Vazio
PAPEL DO POETA
Palavras flutuam no vazio
em sílabas desconexas
o papel está repleto
de versos incompletos
a noite cumpre seu papel
já passou de meia
e um pássaro noturno
canta seu canto por completo
as sílabas se conectam
palavras ganham nexo
os versos se completam
e cumpro meu papel de poeta.
SONETO DO CORAÇÃO VAZIO
Frente aos olhos meus, o coração vazio
O cerrado num silêncio que me angustia
E os pensamentos em uma total heresia
Relatando abastado sentimento sombrio
Estacada emoção com dor em orgia
Sangra sofrência de sonhos sem brio
Das saudades que na alma dá arrepio
E na quimera traz perfídia com ironia
Assim neste saguão de solidão gentio
Chora e lamenta, o amor em agonia
Que aperta o peito num amargor frio
E carente de ilusão e pouca ideologia
Trilho em um querer de séptico luzidio
Ordenando agrura, e refreando o dia
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março, 2017 - 05'20"
Cerrado goiano
eu como é ter vazio doí muito vem cada pensamento ruim mas com o tempo muitos acaba soperando né muitos mas no caso eu superei amadureci muitos parei de se importa com quem não estava nem ai por mim comecei a ser frio com muitos e mim afasta de todos acredite sou em mas feliz hj como antes
_Seus segredos estão em seus lábios...
enquanto meu coração está vazio,
me lembro quando minhas lagrimas secaram,
diante ao seu olhar estava morto,
em um mar que se abriu e me dragou,
ainda estava sorrindo...
quanto sentia a dor de estar vivo...
lamentei muito por ainda te amar,
o meu mundo era puro caos...
nos verso apenas o fim...
Você tanto me amou
E me ensinou
Agora partiu
E deixou um vazio
Sem você
Não consigo entender
Como posso viver.
Essa tristeza dentro
De mim nunca terá fim
SONETO AMEDRONTADO
O medo amedrontado está em mim
Poetando sombras de uma tristura
É um vazio cheio duma vil amargura
Num silêncio: mudo, surdo, sem fim
E neste vácuo sem a essencial figura
Entrajam faltos ornados de serafim
Dum temor com seu satírico festim
Assestando o poetar na ossatura
Então, do medo se alimenta, assim,
Cada vez mais tétrico fica, e procura
Um tal arrimo, sem doçura, carmim
E a ousadia onde fica? E a ternura?
Se o medo no medo, é trampolim!
E o fado sem medo, é vã ventura...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
O copo vazio de cerveja e o cinzeiro com cinzas não fazem jus a uma cabeça cheia de pensamentos e devaneios.
Sozinho
No meio da noite escura a solidão se aproxima junto com a tristeza e o vazio olhando para o tento, escutando minhas musicas começo a chorar lentamente, a saudade domina meu coração e se alastra pelo quarto e aquela solidão aumenta e o pequeno quanto se torna imenso junto a esse vazio que a saudade causa, todas as noites passo por essa situação mas não me deixo tudo isso me dominar pois quando isso acontece lembro de um amor que tenho por um ser maravilhoso e as noites ficam melhores meu coração se alegra a solidão diminui e a tristeza acaba, mas a saudade continua pois mesmo tendo um amor essa pessoa não esta ao meu lado ainda mas metade de mim esta com ela, um dia essa saudade ira sumir pois estarei com ela e não irei mais ficar triste.
Autor: F.M
Por vezes sinto-me só
Um vazio, como algo em falta
Uma tremenda necessidade, como se dependente fosse
Meu raio do sol, ilumine este triste coração
Angustiado de saudades tuas.
Fantasma
São nas tardes de domingo,
no pensamento vazio
Que você surge
Voraz
Depois de dias inertes
Vem com um estalo
Um alfinete sob o lábio
E chove
E entra
Sem medo, sem precisar
E eu me lembro
Dos seus traços, dos seus braços
Dos embaraços
Entrelaçados
Desgraçados
Será que um dia terá pena
e deixará de espetar?
Ou será para sempre a roseira morta
que tenho no jardim?
Agora vai, mas um dia volta
E bate na porta vestido de esperança
Com um sorriso maldoso que traz na manga
A ponta conhecida da lança.
Bem que eu tenho tentado, mas essa dor tem me engolido , dia após dia, esse vazio que ficou , com a sua ida, a falta do seu amor meus que distante, o fato de eu não ter mais ninguém que possa amar como eu te amei, amei até os teus defeitos, tuas fraqueza, amei tudo que fazia parte de te . Mas agora como amar outro alguém, onde vou achar alguém que tenha tamanha humanidade, um coração mole como o seu e umas idéias malucas não cabeça. Vc dizia: ninguém consegui acompanhar nosso ritmo. Essa sempre foi a nossa maior verdade , pq quando estávamos juntos, não dava pra saber onde vc terminava e eu começava, éramos apenas um , como se fosse vdd essas istoria das metades da laranja. Éramos incríveis juntos , tudo saia perfeito, as pessoas nos olhavam e nos invejavam , a nossa amônia era única. Por isso é tão difícil viver no mundo onde vc não está mas , tenho tentado me enganar , pra não sentir essa dor , mas não tem dado certo. Vc sabe , nossos encontros tinham algo, sobrenatural que eu nunca entendi, e é provável que eu não venha a entender. Outro dia passei na porta da sua casa , lá agora só tem cheiro de morte, as plantas murcharam, morreram , algumas árvores foram cortadas e as que estão lá não tem mais o mesmo vigor , cheguei de terra e folhas em decomposição, ficou tudo vazio aqui sem vc , tudo morto.
Um caixa de um supermercado disse a outra, que olhava o vazio: "pense não... " Mania da gente de acordar os outros dos seus devaneios. Ou, "quem pensa não casa" e todos querem casar. Por que o mal estar, o incômodo que causa? Pensar talvez seja perigoso, ou sofrível. Também é libertador, idealizar, questionar, calcular, sonhar. Imaginar as coisas diferentes. Daí deve residir o medo de remar contra corrente, inovar, querer as coisas de outro jeito.
VOCÊ ESTÁ PRONTO PARA FICAR VAZIO?
Por Nilo Deyson
Você está pronto para ficar vazio?
As metáforas a respeito do vazio, do esvaziamento, têm sido usadas durante muito tempo,
de maneiras que a mente possa entender.
Entre tantas, tem uma história muito bonita, de um monge muito pobre,
que estava em sua cabana na montanha até que entra um ladrão
e diz: “Me dê tudo o que você tem!”
E o monge foi lhe dando tudo.
O ladrão, feliz com tudo que tinha roubado, quando estava saindo,
foi surpreendido pelo monge, que disse:
“Espere! Tem o meu cobertor. Leve o meu cobertor...”
O ladrão, sem entender, respondeu: “Não! Eu não quero o seu cobertor.”
Mas o monge insistiu: “Por favor, leve. A noite está fria, você pode se resfriar.”
Então o ladrão levou o cobertor.
O monge, sem nada, olhou pela janela e viu uma imensa lua no céu.
Olhando a lua, ele disse:
“Que pena! Gostaria de ter dado essa lua para ele também.”
Conta-se que o ladrão voltou e disse:
“Eu roubando de um miserável... Estou me sentindo péssimo! E você, que perdeu tudo, não está se sentindo mal. Eu quero isso, é isso o que eu quero roubar de você.”
O monge, então, respondeu: “Isso, quero que roube com prazer”.
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
*ALIMENTE-SE*
Por muitas vezes sinto um vazio dentro de mim. _Quem nunca se sentiu assim?_ Sempre me deparo nessa situação de estar vazio. Resolvi comer para preencher, preencheu momentaneamente... pois novamente esse vazio surge, e vira um ciclo, que vem desde as primeiras horas de vida! esse vazio é sim a fome, é um ciclo, vc come, se esvazia e precisa se alimentar novamente. Assim como a fome é um ciclo, em geral nossa vida também é, podemos aplicar em outras áreas da nossa vida, bem como: sentimental, espiritual, emocional e etc. Nada que não é alimentado dura para sempre, as energias acabam, as forças se esgotam. A alegria que vc viveu ano passado não é suficiente para nutrir o hoje, então vc precisa se nutrir de alegria, coisas que te fazem bem de fato. Diante disso precisamos estar sempre nos alimentando de coisas saudáveis, para nutri nossa vida e não ficar fraco ao ponto de cair e não ter mais forças para se levantar, pois a queda ainda faz parte do processo. Alimente-se sempre.
Sinto fome, estou com fome. Vou comer, bom almoço à todos!
Entenda que o aprendiz não é vazio e tampouco ignorante. Cada ser tem saberes próprios, ligados a realidade que o cerca. Aprenda a orientar uma pessoa à aprender
Na tentativa de compensar o seu vazio, o egoísta camufla suas inseguranças, enaltece o inadequado e embeleza o impróprio.
Devo eu viver a vida toda sentindo o vazio do abandono e todas as consequências psicológicas que ele, ainda na maternidade (senão antes, sentindo o desprezo desde a barriga da minha “mãe”) me causou, com quem causou vivendo a vida plenamente feliz por me manter o mais longe possível, me desprezando não apenas uma, mas duas vezes?
Devo eu alimentar esse rancor quando sei que ela pode ter tido os próprios motivos válidos para tal decisão?
Devo eu confiar que eles foram válidos mesmo?
Devo eu realmente me importar se foram válidos ou não?
Devo eu me importar com qualquer coisa que tenha ligação a essa pessoa, suas escolhas, seus sentimentos e tudo mais?
A única coisa que eu sei é que dói. E essa dor não é daquelas que a gente toma um remédio ou mesmo uma injeção e ela passa... essa dor é constante, é uma dor cravada na alma e que parece que nunca vai sumir. Eu não sei nem como seria viver sem essa dor, ela faz parte de mim. Ela está sempre ali me fazendo sentir um vazio imenso, gigantesco, insuportável, sempre que vê oportunidade.
Então me pergunto, devo eu me importar quando há essa dor infinita me lembrando constantemente e não me deixando nem escolha sobre sofrer ou não tudo o que o abandono me causou, sendo ela mesma uma das consequências, inclusive?
Eu gostaria com todas as minhas forças que a resposta fosse um simples “não, não deve se importar, apenas siga sua vida tranquilamente.”, mas sei que, por mais que eu não queira me importar, irei viver a vida toda sentindo essa dor e, portanto, me importando.
Era você que rondava em meus sonhos,
tentando capturar um coração vazio
e ali ficar ouvindo seu ritmo descompassado
na melodia do viver por viver?
Era você, qual sombra silenciosa,
que seguia meus passos solitários nas veredas,
onde desviando de buracos mantive o rumo?
Era você a inspiração que surgia de repente,
levando-me a canção de todo dia,
onde além da existência, timbrei a alma,
fazendo acordes e coros inimagináveis?
Era você, sem dúvida, que com palavras doces,
sussurrava aos meus ouvidos com o vento,
trazendo mensagens sutis a desvendar
Você que do nada apareceu,
tornou - se cada vez mais presente,
cativando e se fazendo amar,
nesse tempo espaço,
onde um coração, o meu,
já se tornara peregrino
num deserto de si mesmo,
consolado, sem nada pedir
Mas, se sempre foi você,
um sonho perdido entre sombras,
revelando-se aos poucos
e apenas isso eu sei,
é por você que agora,
todos os dias renasço !
Neusa Marilda Mucci
Outono de um tempo qualquer
