Textos sobre Tempo
CADA TEMPO NO SEU TEMPO
As vezes o que precisamos é de esperar, não ficar intediado para fazer ou ter logo o que só com uma determinada idade ou tempo é comum as pessoas terem.
Ter paciência é um dos primeiros passos da sabedoria, pois no decorrer dos dias cada um dos nossos desejos e vontades vão se realizando automaticamente, cada pessoa terá a chance de ter uma família, ter netos, em fim ter uma vida normal, por isso esperar e ser como o rio que devagarinho chega onde quer, calmo tranquilo e não tentar fazer ou ter logo de uma vez o que não é tempo de ter, pois acontecerá o mesmo com o rio que quer chegar com pressa, acaba levando vários entrulhos, lixos, folhagens e barro junto com ele e no decorrer da viagem essa bagunça que acumou o deixa pesado e cansado.
Incontáveis foram as vezes que me questionei como poderíamos demorar cerca de 30 minutos no trajeto de apenas dois quarteirões que separam minha casa da pracinha.
Inúmeras foram as vezes que me impacientei com o menino de alma desacelerada, que brincava calmamente de subir nas beiradas dos canteiros, tão concentrado quanto um equilibrista realizando a façanha de atravessar um cabo de aço. O menino que sempre insistia em criar regras e competições amalucadas, nos fazendo seguir metros e metros em traçados sinuosos, “desenhos” tortos, formados ao longo dos anos nas calçadas.
Paradas repetitivas a cada milissegundo. Umas para afagar os cachorrinhos já tão familiares, sempre com seus focinhos enfiados nas grades dos portões. Outras para admirar as formiguinhas que sobiam pelos altos muros das casas, carregando pequenos itens maiores que seus próprios corpos (o que obviamente impressiona a qualquer um).
A cada passo, era uma parada para recolher flores, folhas e pedrinhas. Preciosidades segundo o meu pequeno. Para cada item, um suspiro cheio de significados. Um olhar, que aguardava a tão esperada aprovação. Devolver ao chão ou seguir caminho conosco? Tanto eu quanto ele sabíamos que cabia a mim esta decisão.
Muitas vezes, e me arrependo amargamente disso, simplesmente disse não. Sem sequer ponderar ou analisar. Compreendem o tamanho do erro que foi cometido aqui? Estamos falando de perspectivas. Duas pessoas, um objeto, opiniões distintas. Meu filho olhava para uma pedrinha e via algo precioso. Eu olhava para esta mesma pedrinha e via uma simples pedrinha.
Nossas crianças estão imersas em um mundo diferente do nosso, são especialistas na arte de ver beleza em tudo, mesmo aonde não há. Encontram alegria na simplicidade da vida. Soltam gargalhadas contagiantes e barulhentas por coisas pequenas e por vezes, bobas. É a mágica de ver tudo sob um prisma que nós adultos já estamos condicionados a não enxergar.
Por diversas vezes classifiquei as preciosidades do meu filho. Julguei através da minha visão sobre aquele objeto. Quem sou eu para criticar e não aceitar a capacidade do meu menino de enxergar riqueza e beleza aonde eu só vejo pedra?
Infelizmente a realidade tem roubado nosso tempo, nossa serenidade, e principalmente nosso bom senso. Ah, a pressa. Diante de tantos compromissos e horários rigidamente controlados no relógio, nos tornamos intolerantes com as demoras. Incalculáveis são as vezes que dizemos aos nossos filhos “vamos logo” “anda logo” “mais rápido” “acelera”. Incalculáveis são as vezes que perdemos os momentos por conta de nossas almas aceleradas.
“Insight Redentor”, li este termo outro dia em um texto. Deve ter sido isso que aconteceu comigo, honestamente não sei. Sei que como mães, por mais perfeitas que tentemos ser, cometemos equívocos dos mais diversos. Não somos infalíveis. Também erramos. Mas o mais importante é sabermos reconhecer, diante do que a vida nos apresenta (só falta fazer apresentação em PowerPoint), se estamos agindo certo ou não.
Minha intuição dizia “Mude sua perspectiva, seus hábitos, sua realidade. Mude suas regras. Regras estas que você mesma criou”. Hora de acordar, hora de dormir, hora de chegar da escola, hora de comer. Crianças necessitam de rotina? Sim, obviamente! Mas não serão 10, 15 minutos que farão a diferença. Pense nisso. Renuncie um pouco à pressa. Dê valor a estes momentos. Restabeleça suas prioridades.
Não estranhe se me vir recusando uma carona ou optando pelo caminho mais longo até a minha casa, é que desejo que nossos dias sejam inundados com paradas repetitivas e equilibristas de beirada de canteiro. Pequenos, grandes, felizes e recompensadores milagres cotidianos.
Caixa de Preciosidades...
Foi o nome que demos para ela. Abrigo dos mais variados itens que se possa imaginar. Fotos velhas, folders, cordões arrebentados. Chaves que abrem "portões secretos". Pedras e conchinhas dos mais diversos tamanhos, texturas e cores. Lar dos objetos perdidos e achados (dentro da nossa própria casa). Um mundo só nosso, aonde tudo que faz parte dele tem seu devido significado, importância e valor. Ainda que não sejam feitos de diamante, rubi ou cristal. Meu relógio também está lá, me fazendo lembrar que o tempo é nosso bem mais preciso, por isso não devemos desperdiça-lo.
Quanto a você meu filho, lembre-se:
Esta é a primeira vez na vida em que sou mãe, por isso não escute todas as bobagens que te digo, certamente não sou dona da verdade e ainda tenho MUITO o que aprender com você e com a vida.
Uma era que já era
Ei, história inacabada, não venha ocupar meu tempo
Que hoje eu não estou para meias palavras e gestos
Rascunhos de felicidade, agora, não me completam
Esqueça o marujo que lhe declarou sendo honesto
Poderia esperar uma eternidade por um sinal teu
Nada acharia além de um afastamento crescente
Tu acompanhas de camarote o sofrimento alheio
Imagino que concordes com gente pisando gente
Se alguém obtém algo com facilidade, despreza
Se alguém obtém algo com dificuldade, preza
É por isso que tu estás em Netuno e eu na Terra
E é por isso que, assumidamente, lhe quis à beça
Só que não sonho mais contigo como outrora
Nem penso na possibilidade de me reapaixonar
Eu amadureci, é verdade, não se vive de saudade
Me dediquei por inteiro e descarto a tua metade
Excluo o teu contato e é para que tu percebas
Vais perder tudo, lidaste com a situação errada
Mal sabes o que fazes, és dispersa no caminho
Se a tua realidade é ventania, virará redemoinho
Quem acha que comanda, pode se equivocar
Mesmo tendo um imenso séquito de devotos
Bom saber que o questionamento é permitido
Havendo repressão, teu império seria mantido.
Podemos dizer que a mentira é como uma casca, que uma vez descoberta, deve apenas ser jogada fora. Não tem perdão, o mentiroso se equivale ao ladrão, porque rouba seu direito de saber a verdade dos fatos .....
E quando a verdade começa a aparecer cada dia um pouquinho, muitas sensações vêem à tona : A raiva, o ódio, a pena de nós mesmos, a decepção.
Saber pelos outros, saber por você mesmo, não existe alternativa menos ruim...
A vontade é realmente se enfiar em um buraco e sair quando tudo passar, as pessoas começam a falar contigo em tom de proteção, de cuidado, porque sabem que você é a idiota da história....
Os amigos sentem um misto de pena e cuidado com as palavras, porém todos participam do grande circo, onde existe apenas um personagem : O palhaço, você mesmo !
Meu Deus !!! Porque permitiu que eu me abandonasse, e me deixasse cegar a este ponto ??
Não diminuam seu próprio valor,
comparando-se com outras pessoas.
Somos todos diferentes. Cada um
de nós é um ser especial. Não fi-
xem seus objetivos com base no que
os outros acham importante. Só vocês
estão em condições de escolher
o que é melhor para vocês próprios;
➤ Dêem valor e respeitem as coisas
mais queridas ao seus corações.
Apeguem-se a elas como a própria
vida. Sem elas a vida carece de sentido.
Não deixem que a vida escorra
entre os dedos por viverem no passado
ou no futuro. Se viverem um
dia de cada vez, viverão todos os dias
de suas vidas;
➤ Não desistam quando ainda são capazes
de um esforço a mais. Nada
termina até o momento em que se
deixa de tentar. Não temam admitir
que não são perfeitos;
Não temam enfrentar riscos. Correndo
riscos é que aprendemos a ser
valentes;
➤ Não excluam o amor de suas vidas
dizendo que não se pode encontralo.
A melhor forma de receber amor
é dá-lo. A forma mais rápida de fi-
car sem amor é apegar-se demasiado
a si próprio. A melhor forma de
manter o amor é dar-lhe asas;
➤ Não corram tanto pela vida a ponto
de esquecerem onde estiveram e para
onde vão;
➤ Não tenham medo de aprender. O
conhecimento é leve, um tesouro
que se carrega facilmente;
➤ Não usem imprudentemente o tempo
ou as palavras. Não se podem recuperar;
➤ A vida não é uma corrida, mas sim
uma viagem que deve ser desfrutada
a cada passo;
➤ Lembrem-se: ontem é história, amanhã
é mistério e hoje é uma dádiva.
Por isso se chama “presente”. Vivam
o presente com muita energia!.”
Respira, tudo que lhe trazem de bom
Inspira, aquilo que lhe é ruim
Tranquilize-se
Assista um bom filme, coma uma boa pipoca, desfrute de um bombom
A vida não se passa assim
Tão depressa, tão ausente, tão dormente, tão carente
E no tic tac do relógio
Aprecie cada minuto, como se fossem os últimos
O dia acaba, a hora chega e os minutos passam
E seu subconsciente se torna ausente
Você morre, e olha para trás
Mas ao imaginar o que lhe há de bom falta muita coisa
Paisagens, lugares, pessoas
Situações, vivencias e momentos
E no tic tac, respire e inspire
Vivendo cada minuto como se fossem os últimos
De uma poesia sem rimas e repetecos
Apenas no relógio contando e marcando o tempo
Vivendo na angustia de um personagem nada poético.
O que nos pertence é somente nossa alma, e se o inferno seja apenas a consciência pesada pela eternidade, por não perdoar ou não ter pedido perdão pelo mal que fizemos e deixado de fazer o bem na oportunidade da vida??
Assim o chamado céu seria à leveza no coração, de ter aproveitado cada momento ao lado de quem gostamos.
O Homem que Contava Estrelas
(...)"Perdeu o tempo.
O momento certo.
O amor eterno.
Conflitando medos com a vida própria.
Passos trôpegos.
Vagueia procurando.
Alma gêmea perdida.
A deixara para trás.
Ausente outrora.
Pisando espinhos no caminho.
Corpo triste.
Homem errante.
Contando estrelas
no silêncio
de minhas noites..."
Luzes vermelhas se afastam
E luzes amarelas se aproximam
São brancas ou amarelas?
Nem sei ao certo mais
Graças a esse frenesi
De conter a si mesmo, incapaz
E pestanejo, de súbito
Em sono profundo imergindo
Perdido em um deserto (quão lindo!)
Onde a areia é cinza e compacta
Um deserto de luzes e muita fumaça
Tudo é quadrado, tudo é medido
E ainda assim não há harmonia
Tudo é nocivo aos meus sentidos
Um mundo retorna, outrora ia
Aonde ia, se agora volta?
E amanhã novamente irão
Em busca do quê, pelo bem de quem?
Como gado, assim, anda essa multidão
Os cérebros de cada são agora um para todos
Rememos, pr'onde o voga ditar a chegada
Se é que chegada há
Se não enlouquecermos durante a empreitada
Me recuso, entretanto, a mover passivamente
Um remo longo, pesado e egoísta
Que vale mais que a própria gente
Pobres zumbis, sem alma e intelecto
Platão, tire-os da caverna
Creio eu que para a vida eterna
Eu possa ainda espera-los aqui em cima
A vida é uma viagem cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, alegrias, desapontamentos, embarques e desembarques. Uma viagem que não tem volta, por isso devemos aproveitar ao máximo essa viagem, deixar e levar boas lembranças por onde passamos, seguir sempre em frente e lutar para que nas próximas paragens encontremos a felicidade. E quando chegar o momento de parar, que seja com dignidade. Lembre-se, “O tempo passa tão depressa que nem tempo temos de parar para pensar
Em como a vida é curta”.
Profª Lourdes Duarte
um tempo para o tempo, um tempo para parar o tempo.
um golpe certeiro e a faca passou perto. não feriu a alma, resvalou no coração. ainda posso amar! não é o que os médicos dizem, é o que eu sinto...
ela insiste em dizer não; eu, assumo os "sim's"!
por uma questão de estratégia, assumimos o “quem sabe”!
como é difícil ser escolhido para de alguém se gostar.
implorarei por todos os Santos, fiz as preces, todas em fervor e muita dedicação; era preciso acalmar a alma, conter o sangramento e não deixar infectar o coração, já desenganado pelos médicos.
mas, tudo bem por aqui na UTI. tanto que chega a dar vontade de sumir um tiquinho. só um pouco, voltar para aquele sonho louco da anestesia. só para me aproveitar do caos externo e colocar o interno no devido lugar.
Os 25
Eu considero os 25 anos o período transitório da inocente juventude para a complicada fase adulta. Estou meio perdido ainda. Já sinto os reflexos da responsabilidade de tomar decisões para uma vida toda, mas ainda sonho com a empolgação de um adolescente que terminou o ensino médio contando nos dedos o ano em que terminará a faculdade, caso passe no vestibular da federal. Para não perder tempo e no anseio de conquistar o mundo, ele opta pela graduação particular mesmo.
A primeira meta foi alcançada. Tenho 21 anos, um diploma em mãos e fui à procura do primeiro emprego de carteira assinada. Minha inexperiência me move à vontade de aprender e desejar o melhor trabalho, aquele que os tempos da escola me estimulavam a buscar. Vieram muitos “NÃOS” seguidos da minha primeira decepção.
Agora, com 23, continuo jovem e não mais abatido. Consigo cumprir o objetivo da estabilidade profissional, mas cumpri porque tenho sorte de não sonhar alto demais. Ou diria que a “ficha caiu” e a zona de conforto é realmente estimulante.
No meio desse percurso, começo a observar que em apenas um ano minha rotina profissional vai esvaindo com minha vida pessoal. Perdi muitos contatos. Primos e amigos que eram inseparáveis ainda o são, só que pelos grupos do WhatsApp ou pelo inbox do Facebook. Meus tweets nem recebem interação de arrobas tão presentes no auge das hashtags. Hoje, de nada me valem as mais de 20 mil tuitadas.
Putz! Tenho ¼ de século. As consultas médicas estão se tornando frequentes e até isso é motivo de estresse, já que a carga horária me impede de fazer novos compromissos. A saúde era prioridade quando meus pais podiam me levar ao consultório depois das aulas de Inglês. Já sei! Vou esperar até as férias e faço um check-up, não deve ser nada grave mesmo. Ou posso abrir mão de um dos dois empregos e cuidar mais de mim. Só que aí vou postergar o próximo objetivo de deixar de sobreviver às custas dos meus pais. NÃÃÃÃO!!! Vou perder tempo. Melhor assim como está.
A realidade e a nostalgia entram em combate na minha mente. Lembro que há quase uma década eu me despedia dos amigos do colegial. Mal sabia que era, de fato, uma despedida. Se eu soubesse, não teria segurado aquelas lágrimas que insistiram em cair durante a mais sincera Aula da Saudade, muito menos dado abraços de segundos para ter tempo de transferir meu carinho a todos. Eu fazia tantos amigos naquela época e me dava bem com a maioria, e perdoava tranquilamente a minoria que aprendeu com o egoísmo e já sabia magoar.
Se passaram 25 anos e amigos não se fazem com a mesma facilidade. Estou cada vez mais distante da minha família e me sinto ingrato por isso. Mas, poxa! Nem todos os familiares se preocupam com a união e a boa convivência mais. Os valores caíram por terra. Está cada vez mais rotineiro encontrar pessoas dissimuladas e hipócritas, que justificam seus erros com decepções passadas ao invés de reconhecer que se trata de mau-caratismo mesmo. Por falar nisso, muita gente do meu convívio profissional se interessa mais pelas questões pessoais que me movem, sem ter qualquer intimidade, do que preza pela valorização profissional. Isso me intriga.
Mas ainda que eu tenha levado muito esporro nessa trajetória, continuo valorizando a integridade e sendo cordial e leal às pessoas. Descubro que até as que eu jamais imaginaria podem me decepcionar um dia. Neste momento noto que as frustações são mais graves, duradouras e deixam sequelas sim. Tem quem procure analistas e terapias alternativas. Eu só consigo me apegar à fé, geralmente dá certo.
O tempo passou e está mais ligeiro do que nunca. Fazendo um balanço da atual conjuntura, reconheço que sempre fui muito preocupado com ele. Tanto é que meus 25 anos mal começaram e já os sinto no fim. Talvez não dê tempo de fazer muito do que eu planejava para o ano. Ou pode ser que dê, caso eu comece a aceitar que o tempo só apaga aquilo que a gente supera.
Que mais alguém poderia escrever sobre o tempo?
Ora caminha a passos largos e ora caminha lento,
Num momento é silencioso e noutro barulhento,
Cura o amor perdido e apaga o encantamento,
Enruga a pele ,envelhece o corpo em movimento,
Mas dá sabedoria , generosidade, amor ao próximo
E maior beleza de todas : a que vem de dentro
"Não gosto máscaras, pois elas apenas retardam o real processo de nossa evolução. Aprenda que nenhum mal será feito ao outro sem antes nos envenenar. Tenho comigo um lema de vida..."A língua pode vir a ser o chicote para o seu próprio corpo.", então pare de se auto flagelar por suas atitudes, reveja-as, pois talvez seus olhos estejam tão fechados pela fumaça do egoísmos que se você mesmo não tomar uma atitude até sua alma cegar-se-à. Não temos muito tempo nem oportunidades de colocar tudo nos eixos, então, pare e pense antes que qualquer situação se instale em sua vida."
(Hélia Michelin)
Depois de muito esperar, o mar trouxe as ondas de decepções e ingratidão, mas algo ainda prevalece: A esperança de que ''o vento leve tudo embora'', e uma nova brisa traga mais força para continuar tentando achar um motivo para viver feliz. Talvez a mesma brisa traga nossa verdadeira liberdade, liberdade da vida que é ter alguém pra se prender.
Talvez seja apenas o tempo errado, mas os enganos que nos proporcionamos a nós mesmos são férias que passam, pois no final, o único e válido plano é: Ficarmos Bem ao lado de quem nos faz bem!
Morreu enquanto ainda dava tempo
Desenristou a mão e encostou-a ligeira ao peito
como quem apalpa, apertando forte, uma banda de carne embalada à vácuo
dessas que ficam em prateleiras em balcões frigoríficos nos supermercados
Dedilhou o ar e esfregou os dedos uns nos outros para sentir se tato havia
e se fim dava àquela dormência que o acometia a mão esquerda.
Arranhou a pele umas duas ou três vezes
para ver se o sangue ainda corria pleno em suas veias
fazendo fértil o terreno de seu coração.
Fértil como aparenta estar a terra quando bem irrigada,
em uma bem cuidada plantação.
No caluniar da escuridão da morte parou, e se arrependeu de tudo!
Parou, por que não tinha como não parar.
Se seguisse em frente talvez lhe faltasse pernas para chegar.
Aos cento e quarenta e sete anos pediu, quase implorando, que o deixassem ali.
Apoiou a língua já quase sem movimento no chão da boca
e gritou de dentro pra fora bem alto:
- Todo mundo parado! Ninguém faz nada! Ninguém se mexe!
Ele parecia estar negociando com a vida e com a morte ao mesmo tempo
Ninguém interviu.
E antes que todos dessem conta, ele morreu, enquanto ainda dava tempo.
O reencontro nos traz lembranças de momentos felizes de Amor, companheirismo, parceria ... , nos fazendo esquecer até mesmo o porque de uma possível separação...
É uma emoção inexplicavel e somente quem tem o amor no coração consegue entender tamanho sentimento e força desse instante.
E não importa o tempo que demore, porque a cada reencontro o Amor florescerá cada vez mais intenso.
A distância e o tempo podem separar dois corpos, mas nunca dois corações que se Amam verdadeiramente.
EU QUERIA PODER
Eu queria poder deixar
O calor do meu abraço
O tempo todo com vocês
Evitar a dor de uma só vez
Eu queria poder levar
Os nossos sonhos pra voar
Fazer as nossas malas
E a fronteira atravessar
Eu queria poder ficar
Mais um pouquinho a perturbar
Vossos ouvidos todo dia
Com aquele meu cantar
Ninguém sabe do amanhã
E eu só queria poder dizer
Que não importa o que aconteça
Meu coração guarda vocês
[05/05/2015]
Tempo
Com o tempo você perde muito e ganha em qualidade de desprendimento e aceitação.
Com o tempo barreiras são transpostas, conceitos mudam. Não há pressa. Você adquire imunidade. Prioridades mudam. Há paz interna.
Você abre os olhos para o mundo e se torna o todo.
O amor é o foco, e amor maior.
O seu único compromisso é ser você mesmo.
O tempo me ensinou.
O tempo me ensinou a duvidar.
O tempo me ensinou que não existem verdades absolutas.
Me ensinou que quanto mais aprendo, menos sei.
Me ensinou que a voz do povo é voz do nada.
E que o nada não existe.
Que tudo é relativo, até mesmo minha vida.
Que amor eterno existe basta ter pai e mãe.
Que amores vem e vão.
E uma vida sem amores não é vida.
Me ensinou a me importar com quem se importa comigo.
O tempo me fez levantar a cabeça em meio a multidão ajoelhada.
E enxergar o óbvio.
Que o metafísico é apenas o medo da finitude.
Que meus medos foram embora juntos com minhas crenças.
Que crenças são apenas questões culturais.
Que não sou mais importante do que qualquer outra espécie.
Que o planeta é indiferente às espécies.
Que nosso planeta é insignificante diante da galáxia.
Que nossa galáxia é insignificante diante do universo.
Que o tempo é apenas uma unidade de medida.
E que eu devo tudo que sou e sei, a milhares de pessoas que antes de mim, se puseram a duvidar.
E que essa duvida me levou a uma única certeza.
Que somos o tempo e espaço, somos o universo!
William Oliveira
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