Cadáver
"VAGABUNDO"
Vagabundo com inúteis sonhos
Cadáver com o fardo de ser livre
Sangue espalhado pelas paredes
Pedaços do que fomos em casa
Dor maldita espalhada na mente
Serpente venenosa, cuspe a culpa
Sentida por dentro no corpo doente
Amada sem dor, sem amor, sem nada
As águas no rio corre entre as fragas
Mar adentro numa entranha e velha casa
Fagulhas da fogueira perdida de ilusão
Agonizando assim os raros sonhos
Diversas ironias quase perdidas
A dor que fez de nós maltratar-nos
Sonhos antigos sonhos esquecidos
Passos de outros com restos todos!
Morte minha querida! Ou nem tanto, ingrata!
Morreu, faleceu, bateu a caçuleta, cadáver, banquete de vermes, foi-se!, Partiu para melhor, empacotou, sono eterno, mumificou, defunto, desencarnou, acabou, abotoar o paletó, escafedeu-se, bater as botas, sumiu, game over...
Oh! Morte sua querida! Talvez nem tanto sua ingrata!
Age sorrateiramente no silêncio de seus dias, ou melhor, de meus dias,de nossos dias. Com suas vestes morbidas e sua foice. Sua mesquinha, traiçoeira, sempre trapaceando, usando de golpes baixos para com todos...Vigarista mesma!
Olhando por outro ângulo, como tudo na vida e no tempo existe sempre dois lados, você nao é de toda verdade tão traiçoeira não! Não mesmo!
Seu trabalho é nobre. Realiza podemos dizer "uma limpeza" "renovação", a serviço da humanidade...
Associada ao barqueiro da morte que realiza a travessia em troca de duas moedas, para a purificação dos mortais.
Medo de você? Não! De jeito nenhum. Afinal, não é perdendo que se ganha?
Morte minha querida, agora eu entendo porque muitos estão a te procurar, então foges! O problema é a ampulheta né? As areias do tempo! O tic tac do relógio!
Tudo no seu devido tempo, fração de segundos...
A vida dita suas regras, rígidas, mas não tão inflexível. Medo de você? Não! Medo do tempo! Da finitude! Do barqueiro! Você, suas vestes, sua foice, tudo mera ilustração daquilo que se transforma na melhor amiga da humanidade por assim dizer.
Só me resta falar-lhe, continue com seu belo trabalho, minha amiga e doce traiçoeira...
Um cadáver no caixão
Uma lágrima cai então
Decepção no coração.
saudade sem dimensão
Amando sem amor
Sofrendo sem a dor.
O mundo já não gira
Minha vida está sentida
Minha mente destruída.
Um grande e escuro sentimentos
Que nasce em mim
uma bola de situação
uma vida sem canção.
o decepção sem dimensão.
CARREGAR O CADÁVER
Viver é mais do que um peso
Viver é carregar o próprio cadáver nas costas
Lentamente...
Dilacerantemente...
Deixar putrificar substâncias entrópicas, fétidas e químicas...
Ao mesmo tempo ter consciência de que tudo pode acabar...
Num instante, num sopro, numa ventania...
Mas milagrosamente resta a fé do crente que descortina adiante as certezas, ou nas in-certezas do filósofo...
Tudo na vida será um fim...
Resta aproveitar a "viagem", o "intervalo" e esperar o fim...
ou não...
Amém!
Meditação:
Certo homem cometeu homicidio:
Sentença:
Atar o cadáver, ao corpo do culpado.,Com o tempo, o cadáver entrava em putrefação(apodrecia), juntamente com ele, o homem que morria a seguir, esta terrível morte,até que veio Jesus, nos resgatar. (Rm. 7. 15-25)
Viva depressa, morra jovem e seja um cadáver atraente
Vejo um quadro com o mesmo respeito de quando vejo um cadáver, tenho a mesma sensação,o mesmo assombro, que no cadáver jaz vida e agora o nada eterno; e no quadro, antes o nada e agora a eternidade.
Algumas coisas morrem dentro de vc, e quando a morte! a cadáver, e com o tempo se sente o mau cheiro desse cadáver... E o mau cheiro, já mais lhe deixa esquecer os fatos.
Eu não me sinto sendo eu
Me sinto um cadáver da pessoa que eu já fui
Eu me sinto assim já tem um tempo
Mas disfarço
Escondia para que eu mesma não percebesse
Tentava me esconder de meus próprios olhos
Eu estava como um fantasma
Vagando por aí fingindo ser alguem
Fingindo ter uma vida
Mas hoje me deparei com meu corpo podre estendido na cama
Nao sei se estava pronta pra essa realidade
Eu quero me sentir viva de novo
Não quero acordar
Agora não.
Eu preciso me ver viva de novo...
Flor Cadáver
Flor cadáver,
Libere seu perfume maldito
Naqueles que se denominam
Inimigos meus.
Oh! Flor podre e insana,
Habitas em solo profanado
Feitos por homens de alma negra.
Realiza teu baile fedorento!
Junto dos sujos e burros,
Será a carnificina dos maliciosos,
A crença estuprada dos ignorantes.
Flor bela, teu hálito podre encanta-os
Prende a ti os porcos loucos
Que nas sarjetas vivem.
nao sei por que me apego tanto as coisas desse mundo!! sendo que sou apenas mais um cadaver esperando pelo sofrimento eterno!!
