Bagagem
Quando embarcar em viagem definitiva para a imensidão cósmica, levarei na bagagem um monte de saudades de pessoas amorosas que cruzaram na minha vida; na solidão dos dias, lembrei-me, com gratidão daquelas pessoas que me estenderam as mãos.
BAGAGEM
No meu alforge de viajante
apenas teus versos
como fricção de gravetos
que estoura em fogo
no deserto.
Já percorri por tantos caminhos, uns bons e outros nem tantos, hoje carrego em minha bagagem só os bons momentos que tive, valorizando cada segundo dos tempos bons com cada pessoa e lugar por onde estive.
[...]Deus dá a todos o fado e bagagem
Uns querem atulhar de ouro e prata
Outros de leves passos, vão além....
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Abril - Cerrado goiano
Ponte da Amizade
Eu não sou pobre, eu sou sóbrio, de bagagem leve. Se pensarmos, bem, quando você vai comprar algo, não paga com dinheiro, paga com um tempo de sua vida que teve que gastar para ter esse dinheiro. Vivo apenas com o suficiente para que as coisas não roubem minha liberdade. Inventamos uma montanha de consumos supérfluos. Compra-se e descarta-se. Mas o que se gasta é o tempo de vida. Pobres são aquelas pessoas que precisam de muito para viver.
É tão bom ouvir a voz dos mais velhos, eles levam consigo uma grande bagagem de conhecimentos e sabedorias, vivenciaram em seu dia a dia situações no seu cotidiano, enquanto os mais novos apenas estão engatinhando.
Somos seres incompletos de si mesmo, mas que na bagagem carregamos a vivência e experiências de várias outras versões, afim de preencher lacunas que jamais serão completadas de um ser totalmente neutro e pleno neste mundo.
Se tivéssemos a mínima noção do excesso de bagagem que carregamos,talvez fosse mais fácil desfazer deste peso de dores desumano.
Ilha de pedra
Desesperou-se em fuga e remou forte, com muito peso de bagagem em tempestade naufragou
Flutuava sobre as águas inconstantes, adormeceu, o que sonhava em paz por instantes acordou
Não sabia onde estava, era frio incessante, doía nos ossos, sua alma amedrontou
O nascer do sol levava calor, sede, fome e esperança a quem se perguntava “quem sou?”
Não cessou seu inferno solitário, era muito quente, sua intensidade rugia e se desfazia
Não se pode ficar tanto tempo exposto ao sol, garganta seca, pouco gritava, pouco dizia
Neste mar de pedra não há abrigo que resfria, que agonia
Ali adiante haviam as águas e um vasto precipício de onde saltar
O medo das pedras afiadas exaltavam o grande risco de se detonar, machucar
O quão profundo e seguro seriam aquelas águas pra se mergulhar?
Quanto tempo sobreviveria ao sol a desidratar e queimar?
O impiedoso tempo indagava e obrigava uma escolha sábia tomar
Não se sabe como partiu
No fim desta história sabe-se apenas que foi o sol ou mar
Aprenda com os erros!
Coloque em prática o que aprendeu!
E enriqueça sua bagagem com a experiência que o tempo e a vida te proporcionaram!
(DVS)
Eu carrego na bagagem
Os lugares que já vi
Muita gente que se foi
Com quem eu já convivi
Estou ficando maduro
Mas só penso no futuro
Naquilo que está por vir
Deseje boa viagem para seus erros e angústias, nesta bagagem coloque tudo aquilo que não é essencial para o seu crescimento e lembre-se de que essas marcas são o ponto de partida para as mudanças.
