Versos de Saudade
Tem uma esperança, eu nao sei de onde ela vem
Tem uma tristeza, eu nao sei de onde vem
Uma saudade, sua luz vem dum mistério
Uma luz num quarto escuro, com a janela de tras aberta
O incenso ligado memória da alma
Tem uma dor intensa que nunca para
Um mar que nunca transborda,
suas margens sensatas e claras
Tem um desespero que toca na porta fechada,
que controla o vento pelo qual os papeis voam
À tarde o café acorda,
À noite o café desorda
A noiva o café desova
noiva das sete manhãs que viram o sol nascer
Ainda tem uma felicidade, eu sei de onde ela vem
Dum desespero nato,
dentro de um pote inchado do cansaço,
do outro dia desperdiçado,
pelo nada do insensato,
que controla a cor do sapato,
nato,
humano falho ato
O mar que transborda
As folhas que voam ao vento rebelde
da porta escancarada
Minha cara cuspida em farpas
Um incenso que apaga
Uma dor, que para
caiu uma poesia...
saiu para passear e de repente ...
o passeio se esqueceu de voltar.
Saudade se perdeu.
O que agora não existe
ficou no pensamento
"O que era mesmo ?"
CANÇÃO À AUSENTE (soneto)
Pra te esquecer ensaiei minha saudade
Deixei então de pronunciar o teu nome
Me escondi no silêncio que me consome
Pra te esquecer ensaiei a minha vaidade
Pra te omitir ensaiei diverso pronome
Busquei na poesia uma profundidade
E na maldade do verso tu me invade
Pra te omitir ensaiei não ter de ti fome
Pra te esquecer ensaiei a minha razão
E no vão árduo o pensamento chorou
Para te omitir ensaiei o meu coração
Pra te esquecer e te omitir só sobrou
Um prazer agridoce e amarga ilusão
Para te omitir, esqueci.... acabou!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/03/2020, 19’10” - Cerrado goiano
Hoje, a saudade de ti. Veio. Donde viera?
Dum vazio? Ou do silêncio que profetisa
Rima de dor. Ou do amor, quem me dera
Tua lembrança me veio como acre brisa
Vi-te primeiro o sorriso tal a primavera
Em flor. Depois me veio o que divisa
Tua alma da tua tão especial quimera
E de novo me encantei a graça concisa
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26/03/2020 – Cerrado goiano
Beijos
Procure embaixo de sua saudade,
um beijo meu.
Em algum instante da despedida
ele se perdeu,
mergulhado, talvez,
numa lágrima perdida.
Não possui nada de especial:
a dose de açúcar
que no beijo é natural,
a umidade das várias emoções.
Com uma certa tendência
a contravenções,
é melhor que seja procurado
em lugares proibidos,
onde ele pense jamais ser encontrado.
Carrega de um lado
uma meia-tristeza conquistada
nos desatinos de uma noite,
daquelas em que a lua vem quebrada;
do outro lado, um sorriso
de quem sabe como chupar estrelas.
Sobraram-lhe sequelas e aderências
das muitas experiências
de quem já foi bolinar o paraíso.
Se for capaz de encontrá-lo,
devolva prontamente,
pois é evidente a falta que ele faz.
No canto da voz da negra,
enche o peito de orgulho da tradição.
É um sorriso na saudade, dos velhos tempos de passagem.
Gosto tanto dessa nega, ô nega.
Canta mais forte, eu me enlouqueço,
na raiz que nasce, do seu jeito brasileiro.
30/03/2020
BN1996
SAUDADE
Estou sentindo saudade e não paro de pensar em você todos os dias.
Saudade do seu cheiro.
Saudade do seu beijo.
Saudade do seu abraço.
Se a saudade for insuportável, tenta me achar em seu coração.
E se lembra de mim, me liga, não vou me incomodar.
Sentimento traiçoeiro
Ilude a lembrança
Gostinho de saudade
Aumento da confiança
Ah se eu pego esse telefone
Nem quero ver
Talvez quero sim
É melhor esconder
Teorias e teorias
Vontade reprimida
Beber é o remedio
E algo para tirar o tédio
As 2 da manhã
Parece a melhor ideia
Amanhã e um novo dia
O hoje vou esquecer
Ah tentação
Hoje nao, ainda...
Mas quem sabe outra hora
Eu me leve pela recaída.
Me inspira um poema
Esse amor de quarentena.
Que na ausência da liberdade.
Me enche de saudade.
Mas o Amor de verdade não se resume apenas no desejo.
Quando o zelo é presente é como se o nosso coração desse no do outro um beijo.
Se as almas estiverem ligadas, os corpos podem esperar o tempo que for.
As certezas que precisavamos já existiam quando a gente se permitiu acreditar no Amor.
Saudade do tempo,
Do tempo que você me amava e me abraçava
No vento,
Que tempo,
Saudade de quando me olhava e doia meu peito eu lembro,
Nas noites de chuva e trovão você me abraçava,
Eu achei que era amor, eu achei que era amor,
Mas se foi como o tempo, como a chuva e com o vendo e nas noite eu luto com o meu peito.
Amanhecer, ó saudade
A solidão é a sombra do dia
Noite, é o seu lar
A saudade é como o sol sem brilho
Lágrimas sem esperança
O que me fere só de pensar.
COBRA CEGA (soneto)
Era a saudade, saudade crua que vela
A solidão. Com a impostura do pranto
Que sente falta, partida em um canto
Do coração, que se veste da dor dela
Era a lembrança! Curvada na janela
A esperar que se quebre o encanto
E no horizonte desanuvie do manto
Da noite vazia, e se torne leve e bela
Era a angústia com a sua tristura cada
Era o seu silêncio e o seu tempo lasso
O desespero na negrura da madrugada
Que brincam, com o desanimo crasso
De olhos vendados, e a ventura atada
De cobra cega com o prazer escasso...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/04/2020, 15’11” – Cerrado goiano
Eu sinto sua falta
Eu tenho saudade da nossa conversa leve
Das nossas briguinhas que terminavam na cama
Das promessas e declarações de amor
Sinto falta do frio na barriga que você me causava
Eu sinto falta da gente
Por falar em saudade...
Saudade que queima ,que arde.
Que trás a inquietude no coração.
Que faz transbordar o peito ,com um grito q não sai, q sufoca ,que faz chorar ...
Mas saudade tbm podemos matar...
Matar com carinho , com o som da voz ,mesmo distante ...
um bom dia, boa tarde, boa noite , tão verdadeiro quanto se fosse ao pé do ouvido...
A tal da saudade é um tormento para um coração intenso ...
Não consigo terminar, pq nesse exato momento, ela esta me sufocando😭😢
