Um Estranho Impar Poesia

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SUPLICA DE UM POBRE ESPIRITO:



Encontro-me sozinho dentro de mim
Sufocando em meus fantasmas
Busco me encontrar, e não encontro
A saída...

Me auto mutilo

Na busca da razão pela qual
As pessoas se agridem
Se humilham, se regridem

Meu soluço é vão
Meu pranto seco
Meu coração enrijecido
Fenece sem perdão

Minha angustia suplica ao orbe
Clemência
Para que Minh ‘alma não feneça
Ao onipotente.

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SÓ ASSIM EXISTO:

Tenho me procurado
Universo a fio.
Como tal, menos um se viu.
Em meu intimo,
Não se pode adicionar!
Ante a multidão
Multiplico-me íris a íris
Só assim, me encontro
Como tal.

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FARSA:
Não me apraz
O ouro ou a prata
Eu nasci sob a casta
Que mata...
Meu coração?
Um misero palhaço
Não me impunha raça...
Não me faculta graça...
A construção poética, uma carcaça
Uma medonha farsa!
É flor sem perfume
Sonho que se sonha sem sonhar.
Não me apraz
O riso vulpino do poeta
Sobre a dor que tingida
De certo é dor fingida...

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REI TORTO:

Enclausura-se
Meu ancho coração libertário
Aos tiranos ditames
De um rei secundário
Sobre a égide
Dessa plebe ordenada
Refletida sobre a média
Ordinária...
Oh! Minha doce Pátria
Não gentil...
Não, não indultes
Teu passado tão sombrio
Sobre as margens
Flácidas
De um Ipiranga
Vil.
Nicola Vital 13Fev2017.

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NOSSAS VERDADES:


É assim, sempre assim
Seja carnaval ou natal
Nossa vida um imutável
Baile de fantasias em que
Fantasiamos nossos fantasmas
Nossas paixões sem primazia
Sempre assim...
Seja carnaval seja à homilia!
Os sonhos que penso tenho
Perdem-se em fantasias
E enquanto vestimos-as ...
Calçamos meias alegrias.
E o rosto que veste a máscara
É o fosso que verte a massa
Numa odisseia de hipocrisia.

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SELF:

O nosso self é construído conforme o nível de congruência de cada “indivíduo”.
Fruto de um estado de coisas...
Integro. Pela congruência.
Patológico quando visto à luz ideal do narcisismo.

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⁠⁠CRÔNICA AO COTIDIANO:
Há momentos que pensamos em um só instante Pluft... Jogar tudo para o alto e desaparecer... Evaporar em brumas e só!
Você ainda não se sentiu assim? Como se estivesse dentro de um quarto fechado sem entrada nem saído? Como uma roupa justa, justíssima, sob sol a pino. Feito uma gravata sufocando-lhe a respiração?
Quiçá o sapato mutilando seu quinto dedo.
É certo dizer que assim nosso mundo desaba sobre nossas cabeças deixando transparecer não ter fim todo esse sofrimento que sucumbe nosso bom humor em um contexto que propõe empatia.
Ah! Você não se liga? Ou nunca vivenciou?
Certamente és o pensamento de que as estações são mutáveis. De maneira seleta e glamurosa. Ah! Como é assustador esse nosso momento de ausência.
Ora! Quem nunca viveu esse tédio e suas maluquices em seu cotidiano de outrora?
Então, mirem-se nas Marias/Marias – Fateiras do nosso sobrevivente Araçagi que nas tardes de sexta-feira cantarolavam em suas margens enquanto lavavam seus “fatos” vendidos no dia seguinte na feira livre da “Esperança”.
Tais quais as lavandeiras do romântico Tejo, do imortal poeta português Fernando Pessoa que também foram vítimas dessa famigerada pantera austera.
Não obstante, só depois de crescidos convivemos com esse mal.
Todavia, só há um lenitivo para a cura desse Mal Agouro que assola a humanidade. Renascer... Deveras renascer.
Será? Ou quem sabe se espelhar nas Marias/Marias do Araçagi ou nas lavandeiras do Téjo que além de lavarem seus “Fatos”, deixavam fluir naquelas águas correntes seus tédios para aflorar a vida.

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⁠ÁRVORE DE AZEITE:

Naquele benefício...
um quintal com árvores de azeite
Que nasciam todos os dias
Àquela hora ao nascer o sol
E morriam como tal ao ocaso.
Sobre as rochas em greta
Eu colhia os frutos que comia.
E sobre seu cume que nutria o pinhal
Eu mirava o cordeiro
Que reluzia à boca da noite
Com o olho central que cuspia fogo
Iluminando o benefício.
As árvores morriam
E as aves em bulício calavam ao canto
Sob o cântico de ventura
Da matriarca
Que mistificava o brilhante
Reluzente de da luz.

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⁠⁠⁠⁠O QUE É O AMOR?

O amor é um estado de coisas
Espirito ou espectro!
Argumento mensurável...
Subjetivamente coerente ou não
Um Mix de ventos volúveis
Que mexe com nossos parcos sentimentos.
Que vem e passa como passa
O tempo, o pensamento!
É uma nau à deriva numa ilha
À milhas e milhas daqui.
E sob este emaranhado
De coisas e cordas
Meu coração faz trilha
À milhas e milhas daqui
Ora (direi), amigo meu
Que o amor
É uma coisa mais ingênua
Que as virtudes cardeais

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⁠SONHO FUGAZ:

Um varal de farpas finas
De toalhas incolor
Um negro e a dama filha
Um cão que nunca ladrou.

Um terno de goma fina
Na lapela seu amor
Vestiu-se de sonho a sina
E nunca aqui voltou

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⁠PELO AVESSO:

O mundo gira sobre um eixo sem sorte!
Em um labirinto sem norte
Para um governo sem posse
Que sem brio segue à morte...

Na cadência do trote
Sobre um ar de deboche
Contra um povo tão forte
Que caminha para o corte...

Pra buscar sua sorte
Sem ter medo da morte
Ou cuidar sem deboche
Viaja no trote a buscar suas posses

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⁠O VENTO DO TEMPO:
Havia ao fundo do meu quintal
Um lago de águas brandas e cintilantes
Aonde nos meus sonhos de infante
Sob as plumas das aves de cristal
Erguiam-se meus castelos de ilusões
Que hoje são choupanas sem alento
Fazendo-me viajar de volta ao tempo
E ninar com mamãe suas canções.
Hoje, o palor de suas águas me ofusca
Tuas plumas ao infinito se perfaz
Seu cristal a beleza lhe refuta
Contudo, meu coração ao seu ausculta
E o meu sonho de rever-lhe se refaz
Ao lembrar-te em meus primeiros madrigais.

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⁠SONHO ÉPICO:
Antes de crescer...
Eu queria ganhar
Um milhão de dólares
Beijar a mais linda modelo
Calçar o mais caro reebok
Tomar a mais forte tequila
Saltar o mais alto dos Alpes
Vingar o meu bullying escolar
Conhecer os quadrantes do orbe
Vestir a mais fina seda
Pensar que seria imortal
Gozar a perpetua puberdade.
Depois que “cresci”
Só queria entender
Porque não cresci
Mas também percebi
Que meus sonhos pretéritos
Deixavam-me entender
Porque não pude crescer...

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⁠MUTAÇÃO:
Todo vão metafísico
Tudo o que penso sou.
Toda doutrina do livro
Todo lugar onde vou.
É um deserto infinito
Onde nem mesmo estou.
Todo o amor das Helenas
Todo o dogma do pastor
Todo o mutar das falenas
Toda letra que se consome
Toda dimensão das melenas
Toda sorte que me some
Toda essa metafísica
Se transmuta noutra cena!

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AMOR MATERNAL:
O amor que assoberbaste
Sei, não era o que querias.
Nem de longe encontraste
Um amor em sintonia
Amar como anseias
É feérico e bem sutil
Só o êxtase delineia
Um amor tão juvenil
O amor com sutileza
Diz o coração febril
É de tamanha grandeza
Que torna o universo vil
O amor a quem almejas
É amor de mãe pra filho
Não possui outro perfil.

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Série: Minicontos

⁠MINIMIZOU
Um dia minha mãe furiosa perguntou: Quem comeu o pudim de jiló na geladeira?
- Resmunguei! - E ela logo relutou: Não faça rodeios, seja breve e conte tudo...

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⁠Série: Minicontos⁠

PLEBE
Todos os dias àquela hora, as portas se trancam para um universo alheio. Onde aqueles que me rodeiam não são meus, e os meus não me dizem seus..

Inserida por NICOLAVITAL

⁠NINGUÉM DE MIM SABERÁ
Ninguém me ver...
Ninguém me sabe!
Meu coração um perfeito
- Pretérito...
Nada do que fui tornará
Nada do que sou sobreviverá!
E minha alma em algures
- Preterida está.
Só a morte me resta como única
Essa pantera, conclusão me fará.
Ninguém me ver
Ninguém de mim saberá.

Inserida por NICOLAVITAL

⁠⁠⁠Série: Minicontos

EU e EU
Ontem, proseava com um amigo fumante com o maço de cigarros ao lado. Olhou e perguntou: Ainda tem?
Apenas um!
Disse-me. Manda, o infeliz vai morrer!
Qual dos dois?

Inserida por NICOLAVITAL


CRÔNICA, PAIXÃO PELA ESCRITA.
Escrever é um exercício de amor ou quase santidade. E, como os apaixonados nossas criações faz despertar o egocentrismo intrínseco ao ser.
Todos os textos que escrevo, sempre imagino que as pessoas assim como eu, também vão gostar e admirar. E no intuito de mensurar essa ideia, eu quase sempre peço a opinião dos meus próximos que na maioria das vezes, minimiza com a deprimente frase.
- Eh! Mais ou menos. [Com uma discreta torcida no nariz]. Claro, ninguém é obrigado a gosta do que eu gosto ou faço.
Mas não é de se negar que diante de tamanha afirmativa, não role certo desanimo. ai a gente coloca aquele textinho de molho em um “balde de água fria” Mas como toda mãe e todo pai nunca vai aceitar que seu filho seja feio ou imprestável. Logo o abraçamos oferecendo-lhe o calor do sentimento.
- E ai, fazemos novas leituras, colocamos a quarar no anil.
- E outras e outras leituras, para podermos expô-lo Como diria Graciliano Ramos.
- E só após, postamos para o veredito social.
- Transbordando-nos de curiosidade para saber qual vai ser a aceitação daquela obra.
- Nos tornando uma capsula de ansiedade e esperança.
E ante uma diversidade de opiniões, eis que surge uma alma que se reconhece ali naquele texto, e se declara admirador do autor, mesmo sem nunca tê-lo visto. Talvez fosse um gesto saudosista ou um instante de ínfima lucidez.
- Mas no cotidiano do autor é inexoravelmente o êxtase.
- O condimento para seguir sua caminhada com esmero e carinho.
E então se conclui que o ato da escrita é quase um sentimento de santidade. É como fazer Hamlet lá 1956, com câmeras pesadíssimas sem VT, sem cores, sem nada. Só paixão e raça.
E somente por amor verdadeiro nos propomos a escrever em uma nação em que não se prima pela leitura crítica e pensante.

Inserida por NICOLAVITAL

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