Caos
Eu sou a linha torta
do poema Reto de Fernando Pessoa
Eu sou o painel de Kafka,
o caos, a neurose, o processo.
Eu sou o Tempo Perdido de Proust,
a memória, o sonho, a lembrança.
Eu sou a Náusea de Sartre,
o Ser, o nada, a angústia.
Eu sou a dor de Nieztch,
a corda atada no abismo.
Eu sou o "Gita" do mago
Eu sou aquele que não sabe.
Do caos nascem as estrelas e conflitos. Ter medo dos confrontos é não acreditar no entendimento, do confronto e do caos também nasce esperança.
Anjos e demônios trazem o caos,
na noite servos da escuridão
cobrem o coração com uma fé
todo transe trás um vampiro
a sua sede vangloria
que somos além de monstros,
jovem sentimento,
risadas,
dores dão valores tardio
na pele tenra deliciosa
vadias sobre alma, macias cavas,
abundantes no espírito.
assim na terra como no céu,
coração perdido anjo caído.
magoas sem destino
minha tristeza,
caos por dentro
triste dilema
sútil monstro
branda futilidade
assombrada
amarga...
pobreza natural.
seguir sem rumo
no infinito da escuridão...
meu amor,
sem questionar... pureza,
puro caos,
romantismo, bem querer.
obscuro, gemine puro absinto,
verdadeiro,
espírito terror meu coração...
numa saideira...
mais um gole sem fim...
dores de um relacionamento...
simbólico, fervor...
alucinações, loucura meus sonhos
prazeres, impuros...
riqueza obtusa, venenosa...
como luz do teu olhar,
frieza, fundamental,
obscuridade, de qualquer modo...
cálida formusura,
ambiente deletado,
famintos desejos atroz...
maldizente,
esdruxulo, cartaz conivente,
ladra por mais um vazio,
sentido asqueroso...
cor sem sentimento...
glorificado, florescer sem destino.
má vida para que foste escolhida,
entre o diário esquecido,
beijo, fonte da morte...
sobre tudo compaixão...
silencio, meu amor,
feroz , anseio resquício.
equilíbrio, corpo bêbado...
sombras, dores do que mais...
calado, final doce luar.
encarar, doce fel,
borda recheada, drama.
folha branda lagrimas do teu coração.
pois dia ou noite, sempre
que procura veneno meu amor.
E DAI?
E dai, se o mundo o qual vivemos está se tornando um cáos?
E dai, se os peixes estão morrendo por minha causa?
E dai, se as plantas ao invés de verdes, estão ficando cinzas?
E dai, se o sol a cada dia esta ficando mais quente?
E dai, de estou aqui sentado nesse sofá e vendo televisão, enquanto há uma guerra lá fora?
E dai, se todos os dias eu como do bom e do melhor, enquanto muitas crianças passam fome no mundo todo?
E dai, se todos os dias eu posso dormir e ter um sono tranquilo, enquanto há pessoas que não podem nem pregar os olhos?
E dai, se todos os dias eu posso acordar e fazer tudo que eu sempre faço, enquanto tem pessoas que vão dormir sem esperança de acordar no dia seguinte?
E dai, se o ar está sumindo cada vez mais?
E dai, se as pessoas que amo irão morrer?
E dai, se a flor mais linda do meu jardim são só espinhos?
E dai, se eu corto árvores pra crescer ainda mais minha empresa?
E dai, se eu tenho filhos lindos, enquanto pra outras pessoas lá fora, o sonho de construir uma família morreu?
E dai, se eu só penso no meu bem-esta e não estou nem ai pros outros?
E dai, se houve uma enchente por causa de um lixinho que eu joguei fora?
E dai, se eu tenho muitos amigos que fazem o mesmo que eu?
E dai, se neguei ajuda a um pobre que tanto precisava?
E dai, se o mundo acaba hoje?
E dai, se no final todos iremos morrer mesmo?
Cada vez mais percebo que a humanidade caminha a passos largos em direção ao caos da própria humanidade.
"intensidade, premonição
desordem, emoção
caos, excitação
fervilham nela
que só queria andar com os pés no chão"
É a partir do caos que surgem as ideias mais geniais da humanidade.
O caos é, definitivamente (e portanto), uma fonte inesgotável de criatividade.
Tranformar-te-ia em poesia.
Faria de você meu cais em
Meio ao caos. Quem dera
Te conhecer, quando nem
Mesmo a mim Conheço.
Desconheço esse
Calabouço a que me jogo.
Cederia a você meu calor
Em dias invernais, mas não
Sei em que estação vive
Esse coração que mendiga
Companhia para seus dias
De solidão extrema.
Há quantas dores no mundo?
Será fácil mudar?
São perguntas pacatas
O caos sofreu mutação
Tranquilidade é dada pela rotina
E a miséria alheia virou sina
Quanta paz tenta buscar?
Naquele apreço barato ao dinheiro
Naquele triste cigarro
Cheios de melodramas e obsessão
Apresenta - se a real vida
Vida de costumes e
Buscas desprazerosas.
O caos mora ao lado da tranquilidade.... Um dia de paz de serenidade e outro um tanto quanto atribulado.... Isso não quer dizer que o amor acabou ele sempre estará guardado no coraçao de quem realmente ama... Como aguas cristalinas no caminho de fulga... Onde passamos várias vezes pra fugir da turbulência da cidade do corre corre do dia-dia em busca de respirar um ar puro e iámos tão longe e aquela água tava alí o tempo todo há poucos quilômetros do caos.... Eu aprendii a olhar enxergando.. A escutar ouvindo mesmo em meio ao caos eu amo.
