Carlos Drummond Sofre por Viver

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Madrigal para Cecília Meireles

Cacaso
(Antônio Carlos Ferreira de Brito)



Quando na brisa dormias,
não teu leito, teu lugar,
eu indaguei-te, Cecília:
Que sabe o vento do mar?
Os anjos que enternecias
romperam liras ao mar.
Que sabem os anos, Cecília,
de tua rota lunar?
Muitas transas arredias,
um só extremo a chegar:
Teu nome sugere ilha,
teu canto:um longo mar.
Por onde as nuvens fundias
a face deixou de estar.
Vida tão curta, Cecília,
a barco tragando o mar.
Que céu escuro havia
há tanto por te espreitar?
Que alma se perderia
na noite de teu olhar?
Sabemos pouco, Cecília,
temos pouco a contar:
Tua doce ladainha,
a fria estrela polar
a tarde em funesta trilha,
a trilha por terminar
precipita a profecia:
Tão curta é a vida, Cecília,
tão longa a rota do mar.
Em te saber andorinha
cravei tua imagem no ar.
Estamos quites, Cecília,
Joguei a estátua no mar.
A face é mais sombria
quanto mais se ensimesmar:
Tão curta a vida, Cecília,
tão negra a rota do mar.
Que anjos e pedrarias
para erguer um altar?
Escuta o coral, Cecília:
O céu mandou te chamar.
Com tua doce ladainha
(vida curta, longo mar)
proclames a maravilha.

Rio, 1964.


Cacaso (Antônio Carlos Ferreira de Brito) nasceu em Uberaba (MG), no dia 13 de março de 1944. Com grande talento para o desenho, já aos 12 anos ganhou página inteira de jornal por causa de suas caricaturas de políticos. Antes dos 20 anos veio a poesia, através de letras de sambas que colocava em músicas de amigos como Elton Medeiros e Maurício Tapajós. Seu primeiro livro, "A palavra cerzida", foi lançado em 1967. Seguiram-se "Grupo escolar" (1974), "Beijo na boca" (1975), "Segunda classe" (1975), "Na corda bamba" (1978) e "Mar de mineiro (1982). Seus livros não só o revelaram uma das mais combativas e criativas vozes daqueles anos de ditadura e desbunde, como ajudaram a dar visibilidade e respeitabilidade ao fenômeno da "poesia marginal", em que militavam, direta ou indiretamente, amigos como Francisco Alvim, Helena Buarque de Hollanda, Ana Cristina Cezar, Charles, Chacal, Geraldinho Carneiro, Zuca Sardhan e outros. No campo da música, os amigos/parceiros se multiplicavam na mesma proporção: Edu Lobo, Tom Jobim, Sueli Costa, Cláudio Nucci, Novelli, Nelson Angelo, Joyce, Toninho Horta, Francis Hime, Sivuca, João Donato e muitos mais. Em 1985 veio a antologia publicada pela Editora Brasiliense, "Beijo na boca e outros poemas". Em 1987, no dia 27 de dezembro, o Cacaso é que foi embora. Um jornal escreveu: "Poesia rápida como a vida".

Em 2002 é lançado o livro "Lero-Lero", com suas obras completas.


O poema acima foi extraído do livro "Lero-lero", Viveiros de Castro Editora (7Letras) - Rio de Janeiro e Cosac & Naif - São Paulo, 2002, pág. 189.

Inserida por derly58

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PERSEVERANÇA
Pr. Abílio Carlos dos Santos


Há momentos que nos sentimos meio perdidos. Não sabemos para onde ir. Onde ficar, como fazer... Como você está se sentindo agora?
Se você busca algo, então seja perseverante. Como alterar o cenário? E a situação que estamos vivendo? É necessário perseverança.

A perseverança leva ao triunfo e nos faz experimentar momentos de alegria.

Quem vive aflito não consegue aproveitar um momento descontraído com a família e nem manter o bom humor e tão pouco sorrir independente do quê.

Sejam perseverantes... Perseverança é o incentivo de Deus para nós... O sol já raiou, sinta seu calor abraçando seu corpo.

“Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.” Tiago 1.12

Seja perseverante onde você está. Seja perseverante em seus propósitos.

O Senhor te apresenta neste dia um céu colorido de esperança... Pode alçar livremente seus vôos...

Um abraço do Pr. Abílio... Shalon !


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Inserida por abiliocarlos

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MEDO DE QUE?
Pr. Abílio Carlos dos Santos

Medo?

Medo de que?
De avião, de cobra
Barata, ladrão?

Não temas filho meu
Assim diz o Senhor

Medo de que?
Do escuro, de doença
Da solidão, do elevador?

Não temas filho meu
Assim diz o Senhor

Medo de que?
De ficar pobre, das rugas
De morrer cedo, Ou de viver?

Não temas filho meu
Assim diz o Senhor

Medo de que?
De gente...
De alma, de espírito ou de assombração?

Não temas filho meu
Assim diz o Senhor

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abilicusvidanova@ig.com.br
04 agosto 2009

Inserida por abiliocarlos

Aqui vou deixar não um pensamento,pois escrevo poesias e admiro Carlos Drumond de Andrade.
Deixo aqui um pequeno trecho de um poema de minha autoria.
Aquecida por você.

Um facho de luz quente,
invadiu meu corpo.
Embriagou-me com toques
ávidos e incessantes.
Suas mãos quentes percorriam
meu corpo frio.
Me vi cercada pelos seus beijos
tão ternos, e chorei de alegria.
E meu corpo aquecido pelo
seu calor que me envolvia.
Nesse belo dia!
Como eu quero o seu amor,
e o seu calor.

Inserida por Natiestrela

Aproveitando os primeiros versos das estrofes do soneto de Carlos Drumond de Andrade, "Amor e Seu tempo",
inspirei-me para o soneto "O Tempo de seu Amor".
Osculos e amplexos,
Marcial

O TEMPO DE SEU AMOR
Marcial Salaverry

"O amor é privilégio de maduros,"
que sabem realmente seu significado,
e com sentimentos, os mais puros,
entregam-se a um amor apaixonado...

"É isto, amor: o ganho não previsto,"
algo que chega, vem e nos domina,
nossos sentidos desatina,
mas de amar, jamais desisto...

"valendo a pena, e o preço terrestre",
jamais será perda de tempo, ou trará dor,
o tempo que se viver vivendo um amor...

"Amor é o que se aprende no limite,"
não tem tempo e nem prazo de validade,
amor pode começar tarde, trazendo felicidade...

Marcial Salaverry

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AMOR E SEU TEMPO
Carlos Drumond de Andrade

Amor é privilégio de maduros
estendidos na mais estreita cama,
que se torna a mais larga e mais relvosa,
roçando, em cada poro, o céu do corpo.

É isto, amor: o ganho não previsto,
o prêmio subterrâneo e coruscante,
leitura de relâmpago cifrado,
que, decifrado, nada mais existe

valendo a pena e o preço do terrestre,
salvo o minuto de ouro no relógio
minúsculo, vibrando no crepúsculo.

Amor é o que se aprende no limite,
depois de se arquivar toda a ciência
herdada, ouvida. Amor começa tarde.
Carlos Drummond de Andrade

Inserida por Marcial1Salaverry

⁠Queimando como Fogo - Brito, Carlos

Me enganei nos próprios erros,
Me joguei desse enorme morro,
E a partir de hoje estou queimando nesse fogo.

De toda mágoa que cometi,
De todo amigo que trair.

De frases e frases,
De poemas e poemas,
De sorrisos falsos,
De mentiras que vivi,
Percebi que só eu mesmo sabia e escolhi mentir,
Fechando meus olhos pra tudo que já senti.

As fumaças do cigarro,
Misturadas com meu choro amargo,
Remoendo dores do passado,
Criaram não só uma, mas vários versos decorados.
De frases que viraram mentiras,

De coisas que nem mesmo sentia.
Na minha vista só existia uma neblina,
Mas não importa o que dizia,
Um dia iria me salvar.

Fechei meus olhos pra tudo,
Hoje, cego e mudo,
Obrigado a viver no escuro,
Me contentando a entrar no túmulo,
Com esse álcool puro,
E esse tabaco “sujo”,
Olhando para meu último cinza e triste luar.

Inserida por BritoCarlos

⁠Como diz Roberto Carlos "se chorei ou se sorrir, o importante é que emoções eu vivi". E vivi com intensidade, vivi com paixão, acompanhei lado a lado, do início ao fim o desfile, não fiquei sentada na arquibancada olhando de longe a vida passar.

Inserida por ednafrigato

Antônio Carlos

Onde o Caraguatá
floresce esplêndido
na Mata Atlântica,
Ali está o sonho
vindo da Renânia
que cruzou com bravura
o oceano, se estabeleceu
e com fé gigante ergueu
uma cidade bonita.

Construiu igrejas, grutas
com marianas virtudes
e recantos acolhedores
onde as palmeiras gentis
e os coqueiros dialogam
com as poéticas araucárias
dos amorosos destinos.

O meu amor por ti
é tão precioso quanto
a bromélia na mão
do descobridor,
E você sabe com
orgulho no teu íntimo.

Na Serra das Congonhas
onde nasce o Biguaçu,
com ternura abraço
os teus Rachadel, Farias,
Ribeirão Vermelho,
Louro, Saudades
e encantos infindáveis.

Antônio Carlos adorada,
por estes rios que te beijam
e por todas as quedas d'água
que dão graças a vida e festejam,
O meu coração repousa
em ti e meus sonhos se erguem.

Sempre rezo a São Francisco
no Morro dos Müller por nós,
para a linda Antônio Carlos
repleta de povo amigo,
para todo este paraíso de beleza,
de pilões e alambiques
que têm tudo o quê é preciso
nesta vida para ser feliz contigo.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠DOS DOIS

para Carlos de Queiroz Telles

de amor mesmo, nada sei.
mas amo além do que posso.
ao sair de mim, te achei.
deixei de ser meu: eu sou nosso.

Inserida por Marilea1947

⁠José Carlos com sua simpatia
Ouvindo a voz de Jacilene
Sentiu a grande amizade;
Entrando em sintonia,
Conversaram alguns minutos!
Aqui estão juntando as alegrias
Revendo por alguns instantes
Longas histórias, fazendo
Os corações palpitantes...
Se devem seguir avante,
Esse momento triunfante!
Jacilene bem decidida
Aqui chegou com uma proposta:
Conhecer de perto!
Indiferente do que seja,
Lembrando que és respeitador Educado, comunicativo!
Não olhando a distância
Entre a idade e a cidade;
És corajosa, decidida...
Não importa o que os outros pensem:
Conversando estão se entendendo
Os corações se amando...
Não pretende perder tempo!!!
Todo tempo é pouco pra quem quer
Recomeçar, aproveitando a vida
Ouvindo a voz do coração...
Cada um do seu jeito, buscando
A compreensão...
Sendo força e luz
Um para o outro, navegando
A mar aberto, ou buscando encontrar Lindas florestas e cachoeiras para
Nelas se banharem!!

Inserida por ARRUDAJBde

"Imaginando oceano,
as crianças brincam na poça d'água."
Carlos Novais
**********
PARA O DIA DA CRIANÇA
Marcial Salaverry

Criança, em sua inocencia,
procure ensinar aos adultos
como se vive sem preconceito,
e sem procurar em todos um defeito...
Mostre que todos somos iguais,
e que se pode viver em harmonia,
com a pureza da alma infantil,
vivendo feliz cada dia...
Para melhor a vida viver,
pense mais nas brincadeiras,
e do celular procure se esquecer,
para não pensar em tantas besteiras...
Para uma infancia feliz, gostosa e calma,
mantenha sempre na alma
essa gostosa alegria de viver,
não deixando esse tempo se perder...

Marcial Salaverry

Inserida por Marcial1Salaverry

⁠"são as diferenças que nos atraem, mas as afinidades que nos mantém juntos⁠."

carlos nadais

Inserida por nadais

"⁠generosidade e gratidão não são atributos de almas comuns"

carlos nadais

Inserida por nadais

⁠ Quem vive de aparências é o espelho, mas nem sempre reflete nele a realidade!#ToninhoCarlos

⁠“A paixão é efêmera! Não serve, tem que ser amor”

João Carlos da Silva Brasil

Inserida por joao_carlos_brasil

⁠Percepção
Carlos Nery
Você já pensou se um dia
A nossa Terra se cansasse
De ter estado sob a gente
E ela toda tremesse, numa
Ameaça iminente?
Então, para onde iriam
O ciúme, o egoísmo e a inveja
Que ora à Terra nos prende?
Será que evitariam que nós
Caíssemos dela?
Ou iriam com a gente
Para o fim ou outra era?

Inserida por carlos_nery_1


Amar a Carla ou A Mara Carla
Carlos Nery
Ao amor, ao entregar-se totalmente,
Mais agiganta-se o ser diante de si mesmo;
A alma, de amor, alimenta-se e realmente
Revive se, em desamor, perdera-se a esmo.
Amar a Mara, então, oh, glória, que ventura!
Chamar-te amor, ao próprio amor, quem dera,
Alcançar, da felicidade, a perfeição mais pura;
Redimir-me, sublimar-me de todo o pecado;
Lograr, eu sonho, achar o amor, pudera
Amar – a ti eu amo – e ser por ti, amado!

Inserida por carlos_nery_1

⁠Lagrimas de Um Povo
Luiz Carlos Paiva
.
Lagrimas não brotam ou saem de uma pedra pomes,
Não se conhece as lagrimas de quem nunca chorou,
Lagrimas são encantos dados a quem sabe o que é amor,
Elas são encantamento de Deus que as temperou no sal.
Uma pedra de amolar, pode afiar ou desgastar o metal,
Um ato que também destrói a pedra que não sabe chorar,
Pedras podem ser imãs, um lado atraí ou outro repele,
Pedras sob pedras, edificam e dão forma ao novo lar.
.
A água infiltrada na pedra aos poucos rompe a dureza,
Vaza inicialmente em pequenas gotas, são lagrimas,
Que aos poucos tornam mais densas, rompendo a pedra,
Lagrimas não doem o que doe são os motivos que as causa.
.
Somos um povo vivido entre lagrimas, nascidas de pedras,
Pedras de nossos alicerces seguidamente abalados, alhures,
Que somados a interesses esdrúxulos para nosso espanto.
.
Sem dúvida lagrimas de pedra angular sustento da nação,
Assistindo invasão de água suja, jorrada de cérebro vazio,
Abala a instituição, sob o sorriso debiloide ansioso de poder.
.
Luiz Carlos Paiva / Estiva – MG / 08-01-23
D. A. R. Lei 9.610/98®©

Inserida por LuizCarlosPaiva7403

⁠A Chegada
Luiz Carlos Paiva
.
A Campainha toca, atendo à porta, é ela,
Linda, charmosa, perfumada, sorridente,
Um frenesi invade meu corpo ao senti-la,
No abraço sinto o corpo e beijo-a nos lábios.
.
Uma sensação de desejo invade meu corpo,
Sinto nela a reciprocidade, quando me acarinha,
Suave, e me enlaça se aconchegando no abraço,
Nossos corpos unidos se declaram, na entrega.
.
Ainda não consigo entender como aconteceu,
Foi o instante certo que se fez presente,
Um encontro circunstancial uni você e eu,
Nas correntes do amor, atados eternamente.
.
Quando você entra em minha vida, sou submissão,
Tudo que sempre quis, foi você, e a vida muda,
Transforma, são sonhos que se realizam vidas.
Cada vez que me toca, no silêncio, leva meu coração.
Abraça-me apertando suavemente, perco o folego,
Você e eu juntos, um sentimento, vivo de emoção,
.
Luiz Carlos Paiva / Estiva - MG / 18/09/22
Direitos Autorais Reservados por Lei 8610/89 e Lei 9.610/98®©

Inserida por LuizCarlosPaiva7403

⁠Fidelidade
Luiz Carlos Paiva
.
Que não seja imortal,
Porque segunda a jura é até que a morte os separe,
Não se faz do outro propriedade, pela jura de fidelidade,
Enquanto juntos foi servil amou um amor sem igual.
.
Que ama ou amou, num gostar dividido, será sempre leal,
A reciprocidade nasce e cresce em peitos de sentimentos,
Trocados na confiança reciproca de amar e respeitar,
Sem competição, qualidade, verdadeira de um amar.
.
Hoje em dia a fidelidade ficou difícil de se encontrar,
Não é no amor que está a dificuldade, é no confiar,
Essa é a essência de se manter fiel, amor verdadeiro,
Se compartilhado, aceito em todos os sentidos.
.
Fidelidade é a marca registrada do amor verdadeiro,
O amor não sobrevive, quando existe a traição,
Sobrevive sim quando há maturidades das partes.
.
Ainda creio que a fidelidade é a maior prova de amor,
Necessário alicerce firmado em respeito e lealdade,
Sustentáculos dos elos da corrente e porto seguro.
.
Luiz Carlos Paiva / Estiva – MG / 21-11-22
D. A. Reservados por Lei 8610/89 e Lei 9.610/98®©

Inserida por LuizCarlosPaiva7403

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