Apagar a minha Estrela
É MESMO ASSIM
Quando tentamos entender a vida
Arriscamos-nos ao precipício de uma estrela cadente
Que perde o seu rumo
E caminha no escuro
Perdida a luz das outras.
Quem ao deslembrar saber de si
Indica a persuasão do alheio
Da vida de outros, quem?
Mergulhado em seu mar longo
Encontra o sentido que os outros navegam?
Sabemos ainda de nós, mas não sabemos do nada
E é ausência o que somos
Quando convictos disto
Conseguimos avistar uma fresta
Ainda incapaz de caber nossa visão
Somos esses passageiros sem rumo
Ciganos do cosmos estrelas desgarradas
Ora estamos em nosso perfeito sentido
Quando nos julgamos errantes
Momentos depois dentro da vida
Convencemos-nos que ela engana.
__________________
Naeno*com reservas
EU COM O MEU AMOR
Eu, com o meu amor
Serei muito mais.
Eu serei a estrela
E ele brilhará.
Eu serei a nuvem
E ele choverá.
Eu, com o meu amor
Seremos um.
E se um for nada
Seremos nenhum.
E se de tristeza
Eu precisar chorar
São seus olhos, meus
Que lhe vão molhar.
Naeno
EU COM O MEU AMOR
Eu, com o meu amor
Serei muito mais.
Eu serei a estrela
E ele brilhará.
Eu serei a nuvem
E ele choverá.
Eu, com o meu amor
Seremos um
E se um for nada
Seremos nenhum.
E se de tristeza
Eu precisar chorar
São seus olhos, meus
Que lhe vão molhar.
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naeno*com reservas
TEU OLHAR
Teu olhar
É uma estrela no céu, no céu,
Mar azul,
E um náufrago, sou eu,
Tuas retinas,
Sempre na luz.
Pois teus olhos
Também é o sol.
Lindo, infinito
O mesmo sol sobre mim
El sol calliente,
Qui ay de brillar
Aqui em la plaia.
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naeno*comreservas
ENTENDER A VIDA
Quando tentamos entender a vida
Nos arriscamos ao precipício de uma estrela cadente
Que perde o seu rumo
E caminha no escuro
Perdida a luz das outras
Que ainda reluzem, mas já distantes.
Quem ao olvidar saber de si
Lembrará a convicção do alheio
Da vida de outros, quem?
Mergulhado em seu mar difuso
Encontra o sentido que os outros navegam?
Sabemos de nós,
Mas não sabemos do nada
E é o nada que somos
Quando convictos disto
Conseguimos avistar uma fresta
Ainda incapaz de caber nossa visão
Somos esses passageiros sem rumo
Ciganos do cosmos estrelas desgarradas
Ora estamos em nosso perfeito sentido
Quando julgamos errantes
Momentos depois dentro da vida
Nos convencemos que ela engana.
O DIA DA ESTRELA
Quando Tu, Criatura de Deus
Tomou assento no elevado
Com a mais nítida permissão
De proteger os teus
Uns esperavam outros se arrastavam
Peça criação da mulher, ateus
E sem saberem que a palavra
Seria a pensada recoberta.
Ante Ti fariseu se desvalorizavam
E urdiam os mais feios capeamentos
Que a celestial Majestosa
Por entre tortos caminhos O protegia deles
Ante a poderosa, que faz a flora.
A rainha entronizada em outro instante
Daqueles repletos de medo e coragem
Dos todos que a vida lhes continuarão
Decreto máximo da proteção, a brisa
E do fogo do vento, em seu coração.
Seu coração o aconselha
Pela Deusa, Deus manifesto preciso
NOITE...
Lua, estrela, núvens,
sonhos, desejos, ilusão.
A paisagem é escura
tudo é silêncio,
tudo é paz...
Uma paz irreal,
uma paz quieta, calma,
uma paz sem paz...
NOITE.
Momento de pensar, sonhar
recolher do ser.
Momento de confronto,
confronto entre sonho e realidade.
NOITE...
Momento de viver,
momento se sonhar,
momento de ser...
Ser da noite...
Sei quem és
Se eu soubesse seu nome...
Mas sei como se chama o teu olhar;
Estrela é o seu nome,
Pois, seu brilho é pleno e radiante
Quando contempla o meu céu.
Se eu soubesse seu nome...
Mas sei como se chama a tua boca;
Tentação é o seu nome,
Pois, são como um labirinto
Onde a minha boca
Anseia por se perder.
Se eu soubesse os seus mistérios...
Saberia, quem realmente é;
O que pensas...
O que desejas...
Mas como sei,
Que jamais saberei
Quem é;
Conformo-me em saber
Que você tudo oculta
Por nada dizer.
Meu sonho era morar em uma estrela. Depois descobri que elas são astros com luz própria. Nada palpável, concreto.
LUZ
A estrela que brilha no centro do Universo;
A vida que surge no íntimo do dia,
Luz clara, brilhante escarlate.
Luz da vida, que gera vida,
Que se transforma em vida após a morte.
Luz da casa, casa de luz, luz que guia, luz que gira.
Luz vibrante, calorífica
Luz do gelo, luz que molda,
Luz que transforma.
Luz, luz, luz,
És tu, oh! Imperatriz do dia,
Desvendadora das cores, mãe da esperança,
Luz,
Como te chamas?
Como derramas?
Simplesmente luz,
O brilho que há em nós,
A força que emana,
A verdade que inflama.
Uma estrela no céu.
Estava só...
Em meio ao infinito,
Teu brilho,
Único, intenso e radiante,
Se fez capaz,
Desfez a escuridão.
Por instantes,
Fiquei ali a admirar.
Naquela noite,
Algo dizia...
...Por toda a volta,
há sempre olhares.
vc foi como uma estrela , o brilho dos seus olhos reflete no meu fazendo o meu mundo escuro sombrio por algum minuto sabe oque felicidade,mas seria mas feliz se vc fosse real
ASTRÔNOMO
Aquela noite na praça, a estrela que brilhava era só uma estrela, nada sobre nós se tratava.
Uma Estrela a Mais!!!
Meus olhos te procuram ansiosos
e te buscam por todos lugares
São tantas luzes na madrugada, tantas pessoas
mas meus olhos não te vêem em outros olhares.
Num dado momento eu me perco
entre a realidade e a louca ilusão
de acreditar que é você quem está comigo
degustando o aliciante vinho da paixão.
Revolta-me ver o sol outra vez
se desenhando no horizonte
para apagar o brilho que na escura noite
de minha inspiração fôra a única fonte.
As horas vazias com a esperança plena
enfim passam, tem fim os meus ais
me entrego de novo à noite serena
à buscar noutro céu uma estrela a mais.
W. Lira
Uma Estrela à Mais!!!
Meus olhos te procuram ansiosos
e te buscam por todos lugares
São tantas luzes na madrugada, tantas pessoas
mas meus olhos não te vêem em outros olhares.
Num dado momento eu me perco
entre a realidade e a louca ilusão
de acreditar que é você quem está comigo
degustando o aliciante vinho da paixão.
Revolta-me ver o sol outra vez
se desenhando no horizonte
para apagar o brilho que na escura noite
de minha inspiração fôra a única fonte.
As horas vazias com a esperança plena
enfim passam, tem fim os meus ais
me entrego de novo à noite serena
à buscar noutro céu uma estrela a mais.
W. Lira
Cúmplices
Somos eternos cúmplices de nossos sentidos
Você é a estrela luminosa onde meus olhos se extasiam,
É a suavidade do veludo onde o toque de meus dedos não se cansam,
É o doce sabor das manhãs ensolaradas onde me delicio..
É o aroma das flores, invadindo minhas veias,
E sua voz desliza em meus pensamentos,
com ardor e suavidade a me desnudar por inteira...
Somos vítimas do acaso, de encontros desencontrados
Da necessidade incontrolável de ficar lado a lado...
Somos paixão desenfreada, amor sereno e intranqüilo
Inquietos no silêncio absoluto de um beijo...
Somos réus de nossos atos,
Fugitivos de um mundo sublime e farto
Onde nos encontramos, confidenciamos, nos amamos,
Nos envolvemos sem nenhuma culpa...
Somos juízes de amores intensos
Conhecedores da profunda dor que a distância nos pune
E da felicidade explosiva do encontro perfeito
A exalar fagulhas de puro contentamento...
Somos jurados complacentes de sentimentos duradouros
Não há transgressores onde habita amor,
Não há punição quando não existem pecados,
Não existem penas... quando somos puros...
Somos somente cúmplices de nós mesmos,
Na espera sôfrega de encontros furtivos,
Na entrega imperiosa de corpos sedentos,
No clamor de almas infinitamente apaixonadas...
E a cada vez que anoitece cada estrela parece uma lágrima.
Mesmo que as estrelas começassem a cair, eu ainda estarei sonhando com você.
Mas, quando elas começarem a cair, pra onde é que eu vou fugir?
29 de novembro de 2010.
1968, o ano que não terminou
morreu um pensador
quando do céu caiu uma estrela;
morre um escritor
quando o Ai-5 causou tristeza;
morre um inventor
quando o mundo perdia sua grandeza;
morre um sonhador
o escritor Manuel Bandeira
* Homenagem ao escritor Manuel Bandeira falecido no ano de 1968, tal ano conhecido como " O ano que não terminou" pelos sucessivos acontecimentos que arrolou.