Um Estranho Impar Poesia
As lágrimas expressam profundos sentimentos. Quando me emociono diante de um poema, de uma imagem, de uma situação, meu coração bate mais forte, minh’alma fala pelos olhos e se expressa pelos dedos, ao criar poéticas prosas, românticos contos. A lágrima é uma das expressões do amor incondicional. Quem não lagrimeja ao ouvir "Eu te amo?" Ao ver o dia amanhecer? Ao respirar profundamente com o sol a pino ou ao se enternecer, no magistral anoitecer?
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
La casa de papel - O resumo
Um dia desses assistir
Um seriado diferente
Mexe com a cabeça da gente
Foi feito pra nos confundir
Uns cara com máscara do Dali
Fizeram um plano perfeito
Bem bolado e bem feito
E começaram a agir
O chefe do bando é inteligente
Preparado e competente
Em todo detalhe pensou
O cara era esforcado
Esperto e bem ajeitado
O chamavam de professor
Montou uma equipe de artistas
Cheia de especialistas
Pra não ter dificuldade
Cada um tinha nome de cidade
Veja só no que é que deu.
Tokio é quem narrava
Pelo Rio se apaixonou
Oslo, o primeiro que morreu
Tinha Denver, filho de Moscou
A mais tranquila era Nairobi
Entrou nessa por um filho
Berlin era fora do trilho
Frio e calculista
Tinha pinta de artista
Porém lhe faltava brilho
Helsinki o grandão
Era o mais diferente
Cuidadoso e sorridente
Era o gay da facção
Por Arturo Roman tinha uma queda
O refém que só pensava em fugir
Na série, ele quem tava a dirigir
A La casa da moeda.
O roubo bem planejado
Mexeu com o país inteiro
Nunca ninguem tinha pensado
Em fazer seu próprio dinheiro
Imprimiam e imprimiam
Sem dá se quer um bocejo
E colocavam nuns sacões
Ter mais de duzentos milhões
Era o seu maior desejo.
Itziar Itaño da série participou
Ela era a inspetora responsável pelo caso
Mulher linda, um arraso
Que o professor pegou.
Os caras tudo vestidos
Com uma roupa vermelha
Alison Parker, a ovelha
Chamada pelos badidos
Era uma bela flor
Linda como um jasmim
Foi refém até o fim
A filha do embaixador
O plano foi bem ousado
Porém êxito logrou
Foi muito bem arquitetado
Pelo grande professor
Que no final ficou de boa
Terminou com inspetora
E pro Caribe se mudou.
Me deparei com um moço
Na sua mão um violão
Ele parecia calmo pela sua feição
Mas existia um alvoroço em seu coração
Tanto parecia comigo este homem
Não igual de beleza ou de cor
O que nos separava era o pensamento
O que nos aproximava era o tamanho de nosso rancor
Lhe perguntei o por quê de tanto desafeto
Ele sem responder olhou pro teto
Logo em seguida me respondeu
"Meu desafeto vem do espelho, pois olho para mim e já não enchergo meu verdadeiro eu"
Com desgosto na face e amargura no peito
Me sentei do lado do moço com muito respeito
Em um breve instante me recordei da paz da qual nos tiraram
E olhando para aquele homem desafinado e angustiado
Me veio um sentimento de magia
Sorri aos prantos e lhe disse
"Senhor angustiado, olhe para este dia, se não consegues se encontrar na vida, se encontre na poesia.
Com um rosto de espanto me olhou e entendeu
E ao olhar aquele maldito homem me lembrei
Que na verdade este homem era eu.
MATÉRIA PRIMA
A matéria prima
filha da tia natureza...
Virou banco, cadeira, virou mesa.
Um dia fizeram queijo salame...
juntaram os cacos e os trapos
fizeram copos colheres e pratos.
N'outro dia fizeram...
Vitamina omelete e suco
e com tanto vuco, vuco...
Fizeram lama, fumaça e pó
desenfeitando assim, toda beleza.
A matéria prima, filha da tia,natureza
... Tinha vontade de ser rainha
mas nunca chegou à ser princesa!
Antonio Montes
Apenas um deles
Se me tomarem por sombra
De uma porta entreaberta...
Meus olhos espreitam as velas
Do morto sendo velado.
De todos, menos culpado,
Pois já não creio na espera
Além do corpo enterrado.
Se me tomarem por sábio
Que do saber observa...
Do pasto, a mesma erva
Que alimenta o gado;
O verme no chão molhado
Que se oculta na terra,
Na cova do sepultado.
Se me tomarem por cama
De um bêbado adormecido...
Na esperança do esquecido
De jamais ser encontrado.
Como um braço amputado,
Sou o membro invisível
Que deseja ser lembrado.
Se me tomarem por único,
Serei apenas um deles.
Incomunicável
Feitas as almas ermitãs
Desassociadas e vãs
Numa sociedade alternativa
Mais um fator associativo
Nada muda nessa operação
Onde está o amor...
De quem é mesmo esse coração?
Digo que amo-me
Para não dizer-te
Amo-te então...
O amor é abochornado como o cerrado
escabroso, é chama no peito enfado
flexuoso, um perpassar aos enamorados.
Devaneio apurado, árido, sequidão aos lábios molhados
Aos corações, sulcados...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Para um poeta,
debruçar-se sobre sua obra
é tão ou mais importante
que contemplar a sua inspiração.
Os mais apaixonados,
no entanto,
vão ao seu amor
e lhes dão
as mais simples, carinhosas
e sinceras palavras:
Eu te amo!
Cada qual trilha o tempo
no tempo e intento que lhe prover.
Escolhas, um direito à vida,
de um qualquer.
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Não desdiga o meu afeto de predileção
Pois no meu amor só se tem um aclamo
E é singular a minha poesia ao coração
Cada rima, garbosa, só há um eu te amo
E na constância dos versos, una inspiração.
Luciano Spagnol
Final de maio, 2016
Cerrado goiano
Eu sou o que fui, mais no que serei
(pelo menos tento),
Um matuto que no cerrado deixei
Na diversidade sou igual ao vento
Sem visibilidade, mas com percepção
Brisa e vigor. Se assim eu não contento
Sinto muito, sou eu: amor, letra e canção.
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Um barco segue rumo ao norte
com sorte chegará ao sul
esta é a sina do errante
navegante, que não calcula
...... a força e a direção do vento
que não ouve a voz do silêncio,
este barco sou eu e tu....
Eu sou um peso leve
Um tijolo em formato de pena
Não cobro o que me deve
O agressor que rebobine a cena
Ao que tudo indica
Creio que indicar nada é
Constato o que fabrica
Já que nem toda propaganda é fé
Eu sou um despertar dormido
Sou como cacos de vidro
Acostumei a viver de mortes
Aprendi a renascer sem nortes
Segure o copo direito!
Sou como da causa, o efeito:
Fácil cai, fácil quebra — Mas corta
Solto rindo qualquer linha torta
DIA MORTO
Você já observou, o quanto é rápido
um 'tic-tac' de um dia morto, sob
a pirâmide de ossos velhos e frio...
O quanto as xícaras e colheres tremem em
mãos enrugadas pelo decorrer do tempo!
Os rascunhos de mãos que jovens,
aprenderam a escrever mas, entediadas
pelo peso da idade, só sabem rabiscar!..
Interno de um dia morto, as horas da idade,
perambulam sem valor e arfam sob os braços
do momento o qual agora, compridamente,
em outro tempo, era curto e pouco.
Esse momento, esse tempo... Hoje longo!
Faz questão de ressaltar para o seu fôlego...
Que, pesado e curto, Esse curto tempo!
Que tritura os segundos e joga o bagaço nos
desavisados e azedos sentimentos.
Sob o espaço de um dia morto...
Os olhares no retrato fixado na moldura da sua
sala, nevoam sobre o alto e se perde no labirinto
da saudade permeada pela juventude e esquecida
no ápice de uma jovem vida. Sob espaço de um
dia morto as passadas passam apressadas,
os passos cogitam os quadrados agitados...
De cá de lá, de um lado para o outro... E os
ouvidos saltam e gritam, com o 'tic-tac'
de um dia morto.
Quando tudo não se dão conta de afronta...
A tarde chega com sua brisa de bronca e a noite,
desfalece sobre o travesseiro, cochilando... Babando
sua vertigem, e em sonhos abstrato... Fart e ronca.
Não se avexe com seu dia, ele lhes trará outro dia
e no outro! Você sentira o tremor de suas pernas
bambas, Seus passos ficarão pequenos seu fôlego
encurtarão abafando no peito, o grito de externo
amores. Não se avexe com seu dia... Acabo de outros
e outros dias, e nos dias vindouros, todas a fibras
por você ingeridas hoje, em segundos... Se tornarão
a ti, elixir do seu terrível veneno.
Antonio Montes
ESSA ÁGUA
Cuidado João...
Vê se não se afoga com essa água
que um dia, pessoas com ela molhada
teve n'ela, a sua alma batizada
e consagrou-se, no banho do amor.
Hoje, em meio a tanto respaldas...
Essa água, permeando por tanto má
arrastando, poluição, horror e terra
banha rumores, podridão e guerra
soterra, rios e nascentes da vida...
e vai desaguar, no meio do mar...
Cuidado João...
Com essa água, que um dia foi tanta!
Batizou n'ela, cristo e todas as santas
mas hoje, essa água raza, tem que filtrar!
porque assim, desse jeito natural...
Essa água, não afaga, e nem dá para tomar.
Antonio Montes
MERIDIANO
Meia lua, meia noite
meia rua com açoite
um par de meia de pé
a metade da mulher
na meia vida de afoite.
Tantas meias mediando
medrando os planos seus
a corte quase caduca
meio corte, meia fruta
o fundo no meio da gruta
medindo os carinhos teus.
Na meia xícara de chá
meio gole de prazer
os meio dos seus chamegos
medem o meu e os de você
meio mundo, meio fundo,
no fundo do seu fazer.
Tanto meio, esta no meio
meados do meio fim
mediando meridiano
meio plano, mornos panos,
montando o topo do mundo
o meio mundo é aqui.
Antonio Montes
Envolvimento
Faz um jeito que so voce faz
Comtigo eu Gasto todo meu gas
Do pricipio ate o infinito
Irrei contigo te chamando de amor
O tempo se apressa e parece voar
Do seu lado é tudo lindo
E um oficio que eu amo te amar
Envolvido nos seus braços eu estou
Deliciando-me com seu amor
Voce me envolve de um jeito curioso
E eu fico vidrado de um jeito gostoso
Num envolvimento que nao vejo nada
Ao meu redor,o mundo pode cair
A Minha maior felicidade e te seguir.
Poeta Antonio Luis
Tempo gente...
Tem gente que nunca se viu,
com um pouco de tempo
uma afinidade que segue a vida toda.
Tempo gente,
Tem tempo que não passa de saudade da gente,
da gente que já foi, da gente que um dia nós fomos,
da gente que amamos, da gente que queríamos esquecer.
Tempo gente,
Tempo que muda, muda a vida,
muda tudo, muda até a gente,
tempo que vem, tempo que vai,
tempo que as vezes magoa e machuca,
tempo que era bom se voltasse atrás.
Tempo gente,
Gente que sorri um sol e te pensa tempestade,
gente do bem, gente do mal, gente diferente,
gente tão iluminada que carrega a lua e o sol em cada olhar,
Tempo gente,
Tempo tanto junto que os sentimentos mudam,
o "amor" acaba, o inseparável vira distância,
esse tempo gente, transforma a gente em estranhos.
Tempo gente,
Que as vezes o coração aperta e a gente queria de volta,
tempo gente que segue sem freio, trombando outra gente,
na cara da gente.
Tempo gente,
que eu queria pra gente um tempo,
um tempo pra gente, em todo esse pouco tempo gente.
Amorim Junior.
https://www.facebook.com/pages/Amorim-Junior-Escritor/228319517206327
GIRATA
Rosto triste nas areias
um barco a distanciar
as melancólicas sereias
lagrimas de lua cheia
choro a beira do mar.
Lá vai o vento no rosto
lembrança sem entender
saudade dança desgosto
ausência no contra gosto
o corpo esta sem querer.
Rosto triste nas areias
horizonte desprovido
sonhos que encandeia
peias pelas mãos cheias
maribondos com zumbidos.
Antonio Montes
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