Cidinha Almeida

A poesia e uma intuição compartilhada,
feliz quem sabe interpreta-la.

Na beira do precipício encontrei a vida que se fazia colorida, me convidando para passear.

Procuro preencher minha alma com o silêncio, que me dita um poema com as palavras certas, e me fazem meditar.

Viver apaixonada aprimora em mim uma sensação de estar viva, quando penso estar morrendo de amor.

Não se cura uma doença sem medicar todas as células, o elixir do amor e o único que pode dar o resultado que se espera.

Não pense que pode moldar o caráter de alguém, temos a falsa impressão de que todos são iguais a nós.

Só sou totalmente livre se tiver a consciência tranquila, caso contrário sou prisioneira dos fantasmas das minhas injustiças.

autora:Cidinha Almeida

O tempo não volta, não desperdice seu tempo, vivendo no tempo passado.
O tempo de agora te convida a viver os minutos seguintes sem saber o tempo de vida que te resta.

autora :Cidinha Almeida

A vida não tem história se a gente não escrever ela, que seja escrita mesmo que por linhas tortas, a perfeição não existe, morre-se na ignorância quem procura -se por ela .

autora :Cidinha Almeida

Sou um ponto perdido no meio de tantas palavras.

Quando as vírgulas me fazem tropeçar, caio nos braços do ponto final, lamentando não chegar às reticências para continuar.

Escrever e uma arte, pintamos uma tela com palavras, muitas vezes deixamos rabiscos, acentos e pontos fora do lugar.

A escrita brota da alma como uma fonte de água a jorrar, não descobrimos o segredo, mas assistimos o espetáculo da nascente, a transparência e a fluidez que misteriosamente surge sem avisar.

Esse vazio de você se torna cheio de lembranças.

Quando a mente ordena eu simplesmente obedeço, a noite o silêncio me acorda,
e minha alma eu descrevo.

A minha palavra e fonte, quando estou sedenta e ela que me alimenta .

Quando me vejo no escuro e a poesia que me devolve a luz, dissipam-se as angustias, tomando mais leve minha cruz .

Não entendo o que incomoda, eu não sou normal, tenho sentimentos estranhos, tenho meus vazios, tenho uma alma inquieta que faz de mim um deserto, ou um grande povoado.
Hora bate loucuras que não tem remédio que cura, nem eu me entendo varia os sentimentos. Sou verso e reverso, me viro do avesso para entender direito qual e o caminho perfeito dentro das minhas imperfeições.
Vejo não tem solução, aceito ou me rejeito, busco viver as regras dentro do meu padrão.

Quando a alma se rasga, só encontro meios de remendá-la através da poesia.

O mundo seria mais harmonioso se as pessoas se despissem da falsidade, e se vestissem de lealdade.
Se arrancasse de si a erva daninha da guerra, e deixassem germinar a semente da paz.

Ando em débito com a alegria
dei crédito demais a uma débil fantasia.

Ser amante e mais emocionante.
Sou amante da arte, se eu fosse casada com ela certamente esse relacionamento já teria caído na rotina, e a separação seria inevitável.

Sou o tempo que não conta as horas, tempo que vive agora, tempo sem tempo de vida, tempo em que meus sentimentos afloram.

A arte tem asas, ela voa na imaginação, entoa um grito de liberdade, e se expressa pelas mãos.

Desnudo meu corpo para agasalhar a minha alma.