Ricardo Maria Louro

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⁠O que a Morte não pode tocar -

Grato estou por ter amado o que a morte pode tocar!
Grato à Vida, grato ao tempo e ao Destino
por me ter posto ao lado gente que por amar
tornou mais belo, mais inteiro o meu caminho.

Amo os mortos e os mortos dos meus mortos ...
Para sempre! Guardo-os na memória! Estão em mim ...
Eles foram tanto! Não apenas corpos
agora abandonados subjugados a um fim.

Eu amo a vida que ainda habita os mortos
a que está além da forma incapaz de ver
que aqueles que eu amei habitam noutros Portos.

Navegam noutros barcos no cimo de outro mar ...
Todos estão em mim e na certeza de me saber
grato por sentir que isto a morte não pode tocar.

Inserida por Eliot

⁠Dia de Portugal:
Esse Porto do Graal;
essa Terra Lusa
tão cheia de Mistérios e de Glórias...
Não queria pertencer a outra Pátria!

Inserida por Eliot

⁠Penso em Ti -

Penso em ti quando o mar alto e profundo
minh'Alma alcança. Quando sou silêncio e luto
sinto em meus olhos os olhos deste mundo
com sonhos destronados e confusos.

Penso em ti em cada dia e segundo ...
À chuva, ao vento, por entre a noite sossegada!
E é tão pura a paixão de que me inundo
que não te tendo a ti não quererei mais nada ...

Penso em ti com a dor das velhas penas
que o destino num tormento me concedeu
rodeado, numa cama, de assucenas.

E ainda mais te quererei depois da morte
pois recordarei o que a minha Alma já sofreu
até a minha infância densa e forte!

Inserida por Eliot

⁠Nunca é tarde -

Nunca é tarde demais para viver
nunca é tarde demais para amar,
nunca, nunca é tarde para saber
que a vida é feita a caminhar ...

Nunca é tarde demais para cantar
nunca é tarde nas malhas da esperança
há dias p'ra sorrir outros p'ra chorar;
depois da tempestade vem a bonança ...

Nunca é tarde (mesmo que seja tarde)
p'ra saber que a vida nunca passa
sem nos dar outra oportunidade!

E o desalento que nos abraça
veste a nossa Alma de saudade ...
Mas não é tarde ... a vida nunca escassa!

Inserida por Eliot

⁠Escrevo e escrevo muito
mas se o faço
é para não estar sozinho!

Inserida por Eliot

⁠Não tenho medo da Morte
porque a Morte é um descanso;
um privilégio que todos temos
na hora certa! ...

Inserida por Eliot

⁠Não temo a Morte temo antes a Vida
e os seus caminhos pedregosos
cheios de sucalcos ...
Não temo a Morte temo antes a Vida!

Inserida por Eliot

⁠- O Poeta, a caneta e o papel -

Estranha relação,
dificil; impiedosa
cheia de memórias; silêncios
como os espinhos de uma rosa.

Coisas por dizer
nunca por sentir
dificeis de esquecer
que fazem desistir.

O Poeta decadente
a caneta gasta; triste
o papel roto de existir
a Alma morta ... persiste.

Impera a solidão
a distância e o vazio
e sofre um coração
jaz morto sobre o rio.

Inserida por Eliot

⁠Nossa Senhora do Amparo e da Pobreza -

Nossa Senhora do Amparo
da Pobreza e da Solidão
trazes no olhar um brilho novo
como o Rosário que trazes na Mão.

No rosto pálido a tristeza
nas feições trazes silêncio
mas Teu Ventre é com certeza
um Cálice de salvação ...

És a Arca da Aliança
Torre de Marfim; Porta do Céu
e vejo em Ti como em criança
tanta Estrela no Teu véu ...

(Poema para Nossa Senhora do Amparo, Senhora da Igreja da Pobreza em Évora.)

Inserida por Eliot

⁠Quando o tempo passar
que a memória seja leve
para que mais leve
seja o meu penar!

Inserida por Eliot

⁠A única coisa que sei
é que não sei
se sabendo o que é a Morte
saberia viver a vida!

Inserida por Eliot

⁠Se um dia alguém perguntar por mim
digam que vivi p'ra escrever
nada mais ficará p'ra lembrar
além dos versos que deixei
antes de morrer ...

Inserida por Eliot

⁠O Poeta só é grande se sofrer!

Inserida por Eliot

⁠Por detrás dos gritos ensanguentados
da noite escura
vagueiam sonhos cheios de verdade
e de silêncio ...
As horas fraudulentas, inquietas,
os murmurios das cigarras indiscretas,
tudo passa num vai-e-vem sem precisão!
Estrelas cintilando numa cupula de trevas,
folhas ao vento, pálidas, secas, sem vida
incapazes de voltar aos dias aureos ...
E Eu?! Que faço Eu a meio d'um cenário
tão sinistro?!

⁠Sinto uma certeza
que me transcende a Alma;
que vai e vem e volta
num eterno movimento:
nada, nunca, neste mundo
te levará de mim;
meu Amor!
Como o silêncio só existe
p'lo ruído,
como a noite só existe pelo dia,
eu existo só por ti
tu nasceste para mim ...
Meu amor! O instante é para
sempre ...

Inserida por Eliot

⁠É preciso saber esperar
as alturas certas
para que a vida
se revele ...

Inserida por Eliot

⁠Soneto para Sua Majestade a Rainha Isabel II de Inglaterra aquando da morte do Principe Philipe.

- O NOSSO AMOR -

Quando o nosso amor já não for o que foi outrora
lembra-te que as cinzas que de nós ficaram
são apenas pó, silêncio, o fim de tantas horas
que as horas da nossa história não marcaram!

Porém verás que serei o que sempre fui pra ti!
O mesmo olhar, a mesma Alma, sempre teu,
nada em mim mudou, além de já não estar aqui,
e de sofrer, sentindo que pra nós tudo morreu!

Adeus! Palavra que me corta o paladar
que me toca no silêncio e na quietude
junto às praias do cansaço, frente ao mar.

Tantas voltas dei ao mundo, foi em vão,
eu nunca encontrei a tua juventude
noutros olhos, nem o toque que tinha a
tua mão ...

Inserida por Eliot

⁠- ⁠Carta de condolências para Sua Majestade a Rainha Isabel II aquando da morte de S.A.R o Principe Philipe Duque de Edimburgo-

É com alegria mas ao mesmo tempo com tristeza que me dirijo a Vossa Majestade.

O momento é dificil, doloroso, por isso, apresento a Vossa Majestade, bem como a toda a Familia Real, as minhas sentidas Condolências por morte do vosso muito amado esposo, pai e avô. Sinto muito pela vossa perda...

Sou Ricardo Maria Louro (Richard Mary Bay), vivo numa cidade ao Sul de Portugal. A cidade de Évora. Tenho 36 anos, sou Escritor/Poeta e nutro por Vossa Majestade um imenso carinho, muita ternura e admiração. Quero deixar a Vossa Majestade uma palavra de afecto por morte do Príncipe Philipe. É essa, de facto, a razão maior da minha carta. Quero deixar a Vossa Majestade algumas palavras de esperança, conforto e afecto.

Imagino que para Vossa Majestade não seja fácil dizer adeus a alguém tão especial. Foram muito anos de partilha. Dizer adeus a quem amamos é sentir o coração aos pedaços; sentir partir uma parte de nós. É conhecer uma tristeza que tempo nenhum fará esquecer.

Lord Byron, a quem muito admiro, disse certa vez nos seus poemas: "A prova de um afecto puro é uma lágrima".
E quantas lágrimas não choramos nós pela vida fora por tantos afectos que temos?! Tantas, tantas!

"O Luto é o preço que pagamos pelo amor", disse Vossa Majestade. Que profundo. Obrigado por esta frase há-de acompanhar-me sempre...

O Principe Philipe era um homem culto, inteligente, brilhante nas funções que desempenhou. Um fiel e nobre súbdito de Sua Majestade a Rainha. Vê-lo partir é ver partir uma parte da história mundial. Um ícone para todos nós.

Embora não seja Inglês sinto profunfamente a perda de Vossa Majestade e sinto uma tristeza profunda. E é dessa tristeza que nasceram estes versos que partilho em seguida e que dedico a Vossa Majestade a Rainha. Senti-os como sendo palavras do Principe Philipe para Vossa Majestade:

- O NOSSO AMOR -

Quando o nosso amor já não for o que foi outrora
lembra-te que as cinzas que de nós ficaram
são apenas pó, silêncio, o fim de tantas horas
que as horas da nossa história não marcaram!

Porém verás que serei o que sempre fui pra ti!
O mesmo olhar, a mesma Alma, sempre teu,
nada em mim mudou, além de já não estar aqui,
e de sofrer, sentindo que pra nós tudo morreu!

Adeus! Palavra que me corta o paladar
que me toca no silêncio e na quietude
junto às praias do cansaço, frente ao mar.

Tantas voltas dei ao mundo, foi em vão,
eu nunca encontrei a tua juventude
noutros olhos, nem o toque que tinha a
tua mão ...

Mais uma vez me vem à memória Lord Byron quando escreveu nos seus versos que a recordação da felicidade já não é felicidade mas que a recordação da dor ainda é dor.
Que verdade tão fatal à existencia humana! Mas eu acredito que no fundo do Não-Ser o Ser sempre se revela!

Embora o momento seja de silêncio e luto Vossa Majestade teve que assinalar o vosso Aniversário. Que esse dia se repita por muitos anos com Saude, paz e amor.

De coração aberto e humildemente prostrado aos pés de Vossa Majestade, tenho a honra de ser, Senhora, um vosso servo humilde e obediente,
e por isso, despeço-me de Vossa Majestade com ternura, estima e consideração.

Évora, 25 de Abril de 2021.
Ricardo Maria Louro
"O último Romântico"

Deus Salve a Rainha!

Inserida por Eliot

⁠E é isto:

o Amor para ser grande
tem que ser triste!

Inserida por Eliot

⁠- Hebe Camargo -
(Que saudade de você)

Que saudade de você
que iluminou tanto
o meu dia...
Anoiteceu, você não voltou mais.
Tudo sumiu - minha alegria!

Que saudade de você ,
do seu olhar, sua risada.
Vem ... toca em mim.
Fica bem dentro do meu coração.
Nao foi o fim!

Que saudade de você
da sua voz cantando ao meu ouvido.
Das mágoas no meu peito
sempre que estava perdido.

Que saudade de voçê
das horas que passaram sem te ver.
O tanto que sofri são rosas brancas
Adeus ... porém
você não morreu!

Onde está você?!
Sua presença
é balsamo sublime ...
Quimera ou silêncio
ninguém vê.
Que saudade de você!

Inserida por Eliot

⁠Sigo Devagar -

Há em mim uma sede de te amar
uma vontade de ser feliz
eu quero amanhecer frente ao mar
junto a ti, meu tronco, minha raiz.

Sigo devagar, perdi a pressa,
vou sorrindo já chorei demais
a vida passa, não regressa
só o amor não passará jamais.

Vou cansado, já fui tão forte
mas já que a vida quis assim
nem a distância nem a morte
levará o nosso amor de mim.

Ó Deus, meu Deus quanto te amo
depois do amanhã sobro eu
perdi o nome que te chamo
meu amor por ti nunca morreu.

Inserida por Eliot

⁠Há sempre um infinito em nós por
definir ...
Uma saudade, um vazio, uma falta que
alguém nos faz!
E nos ardentes campos da ausência
onde nascem rosas brancas,
feitas de mágoa e de silêncio,
há também estrelas invertidas em Céus
de Primavera ...
Um dia hei-de abraçar-te novamente ...

Para Celeste Rodrigues
3 anosde saudade.

⁠Penso que cumprir a vida
seja simplesmente
ir pela longa estrada
no sentido do amor ...

Inserida por Eliot

⁠Há sempre em nós
uma saudade por definir.
Uma ausência por compensar.
É a dolorosa lei da vida ...
Fica a memória!

Inserida por Eliot

⁠A Casa do Fontão -

A Casa do Fontão
é uma Casa especial
junto à Serra do Marão
ao Norte de Portugal.

De seu coração bondoso
Dona Luisa vem à porta
de sorriso carinhoso
nada mais ali importa.

E os dias vão passando
cada canto é especial
Dona Luisa vai mostrando
uma amizade natural.

É arte bem receber ...
E junto à Serra do Marão
fiquem todos a saber
que é na Casa do Fontão.


(Dedicado à Dona Luisa e à sua belissima Casa do Fontão que, ao Norte de Portugal, junto à Serra do Marão em Amarante, inspira paixões, amizades e poetas ...)

Inserida por Eliot