Amor Gótico
Sombras que se conectam...
Caminhei por muito tempo na sombra de outro alguém, obtive sucesso em alguns momentos, isso posso afirmar! Mas a realidade é dura, as vezes latente, chega a ser castigante.
Decidi acreditar mais no sol, me posicionei em busca de achar a minha melhor versão própria, não importa se os defeitos ganhariam formas, não importa se o desejo para alcançar o belo me traria dias de insônia.
Algumas sombras sugam, outras iluminam. Quando comecei a enxergar a minha própria sombra, percebi algo diferente nela, comecei a entender que ela tem o poder de atrair, reconhecer, motivar, manter e passar amor as sombras com o mesmo espírito de paz, cooperação e autenticidade.
Mergulha em si mesmo e encontre as suas sombras que o assombram e na luta constante para superar o medo de não atingir todo o seu potencial a sua luz de dentro sairá certamente.
SOMBRAS
Guardo poemas soturnos e cinzentos
Numa inspiração desbotada, sem luz
Suspiro no verso sentido, que traduz
A minha poética, cheia de tormentos
Tem tons, inquietos, ais e lamentos
Nos sussurros, a poesia me conduz
Choro e apertos numa pesada cruz
Poetizando estes árduos momentos
E cada sentimento, então, aí figura
Sofrência, enchendo de desventura
A prosa que só queria, apenas amar
E triste, poeto e sinto, sofro e enleio
Vejo tudo feio, tenho o coração cheio
E, a noite sombria, a passar devagar.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
13 abril, 2024, 19’32” – Araguari, MG
Ecos da desolação
em um vale de sombras onde o sol não brilha caminhos perdidos a dor é minha filha as árvores murmuram segredos antigos sussurros de alma que não tem abrigo ecos da desolação gritos no vento a vida se arrasta eu sinto o tormento cada lágrima caída
é um peso a mais na estrada sombria não a paz
o tempo se arrasta como espectro sombrio memórias amargas em um sonho frio à noite eterna
o céu é de chumbo e cada passo dado sinto o profundo
a vida se arrasta eu sinto tormento cada lágrima caída é um peso a mais na estrada sombria não é uma paz e quando a tempestade vier me abraçar sem querer sua força me consumir devagar no abismo da mente a esperança
Se esvai
na escuridão eterna sou só apenas um cais então aceito a dor como minha amiga fiel na melodia triste que ecoa no céu enquanto a última chama se apaga em meu ser nos ecos da desolação vão renascer.
“O Guardião Interior”
Num mundo de sombras e folhas caídas,
Ergue-se o homem de alma erguida.
Olhar sereno, mas com fogo no peito,
Caminha em silêncio, firme e direito.
Na noite que dança com a luz da razão,
Ele guarda segredos, coragem e visão.
Não empunha apenas espada e presença,
Mas traz no sorriso a sua crença.
Entre os ramos vermelhos da vida,
Ele encontra a paz na luta vencida.
Pois o verdadeiro guerreiro não grita —
Ele cala, observa… e acredita.
O Porão Onde Florescem as Sombras.
Primavera de solidão ainda,
não se oculte!
Tu és esse espectro ferido que caminha entre as palavras não ditas e os nomes que não ousas nomear.
És, ao mesmo tempo, o que foge e o que acusa.
És o outro — no outro — quando julgas para não ver a tua nudez, e ainda assim te vês, refletido nos cacos do espelho que quebras todos os dias com teus próprios dedos trêmulos.
Vem!
Vem ao porão que não te deixará morrer à míngua.
Aqui, onde a madeira geme com os passos do tempo e as paredes cheiram à memória esquecida, repousa aquilo que és e que sempre foste.
Essa ironia — a tua armadura de risos tortos — embeleza a tua tristeza.
Sim, tu choras rindo, e ris para não cair.
Mas o eco... o eco sabe de ti.
Há ruídos lá fora —
O mundo grita com vozes que não te pertencem.
Ele marcha, impiedoso, e faz de cada aurora um desafio de ser.
Mas aqui... e agora... o que há aqui?
Aqui...
É onde a dor se assenta,
É onde o filósofo em ti se curva à sua miséria — não por covardia, mas por lucidez.
Onde o estoico em ti segura o cálice da renúncia sem fingir que o vinho é doce.
Aqui é o exílio do que sente demais, e o abrigo do que compreende que toda alegria talvez seja só a trégua entre dois abismos.
Não conheces onde?
Talvez porque nunca te sentaste com tua dor para oferecer-lhe um nome.
Talvez porque, como tantos, preferiste seguir —
Não para algum lugar, mas simplesmente seguir.
Sim, muitos sabem para onde vão.
Outros — os mais silenciosos — simplesmente vão.
Sem mapa, sem bússola, sem fé.
Mas tu...
Tu estás nesse entrelugar onde a alma se despe da aparência.
Tua primavera é feita de espinhos floridos, tua solidão é canto abafado sob o soalho da razão.
Evoca, pois, o filósofo em ti — aquele que ousa perguntar sem esperar resposta.
Evoca o estóico — aquele que aceita a ausência como presença disfarçada.
Evoca o romântico — aquele que sente até o que não deveria, e transforma o amor em dor e a dor em eternidade.
No porão, tu não morres.
No porão, tu te vês.
E esse ver... é nascimento.
NO PORÃO -
Que tu compreendas, enfim, que não és estranho por sangrar em silêncio.
Que na tua dor existe a lucidez dos filósofos, a dignidade dos estóicos e a beleza trágica dos românticos.
Não temas esse porão: ele é apenas a metáfora do autoconhecimento profundo.
E todo aquele que ousa descer ao próprio porão, um dia voltará à luz — não mais fugindo, mas sendo.
“Aqueles que ousam olhar a própria sombra são os únicos que poderão verdadeiramente amar a luz.”
Os maiores, os mais forte e mais poderosos vivem nas sombras pois os que muito aparecem, resplendorosos geralmente tem muito pouco a perder. A grande energia criadora de tudo e de todo pode sem o menor esforço reside no sublime o estrondoso só quer aparecer, mas não cria nada copia mau e não se sustenta.
Quero te amar
Desejo te entregar ao meu lado mais sombrio
afogando-te em um rio de humilhação profunda
elevando-te aos céus, num delírio divino e, simultaneamente
rebaixando-te ao patamar vil da mulher descartada
mas ao lançar meu olhar
quero presenciar o desvario, a insanidade das gargalhadas incontroláveis tuas, com o rosto encharcado de lágrimas douradas do meu eu mais sádico.
amar é se colocar nas trevas se isso significar que seu amado esteja esteja na luz.
ela esta sob a luz de uma nova estrela...
quanto a mim ? estarei a amando sob as sombras
A primeira providência para encontrar a felicidade é deixar-se amar. Porém, a melhor forma de se ter a felicidade é amar. Quando se ama, as sombras desaparecem e o brilho do sol torna-se luz constante dentro de nós.
Alforria
Na escuridão meus dedos são tomados
Aperta minha dor
Esmaga minha angústia
Amores são olvidados
Nos sonhos insanos e profanos
Esquecida num tempo de ilusões
Busco nos arredores das senzalas
Desejos aprisionados
Nas celas tristes e frias
De uma noite cálida.
Nas sombras onde passo
Mal vejo com nitidez a nuance
Do corpo que percorre a madrugada
Na busca do que perdeu
Encarando os fatos com largos passos.
Você não precisa aceitar o amor que acha que merece; Você precisa aceitar o amor que você tem por você mesma e apreciar apenas as pessoas que valorizam isso em você. O resto são apenas sombras desvanecidas de uma tarde de outono: Chamam nossa atenção, sim, mas não passam de sombras.
Fiz do amor um gatilho em broquel ensopado
Fiz do amor um vulcão de rosas arrebanhadas
Fiz do amor uma náusea de escunas
Fiz do amor uma música de espumas
O equilíbrio da natureza é encantador, ao som da cantoria harmônica dos pássaros, amor divino, uma emoção espontânea e no chão, uma pintura em movimentos constantes e tranquilos, feita nas sombras pelos raios solares, tendo como modelos, árvores frondosas com a suavidade dos ventos passeando entre suas folhas, uma pequena pausa no tempo que tanto renova.
O amor é, afinal, o brilho eterno da alma. Nós apenas esquecemos que somos a expressão viva desse amor, em busca constante de reconexão com sua forma mais pura, ultrapassando as sombras da imaginação.
Anjos caídos
Amor que sentimos...
Desejo nos define...
Amor perfeito...
Luz que evolui...
Desejo rasgar alma...
Sentido nos sonhos...
Virtude que amor seduz...
Vida continua nas linhas do infinito...
No momento mais profundo que vida lhe devorou...
O que move a humanidade é o amor. Tudo que fazemos todos os dias, tudo, nada mais é do que a busca pelo amor. A busca por dinheiro, para ter coisas e assim ser respeitado, a busca por conquistas, ser um vencedor… tudo leva ao mesmo final. Queremos que o outro nos ame.
Mesmo as maldades, crimes, foi um caminho torto que a pessoa encontrou para obter respeito… e ser amado.
Porém, enquanto buscamos o amor de outras pessoas, jamais conheceremos um amor verdadeiro. Queremos que outra pessoas nos ame porque não nos amamos e precisamos que outro nos diga que temos qualidades que muitas vezes duvidamos.
Quando nos amamos não precisamos que outra pessoa diga que estamos bonito, que somos inteligentes… sabemos o que somos e isso basta. E nesse momento sim podemos encontrar um amor verdadeiro, porque não buscamos preencher o vazio interior, estamos tão plenos de amor que compartilhamos naturalmente.
Mas não é simples se amar todo o tempo, por vezes, precisamos plantar.
Eu não tenho religião, mas respeito todas, creio que a finalidade de todas é o amor.
Mesmo Cristo, que só pregou amor, precisou ir para o deserto encontrar o demônio. Algo que muitos temem, mas é o único caminho para a felicidade verdadeira: conhecer os próprios demônios.
É possível fugir do sofrimento buscando consolo no amor alheio, mas é um paliativo. Somente o amor próprio gera luz.
Não estou num momento de sofrimento, mas quero cruzar esse deserto novamente. Porque uma vez que conhecemos a luz, nunca mais queremos sombras!
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