Ausência
Noite
Você está presente dentro de mim a cada momento, durmo com você agarradinho, sentindo seu cheirinho e sua pela suave, quando não estamos perto sinto-me só, me envenenando ao amanhecer por você não estar do meu lado, mas revivendo em teus braços.
Desejo você a cada momento, a cada dia que passa se torna um tormento, mas quando estamos juntos é como se estivesse no paraíso, nossos corpos se tocando, nossos beijos maravilhosos o qual sinto cada sentimento seu.
Tudo em você me inspira, me da forças e a cada momento não canso de ver você, pois você é meu amor, meu porto seguro, minha amada mulher.
Vou roubar cada momento seu para estar do meu lado, até o momento que a ter definitivamente em meus braços.
Quando estiver andando e uma leve brisa te tocar, lembre-se que sou eu tocando em seu corpo a cada momento, pois estou do seu lado amando-te, quero noites sem fim...
Por vezes a distância nos impede de sermos completos.
Pois há momentos em que ficar distante de quem amamos, é sentir a ausência de uma metade, é está longe de uma parte de si mesmo.
Talvez, lá no fundo, nós só quiséssemos ser amados de verdade. Mas não um amor de distâncias, que machuca com a ausência e faz sangrar um coração tão maltratado; mas, sim, um amor presente, forte e que tem a capacidade de curar.
A pior coisa é ter saudade do que não existiu. Saudade do que foi idealizado, do que poderia ter acontecido...
Nas sombras do tempo, ele caminhava solitário pelas ruas de memórias desbotadas. Seu coração, um mausoléu de amor, guardava o fogo sagrado por ela. Ela, a musa imortal de seus sonhos, vivia na penumbra de sua ausência, uma presença tão vazia quanto as ruínas de um templo esquecido.
Anos haviam se passado desde que suas vozes se entrelaçaram em canções de promessas e suspiros. Anos desde que seus olhares se perderam nos labirintos da alma um do outro. Mas para ele, o tempo era apenas uma cortina fina entre o que foi e o que poderia ser.
Ela era como a névoa da manhã, presente, mas intangível. Ignorava-o como se ele fosse uma sombra indesejada em seu horizonte. Seu silêncio era uma sentença, sua indiferença, uma espada que dilacerava sua alma a cada dia.
Mas mesmo na morte ficta de sua conexão, ele persistia, seu coração como um farol na escuridão, esperando por um vislumbre da chama que um dia ardeu tão intensamente entre eles. Ele a amava além das palavras, além do tempo, além da própria morte.
Em seu amor, ele encontrava uma imortalidade que transcende os limites do mundo físico. Seu amor era uma epopeia, uma saga de esperança contra toda a lógica, contra toda a razão.
E assim, nas brumas do esquecimento, ele continuava a tecer os fios do seu amor, esperando pelo dia em que a morte ficta que os separava se dissolveria, e eles se encontrariam mais uma vez nos braços do destino, onde o tempo não teria poder sobre o eterno laço que os unia.
Ficar perto de você me deixa louco, como se cada momento ao seu lado fosse um sonho que não quero acordar. E não estar perto de você? Ah, isso me consome ainda mais, pois a saudade se torna um fogo que arde, mas não se apaga.
É uma dança entre a presença e a ausência, onde seu sorriso é a melodia que embala meu coração, e seu olhar é a luz que ilumina meus dias mais sombrios.
Você é a tempestade que agita o meu mar e a calmaria que acalma o meu porto.
Estar contigo é perder-me para me encontrar; é um doce devaneio do qual não quero acordar. E mesmo quando estamos distantes, seu amor me faz companhia, pois você está sempre presente, mesmo quando não está.
A morte espreitou, silenciosa, enquanto caminhávamos lado a lado por aquele jardim. As folhas sussurravam ao vento uma melodia antiga, e o sol se punha, pintando o céu de tons dourados e vermelhos. O mundo parecia segurar o fôlego, como se até mesmo o tempo estivesse com medo de interromper nossa conversa.
Ela olhou para mim com olhos que guardavam oceanos inteiros.
— Você acha que vai doer? — perguntou, sua voz suave como um segredo compartilhado entre as estrelas.
Eu segurei sua mão, sentindo a delicadeza de seus dedos, e respondi com a sinceridade que só o amor pode inspirar:
— Não mais do que a vida sem você.
As palavras saíram como uma promessa silenciosa, uma declaração de que não havia dor maior do que a ausência de sua presença em meu mundo. Pois o que é a dor, se não o preço que pagamos pelas lembranças que construímos? O que é o medo do fim, se não o reflexo de um amor tão vasto que transcende até mesmo as fronteiras da mortalidade?
Naquele instante, percebi que o amor é a única coisa que transforma o desconhecido em certeza, que faz com que cada instante valha a pena, mesmo diante do inevitável. Porque, ao seu lado, até a eternidade parece apenas um momento fugaz, uma breve pausa na dança cósmica da vida.
Ela sorriu, e o sol pareceu brilhar um pouco mais forte, como se os céus também reconhecessem a beleza daquele momento.
— Então vamos viver — disse ela, com uma confiança que acendeu meu coração como uma chama eterna.
E ali, de mãos dadas, continuamos nossa jornada, sabendo que a vida, com todas as suas dores e incertezas, nunca poderia nos separar. Pois em cada olhar, cada toque, e cada palavra sussurrada, encontrávamos um pedaço de eternidade ao nosso lado.
O amor, afinal, é o que nos mantém vivos. É o que nos faz enfrentar a morte com um sorriso e dizer: "A vida, sem você, seria o verdadeiro fim."
Quando a noite se despede da luz e as estrelas bordam o céu com sua tímida claridade, a saudade emerge como uma brisa suave, sussurrando o seu nome ao vento. É nesse silêncio profundo que o seu rosto se desenha na minha memória, cada traço tão vivo, cada detalhe tão nítido, que quase posso sentir o calor do seu olhar e o toque delicado da sua presença. A lembrança se torna meu refúgio, um lugar onde o tempo se curva e a distância se dissolve, trazendo você para perto de mim.
Na solidão desse instante, uma lágrima tímida escapa, carregando consigo o peso de um amor que as palavras jamais poderão conter. Ela desliza lentamente, traçando caminhos invisíveis em minha pele, como se fosse uma prece silenciosa, uma oferenda à mulher que domina meus pensamentos e faz o meu coração pulsar com intensidade.
E assim, no santuário erguido por essa lágrima, encontro um abrigo onde você reina absoluta. Ali, entre as sombras da noite e a luz da lembrança, você permanece viva, imortalizada no espaço sagrado que o amor construiu em mim. Cada batida do meu coração é sua, e cada pensamento meu é guiado pela sua doce existência.
Era uma vez um quase-amor. Intenso, confuso, bonito… mas mal vivido. Não faltava sentimento — faltava coragem. Ela amava com presença, ele respondia com ausência. E nesse vai e vem, perderam um ao outro sem nunca terem se tido por inteiro.
Ela foi embora pra se proteger. Ele ficou, tentando disfarçar saudade com distrações. No fim, o que restou foi silêncio onde havia conexão, e um “poderia ter sido” que pesa mais que qualquer adeus.
Ser fiel a si mesmo é o primeiro passo para não se perder no outro. Quando quem amamos não está, percebemos o quanto a vida é dura — e curta. Esperar finais felizes parece ingênuo diante da realidade que insiste em nos quebrar.
Mas há força na dor. As partes que se quebram revelam quem realmente somos. A ausência do outro escancara a necessidade de presença de si. E quando dizemos “nunca mais”, talvez estejamos, enfim, dizendo “agora, sim” — para nós mesmos.
Por todo este tempo, eu vivi... respirei, caminhei, cumpri os dias como quem atravessa paisagens sem se deter nelas. Estive presente, mas não inteiro. Fiz o que se esperava, sorri quando era preciso, calei o que gritava por dentro. E, ainda assim, algo sempre faltava.
Agora entendo: eu vivi, sim… mas nunca tive uma vida que fosse verdadeiramente minha. Nunca abracei meus próprios desejos sem medo. Nunca me permiti ser, apenas ser, sem me moldar ao olhar dos outros.
Talvez, só agora, ao reconhecer essa ausência, eu comece a construir o que é meu... um caminho onde viver não seja apenas existir, mas pertencer a mim mesmo. E nisso, finalmente, pode nascer uma vida.
Se eu pudesse saber o quanto de mim ainda vive em você... Se seu coração ainda pulsa diferente quando escuta aquela música, se sua pele ainda lembra o toque que só existia entre nós. O amor que tivemos não foi desses que o tempo leva com o vento... foi daqueles que se cravam na alma, que doem mesmo depois de tanto silêncio. Às vezes me pergunto se você também fecha os olhos e se perde nos mesmos instantes que ainda moram em mim. Porque, mesmo longe, mesmo depois, há amores que nunca dizem adeus... apenas se escondem onde ninguém mais vê.
Durante muito tempo, confesso, temi o mundo... mas não por suas dores naturais, nem por seus silêncios frios. Tive medo de viver em um mundo onde você não estivesse. A simples ideia da sua ausência era como um vento cortante atravessando o peito, como uma noite sem estrelas, como uma eternidade sem luz. Havia algo na sua presença que fazia o tempo parecer menos cruel, e a vida, ainda que imperfeita, tornava-se suportável, quase bela. Sem você, tudo perdia cor, propósito e rumo. E assim, mais do que temer a morte, temi a vida sem você... porque viver, se não for para dividir o olhar, o riso e o silêncio com quem se ama, é apenas existir à margem do que poderia ter sido eternidade.
Era uma vez um homem que acreditava caminhar só... não por falta de passos ao redor, mas porque havia se tornado prisioneiro de muros erguidos dentro de si. Vivia entre palavras guardadas, olhares desviados e silêncios pesados como correntes. Até que um dia, como um raio de sol que ousa atravessar as frestas da cela, apareceu ela: uma amiga que não se intimidava com o seu estranho jeito de existir.
Ela o chamou de amigo, mesmo quando ele dizia que não sabia ser. Disse que ficaria, mesmo que o mundo partisse. E prometeu que, se um dia os dois se encontrassem sós no destino, ficariam sozinhos... juntos.
Ele a questionou, como quem duvida da própria liberdade, e ela o respondeu com leveza, como quem não tem medo de cuidar... nem de se deixar ser cuidado. Entre perguntas e provocações, entre o medo do amor e a esperança do abrigo, os dois descobriram que talvez a verdadeira fuga da solidão não estivesse no mundo lá fora, mas nos olhos de quem vê a alma e ainda assim decide ficar.
E assim, entre prisões internas e promessas eternas, nasceu uma história onde dois corações, marcados por feridas, aprenderam que não há maior liberdade do que encontrar repouso um no outro.
E viveram... como sabem viver os que ainda acreditam no amor que se escreve devagar.
Na quietude, descobrimos a força do não dito, a eloquência dos gestos. Por vezes, a sabedoria reside na pausa, enquanto o mundo se desdobra em histórias ruidosas. Assim, abraçamos o silêncio não como ausência, mas como uma presença poderosa que fala às profundezas da alma, oferecendo respostas sem artifícios e consolo sem palavras.
Os passos agora são lentos.
E o vento que antes percorria todo o caminho , hoje se materializa feito nuvens , se forma e vai.
Nessa estrada longa, as árvores balançam em câmera lenta, sem o fluir dos ventos, sufoca o coração.
Pra que pressa ? Os dias são frágeis.
Pra que continuar nessa espécie de tortura?
Dispenso outras emoções e desconfio dessa ausência.
Você me bloqueou
Na minha solidão eu te escrevia,
não era para te importunar,
mas por te ter como companhia.
Escrevia na impulsividade de minhas angústias,
minhas expectativas e alegrias.
Eu estava carregada de fardos de ilusão,
e via os olhos de tua alma,
a ler os meus manifestos,
meus pensamentos do coração.
Eu pensava que para ti,
isso não significasse tormentos,
mas com o tempo me dei conta;
tudo que eu te escrevia
era pesado demais para você,
que não desejava ler minhas mensagens,
nem a minha presença por perto querias ter.
Bloqueios de acesso e fechamento de portas,
na minha face tu sentenciastes,
e todos os meus acessos a você,
foram insensivelmente destruídos,
então, veio de fato a tua ausência.
Você bateu a porta na minha cara,
e não teve comigo nenhuma benevolência.
Rozilda Euzebio Costa
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