Um Poema para as Maes Drummond

Cerca de 283269 frases e pensamentos: Um Poema para as Maes Drummond

Poema Intencional

Há em cada substância a sua negativa
e a possibilidade de processo.

Processo inexorável a ir ao fim
meta a ser de pão e flores:

A rosa será uma outra rosa
e nós já não seremos

vejo nos olhos tristes
um filho possível

vejo na árvore antiga do parque,
uma cadeira, uma muleta, mas sobretudo um aríete

descubro na boca angustiada
o hino pronto e pesado:

é inevitável o acontecimento
mas procuro ser um elemento,

Carrego em mim a utilidade
sei que posso dar existência

e na minha total renúncia
utilizo-me para um bem maior:

tenho que colher a rosa
e transformá-la

tenho que possuir Maria
e dar-lhe um filho

tenho que transformar a árvore do parque
em cadeira, em muleta mas, sobretudo em aríete.

Poema da Amante



Eu te amo
Antes e depois de todos os acontecimentos
Na profunda imensidade do vazio
E a cada lágrima dos meus pensamentos.

Eu te amo
Em todos os ventos que cantam,
Em todas as sombras que choram,
Na extensão infinita do tempo
Até a região onde os silêncios moram.

Eu te amo
Em todas as transformações da vida,
Em todos os caminhos do medo,
Na angústia da vontade perdida
E na dor que se veste em segredo.

Eu te amo
Em tudo que estás presente,
No olhar dos astros que te alcançam
Em tudo que ainda estás ausente.

Eu te amo
Desde a criação das águas,
desde a idéia do fogo
E antes do primeiro riso e da primeira mágoa.

Eu te amo perdidamente
Desde a grande nebulosa
Até depois que o universo cair sobre mim
Suavemente.
















Poema da Amante



Eu te amo
Antes e depois de todos os acontecimentos
Na profunda imensidade do vazio
E a cada lágrima dos meus pensamentos.

Eu te amo
Em todos os ventos que cantam,
Em todas as sombras que choram,
Na extensão infinita do tempo
Até a região onde os silêncios moram.

Eu te amo
Em todas as transformações da vida,
Em todos os caminhos do medo,
Na angústia da vontade perdida
E na dor que se veste em segredo.

Eu te amo
Em tudo que estás presente,
No olhar dos astros que te alcançam
Em tudo que ainda estás ausente.

Eu te amo
Desde a criação das águas,
desde a idéia do fogo
E antes do primeiro riso e da primeira mágoa.

Eu te amo perdidamente
Desde a grande nebulosa
Até depois que o universo cair sobre mim
Suavemente.

Poema de Natal

Natal quadra de festa e amor.
Para uns, é de festa.. E para outros é de dor.
Nestas noites , há pais, que fazem planos para os seus gastos e segredos
E os filhos ansiosos, esperam os seus brinquedos.
E, na noite Santa, sentem um certo barulho...
E os filhos perguntam, o que é!..
Ao qual os pais respondem.
Foi um raio de luz, que ao passar por Santa Cruz, parou na nossa chaminé.
Foi nessa ocasião que os filhos, correram para a cozinha, e encontraram
Um saco cheio de brinquedos.
Natal quadra de festa e amor.
Que para uns é de festa, para outros é de dor...


2008

Poema do vestibulando:


Vestibulando não come ele lancha!
Vestibulando não dorme ele cochila!
Vestibulando não namora ele fica!
Vestibulando não é inteligente ele é um gênio!
Vestibulando não passa no vestibular em 5° lugar,ele passa em 1° lugar geral.
Vestibulando não á uma pessoa ele é o cara!
Vestibulando não estuda ele domina a matéria!
Vestibulando nunca perde ele sempre ganha!!

Poema V

A Federico García Lorca

Companheiro, morto desassombrado, rosácea ensolarada
quem senão eu, te cantará primeiro. Quem senão eu
pontilhada de chagas, eu que tanto te amei, eu
que bebi na tua boca a fúria de umas águas
eu, que mastiguei tuas conquistas e que depois chorei
porque dizias: “amor de mis entrañas, viva muerte”.
Ah! Se soubesses como ficou difícil a Poesia.
Triste garganta o nosso tempo, TRISTE TRISTE.
E mais um tempo, nem será lícito ao poeta ter memória
e cantar de repente: “os arados van e vên
dende a Santiago a Belén”.

Os cardos, companheiro, a aspereza, o luto
a tua morte outra vez, a nossa morte, assim o mundo:
deglutindo a palavra cada vez e cada vez mais fundo.
Que dor de te saber tão morto. Alguns dirão:
Mas se está vivo, não vês? Está vivo! Se todos o celebram
Se tu cantas! ESTÁS MORTO. Sabes por quê?

“El passado se pone
su coraza de hierro
y tapa sus oídos
con algodón del viento.
Nunca podrá arrancársele
un secreto.”

E o futuro é de sangue, de aço, de vaidade. E vermelhos
azuis, braços e amarelos hão de gritar: morte aos poetas!
Morte a todos aqueles de lúcidas artérias, tatuados
de infância, de plexo aberto, exposto aos lobos. Irmão.
Companheiro. Que dor de te saber tão morto.

Hilda Hilst
Poemas aos Homens de Nosso Tempo

Quantos Anos Tenho...
(Marisa Torres)


Neste poema responderei... Quantos anos tenho!
Tenho o bastante para carregar amor no coração.
O bastante para sonhos ser capaz de sonhar.
Tenho tantos anos para quantos beijos quiser dar!
Tenho o bastante para me dispor e me entregar ao amor
E o suficiente para saber perdoar!
Responderei aqui quantos anos tenho...
Tenho o suficiente para poder viver
E dizer que amar é crer!
Quantos anos tenho?
Tenho tantos para poder sorrir, lutar e vencer.
Para amar, sofrer e também esquecer.
O suficiente para não regredir e não deixar desfalecer.
Tenho tantos anos...
E não esqueci meu primeiro amor,
Tampouco aquele que julguei ser o maior,
E dizer para todos que os anos que tenho
Valeu a pena, porque amar não é entristecer...
Amar não é machucar, regredir, nem desfalecer.
Tenho anos para lembrar e não deixar esquecer!
E saber que para viver é preciso plantar,
Semear para poder colher!

MOÇA
Sidney Santos

Meu melhor poema
Não tem dimensão
Também não tem esquema
É feito com coração
É tão pequenininho
Que é difícil de ver
Quarto letras de carinho
Meu poema é V o c ê!

Poema sem nome para a primeira namorada
Estava pensando em você.
Me perguntaram se eu conhecia uma famosa atriz de cinema.
Me deu um branco.
Me perguntaram se eu sabia quanto era dois mais dois.
Me deu um branco.
Me perguntaram sobre uma música triste que eu cantava numa noite há um mês.
Me deu um branco.
Me perguntaram quais eram os meus problemas e as minhas aflições.
Me deu um branco.
Me perguntaram o que era solidão e o que eu gostava de fazer quando estava sozinho.
Me deu um branco.
Me perguntaram a cor dos olhos da última garota que beijei antes de te conhecer.
Me deu um branco.
Era um branco que parecia envolver alguma coisa linda e esverdeada lá dentro da minha alma.
Era o branco dos seus olhos.

Poema da mulher

Quando criança!
Vem a esperança
E ela nunca se cansa
De no amanhã acreditar.
Quando adolescente!
Do amanhã, faz o presente.
E quase sempre se sente pronta pra despertar.
Quando adulta!
Depois de muita luta
Acredita num futuro
Quase sempre mais seguro.
Mas sentindo como é duro,
ver o outro dia chegar,
Vai caminhando...
Seguindo em frente...
Seus problemas enfrentar.
Quando Idosa!
Cheia de experiência.
E com muita paciência,
Pode a todos ensinar
Que a essência da vida,
é pela vida passar.

CORAÇÃO DE MATADOR (poema)


Vejo você tão feliz nos braços de uma outra pessoa e fico pensando, como seria se essa pessoa fosse eu?

Vejo você tão apaixonada por ele, tão envolvida com essa paixão, que por mais que eu queira, jamais conseguiria chamar a sua atenção.

Fico aqui te olhando, de arma na mão, com a mira apontada para meu próprio umbigo, esperando o momento certo de disparar..

Mas vejo que ele te ama e ai todas as possibilidades de fazer alguma coisa, simplesmente desaparecem, porque sei que lutar contra o amor é covardia.

Não consigo entender esse teu amor por ele, justamente ele que é tão diferente de você, mas olhando o jeito como ele te olha não é difícil de se deduzir...

Vá, aproveite esse amor, eu já abaixei a minha arma, desfoquei a mira, guardei a munição. Prometo não te incomodar mais com o meu olhar.

A gente bem que podia ter se encontrado antes, bem antes dessa história ter começado. Bem antes de vocês terem se tornado os protagonistas e eu o vilão. Agora já não podemos mais mudar o curso da historia. O que foi escrito não se pode mais apagar.

Mas se um dia você tiver de ser minha, estarei aqui no mesmo lugar, no mesmo esconderijo de sempre que só você sabe a onde é que é.

Vago Poema

Cheirando à areia e sal,
sou gaivota a sobrevoar o mar.
Sou mistério neste vazio,
Sou o tranquilo vôo das aves,
rumo à linha oscilante, mar e maresia.
Enquanto o vento no areal vai passando,
como as marcas desenhadas na areia,
somem as palavras da lembrança,
como rastros na maré cheia.
Íntima idéia, clara no pensamento,
que se perde em devaneios, e
na latência deste silêncio,
me alimento da poesia alheia.

Último poema

Não tenho mais tempo
Não me sobrou inspiração
Me roubaram o instímulo
Machucarão, meu coração
Encerrarei minha curta
E simples carreira, que era feliz
Nem se quer passei de aprendiz
Posso lhe confessar
Foi com muito amor que os fiz
Fui feliz em poder escrever
Em tentar entreter
Em compartilhar meus sentimentos
Obrigado pelos que comentaram
Agradeço pelos que apenas observaram
E me desculpe por aqueles que não gostaram
E fico muito feliz, se de alguma forma
Minha palavras tiveram alguma importância em tuas vidas
Aqui chega o fim amigos
Este é meu último poema
Acabaram as rimas, os versos
As poesias, terminaram os temas
Meus poemas agora jáz
Em um túmulo eterno
E não voltam mais.

POEMA DA DECEPÇÃO

Quando não sente comigo
Surge uma fagulha
Que acende a chama
E que causa a dor.

Toda dor é a culpa,
Toda culpa é morte.
Minha morte é amor.

Poema do Desespero

Longe!
Vai para longe...
Sai!
Sai como quem foge ao mundo
Tal como foge o monge para se tornar eremita...
Para se tornar tão só
Para se tornar tão ele.

Parte...
Parte para longe de mim
Distante... Perto do fim. Ou para lá
Da dimensão fechada.
Deixa-me!
Larga-me!

Estou em perfeito desespero...
Perfeita amargura, tristeza, solidão,
Angústia, penura, aflição, agonia...
E ainda permaneces.
Prendeste, agarras-me...

Posso até chamar-te...
Não me ouves chamar-te?
Responde-me, então...
Vem até mim. Quero-te perto de mim...
Sentir o teu perfume deambular
Pelas minhas narinas...
Sentir o teu olhar destruir-me
As retinas molhadas...
Sentir o teu respirar nos meus poros,
Suave brisa que corre meus pêlos
Fortes em corpo frágil...
Agora vem!

Vem!
Quero ter o prazer
De te ver sofrer como sofro!
Desespero por sentir tamanha vitória!
Anseio por te ver no chão
Pedindo misericórdia...
Mas deixa-me...
Só quero que me deixes.

O poema dos pés descalços

O poeta calçado
só exalta o espírito,
venda a si
e ao seu companheiro
que é explorado

o poeta descalço
sente na pele,
luta e grita
quando ao povo miúdo
só resta o percalço

porque o poeta,
se calça o pé,
fantasia a vida, esquece
que de matéria ela é;
se calça o pé,
jamais sentirá (e denunciará)
o que aflige a “ralé”

já que
calçado
o pé do poeta
não fica no chão;
calçado
o poema só serve
a uma fria erudição;

calçado
lhe faltará boa fé
posto que ao que (e quem) serve o poema
se o poeta
calçado
não o sente pelo pé?

Poema perdão

A amizade de verdade
É eterna
O amigo de verdade
Compreende e perdoa
Se errou
Aceita, entende
Me compreende
Quantas vezes perdoei
Quantas vezes aceitei
Deus deu seu filho lá na cruz
Perdoai os seus amigos

Poema em Solidão nº8

Todas as coisas estão realizadas.
Nada acontece
no silêncio opaco que
preside todas as horas.
Agora somos simples
- mas não felizes..."

Você faz poema com os lábios,
Vem com poesia no toque,
Traz prosa com o olhar, quando fico a te olhar.

Poema.

Ó meu amor,
Teus lábios são tão venenosos
Teus beijos doces me roubam o ar
Teu hálito inebriante a minha visão


Ó meu doce amor
Tua língua na minha é serpente
Enrosca-se nela como se fosse presa
E dela talvez eu não saia vivo


Ó meu querido amor
Teu amor me dá a vida
Teus beijos me matam e ressuscitam
Se eu peco, é por amar-te demais


Mas ó meu amor
Tu que me deste a vida
Assim também há de tirá-la
Ao rejeitar esta afeição


Mas por amor
Por amor eu morreria
Se fosse só pelo teu
Ó minha amada.

Crise de existência;
Estou expressando meus sentimentos neste singelo poema

Não sei se estou no lugar certo
Não sei se estou no lugar errado
Também não sei o porque sou tão calado

Um mundo onde o molde deve prevalecer;
A sociedade nos diz:
Estudar, trabalhar, morrer!