Cidade
QUASE HERÓI
Um dia desses, sol forte, bom clima, cidade grande, euforia, passava eu em meio de uma pequena multidão de pessoas alegres e cantantes, que trovavam o hino do seu time, que saudavam umas as outras. Abraços, sorrisos, pareciam irmãs, íntimas apesar de nunca terem se visto antes. Era a explosão de ser campeão Brasileiro de futebol.
Mas o que realmente tomou minha atenção foi um objeto ambulante que vinha de qualquer lugar e parecia estar andando em direção à terra do nunca. Caminhava devagar, como quem espera pela morte, fazia ziguezagues como quem não tem pressa de chegar a lugar nenhum. Em sua cabeça uma peruca "Black Power" colorida como aquelas de palhaços parecia ser uma forma de gritar bem alto com a voz baixa "Eu ainda existo! Olhe, olhe, sou como você, sou um ser humano!" Vai ver decidira não mais gritar para poupar que o julgassem maluco, para evitar que corressem de sua presença. Em sua pele o cinza berrava o amargor da tristeza. Em seu ombro descaia uma bolsa da cor de sua pele que substituíra sua solidão até então. Seus olhos pareciam não ver ninguém, como quem aceita ser um poste, que nada interfere, que não encara, que não interage. Era um ser humano que nasceu como eu, que chorou como eu, que tentou ser como o seu super-herói da liga da justiça, mas que justiça não fora feita para com ele e lhe sobrara o cinza do mundo, a escuridão da noite fria. Sua peruca, vai ver, fosse um tentativa se tornar um quase super-herói. A vida sem piedade criara um autista forçado. Se bobear em sua mente haviam sonhos e ideias mirabolantes, que vazavam apenas colorindo sua frontal da cabeça.
"-Qual é? chega aí. Aí, vê se esse bagulho é bom, é só puxar, vai ficar nas nuvens que nem um super-herói!" - Está criado, mais um zumbi a vagar nas ruas do Rio.
LUCAS 19, 1-10
1 Jesus entrou em Jericó e ia atravessando a cidade.
2 Havia aí um homem muito rico chamado Zaqueu, chefe dos recebedores de impostos.
3 Ele procurava ver quem era Jesus, mas não o conseguia por causa da multidão, porque era de baixa estatura.
4 Ele correu adiante, subiu a um sicômoro para o ver, quando ele passasse por ali.
5 Chegando Jesus àquele lugar e levantando os olhos, viu-o e disse-lhe: “Zaqueu, desce depressa, porque é preciso que eu fique hoje em tua casa”.
6 Ele desceu a toda a pressa e recebeu-o alegremente.
7 Vendo isto, todos murmuravam e diziam: “Ele vai hospedar-se em casa de um pecador”.
8 Zaqueu, entretanto, de pé diante do Senhor, disse-lhe: “Senhor, vou dar a metade dos meus bens aos pobres e, se tiver defraudado alguém, restituirei o quádruplo”.
9 Disse-lhe Jesus: “Hoje entrou a salvação nesta casa, porquanto também este é filho de Abraão”.
10 Pois o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.
//ACOLHENDO A SALVAÇÃO
O encontro de Jesus com Zaqueu mostra como é possível um rico obter a salvação, embora seja mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus. Não é que os ricos estejam, necessariamente, fadados à condenação. Mas é preciso que se deixem transformar, com sinceridade, pelo Reino anunciado por Jesus.
O processo de conversão de Zaqueu começou com o desejo de ver Jesus. Tal era a intensidade deste desejo que ele, por ser de baixa estatura, não duvidou em sair correndo, e subir numa árvore para ver o Mestre passar. A disposição de expor ao ridículo seu prestígio de homem rico leva a suspeitar que Zaqueu nutria algo mais que mera curiosidade de ver Jesus. E de seu posto de observador, não é ele quem vê Jesus. É Jesus quem o vê e se autoconvida para hospedar-se na casa dele.
Então, dá-se uma reviravolta na vida daquele homem que era odiado por muitos, por ser funcionário dos romanos e explorador do povo judeu. O sinal da conversão revela-se pela disposição de distribuir metade de seus bens aos pobres e de restituir, quatro vezes mais, a quantia que porventura houvesse roubado de alguém. Sua salvação teve início, quando ele saiu de seu mundo cujo eixo era o dinheiro, foi capaz de descobrir o próximo e fazer por ele um gesto de amor. Portanto, os ricos se salvam, se se deixam transformar pelo amor.//
Quando a noite cai as ruas da cidade são tomadas pelo medo, desejo, desespero e solidão humana.
Aqueles que se escondem durante o dia, agora andam livres pelas calçadas enquanto aquela maioria se esconde em suas casas.
Estas ruas escondem segredos, mistérios do que o ser humano se tornou sem o amor.
Olho para o lado e vejo que em meio a algumas cobertas sujas e rasgadas alguém faz da fria calçada sua cama, dorme porque o corpo pede, talvez sem querer pensar como será o seu amanhecer. Continuo a caminhar e vejo que são tantos que fazem da solidão da noite sua companhia e daquela que para grande maioria não passa de um caminho, sua parada.
Pessoas caminham com presa mesmo tendo passado das duas da manhã. Me olham com um olhar perdido, parece como se procurando um sorriso.
Nas esquinas o corpo é a mercadoria mais ofertada e procura. A fumaça no ar é dos cigarros que entorpecem as mentes. As ruas mais escuras são refugio daqueles que não sabem mais o que viver, querem apenas sobreviver.
Tudo tão diferente das noites da pequena cidade que venho, aqui as estrelas parece que se escondem para não serem testemunhas das histórias que estas calçadas vivem até o dia chegar. Que falta faz aquela calmaria, aquelas ruas vazias e cheia de vida, aquele céu que convida a sonhar vendo as estrelas e a lua brilhar.
As horas vão passando e com ela as ruas voltando a receber aqueles que até sabem o que elas vivem enquanto se dorme, mesmo assim, seguem pois para eles continua sendo apenas um caminho.
Natal, Cidade do Sol, no que te transformaste?
Seus filhos são bobos, alienados, não sabem o que fazem. Não sabem o poder que tem, não querem ver outra realidade, não querem viver outra cidade. Querem sofrimento, querem descaso, fracasso. Não querem mais uma Cidade do Sol, querem um cativeiro, um bueiro. Não querem ser filhos, não querem pensar.
Perdoem-me conterrâneos, mas vocês são espectros de gente, não são gente. Não é povo. Não há povo na cidade do sol. Não há luz. Só lamento...
A CEGUEIRA DO PROGRESSO
Caminhando pelo centro de uma cidade movimentada, observo as pessoas apressadas. E, tenho do chão uma visão dos prédios altos e baixos, modernos, antigos e deteriorados. As frestas da luz do sol entre as construções pouco traspassam às ruas e calçadas, a pressão do calor sufocante ainda na primavera e a brisa quente que corre entre os corredores banham pedestres precipitados.
A lassidão revela-se nas caras das pessoas com seus passos sempre ocupados e os corres-corres inúteis para ter-se a sensação de utilidade na sociedade inundada de cobranças. Entre elas se cruzam ao atravessar as ruas, esbarrando e tropeçando nas laterais do trânsito engarrafado de carros fora da faixa, cada um por si na urgência da sua própria individualidade, indiferentes às algumas gentilezas e sorrisos de estranhos corteses, em meio às ofertas das lojas anunciadas em alto som.
Entretenho-me a refletir naquela multidão de gente sobre a situação em que a humanidade se encontra para viver numa cidade grande, escravo do progresso de uma vida agitada que não vai a lugar nenhum e deixa a alma vazia. E, logo, sendo interrompido no devaneio da minha análise por uma criança suja e malvestida, “Sinhô, sinhô, me dá um dinheirinho aí prá comprar pão? Estou c’um fome!”
... Um grupo de cegos tateia com suas bengalas o chão por onde pisam, param e ficam pacientemente a espera da ajuda para atravessar a rua e ninguém nem aí.
“- Quem serão os cegos?” Pois, que a visão de muitos foi prejudicada pela proposta do mundo moderno, com mais estatístico sem nenhum valor humano.
Assim caminha a humanidade aprisionada dentro de uma grande gaiola que a cega cada vez mais, sem tempo tão necessário para encontrar-se consigo mesmo em direção à liberdade.
Repliquei, “ô garoto! Se você quiser esta quantia da prá comprar um pão”, e, mesmo esfomeado, na sua frieza, me abandonou dizendo, “só isso eu não quero”, saiu apressado a pedir esmolas ao mundo cheio de ilusão.”
Andando nas ruas, vejo borboletas por quase toda parte, contrastando com todo o cinza da cidade. Talvez seja porque gosto daquele colorido, talvez seja por causa do brilho que ofusca os olhos meus. Talvez seja porque estou amando mais, e amando a gente passa a achar mais graça nas coisas. Aquelas borboletas me trazem paz de espírito, e sob as suas asas, equilíbrio. Quando percebo suas asas baterem, meu coração se enche de uma força chamada esperança. As borboletas me ensinaram um pouco sobre a vida e me fizeram refletir sobre as voltas que o mundo dá. Hoje elas voam tão belas, mas já rastejaram. Observando metamorfoses, percebo que posso mais. E podendo mais, não vou me contentar com o que não me faz bem, nem me completa. Acho que tão bonito quanto as borboletas só mesmo o céu estrelado.
LIBERTE-SE
Andando pelas calçadas da cidade
Admiro a capital oriunda
Me distraio com o forte sentimento
Que me faz sentir uma dor profunda
Continuo a caminhar
Sem um rumo a seguir
Chego em casa a sonhar
Que um dia voltarei a existir
Admiro a foto de minha amada
Cuja jurei amar até mesmo sem condição
O que sobrou de lembrança...
Alem dos resquícios de solidão
Não haverá mais paz
Meu tempo acabou:
"Pobre cidadão
Ele se matou."
Quando sinto-me sozinho, caminho pelas ruas da cidade, e encontro em olhares perdidos e abrçs ñ dados, partes do meu passado... por mais q vc tente ñ ha como negar, somos imortais, em cada pessoa q conhecemos ou q nos conheça, há um pedaço de nós, um pedaço do passado, presente e futuro, mesmo dizendo adeus sempre estaremos aqui.
Ficamos deitados por toda a noite na grama mais esverdeada da cidade. O céu estava lindo, o lugar era lindo, o momento era perfeito, mas de certa forma não era o céu, o lugar ou o momento que me impressionava, e sim aquele doce sorriso que em mim despertara o mais puro amor.
Parabéns ao casal mais lindo e unido da cidade! Continuem sempre assim, pois nós sem Deus não somos nada, mas, com Ele, somos e podemos tudo. Beijos.
Pra viver mais ou menos bem numa grande cidade, precisa inicialmente de três coisas: gravatas, documentos e neuroses.
Gosto das luzes da cidade
Cada luz, é o mundo de alguém aceso
na terra de concreto [...]
Enquanto as luzes da cidade, abraçavam o mundo de alguém
Cada uma delas
Eu, em meu mundo te vendo dormir
Em meu mundo, nem sei ao menos se estava
Mas esteve em meus braços
Você, eu
Alma
As vezes eu queria estar em outra cidade, outro estado, outro planeta... Desde que tu estejas ao meu lado.
Sou do universo. Vivo no Brasil. Nasci no Estado de ninguém. Moro na cidade de todos. Meu bairro é o falado do numero zero. Estudei na escola da vida. Fiz cursos de inteligência sem limites. Me formei na faculdade da sabedoria. Atualmente moro aqui, acolá, ou seja moro no mundo.
Um dia jovem procurou o sábio de uma cidade mais próxima pois estava triste e decepcionado. Encontrando o sábio, o sábio lhe pergunta:
- Meu jovem o que lhe trás até a mim?
O chovem com os olhos cheios d’água olha para o sábio e diz:
- Senhor, eu vim de longe até aqui para lhe pedir uma direção. Eu estou triste e ferido com três dos meus amigos e não sei o que fazer.
* O primeiro, se envolve com pessoas de má índole em busca de fama, dinheiro e statos. Fazendo parte de acordos negativos e egoístas para atingir seu propósito. Com isso esse meu grande amigo me afetava moralmente. O que mais me incomodava é que uma dessas pessoas que ele negocia, é uma pessoas que não se preocupa com o que vai atinge com suas atitudes.
* O segundo, eu fiz tudo por ele, ajudei-o com conselhos, contei-o partes da minha vida, tentei lhe ensinar bons propósitos para que não se torne uma pessoa ruim, expliquei como é importante ser fiel a sua palavra e ter uma boa ideologia. Ao invés disso, ele falava mal de mim nas minhas costas, o que pudesse fazer para me difamar na cidade ele fazia.
* O terceiro, tem o coração aparentemente mais puro que os outros, porém, não sabe usar suas palavras, só sai de sua boca palavras ofensivas e destruidoras. Seus conselhos são ruins e aos berros.
Eu não sei o que fazer senhor, estou desesperador. Já pensei em desisti de tudo e até em me matar.
Então o sábio responde
- Meu filho, todos erramos e todos tempos defeito, o mal de nós pecadores e julgarmos o erro dos outros. Pense bem meu filho, você veio até aqui e me contou suas decepções. Mais o que você faz para mudar? Quando essas ofensas foram direcionadas para você, você não se impôs? Eles só pararão quando você se impuser. Chorar alivia a alma mais não resolve nada.
- No primeiro caso, a pessoa que você tanto ama se tornou ou está se tornando o que você mais odeia. Só você saberá se é melhor corta esse vinculo pela raiz ou tentar ajudar este seu amigo.
- Seu segundo amigo, provavelmente te admira e te inveja. Provavelmente enxerga em você algo que ele gostaria muito e com isso tenta tirar com você para não se sentir tão inferior ou solitário.
- O terceiro me parece não saber expressar o amor que tem. Usa suas palavras agressivas por desespero em acertar. Mais você não e obrigado a tentar ensiná-lo nada quando está sendo ferido.
- Use seu bom coração para tentar ajudar essas pessoas caso você ache que valia apena. Lembre-se também que não se pode ajudar alguém que não enxergue que precisa de ajuda.
Então o jovem responde
- Mas senhor, como eu vou mudar? Eu não posso mudar o mundo, sou apenas uma pessoa comum diante esse mundo errado.
O sábio novamente o repreende dizendo.
- Nós somos uma semente que com o tempo germina e cresce. Com o tempo esse único galho se divide fazendo novos galhos bons e ruins, fazendo novas direções para ser vista e seguidas. O que você prefere? Galhos bons ou ruins?
- Quando esses galhos ruins crescem e não o cortamos por estarmos esperando galhos bons, pode-se ter uma árvore aparentemente viva.
- Meu filho, se a cada alegria que ganhamos nós passássemos isso adiante para 3 pessoas, criaríamos um mundo melhor, ao invés disso. Quando se cresce um galho bom, nos preocupamos mais com os galhos ruins à os bons.
- Às vezes não podemos cortar esses galhos ruins porque poderíamos matar está árvore que se chama vida por ter mais galhos ruins a bons. Mas podemos dar mais atenção nos galho boa para se multiplicarem.
Se você fosse esse jovem, o que você faria?
Na cidade dos meus sonhos vive-se a igualidade,
ai de mim acordar e perceber que isso é uma eterna raridade.
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