Versos de Silêncio
Então foi isso que eu ouvi quando fechei os olhos: o silêncio.
O silêncio de tudo que me era desfavorável, desnecessário. De tudo que me era contrário, oposto, adverso, vulnerável. O silêncio de um coração, que mesmo pulsando fortemente pelo abismo, não me traziam sons, apenas sensação de medo e fraqueza. O silêncio que me acalmava por dentro, cicatrizando feridas de abalos imagináveis causando pelo velho eu.
O silêncio permeava como voltas sem fim.
O silêncio nada mais era que a minha aflição agoniante de está perdido no que fui um dia e que no fundo continua existindo dentro de mim.
O silêncio
O silêncio é o barulho mais forte.
Não estremece de fora pra dentro.
E sim de dentro pra fora.
Exemplo:
O que mais nos incomoda num velório de um ente querido?
É o silêncio dele
Que é incapaz de reagir aos nossos sentimentos.
Como se dissesse...
Já não estou aqui.
Meire Perola Santos
24/05/2017
01:59
Mãe entre Ciprestes -
Mãe que vives entre ciprestes e ventos
intacta como o silêncio ...
Mãe-terra, na terra serena,
adornada de mim,
feita de noites e Sóis
beijada pela Lua!
Mãe das pálpebras caídas
que não arde nem fala ...
Mãe do azul que nos legou
sob um mar de ventanias,
agreste e verde,
com vontade de ficar!
Mãe pura sobre os sonhos
com passos de andorinhas
cansadas de voar ...
Mãe! Intacta e casta como a água
que cai de todos os silêncios
sob as lousas frias, brancas,
que se fecham em saudades ...
Ó minha mãe ... minha Mãe ...
(Dedicando à tia Maria Eduarda Salgueiro estes versos, neste novo estar, da sua vida ... agora!)
O amor é poesia
Não se explica em palavras exatas
É gesto, música, silêncio, alegria
Não se compreende
Apenas se sente
O amor é o que nasce
Cresce e se deixa florescer
O amor vai além do que explico
Além do que sei
E por mais que eu tente
Do amor que sinto por você
Nunca saberei dizer
Yara Aves
A janela aberta permitia a brisa entrar!
O silêncio da noite me deixava pleno e o canto dos pássaros ao iniciar o dia me dava a paz que não sentia há muito tempo. São remédios naturais que me restauram de uma forma tão completa que nenhum outro remédio farmacêutico consegue fazer igual.
Fotografia
No silêncio da minha nudez
Solitária sofria, amava, repudiava, delirava...
Sua falta me consumia
Fantasmas atormentavam o meu ser
No silêncio da minha alma
Tua presença estava
Em todos os lugares
Tua falta me atormentava
Eu suplicava tua presença
No silêncio dos meus pensamentos
Eu vagava como uma folha seca
Sem rumo, sem direção
Sedenta me envolvia
Em simples fotografia.
A noite me conduz ao silêncio
Embarco numa viagem com destino ao meu interior
Ruas na penumbra
Paisagens desertas
Estações em variáveis
Escalas de cinza.
Prossigo em minha viagem
Vejo a chuva cair
Meu rosto molha,
Lágrima rola.
As ruas somem
A paisagem se funde num azul escuro que se mescla com o violeta
Não presto mais atenção
Somente continuo a viajar
Destino à frente
Começo a desacelerar
Nuvens prateadas correm com o vento
Lua e estrela tentam resplandecer
Luar viajar sonhar e chorar
Somos sempre passageiros solitários quando o destino é o nosso interior
O meu Silêncio
se faz brisa naquilo que
acolhe meus sentidos.
É quando Deus
vem aqui
conversa comigo
e me aconchega em seu abrigo.
E em plena Paz
e de consciência tranquila...
Já não corro nenhum perigo.
Ju
No silêncio da noite me deito na rede
E apesar de ouvir só os meus pensamentos,
Sinto no peito a dor da saudade de quem um dia já tive
Lembro daquele beijo gostoso
E dos teus longos cabelos negros entre os meus dedos.
Como sentir o teu cheiro era bom!
Sentada em mim no banco do carro
Olhava a tua boca a salivar
E me alegrava ao ver teus olhos marejados de prazer
Me lembro como se hoje fosse aquela noite
Eu te beijava suavemente
E você me mordia o pescoço
Mas infelizmente,
Por medo e nada além disso,
Tudo acabou.
O carinho nunca se foi.
A saudade ficou.
E a lembrança mora comigo.
Madrugada também serve
pra sentar no balanço da lua
e com o aparador do silêncio ...
Caçar estrelas.
Pitica, minha eterna, Pitica,
Aqui escrever
Apenas por poder
Livremente
Mas em silêncio
Te amar
Sem te pertubar
É seu aniversário
E votos faço de toda felicidade e saúde
És meu sonho e sei que preciso acordar
Mas é que ainda espero um dia
novamente poder te abraçar
24/12/17.
SILÊNCIO DO CERRADO
Difícil empalhar o silêncio do cerrado
Desafinado, singular num trans feitio
Ruidoso e calmo, tácito entrelaçado
Arranhando o árido com fino assobio
Chorando no torto galho ressequido
Da inação do sertão de hábito gentio
E nesta tão apatia, rebusna o perfume
No olhar: calado, rumoroso, cheiroso
Que no mormaço é em alto volume
Na imaginação um tempo moroso
No horizonte um suntuoso cerume
E na surpresa, mesclado e glorioso...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Dezembro de 2017
Cerrado goiano
-MAIS UMA VEZ-
Caminhava em silêncio pela cidade,
Quando passei em frente à cafeteria,
Vi aquela mulher bebendo café na última mesa.
Ela lia um livro de poesia.
Fiquei observando-a por algum tempo,
Mas logo apaziguei meu coração.
O olhar dela sempre estava longe.
Longe demais para alcançá-lo.
Atravessei a avenida, melancólico por desistir mais uma vez.
Sem notar, ela me olhou cruzando a rua,
e se perguntou porque eu sempre parecia triste, mais uma vez.
"Eu sei que muitos pensam que o melhor na maioria das vezes é "O silêncio", e tem razão. Discutir com ignorantes te faz igualar-se a eles."
—By Coelhinha
Um sorriso, um abraço, um beijo, um amasso.
O silêncio, o arrepio... um suspiro me saiu.
O seu toque, o seu cheiro... me sinto por inteiro.
Seus olhos castanhos, sua boca macia, seu rosto alegre que sempre me sorria
SAUDADE
O silêncio tantos, aqui frente a frente,
uma privação... O contido medonho!
E, de peito arrebatado, vorazmente,
quedei a ideia, num olhar tristonho.
Saudade! ... Tão mais que de repente,
nas tuas lembranças as minhas ponho,
ressurge nostálgico sentimento ardente,
no cerrado, sob o entardecer sem sonho.
Amargo, na angústia, êxtase supremo;
solitariamente, a dor na emoção invade
nos redivivos sensos, assim blasfemo;
e torturantes, volvendo a infelicidade,
aureolado pelo agastamento postremo
do desagrado da insensível saudade.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, agosto
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
O belo rende
O triste abafa
O silêncio, um amuleto farsante
Que poupa fortalezas
Da fragilidade velada em sorrisos
Porque será que este silêncio ensurdecedor me faz gritar.
Sentindo a água fria,quase que me congela o sangue que me corre nas veias,sentido um gelar por mim acima.
Segurando este chapéu,mal sinto as minhas mãos,sinto que gelo toda por dentro.
Vim me confessar ao universo,vim falar com o oceano,só ele me escuta,dentro do seu silêncio,eu escuro os seus conselhos,sinto a sua maresia batendo no meu rosto,sei que deixei cá tudo,vou embora em silêncio.Porque ele é de ouro....(Adonis Silva 08-2018)
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp