Versos de Amor com Pedido de Desculpa
ESSES MESMOS VERSOS
Marcial Salaverry
Esses versos
que nada dizem,
mas que algo trazem...
São palavras ao léu,
dirigidas ao céu,
um recado a ninguém...
Mas a todos dirigidas,
falando da incerteza,
de não se ter uma certeza...
Pode ser uma conversa etílica,
de um fim de noite,
ou de começo de manhã...
Pode ser falta do que fazer,
ou pensar num afazer,
buscando fazer algo com prazer,
e disso se comprazer...
Por nada ter para fazer,
poeta-se sem compromisso,
apenas pelo prazer de poetar...
e alguma bobagem rimar...
É isso aí...
Se é por falta de adeus,
até logo...
Marcial Salaverry
Versos e rimas.
Dêem-me uma folha de papel;
E um lápis para rabiscar.
Quero alguns versos e rimas,
Para um poema declamar.
Vou plantar versos de amor,
No fértil terreno da saudade.
Vou jogar rimas ao vento,
Para que saibas que te amo de verdade.
Quero versos de ventos.
E também rimas saudade.
A solidão, é meu caminho.
Você minha felicidade.
Nenhum mar de versos traduz...
Nenhuma tempestade de rimas destrói;
Esse sentimento que a ti tenho,
Que tão belo nasceu entre nós.
- PALIDEZ -
Eu sou a lava de um vulcão
Sou as noites de pobreza
Sou os versos de tristeza
Que só sabem a solidão.
Eu sou nada e nada quero
Nada tenho e nada sou
Sei que irei e sempre vou
Onde leva o desespero.
Não sou bem e não sou mal
Sou bastardo do amor
Entre um servo e um Senhor
Sou um forte vendaval.
As gentes não me entendem
Nem me vêem como sou
Que só irei e sempre vou
Onde meus passos me levem.
Errarei por minhas mãos
Chorarei pelos meus olhos
Que sobre silvas e Abrolhos
Sou Destino e Solidão.
Vozes de um desamor
O que há dentro de mim, são vozes, versos petrificados de ações que magoaram. Toda omissão que havia numa vida que não era
compartilhada, foi excluindo todo o amor que reservei para alguém especial. Hoje, pereço em ter feito a escolha errada, maldito destino, o que reserva para mim?
Que infortúnio...
Com a alma quieta
Pensamentos vagando
Vou navegando
na pureza dos meus
versos ou
na inquietude
dos meus insanos.
Poeta ...
Por vezes
intensa
inquieta e
avessa
Filha da lua
e do carbono
Escrava fiel dos sonhos
ventanias e devaneios .
Assim sou !
Mas inda que lá fora
meus olhos
não enxerguem
a vastidão do que seja
perfeito , manso ou bonito ...
Aqui dentro
serena e silente
Consigo desenhar
meu próprio paraíso !
Dois versos (v)
Meu primeiro verso sonha com a liberdade
O segundo dela sente saudade.
Meu primeiro verso é lápis que tudo escreve
O segundo e borracha, mas pega leve.
Meu primeiro verso eterno conservador
O segundo um declarado abrasador.
Meu primeiro verso é chuva fria
O segundo desenha o sol em poesia.
Meu primeiro verso é carrancudo
O segundo acaricia o mundo.
Sempre um verso é meu primeiro
Nunca outro verso é meu segundo.
E por mais a vida se mostre sombra
Os tons de cinza teimem em me perseguir
insisto em versos azuis...
Sussurros...olhares e sonhos !
Poesias, versos...canto.
Músicas, palavras...
Caladas,
Guardadas nos olhos
Marcada na alma !
Mente,
Fala qualquer coisa
Quebra o silêncio
Aceito,
Qualquer jogo
Cartas marcadas.
27/07/2017
Preciso buscar outra inspiração para os meus versos
Outra musa que freqüentemente me fazia borbulhar de talento
Entendo que o passado não para, nem por um sentimento
Devo despertar para voltar a me inspirar, versar e versar e... Versar;
Como andas seu treinamento de entender os versos e as prozas?
Talvez, nem saiba verbalizar palavras com sons de ss ou ç,
Dirão os que se julgam donos do alfabeto que eles sabem todas as frases na forma e na aplicação,
Mas,
Um povo que não gosta de ler nem bula de remédio pra lhe curar os males,
Dirá ler nas entrelinhas, nem texto de Ariano Suassuna,
Salvê mestre!
Te escrevi mais uma vez,
confiei no coração,
te entreguei os meus mais raros versos,
me perdi no seu amor,
me encontrei na minha dor,
talvez tudo possa mudar,
só vamos continuar tentando, ou errando,
espero que você, só dessa vez,
possa me entender,
a vida tem um fim, mas nós não,
só tenha cuidado, pois dessa vez,
eu sei como te esquecer.
Vamos nós libertar e prosseguir,
seu caminho é para lá,
e o meu para cá,
leve mais esse poema, mas agora vá,
e lembre de me esperar.
Sei lá, só que
Dizem por aqui, que tu me causa dor
já que tudo me mudou.
Meus versos melancolicos,
me salvam e te ferem,
como as pontas de minhas canetas no papel,
como essa cidade, você se perdeu,
e tudo mudou.
Saiba que me perdi mil vezes,
antes de estar aqui,
então entenda que não quero mais voar só,
só quero morrer, talvez de saudade ou de amor,
se souber que você virá me ressuscitar.
Sei lá, só que
CERTOS VERSOS (soneto)
Letras ranzinzas de certos versos
Olham no vazio do papel em branco
Nodoando o imaginar nele dispersos
Do alquebrado fado em um tranco
O amarelado do tempo ali imersos
Adentra a saudade no peito manco
Rindo e chorando em tons diversos
Em um alvoroço dum soluço franco
Onde estariam tais agrados reversos
E assim o versar sair deste barranco
E então deixar de serem perversos
Ah! Rumo sem margem, sem arranco
Que cria na alma nublados universos
Deixando o sonho nu e sem tamanco
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano
Talho-te uns versos
De ausentes rimas,
Não "rimas pobres",
mas pobres rimas!
Talho-te uns versos
de rimas soltas...
Falo da flor,
porque o poeta, dela se encanta,
Misturam-se tanto!
Que fazem um pacto,
misturando as seivas...
Ele com sangue, ela com néctar!
Ele, ao colhê-la, ela se vinga...
Espeta-lhe os dedos.
o sangue lhe pinga.
E ali, se misturam, e dá-se a fusão!
Tornam-se um só...
Talho-te uns versos,
porém, pouco posso...
Pois sempre me fogem os ventos
da inspiração...
SEGREDOS DESNUDOS
Existe versos que nos tocam
Com a mesma intensamente se tivesse boca.
Palavras de ternura, de espera...
De enorme amor, de promessa louca.
Expressões despidas que roçam
Qual a noite que invade meu rosto
Por vezes se recusam
Sem deixar um desgosto
De repente avivadas
Entre vocábulos sem cor
Anunciadas repentinas
Como a inspiração ou o amor.
Palavras que nos conduzem
Aonde a crepúsculo é mais forte
Ao segredo dos amantes
Abraçados sem norte...
SOLIDÃO EM VERSOS
Os versos que não pude criar
E que não redigem o tal verso
Na saudade é verso perverso
De um tal silêncio a me fincar
E nesta vaga do verso, o olhar
Perdido, e na quimera imerso
Áspero, de um vário universo
Que faz meu verso, um vagar
Suspiros em versos, reverso
Ao poeta do cerrado a poetar
Pois, o amor na alma, é terso
E de todos, o verso a me julgar
O infortúnio, me foi inconverso
Deixando a prosa sem seu par
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano
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