Vozes
.SEM VOCÊ
Meus gritos saem mudos...
Minhas palavras não se calam ...
As minhas vozes gritam incontrolável ...
Meus olhares se perdem no tempo...
Meus caminhos não me levam até você...
Me perco na direção, não sei para onde ir...
Meu coração anseia por ti desesperadamente...
A vida quer se ir ... As cores já não tem mais o mesmo brilho ...
Elas ficaram desbotadas sem você...
Sinto tanta sede de desejo...
O desejo cada dia mais intenso...
A paixão me devora a alma...
Onde vou buscar mais palavras?... Para matar essa sede que me consome...
Palavras sem fim... Sopro de vida que se vai...
Desejo que veem... E consome-me ...
A vida que quer se esvai-se...
O sonho que se perdeu...
A esperança que luta quase sem forças...
A guerra que se perdeu no meio da batalha...
Apenas sobrevivendo a cada momento ...
Lutar sem forças mais continuar sem você..
Suave música ao fundo
Só a quietude destoa
Baixas vozes melódicas
Aguçam estranhas manias
De empurrar o mundo.
Vento cantando
Sopra feito solidão
Voz única e violão
O mundo se move
Nesta canção.
Canto teus encantos
Repetindo o intérprete
Canto-te em mim
Na minha voz falsete.
Foi-se a meia noite,
A vida, a esta hora,
É o próprio silêncio
Que a gente cala.
Foi surpreendente, senti aquela força e deixei ir, eles cantavam para mim com vozes libertinas e eu fui, quando voltei já estava livre para andar em terra firme; com pressão, portanto já não mais só.
Noite fria
Trouxe a chuva num zumbido
agourento
Vozes a sussurrar recônditos
segredos
Incansavelmente, repetida vezes
Predizendo a longa e ruidosa
tormenta
Vindo do leste em movimentos
ensaiados
Arrastando a madrugada à procura
do amanhecer
Bailando por corredores de
álgido concreto,
Obras de meros mortais
subalternos
Deslizando pela fresta da gasta
janela
Rastejando por entre o estreito
vão da porta,
Como uma astuta e vil serpente
Impregnando o quarto com a
aspereza da noite lá fora
Afagando o espesso cobertor
de lã
Revelando a solidão que o
preenche.
``E de repente, perdeu - se o sentido.
As vozes ecoavam de dentro para fora.
Pensar era tão profundo quanto,
Mergulhar em um Oceano sem saber nadar.
E viu - se então que as batidas eram tão mais incessantes quanto o Oco recente de sua alma.´´
Frase do dia 27/07
Enquanto permitir que vozes do passado atormentem seus ouvidos, mais se distanciará de quem você é.
O silêncio é o mais alto grito, o mais forte protesto, no silêncio a vozes ecoam na cabeça o que grita o coração, nele percebemos o quão frágeis podemos ser e o quão fortes nos tornamos. Faça silêncio mais vezes, quem muito grita pouco é realmente ouvido.
Tive que ir
Não havia como mais ficar
Acabaram-se os encantos
Emudeceram-se as vozes
Findaram-se as vontades
Calaram-se as notas
Por isso fui
sem medo de penar e de
ansiar voltar
Fui
com a alma liberta
Numa ânsia de novas histórias
me lançar
Foi muita espera pra pouco amor
Foi muita lágrima pra pouca paisagem
Foi muito tempo pra pouca vontade
Cansei de ser tua metade
O infinito já não nos cabe
Findou-se a história
Morreu a ilusão desse tanto
Estou de malas prontas e voltando
pra mim
Acordei hoje calmaria
Não te quero mais passeando
na minha poesia
Chega de fantasia
Acabou!
A VOZ DO SILÊNCIO
Os degraus são da dor e do sofrer,
Só os calam as vozes da virtude,
Mas o lodo da vil vicissitude
Faz o tolo, de início, esmorecer.
Quem se prende a esta lama sem saber,
Gasta muita beleza e juventude,
E, depois da total decrepitude,
Se despede da vida sem viver.
O brotar dos sagrados germes n’alma
Do andarilho, na dor e paz, o acalma
Entre os juncos do ser que é sua senda.
Cada vício é o riso de uma hiena,
E a virtude é a voz meiga e serena
De quem forja na queda a própria lenda.
Vozes
Vozes vorazes
Devoram-me
Devoram meu sono
Levam-no de mim
Devolvem os vultos envoltos por um envelope transparente
Transcorrem noite adentro um discurso semi-indecifrável
Desmentem e mentem tanto quanto nada se entende
Entrelaçados com pernas e braços de sons epilépticamentes iningnoráveis
Meu sono?
Deu lugar a sede
Uma insaciável vontade
Que apenas
Às vezes
Raramente
Cansa-me
Uma confortável fadiga mental que explode em vontades
Oh! Agora apenas tenho sede
Não posso falar da fadiga
Talvez apenas com ela
Digam-me
Fadiga,
Cansaço,
Exaustão;
Para onde foi
Nesta bela noite
Meu querido sono?
Oh, tempo!
Oh, vozes!
Há tanto tempo ouço vozes
Fantasmas..
Vestidos brancos ao longe no céu, susurram ao caminhar, longe escuto essas vozes, e sei quem à me procurar
Nada posso lhe dizer, pois sentado aqui estou, mas de costas posso ouvir, tudo aquilo que faltou...
Me desculpe estar aqui, mas fui fraco em lutar, não podia mais viver, sem um dia descansar
Aqui salvo suas palavras, agora pode acordar, não se afogue na tristeza, pois eu sempre vou te amar...
Vozes que te contrariam olhares q desdizem um bom desejo ou língua que não te palavrem o bem,ñ te abalarão quando Deus é contigo.
Vem de longe
o vento mansinho,
perfumando a noite,
a bailar,
traz vozes em carinho
meu coração quer tocar
fico em êxtase, vou ouvindo
a canção que talvez
seja só minha
e ainda não consegui decifrar
SILÊNCIO
é quando todas as outras vozes se calam e apenas uma sussurra devaneios no pescoço da pessoa amada.
Eu sei que posso acreditar em mim, por mais que vozes e olhares queiram o contrário, eu acredito em mim. Minha força, minha mente e meu coração caminham em passos confiantes. Otimismo é poder. Fé é poder. Sei que alcanço, sei que posso, sei que conseguirei. Deus é comigo e sabe que isto tudo é verdade, Ele surge quando preciso e por Ele me deixo guiar. Deus já conseguiu tudo pra mim, só espero o tempo certo para receber, só espero o tempo certo para agradecer!
VOZES ESQUECIDAS
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Com patuá e caneta
canetas p'a rascunhar
rascunhar coisas da vida
vida poeta e poetar.
Poetar o olhar nos olhos
olhos misera, falta de pão
pão negado ao inocente
inocente exposto ao cão.
Cão fome e moscas
moscas a voar os restos
resto de uma vida louca
louca pobre sociedade.
Sociedade de clamores
clamores, voz esquecida
esquecida os seus amores
amores de simples vida.
Antonio Montes
MEDO
Ando apressadamente
Ligeiramente...
Rapidamente...
Ouço vozes...
Sussurros, murmúrios...
Altos, baixos...
Roucos, suaves, estridentes, maledicentes...
Risonhos, melancólicos...
Tristes, alegres...
Esperançosos, lamentosos...
Queixosos...
Caluniosos...
Como um caleidoscópio de sons.
Elas se emaranham na minha mente.
Sufocam meu tímpano.
E gritam no meu ouvido.
Ressoam, retumbam, propagam, reverbera por todo meu ser.
Me sufocam, me agridem, aterrorizam.
Apresso o passo...Tento fugir...
Estou cercada, cercada por uma imensa e sufocante multidão...
Mas estou só, sozinha...
Isolada numa ilha cercada por multidões.
Olho cada pessoa desta multidão...
São tantos rostos...
Desconhecidos...Conhecidos...
Mas estou só...
Completamente só... Sozinha.
Me abraço...Me aqueço...Me sinto
Sinto a dor...
Ela vem forte...
Em imensas ondas...
Devastando meu ser...
Me perco nesta insana música destes vozerios.
Me maltrato, me resguardo, me domino, me aquieto.
Olho pros lados, cercada, cercada e acorrentada pelos meus medos.
Temores que me aprisiona.
Aflições que me algema.
Sozinha, sozinha e prisioneira.
Sinto um grito angustiante e apavorante emanar de dentro do meu ser.
Minha alma grita e emiti sua libertação.
Deixo a fera que existe em mim...
Se soltar...
Dominar, invadir...
Me liberto...
Liberto do medo, da angústia, das aflições.
Agora ando sem medo.
Theo Lanusa
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