Vento
Coisa de outro mundo:
o vento assovia nas minhas janelas, as roupas sacodem
fantasmas pendurados em varais.
Vão e nunca mais voltam...
Ignoram o que bate como vento ao rosto, a dura e pobre realidade!
Todavia nos deviam, nos enviam, por fim nos descartam.
Outrora são gentis, mais a frente rudes após objetivo alcansado...
Rua, sonho, só... solidão.
Imagino... mas ignoro, procuro mas não encontro...
Alguém pode responder qual o sabor da vitória?
Sou como o vento que te leva ao mar, apos cada dia de lágrima eu apareço e te surpreendo. Cada dia mais você vai me sentir, de qualquer forma mesmo sem você querer. Você vai se viciar em mim, vai se sentir atraido por mim e vai me querer mais e mais.
O assobio do vento sussurrou baixo no pé do meu ouvido
Dizendo: não se assuste com o mar de surpresas que chegará com força em sua tenda.
Aquilo me causou arrepios.
Fiquei pensativa tentando decifrar o que poderia ser a surpresa.
Nasceu o dia, findou-se a noite e assim durante seis dias...
No sétimo dia, o vento espalhou aos quatro cantos da terra.
– Que, para a alegria só é preciso fé e ousadia.
Aí então eu entendi, foram justamente as duas coisas que eu mais me revesti.
Um vento gelado me toca, mas o sol nunca esteve tão forte. Hoje ele brilha por mim. Esbanjo reflexos. O que ontem era chuva, hoje é noite estrelada. Tudo há de se acertar. O mundo gira, colocando tudo em seu lugar. Aqui estou, na ânsia busca de me encontrar, de te achar, de nos juntar! Hoje estou radiante. É que amanha é dia de ser feliz, dia de ser amor, dia de ser aprendiz, dia de ser doutor. Conto cada minuto, cada segundo, uma regressividade que nao tem fim. ”Mas o relógio tá de mal comigo.” E eu fico por aqui, nessa ansiedade louca de ver-nos sorrir! Me recolho em meu interior, é hora de faxinar, jogar tudo de ruim fora e guardar o que há de melhor pra vocês, porque sem vocês, eu nao sou nada, nao sou ninguém. ”Porque metade de mim é amor, e a outra também”!!!
Deitada naquela pedra, num clima fresco serrano e o vento carregava as negatividades pra bem distante e foi soprar longe de toda a humanidade, saiu de mim para o infinito jamais habitado. Aquele pássaro vermelho me olhando com toda a pureza que existe, de uma natureza que não precisa ser agredida, e quando parei pra sentí-la, tornei-me um dos seres mais completos, houve uma sintonia. A tranquilidade sempre me chamou e eu preferia o meio conturbado, hoje me equilibro numa constante corda bamba, e se um dia eu chegar a cair, espero cair e levantar do lado da paz.
Não é ilusão, eu sinto aquela verdade, eu vejo. Eu vejo o vento. O vento é verdade. Eu o vejo porque alem de sentir eu o imagino... E se a minha cabeça diz, ninguem vai dizer que não estou certa da minha verdade...
Um vento bate em meu rosto , abro meus olhos e vejo você olhando-me e dizendo coisas que só nós sabemos
O café do terreiro pela manhã cheirava a canela, e o vento que batia em meu rosto só conseguia chacoalhar uma folha da bananeira que estava acima de mim, e parecia-me uma mão dando aquele tchau triste quando alguém parte.
Ainda não sei se existe de fato a partida. Prefiro não saber.
Vivo me perguntando como conseguirei pôr para fora a explosão complexa de sentimentos ilógicos que se expande dentro de mim com a velocidade da luz.
Mas logo esqueço, passa. As felicidades do dia a dia me dão a ilusão de que tudo está como deveria estar, a ilusão de que por mais imperfeito o erro ainda assim haveria conserto.
Quando esqueço a dor fica como se eu o houvesse esquecido também, mas no contexto esquecê-lo é como esquecer a mim, e só me lembro de tudo que é bom, do que foi bom, e penso que o perdão já foi concedido, mas não.
Assim como vivo ele, acredito que o contrário era pra ser feito, não necessariamente, não como um forma de cobrança, somente naquele inconsciente chato que pensa que tudo sabe e me faz ser esse ser insensato vez em quando.
No fim te amo, e tudo gira em torno desse simples sentimento que confunde o que eu sou com o que quero ser pra você.
O tempo e seu tic-tac vicioso
O tempo
e seu tic-tac vicioso.
O vento invisível
em ondas de ar.
O tempo do vento
o vento dos ponteiros
do tempo.
Não param, não esperam.
Seguem simplesmente
rodopiando sem cansar
o tempo e seu tic-tac vicioso
no vento soprado no ar.
Sou como vento que não desiste de encontrar o paradeiro do meu ser, traçando por todos os lados onde achar você.
Sabe quando você tem a impressão de ter jogado palavras ao vento? Não chegam a lugar nenhum e ficam espalhadas pelo chão.
E como o vento bate aleatoriamente em meus cabelos em ordem ao contrária...
Prometi a mim mesma que iria relevar a perda, e começar subir tudo de novo. Porque, tudo isso se resume a uma pequena camada de falta de conhecimento, e um pouco de preocupação alheia. Meus cabelos estavam tão bagunçados quanto a minha cabeça, e me deixaram ainda mais confusa com relação a alguma coisa que na verdade não tinha tanta importância assim. Eu achei que um café fresco e um cigarro pra tentar esquecer, esqueceria. Me virei e fui correndo embora, corri daquela festa cheia de pessoas desconhecidas das quais tinham um olhar quase mais vazio que o meu. Eu sabia que não iria ir pra casa, eu fui pela outra rua e parei na frente da tua casa. E lembrei do olhar irônico do seu pai me dizendo que era bom me ver de novo, e que ele no fundo sabia que era impossível sermos só amigas. Mas de novo, desviei o caminho e fui parar em um lugar vazio, onde só ficavam os fumantes na área interna. Estava tremendo de frio, eu não sabia pra onde ir, não queria voltar pra casa, era tão cedo. Não queria dar aquele ar de boazinha que sempre chega no horário certo. Eu morava sozinha, trabalhava sozinha, eu era uma prisioneira das minhas próprias regras. Eu era satisfeita por ter-me em minhas próprias mãos. Afinal, alguém precisa cuidar de mim, nem que seja eu mesma. Mas já estava cansada disso, já estava de saco cheio dessa reciprocidade inexistente, eu estava perdida no meu próprio mundo indeciso, e nas minhas palavras complicadas. Mas já nasci assim, complicando o mundo, deixando tudo mais difícil. Mas à algum lugar, a de ter alguém que se acostume, com seu próprio jeito, com seu próprio manifesto. Com sua própria bola de cristal.
Em algum lugar...O vendo ainda bate desesperado em meus cabelos, fazendo com que a minha paciência chegue ao fim, e saia correndo novamente sem saber pra onde ir.
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