Um Estranho Impar Poesia

Cerca de 264642 frases e pensamentos: Um Estranho Impar Poesia

⁠Aquele lugar não era meu lar e eu precisava sair dali, mas ainda cego permanecia. O que eu achava ser luz, era um mar de escuridão. E quando a senti, era tão densa que chegava a ser palpável. A inalei e quase sufoquei. Fui arremessado brutalmente num poço que parecia não ter fim. E caía como que em câmera lenta, vendo aquela saída cada vez mais distante.
Com um nó na garganta não conseguia pronunciar uma única palavra.
(...) Já não tinha mais forças para continuar me debatendo e fui levado pra longe por aquela maré de incertezas e solidão. Talvez só estivesse cansado de nadar contra ela, então deixei aquele lugar para nunca mais voltar.

Inserida por In_finitys

Faça-me sorrir, fala-me de amor

Há raras coisas imutáveis e poucas verdades absolutas, o resto são apenas crenças espalhada ao vento, como se fossem aquelas.

Há outras verdades que a desilusão pode extirpar, como se nunca tivessem existido e quando pronunciadas, nos soa aos ouvidos como poesia, como a beleza das flores que murchamda noite pro dia, entre elas está o amor que por, às vezes, não ser correspondido como um simples sorriso, nos faz pensar que não existe.

Talvez não exista, tão real quanto o ar, o sol ou a luamas, mais sutil, como asflores que precisam ser regadas, quase todos os dias.

Há tantas outras coisas que não existem e seguimos repetindo, falando, curtindo, como um intervalo entre um ano e outro e tantas datas que, se não fosse pelo calendário do comércio, já teriam sido ceifadas pelo esquecimento.

Na letra da música "Joana Francesa", de Chico Buarque diz "Mata-me de rir, fala-me de amor", como um desabafo de alguém que perdeu a fé ao fazer tantos votos ou promessas e não alcançar o seu pedido.

O amor é tão inexistente quanto todas as formas de fé e ainda existe, embora seja mais falado do que vivido.

O amor é tão real quanto a vida que flui como um rio, independente dos nossos desejos.

O amor existe e brota onde quer, o que o faz perecer é o gênero humano, ao permitir que a descrença e o egoísmo transforme o solo fértil num lugar árido, onde não germina coisa alguma.

Inserida por luizguglielmetti

⁠Não há lugar


Não há lugar e não há nada que minha consciência não toque, nesta mesma ânsia de ser tocado; não há paisagens que minha imaginação não anteceda, crie, ou fabrique; não há nada que me possua por mais tempo, mas por hora, vezes ou outra há um desejo que me consome, me arrebata e me quebranta e tudo isto para nada, não há lugar...

Inserida por Oaj_Oluap

⁠Me faça chegar


Não sei se nomeio de vida, esperança
Ou amor, este tal desejo de ubíqua;
Sentinela em perigo, a quem irei avisar?
Este tal de desejo que me faz arruinar;
Sentado aqui neste sofá a escrever,
Penso em ti e em ti penso em você;
Somente mais um no ciclo, ou o ciclo em mim?
Sem propósito tão sublime, ao menos tenho a ti,
Tal desejo que nunca cessa e não há de cessar,
Mesmo com a força da vontade, ela me faz desaguar,
Em esperanças da imaginação, em um sonho de criação;
Crio-me ao escrever, ou escrevo-me ao transparecer
esta saudade que sinto, que sinto de você?
Meu coração é pena, voa com o ar;
Meu sorriso é tímido, como a profundeza do mar.
Te devoro nesta escrita, te escravizo pelo coração;
Te liberto desta vida de pensar com a visão.
A visão nem tudo enxerga e por não enxergar
não se enxerga, nesta dubitante poesia te falo
como quem tanto pensa e só se encontra em ferga.
Reerga-se e me albergue em seu coração;
Faça-me enxergar além da visão, para que, assim,
Possa tornar-me um pensando em ti e tu em mim,
Em ti-me, sentindo-te-me e assim possa chegar
a onde a razão não consegue me levar.

Inserida por Oaj_Oluap

⁠vodu

por entre os dedos da terra
sem pressa
sem deter
discorre sem forma
e incolor
o deus terrível
profundo
silêncio cálido
que inebria e incapacita
que engole
sem mastigar
os ásperos calos
deformando
as minhas trémulas e gélidas formas
encerrando os olhos
com o capim
e as pedras
e as folhas tardias
do longo inverno
na caverna aberta deste crânio quartzítico
incandescente luz que me atravessa
imobilizado pelas asas abismais
ouço e vejo o temporal
contra a gruta do meu próprio templo
eu sou o templo e a sua ruína
os seus antepassados futuros
isto é o princípio do meu renascimento
e por isso estou estendido nesta catarse
envolvido pelo frondoso sudário da floresta
aguardo a tácita palidez da minha própria morte
talvez eu próprio seja este terrível deus
porque ouço a voz da lua e o corpo do sol
invocando em extintas línguas os meus nomes.

(Pedro Rodrigues de Menezes, “vodu”)

Inserida por PoesiaPRM

⁠O poeta não precisa de barco para navegar
Do mar para mergulhar
Da luz para ver a claridade
Do amor para ter um par
Dos braços para um abraço
Da boca para beijar

Inserida por SandraQueiroz55

⁠Memórias

Pequenos fragmentos
do que ontem
se viveu
duras lembranças
do que já se perdeu

Vivencias passados,
recordações vivas
de que só viver não basta.

Inserida por albertcn

⁠Óh amor
doce amor
Senti na conexão dos seus lábios com os meus
No escuro onde não te vejo
Senti amor ao primeiro beijo

Inserida por albertcn

⁠Madrugada mágica

O silêncio da madrugada espalha mágia
Céu estrelado e lua cheia em sintódia
Vejo a mais bela obra de arte
Poesia não escrita

Inserida por albertcn

⁠Minha filha não conheceu meus pais
mas eu conheci meu neto

Por isso faço versos
para que ele saiba
o que meus retratos sentiam por dentro

Inserida por joaquimcesario

⁠Que tua luz brilhe mais neste dia

Que a Sabedoria Universal

Que tudo alcança, que tudo permeia

Faça parte de todos teus momentos

Que teu respirar seja límpido

Como um mágico lago nas montanhas

Que teus passos sempre te guiem suavemente

Porém firmes, rumo ao teu melhor eu

Que teu espírito, repleto de humildade e perdão

Encontre a todo instante, motivos para agradecer

Que cada dificuldade encontrada

Se transforme em oportunidade imediata

E que, sempre, a vontade de perseverar

Te leve a superar a rotina e encontrar motivos para se feliz!

Inserida por magicamistura

baobá

procuro nos outonais trâmites do teu corpo
o insofismável vestígio das tuas raízes
salgueiro que jaz e se curva obliquamente
eterna a bênção, terrível o fim do tempo
deserto, areia, sol, miragem, saudade
serás sempre o antes e o depois de nós
e nós seremos tão pouco e tão poucos
depois de ti secarão todas as welwitschias
África não renascerá da força dos tambores
mil homens sangrarão entre solenes rituais
as grávidas abortarão com sede de terra
e o céu encher-se-á de conchas e espinhas
e virão os deuses deste mundo e do outro
velar a desgraça efémera da sabedoria
ninguém saberá mais falar, escrever ou viver.

Poema dedicado a Catarina Pereira do Nascimento

(Pedro Rodrigues de Menezes, “baobá”)

Inserida por PoesiaPRM

⁠CORDÃO UMBILICAL


Quando nasci
cortaram-me o cordão umbilical,
só esqueceram de cortar
o fio que me deixou atado ao tempo

Inserida por joaquimcesario

⁠Eita Deus do céu!
Que dia mais chuvoso
Pé d'água tenebroso
Deixando o povo ao leu

A correnteza é esse trem
Causa dor por onde passa
Levando móveis e o que mais tem
E o desespero? inunda a praça

Mais forte quanto essa dor
Somente a nossa fé
Que insiste ficar de pé
Pra dar lugar ao amor

Ainda com tanta incerteza
Diante de tanta comoção
Nosso povo não tem fraqueza
Há cumplicidade e devoção

Esse estado de calamidade
Nos mostrou o melhor de nós
Trouxe empatia e solidariedade
Todos por um e também por vós

É tempo de reconstruir
E dar lugar a confiança
Fazer o povo voltar rir
Com amor, fé e esperança

Inserida por pedroassuncaao

⁠Suave plangência em gotas sutis,
doces murmúrios em canção
sob a regência da natureza
vão alegrando o nosso coração

No jardim as flores dançam
felizes e juntinhas à melodia
assim como em nossa alma
há agradecimentos por mais este dia

Inserida por neusamarilda

⁠Não sofra antecipadamente
por nada e por ninguém,
nunca deixe algum sonho de lado,
nem cale a voz de tu'alma,
não a deixe ficar em conluio
com a tristeza e desilusão,
a vida corre sem parar,
só sabemos que terá um fim,
então o jeito é vivê-la como pudermos,
traçar novos planos,
que se não derem certo,
outros faremos

Inserida por neusamarilda

⁠Quanto tu me amas
o teu amor é tanto
como se fosses a chuva
e eu o campo que semeias.

Germinam em mim a vida
Inundas-me
Criando em mim ravinas.

Inserida por touchegrs

Não me arrependo de amar, por vezes não só correspondido...

Mas do que isso importa? Ao menos consigo escrever uma mísera linha poética e isso já vale de monte, pois minhas palavras sempre hão de chegar a almas que precisam ouvir o que tenho a dizer.

Inserida por lucasgabrielcav

⁠Acelerado caminho a passos largos
Em alta velocidade seguro a sensatez
Perdi a calma em pensamentos vagos
Parou-se o tempo, rompendo a lucidez

Vivi momentos de caos, na escuridão
Nos meus lamentos me afoguei sozinho
Ganhei desprezo de quem estendi a mão
E vi cavarem covas no meu caminho

A chuva lá dentro encheu minhas cisternas
Acúmulo de águas sem nenhuma saída
Alguns dizem que as dores são eternas
E que a eternidade só dura uma vida

Mas eu só vivo uma vez a cada dia
E toda a vida, por vezes, num só momento
O mundo parece que te afoga em agonia
E a vida mostra a beleza de tal tormento

Inserida por In_finitys

⁠AS TOXINAS DA ALMA

As toxinas da alma são invisíveis,
Mas não menos perigosas do que as físicas,
Elas corroem nossos pensamentos,
E poluem nossa visão da vida.


São como veneno silencioso,
Que se espalha lentamente,
Afetando nossa paz interior,
E nos afastando da felicidade.


Elas surgem de diversas fontes,
Como a inveja, a raiva e o rancor,
E nos fazem esquecer o amor,
Que é o bálsamo para a alma.


Para livrar-se dessas toxinas,
É preciso ter coragem,
E reconhecer os próprios erros,
E perdoar os que nos fizeram mal.


A cura para a alma doente,
É um processo lento e delicado,
Que exige paciência e dedicação,
Mas que traz a paz tão desejada.


Então, não permita que as toxinas da alma,
Domine sua vida e lhe faça mal,
Busque a cura em cada dia,
E encontre a felicidade que sempre sonhou.

Inserida por amandamazzei