Contexto da Poesia Tecendo a Manha
"Já não te faço poesia,
Já não moras aqui dentro.
Da casa do amor, vazia,
Joguei teu retrato ao vento
Do fogo antigo que ardia,
Sobrou cinza, desalento,
E uma história tardia,
De vida e pertencimento.
Já não te faço poesia,
Não te lembro, nem lamento
Rasguei o sonho que havia
E enterrei no esquecimento."
Lori Damm ("Leaozinho", Contos, Crônicas & Poesia)
Hoje sou o que você fez
De mim.
Você chegou e diluiu
meu passado.
Sendo passageiro
Veio para ficar.
Desfez quem eu era
e me reconstruiu.
Ergueu-me num pedestal
adorou-me
e depois me fez andar
na estrada
sem olhar pra trás.
Conectou
nossos corações
e assim me mantêm
presa a um encanto,
volúvel e volátil
que se tornou
necessário e permanente!
As vezes,
Dá-me as costas
Mas nunca me esquece
Com os olhos da alma
me vigia
e não me deixa
desaparecer,
Faz que me perde
e depois me acha
e me ama
além de seus limites
e de minhas permissões.
Quem eu era já não importa
nem é possível lembrar.
Foi-se aquela que eu fui
chegou a que ficará.
Gosto de mim
assim
E desse jeito ficarei
e assim agora serei.
Amo-te pelo que fez
e pelo que ainda fará
por mim
hoje, amanhã,
não sei quando
no tempo que ainda virá.
Que Deus o abençoe
e proteja.
De alguma forma sou tua
De alguma forma agora és meu.
E que assim seja.
"Sou Tua, És Meu"
"Aos quatorze anos eu coloquei um chapéu de flores na cabeça e nunca mais tirei!
Lembro até hoje: era branco com rosinhas cor de rosa. Fiquei muito feliz quando o comprei, me senti o máximo porque aquele chapéu estava super na moda na minha cidade, rs
O tempo levou o chapéu físico embora mas ele prossegue na minha cabeça, enfeitando meus dias de branco e rosa e muita felicidade!
O que os outros pensam? Ah, não sei, isso é problema e direito deles, de pensar o que quiserem. Respeito. Mas meu chapéu da alegria não tiro da cabeça de jeito nenhum.
A vida é minha, a vida é bela e eu a saúdo com o meu melhor sorriso todos os dias.
Por isso prossigo com quatorze anos. E você?"
Os sonhos quando jogados ao vento, vaga sem destino e pode se perder a qualquer momento.
Pois sonhos são como as areias do deserto, com apenas um sopro do vento ganham um rumo e um destino incerto,
Não deixe que seus sonhos sejam varridos pelos ares, se seus sonhos são grandes... corra atrás e os agarre!!!
Lágrimas caem
sinto o gosto amargo no canto da boca
Mais seu gosto não é nada perto do sufoco que já passei por essa vida loca.
Hoje eu paro penso e reflito...
Só dando graças a Deus por hoje estar aqui vivo!!!
Me dando forças e inspiração
pra que de uma forma ou outra você seja tocado pela minha canção,
mais pra que isso aconteça, faço musica com a alma, musica de verdade...musica do coração!!!
Engraçado como tudo pode mudar em um simples momento
quando tudo parecia bom...nosso sorriso se vai com as asas do vento.
Difícil de entender muito menos explicar
somente Deus nesse momento pra poder me confortar
Porque palavras tão pequenas tem tanto poder
essas palavras pequenas são aquelas que podem te destruir
e as mesmas te reerguer...
Éramos eu e tu
Dentro de mim
Centenas de fantasmas compunham o espectáculo
E o medo
Todo o medo do mundo em câmara lenta nos meus olhos.
Mãos agarradas
Pulsos acariciados
Um afago nas faces.
Éramos tu e eu
Dentro de nós
Suores inundavam os olhos
Alagavam lençóis
Corriam para o mar.
As unhas revoltam-se e ferem a carne que as abriga.
Éramos tu e eu
Dentro de nós.
Conto do Pato
Jô Bragança
Chegou o grande dia; Pato Haroldo, criado com todo carinho pela família, ja estava no ponto para ir a panela. Era Círio em Belém do Pará:
- Haroldo! meu filho, cadê você?
- Cadê você? Sou pato, não sou pateta.
Haroldo saiu correndo, desembestado, pelo quintal. Saiu pela tangente. Pulando muro feito louco.
Família, vizinhança e amigos, e quem nem sabia da história, começaram a perseguição.
Pato Haroldo correu mais que os carros, e se duvidar mais que os aviões. Passando pela feira, derrubou tudo no chão. Se armou, criou a maior confusão. Quebrou barracas, até as crianças não escaparam, e carroças. Tamanha foi a lambança que o dito Pato causou. Também pudera, eu também não quereria ir pra panela.
Depois de mais de uma hora de caça e quebradeira. Chegou o batalhão. Tropa de choque e cavalaria. Capturaram Haroldo, o pato fujao.
Não teve acordo. O delegado decretou "Pato Haroldo, por desordem e destruição, escapou da panela. Mas não escapará da prisão".
Era truque
Caí no truque da ilusão
Nem dei por conta que a capa
De propósito, cobria o ilusionista
Para confundir o espetáculo
Da platéia ao palco
Da confiança ao engano
Do que via,agora sendo visto
Do conforto da cadeira
Ao vexatório de um palco
Deu errado
Vaias...
O que o ilusionista fez?
Fui mero alvo
Na fumaça de meias verdades
Envolvi às cegas
Quando completamente crente de sua presença
A fumaça evapora
O corpo gira, buscando olhos abertos...
No inacreditável, um vapor que desce à mente
Revirando sombras em vultos
No coração, poeira de passos marcados
Dissolvendo-se pelo vento que sopra
Na descoordenada confusão
A fatal fumaça que cobria o ilusionista era farsa
Com um único intuito:
Fazer, de um espectador, palco de uma ilusão
Que devasta...
Márcia G de Oliveira
"Ele veio em passos leves,
feito vento sorrateiro,
e olhei sem entender
para a rua, para o chão
vasculhei o mundo inteiro!
Eram passos, eram rastros,
Era o amor, minha paixão?
Era sim, mas ai que pena!
Não parou, passou voando
Nas asas da ilusão."
Lori Damm (Contos, Crônicas & Poesia)
POESIA É CAPASSO
Poesia é compasso, com melodias
Suaves que musicam o bom viver
Suas cadências são visões luzidias
E ao ledor se torna graça a prover
E esse par, de fato, são harmonias
Que nos levam ao doce alvorecer
De quimeras, sonhos e fantasias
Que ao agrado traz o bem querer
Sussurram os diversos cotidianos
Traçados, feitos e outros planos
Do Bardo, que tira da sensação
Cada verso o ritmo a nos aninar
Adentrando a alma pra lhe falar
Dos ousas cadenciando o coração
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14 janeiro, 2022, 10’06” – Araguari, MG
HUMILDE AMANHECER
Se o café requentado
Vem em caneca de lata
O pão velho sem manteiga
Num prato meio quebrado,
Ache graça, faça graça,
O sorriso tudo arremata!
Põe um solzinho no rosto
Deixa o dia iluminado,
Bota flores sobre a mesa
Colhidas pelas estradas
Das pequenas, mirradinhas
- estas são flores de fadas!
Abre a janela confiante,
e em prece bendiz o mundo
E tuas dores, num segundo
Serão pouco, quase nada!
Bota um sonho no alpendre
E uma esperança na porta
Faça um jardim bem na frente
Nos fundos plante uma horta...
E deixe Deus povoar tua casa
De amor e de alegria
Pois maior que o alimento,
A magia do bom pensamento
Enriquece o café aguado,
Faz de teu pão iguaria!
Ama contente o que tens,
Muito além da adversidade
E mesmo na triste pobreza
Viverás em doce nobreza
No seio da felicidade!...
FELICIDADE É UM ESTADO DE ESPÍRITO
DOMINGO
Portas da casa fechadas,
Na tramela, mal e mal,
Cheiro de sonho nos quartos,
Brisa fresca no quintal.
Cortinas brancas de renda,
Atrás dos vidros cerrados,
dois gatos esparramados
tomando sol no beiral.
Na varanda entre cadeiras
um cachorro cuida feliz,
da borboleta que tenta
arriar no seu nariz,
Lá no pomar vistoso,
um bem-te-vi educado
anuncia que viu alguém,
sabiá nem quer saber
e canta como ninguém!
Nuvens claras, sonolentas
sopram rente ao capim
O vento que mistura
O perfume das roseiras
E a doçura dos jasmins...
Sim, há algo de especial
No dia que vem vindo!
Tem um pouco de Natal
De festa de aniversário,
Comida boa, gente rindo
Brincadeiras sem horário
De olhinhos pela fresta
O tempo quieto, sorrindo,
Um dia com cara de festa,
Mas é claro, hoje é domingo!
REVERÊNCIA
Vem a poesia, sussurrando no pergaminho
Pousa leve na sensação, e cheia de canto
Veste a toda alma com um poético manto
Dando á emoção o sentimento e o carinho
Com inspiração romântica, o amor poeta
Num sabor de agrado, e de doces sonhos
Também, declama momentos tristonhos
Desenhando versos de façanha completa
Vem a poesia, sedutora tal uma serenata
Louvando o espírito com atrativo bonito
Tocando pra existência melodia acrobata
E de um pôr do sol a luz nascente do dia
A poesia tem os tons do acaso do infinito
E lá vem a poesia, e o poeta a reverencia...
© Luciano Spagnol poeta do cerrado
01, outubro de 2021 – Araguari, MG
Quero pedir desculpa a todas as mulheres que descrevi como bonitas antes de dizer inteligentes ou corajosas. Fico triste por ter falado como se algo tão simples como aquilo que nasceu com você, fosse seu maior orgulho, quando seu espírito já despedaçou montanhas. De agora em diante vou dizer coisas como, “você é forte” ou “você é incrível!”, não porque eu não te ache bonita, mas porque você é muito mais do que isso.
O homem sempre busca um colo de mulher para deitar; um carinho para sonhar; e uma lágrima para pensar em quanta dor ela apazigua no toque; em quanta magia ela encanta no olhar; e quantas tristezas ela abafa no peito. Nossas paixões são imagens maternas; nós, homens, somos carentes eternos de cuidados maternos.
Você me diz para ficar quieta porque minhas opiniões me deixam menos bonita, mas não fui feita com um incêndio na barriga para que pudessem me apagar. Não fui feita com leveza na língua para que fosse fácil de engolir. Fui feita pesada, metade lâmina, metade seda. Difícil de esquecer e não tão fácil de entender.
Quando a primavera chegava, mesmo que se tratasse de uma falsa primavera, nossos problemas desapareciam, exceto o de saber onde se poderia ser mais feliz. A única coisa capaz de nos estragar um dia eram as pessoas, mas, se se pudesse evitar encontros, os dias não tinham limites. As pessoas eram sempre limitadoras da felicidade, exceto aquelas poucas que eram tão boas quanto a própria primavera.
Cada pequeno centímetro seu me faz bem, me acalenta como uma doce manhã fria. Me acalma como aquele fim de verão, me traz uma certa paz. O seu sorriso aconchega meus problemas e pelo momento que ele permanece, eu posso esquecê-los. O seu abraço é o que afasta os meus medos e o único lugar onde eu quero e preciso estar.
Eu acredito que a poesia tenha sido uma vocação, embora não tenha sido uma vocação desenvolvida conscientemente ou intencionalmente. Minha motivação foi esta: tentar resolver, através de versos, problemas existenciais internos. São problemas de angústia, incompreensão e inadaptação ao mundo.
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