vida e extinto, fizeram as maiores descobertas que a humanidade pode ousar em fazer. Pensavam que as respostas para nosso comportamento e extinto estavam contidas neles e que a sabedoria dos Céus por algum motivo estaria oculta também dentro deles. E como nada para o homem era suficiente, as buscas pelas respostas o tornava um incansável e até obscuro ser. Com o tempo os animais foram tomando um lugar majestoso nos reinos ocultos, tornando-se Deuses de seus copiadores. O homem atribuiu a cada um deles funções e dons, de acordo com seu extinto de sobrevivência e maneira de comportamento individual e em grupo.
Uma era se passou, tudo estava em perfeito equilíbrio, o reino animal e o humano. Até que um dia, um homem se fez uma pergunta: Por que não existe um Deus com a nossa semelhança? Será que somos tão imperfeitos que não somos dignos de ter um representante a nossa imagem? E começou a espalhar este pensamento duvidoso por onde passava. A cada um que tocava com estas perguntas, o mesmo se pegava em um enorme conflito, e assim, foi seguindo, e cada vez mais pessoas se perguntavam a mesma coisa.
Dúvidas iam surgindo, até que em um momento tiveram um pensamento luminoso: Quem elegeu os animais Deuses? Se eram Deuses porque na Terra não agiam como tal? Se nós somos os únicos seres racionais no mundo, não poderíamos ter sido criados por animais, mas sim, por alguém a nossa imagem.
“Então lhes ocorreu que o próprio homem no passado elegeu os animais e os colocaram na categoria de Deuses e que se assim o fizeram, então poderiam mudar as coisas.”
Naquele tempo já haviam rumores de pequenas cidades que se pareciam com o paraíso na terra, que seus moradores tanto quanto sua arquitetura e cultura se assemelhavam com algo divino, algo que copiaram de uma forma de vida superior a nós, e se não, os próprios Deuses ali estavam, mesmo que não soubessem. Isso se espalhou até as terras mais distantes, e então a reforma do reino divino foi acontecendo, da mesma maneira que havia ocorrido no passado, de homem em homem, de história por história, aos poucos foram atribuindo dons, qualidades e seus defeitos, às características dos Deuses, cada homem e mulher que se encaixasse de forma soberana nessas características, ganhavam o titulo de Deus. A humanidade almejava este posto, uns por questões políticas de poder e outros por pura vaidade. A nova era mitológica se iniciou naquele tempo tão remoto, quem pode, se destacou, quem não, ficou no esquecimento eterno e tudo do pouco que sabemos são contados em histórias até os dias de hoje.
Há teorias que contam que realmente o homem foi descobrindo os segredos ocultos e foram desenvolvendo com aprendizado e evolução a manipular os elementos e dons do espírito, quebrando as barreiras do plano físico e divino. Que muito do que conhecemos foram realmente frutos de suas criações, mas que por algum motivo não se sabe em qual parte da história, seus reinados acabaram não passando de lendas para nós hoje.
E há também teorias de que tudo não passou apenas de uma inversão de valores e morais, distorcidas e preenchidas de ego enaltecido e vaidade extrema. O ponto exato em que o homem se colocou no topo das criações, elegendo-se Deuses de si mesmos, esquecendo-se de olhar e aprender com as coisas simples do nosso mundo. “Como acontece ainda hoje.” Podemos pensar que isso foi bom, afinal as bases filosóficas e culturais de nosso mundo vieram de eras como essas, que conhecemos através de histórias, no entanto até que ponto o ser humano deve ir para atingir a evolução? Até que ponto devemos ir para descobrir a verdade sobre nós e nossa existência? E se não for para sabermos? “Pra eu, mero narrador, tudo não passa de apenas medo. Este que você tem oculto dentro de si. Medo de estarmos sozinhos, medo de tudo ser em vão, medo de não ser o melhor ou fazer o melhor, medo da inferioridade, e outros medos que atinge o coração humano a tanto tempo, e que a Era da Vaidade ainda esta aqui, sob novas formas, novos pretextos e anseios, mas ainda sim aqui.”
Boa noite meu amigo
Que até na noite conto com ti
Para tu que quando falas de teu amigo , sinto no teu semblante alvissareiro ,
aquele ar brejeiro...
Que só um amigo verdadeiro... tem !!!!!
Amigo ....A recíproca é a verdade
que nem com o passar da nossa idade
conseguimos esquecer !
Amigo........de confiança
Eu sempre te trago na lembrança .....
Pois é só esticar a minha mão num socorro
Que num piscar de olhos ....
Tu vens sem pestanejar !!!!!
Chuva, café e um clima frio nos primeiros dias do mês. O pensamento vai longe. Conto os pingos que caem e se amontoam na janela do quarto. Nenhum desses pingos é igual, penso eu com os meus botões. Ser igual para que mesmo?
As grades da janela transmitem a estranha sensação de aprisionamento. Mas nem as grades, nem a sensação estranha e nem a tarde chuvosa e fria conseguem conter os pensamentos que, livres por natureza, correm de encontro ao que me faz bem.
Os dias têm sido intermináveis e rotineiros. Os afazeres e os compromissos me consomem. Os problemas diários também. Não tem para onde correr. Tem que ficar e resolver. Mas ai de mim ou de nós, meros mortais, se não existissem as lembranças e a capacidade de nos transportar aos momentos que nos preenchem e que, em dias chuvosos e frios como os de hoje, nos fazem carinhos na alma.
A sensação de bem estar vem com um dia de sol. Uma simples espera por um café na padaria. Mas não é qualquer café. Tem o café, os carros passando, e a moça que passa com o filho logo cedo, e aquele senhor que não tem dias cheios, mas que, mesmo assim, passa apressadamente para algo ou para alguém. Peço um suco, e fico admirando as pessoas que vem e vão. E de repente, meu café da manhã se transforma em risos e sorrisos. E o vazio preenchido.
Eu gosto de tomar o tal café na padaria. E gosto de andar pela rua como se ela fosse somente nossa. Gosto de almoçar no mesmo lugar e dizer que eu não sei cozinhar aquela comida. Gosto de ouvir você falando e fazendo planos. E eu me dou conta de que eu quero ouvir você falando e fazendo planos, em todos os almoços em que eu puder te ver comendo e falando ao telefone ao mesmo tempo.
Eu quero o café. O almoço. E a tarde de sol na praia. Eu quero mãos dadas. Eu quero te olhar e pensar que você é uma criança grande e descobrir que, apesar de tanta escuridão e confusão que teimam em nublar os meus dias, você ainda é aquele dia de sol que me acompanha e aquece a alma.
Travesseiro
A ele conto
Todos os segredos e confissões
Todos os amores e paixões
Todos os sentimentos e emoções
A ele conto
Todos as travessuras e loucuras
Todas as dores e amarguras
Todas as horas que se passou a cada instante
E a qual dessemelhante se deixou passar
A ele digo
Tu és o melhor amigo
Que outro igual não haveria de ter
Tú és o consolo
Tú és o acalmar
Tu és o que ninguém jamais pode dar
Você é o travesseiro
O consolo de todas as horas e instantes
Que ninguém semelhante
Jamais pode me dar
Um conto
Um conto pra ter magia
Tem que ter poesia e inspiração
E ainda que não seja canção
Precisa de rima e de cor
Um conto pra ter alegria
Precisa de forca e de graça
E também de uma historia que traça
Os Caminhos de um grande amor
Um conto pra ter beleza
Precisa de um belo enredo
Que traga alegria e medo
E tenha uma linda princesa
Um conto pra ser perfeito
Tem que acima de tudo nos prender
E sempre nos surpreender
Com frases e gestos de efeito
Um conto pra ser diferente
Traz tudo Num timing perfeito
E sempre arranja algum jeito
De tocar meu coração
E o conto que vejo a minha frente
Não pode ser de outro jeito
Você é um conto perfeito
Assim por definição
O conto do século 21
Quando dizem que nada é pra sempre, há uma discordância, o pra sempre é relativo, obviamente não é como a retratação de um conto de fadas, e sim a verdadeira sociedade, é como um trabalhador que todos os dias no fim do expediente chega em casa com um belo sorriso e corre ao encontro de sua família, este sim é o pra sempre de um conto vivido por uma misera porcentagem das bilhões de pessoas, um pra sempre alcançado por poucos, o seu pra sempre pode não ser o qual deseja, mas é o que muitos queriam ter , por estes e por outros grandes motivos não ignore o que você vive, pois por pior que seja sempre terá outros querendo viver o seu conto, ou você acha que as princesas dos verdadeiros contos ultrapassavam o seu? Viva seu conto mesmo que a ultima frase dele não seja felizes para sempre, e sim os felizes do presente
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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