Antologia Poética
Mas será sempre inevitável a dor, no exercício do amor.
O rigor da sensibilidade e a magia poética,
naturalmente, criam mistérios que ora, provocam alegrias incontidas ora, incandescentes infernos.
O romance em algarismo decifra o infinito de um sentimento em consciência poética que transborda o coração que se mostra carente.
Sua companhia se faz eminente ao meu ser, Que de tão exata se manteve na imensidão dos sentimentos oblíquos.
A relação se pôs com tamanha importância para a pulsação de um coração alado que em batimentos voa para o infinito.
A dimensão poética foge do gramatiquismo que limita a palavra e do racionalismo que limita o pensamento.
“Minha perdição”
A desgraça de uma vida poética é ter seus atos enxergados de forma vil e barata, onde os aplausos não valem nada.
O convite para o belo banquete, a cobiça veemente, a ausência que se sente é a loucura proseando calmamente.
Os talheres prateados estão espalhados pela grandiosa mesa e seus convidados são aqueles que refletem sua imagem na prataria cara.
Olhe ao redor e veja uma vida fadada aos anseios dos idiotas, semelhante à velha anedota que só faz rir os inocentes.
A ironia do desperdício de palavras sensatas é como a bela flor pisoteada, aviltada e depositada de forma sutil naquela alma lavada.
Os ladrilhos já não estão sob meus pés, a caminhada na qual te falava deixou há tempos de ter sentido,nada mais afeta meus anseios.
As vozes que ressoavam em meus ouvidos conseguiram acalmar meu ímpeto incontrolável, foi como tempestade que dissipa em um piscar de olhos; neste instante a calmaria é minha glória.
O que é YOGAMA?
Cada YOGAMA é como um poema/exercício de absorção poética cujo tema abrangente pode ser objeto dos mais variados fenômenos e sensações afetivas elevadas.
O que é YOGALA?
É uma outra asa de vôo poético.
:: A Poética do Viver ::
Viver é sentir pulsar a vida em toda a sua intensidade
Viver é se sentir à vontade para curtir a sua própria liberdade
Viver é saber conviver com o essencial e com a vaidade
Viver é querer sempre mais para alcançar a felicidade
Viver é 'poetizar' da eternidade à finitude
Viver é procurar o amor em sua plenitude
Viver é ser capaz de repensar as atitudes
Viver é acreditar em Deus e em toda sua magnitude
Viver é aprender e ensinar dia após dia
Viver é saber buscar o que se quer com alegria
Viver é entender que tudo isso é poesia
Viver é saber enxergar a vida como uma mistura entre a realidade e a fantasia.
A primeira arte
arte inicial
arte poética
arte primeira
arte chão da artística criação
arte geradora das outras artes
arte que tudo de bom cria
arte poesia.
Saibam senhores, que se o teu coração não se põe em inquietude poética a cada vez que aquele alguém vem ao teu encontro, é porque ainda não encontraste o amor da tua vida. Se os teus olhos não brilham todas as vezes que você o encontra, se o azul do céu ainda não te faz fechar os olhos e suspirar por lembrar daquele rosto, se ao cair a noite você não busca a primeira estrela do céu, só pra olhar e sorrir, é porque ainda não encontraste o amor da tua vida!
Poética vida.
Vida. Significado poético onde
ficção e romance se misturam
em um so drama pelo resto da historia.
Finalmente estou procurando uma ação,
para quem gosta de mistérios, ela aje
de uma forma romântica, com amores
subpostos a te odiar para que
no final você possa descobrir
a quem te ama verdadeiramente.
Para aqueles que gostam de um
romance, ela aje injustamente,
com a mistura de ficção e ação
para manter o seu suspense.
No meio da historia, seus amores
aparecem sem que você perceba
e guarde todos eles na memoria
como os seus melhores amigos.
E aqueles que preferem drama,
sua vida estara repleta de fases,
que continuam a fazer de seus
lazeres um inferno, e de suas distrações
uma dor de cabeça. Mas, o seu
romance estara do lado certo, no momento
certo, no lugar certo do jeito perfeito,
sabendo que de qualquer forma,
a vida sempre acabara em poesia.
Vida. Significado poético onde
ficção e romance se misturam
em um so drama pelo resto da historia.
Por uma educação poética
Em seu poema "Belo Belo", publicado na obra Lira dos cinqüent'anos, o poeta Manuel Bandeira dispara: "Não quero amar,/Não quero ser amado./Não quero combater,/Não quero ser soldado/. - Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples/. Por meio do discurso dessa autoridade incontestável da seara das letras, impregnado de uma sabedoria que a maioria de nós busca alcançar, nos sentimos propensos a refletir sobre a grandeza existente nas coisas singelas e a forma como elas conduzem nossos corações e mentes para o caminho do que é realmente importante à existência humana. Possibilitar essa visão apurada da vida é contribuir para o entendimento de que a felicidade é composta pelas ações e sensações presentes nas coisas mais corriqueiras. Esse aprendizado deve ser, ou pelo menos deveria, um dos objetivos primeiros da educação. Nas disciplinas do currículo regular, na abordagem dos temas transversais, nas numerosas atividades que devem configurar o ano letivo das escolas - semanas culturais, gincanas, passeios, comemorações cívicas -, é necessário que os educadores propiciem aos seus aprendizes a consciência do que é o bem, o bom e o belo. Até porque essa tríade, capaz de dotar o espírito e a mente humana do viço e da energia essenciais à edificação de ideais nobres, cria um círculo virtuoso fundamental à convivência social pacífica, ao desenvolvimento do caráter ético e ao fortalecimento de valores como: honestidade, lealdade, respeito, civilidade, fraternidade, solidariedade e senso de justiça. Essas e tantas outras percepções e virtudes provêm do aprendizado adquirido na família e também das influências recebidas pelo meio. É aí que entra o papel da escola e o trabalho sensível dos educadores. Mestres são também maestros. Regentes cuja missão é ensinar aos músicos/aprendizes a ler as partituras da vida equilibrando razão e emoção, competência técnica e amor. Para isso, há que se despertar os educandos para o singelo, para a verdade e para a beleza essencial de todas as coisas. Em seus versos irretocáveis, Manuel Bandeira sintetiza parte dos conceitos filosóficos descritos por Platão a respeito do belo, tanto em seu texto Fedro, quanto em República. No primeiro, o filósofo nos diz: " (...) na beleza e no amor que ela suscita, o homem encontra o ponto de partida para a recordação ou a contemplação das substâncias ideais". Já em sua República, Platão compara o bem ao Sol, que dá aos objetos não apenas a possibilidade de serem vistos, como também a de serem gerados, de crescerem e de nutrir-se. O pensamento filosófico e a poesia não oferecem mapas ou guias para a felicidade. Muito melhor do que isso, apontam caminhos para que possamos ter o prazer de encontrá-la pelos nossos próprios esforços. Assim deve ocorrer também com a educação, cujo compromisso maior precisa ser o de proporcionar escolhas, opções de rota, além de fornecer aos seres em formação os instrumentos básicos para as suas jornadas pessoais. Mestres e aprendizes têm de compartilhar a fascinante aventura da troca e da descoberta, de modo que, juntos, ampliem a capacidade de olhar as paisagens da vida com os olhos de ver... Carlos Drummond de Andrade - outro mestre sagrado da poesia - já falava sobre isso em seu belíssimo poema "A flor e a náusea", do livro A rosa do povo: "Uma flor nasceu na rua!/(...)Uma flor ainda desbotada/ilude a polícia, rompe o asfalto./Façam completo silêncio, paralisem os negócios,/garanto que uma flor nasceu./(...)É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio/." Essa visão privilegiada dos poeta, dos grandes visionários e filósofos tem de estar no cerne das propostas educacionais. Seja nas instituições de ensino superior, seja nas escolas da rede pública ou privada, nos colégios da periferia, quiosques, cabanas e ocas em que a educação transcende as carências de infra-estrutura física e material e se dá por meio do altruísmo de milhares de mestres que habitam os mais variados rincões do País.... É preciso utilizar uma pedagogia que revele o bom, o bem e o belo em sua essência primeva. No ensaio "Inquietudes na poesia de Drummond", do livro Vários Escritos, o professor Antonio Candido discorre sobre o que chama de "função redentora da poesia". É esse o alerta e o norte necessário à educação de excelência. No dia-a-dia da sala de aula, no vaivém do processo ensino-aprendizagem, no ritmo alucinante da busca pelo saber, é necessário encontrar um tempo para ler, reler e resgatar, enfim, os dizeres dos grandes filósofos e poetas, de modo que possamos nos educar e educar aos demais para olhar o asfalto e, ainda assim, poder enxergar a flor.
Publicado na Folha de S. Paulo
Tramela poética
Poeta rabisca o que pensa
E não pensa pra rabiscar
Seus rabiscos aas vezes encanta
E outras faz chorar
Poeta é pensador
Que as vezes perde seu teor
Suas rimas as vezes magoam
Dependendo de como soam
E se se retratam nos rabiscos
Como é que eu, poeta, fico?
Pois jamais tive a intenção
De ferir a ninguém no coração
Uma tramela é preciso
Para não mais olvidar
Rabiscar conciso
E a ninguém...magoar
Aqui estão quase todos os textos que escrevi ao longo de um ano...Prosa poética,poesia,contos e crônicas ...Espero que gostem,pois a opinião de quem lê é muito importante para quem escreve!
Que desa-broxe a minha alma poética que os lírios cante em teu louvo ... que a luz triunfe ...no grande abismo da alma
A verdade se tornou poética, todos falam sobre, porém ninguém encontrou coragem o suficiente para vive-la.
"A morte de Zilda Arns, em plena ação missionária, no Haiti, tem a dimensão trágica e poética do artista que morre em cena. Dedicou toda a sua vida de médica sanitarista à causa dos desvalidos. Sacrificou a perspectiva de uma vida regular e confortável, que sua qualificação profissional lhe permitia, ao nobre ideal de submeter-se ao mandamento cristão de amar ao próximo como a si mesmo.
Raras são as pessoas desse quilate espiritual, capazes de renúncias desse porte. Zilda Arns inclui-se numa seleta galeria de seres humanos integrais, em que figuram personagens como Madre Teresa de Calcutá e Irmã Dulce.
São pessoas que melhoram o mundo e seu tempo e impedem que o ser humano descreia de si mesmo. São beneméritas da humanidade, cuja biografia vale por um tratado de direitos humanos.
Fui seu colega no Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e tive o privilégio de com ela conviver. Sua morte desfalca os que travam o bom combate, de que falava São Paulo, e enluta não apenas o Brasil, em que era peça-chave no desenvolvimento de políticas sociais, mas toda a América Latina, a que também estendia o manto de sua generosa ação humanitária".
CEZAR BRITTO
Presidente do Conselho Federal da OAB".
A dor.
A dor, tão bela,
silenciosa, inquietante,
tão sedutora, e tão simples.
Tão poética.
Dor é mentira,
é a raiva que tira o sossego,
a raiva que quando negada, é patética.
Dor, também é amor.
É traição;
Dor é rancor,
e também, atração.
Causar dor,
é de longe mais simples que fazer sorrir.
A dor te toma a lucidez,
e a magoa, passa a lhe cobrir.
A dor é exitante, degradante,
é envolvente, doente;
É o vazio da alma, que anseia por um ser.
É o pequeno desejo, de algo, ter.
É a cegueira da mente, clamando por ver.
Peço desculpas aos Geólogos, aventureiros e afins...
Mas com toda a sinceridade poética...
Não existe geografia mais bela que os montes, vales e curvas de um corpo feminino...
Não existe maior aventura que explorar tão sagrada geografia...
Lentamente... Delicadamente... Com a ponta dos dedos... Percorrendo cada desenho...
E cada mistério...