Textos Reflexivos sobre Crianças
AS POMBAS
Dez horas!
Sol quase a pino.
Pombas brancas voam em todas as direções.
Corpos seminus bronzeiam-se estendidos sobre esteiras.
Por toda a praia, contrastes com a espuma branca do mar.
Um colorido sem igual!
Crianças brincam e correm, chego a acreditar na bondade dos homens.
Busco o momento oportuno para arquivar esta cena numa foto sensacional.
Os guarda-sóis coloridos parecem em festa.
As pombas vêm e vão ou aproximam-se de uma criança que lhes atira migalhas de pão.
Este é o momento que eu queria!
Uma criança, o azul, o mar, as pombas, um quadro infinito de paz....
Pequenos adultos
Esses pequenos sorrisos
Lindos sorrisos
Esses olhares com brilho
Jeito e genuidade
Esses pequenos adultos
Que brincam e cansam
Serão nosso futuro
Eles nem sabem
Eles sabem tudo, sabem nada
Seres inteligentes
Concertem esses absurdos
Previnam que não continuem
Cuidem desse mundo
Cuidem do futuro
Faça isso pelos que morreram tentando
Façam, o que tentamos consegur fazer
Por favor, com carinho
Por favor, pequenos adultos
Vacina as CRIANCINHAS, Graça Freitas!
Andares a invocar miocardites;
em jovens, dos tais doze aos quinze anos;
por ser implantar em pais, desenganos;
pra quê falares de pericardites?!
Serão esses tais dois efeitos, mais graves;
do que uma em tais saudáveis, infecção?!
e nos que já doentinhos, tão estão!?...
será que em tais não vês quaisquer entraves!?!
Manda-as é vacinar, ó nossa Graça;
pra que a imunidade tão desejada;
não fique em ESSAS TAIS, pois, posta em causa…
Devido a um teu tão mal ver, por desgraça;
não ver que uma criancinha INFECTADA;
toda a de um grupo pode ir PÔR em causa.
Não arranjes mais quatrocentas e tal;
mil consultas, pra terem que as fazer;
se UMA a em teu VER, tão resolve esse MAL!!!!!!!!
Com pouca esperança em ti/vós, pois continuo sem saber para que temos neste país ministra/ministério de saúde!
Olhar Inocente
Apenas num olhar,
Tanta pureza.
Um olhar inocente
Penetra no outro olhar
Um olhar que se perde
Saído do ventre,
Expressão que revela
Tantas emoções
Talvez tenha medo,
Vergonha...
Tímida criança,
Expressa pra gente
Um olhar diferente,
Que revela e indaga
Às nossas questões.
Roda pião
Olhinhos extasiados,
ele observa o pião
gira-girar acelerado.
Colorido,
o brinquedo se enrola no corpo listrado
e roda como bailarina
a esvoaçar o tule do vestido.
Aos poucos, se cansa,
arrefece,
perde a força,
cessa a dança.
No desencanto dos olhos da criança,
a ciranda do pião
reflete a própria vida:
ao girar em volta de si mesmo,
retorna sempre ao ponto de partida.
Percepção
Em uma sala há várias peças de montar sobrepostas, ao lado de inúmeras outras espalhadas. Três pessoas observam...
O que a criança vê? Brinquedo, diversão.
O que a mãe vê? A evolução do filho, o qual finalmente conseguiu organizar os blocos.
O que a responsável pela arrumação vê? Bagunça, mais trabalho.
Tudo é uma questão de percepção. Quando você olhar para uma cena, seja prudente antes de interpretá-la.
Se tatuo a minha infância na pele
toda e completa extensão
do meu corpo não é suficiente
ele tem ligação direta na
linha da pipa colorida
que permeia o céu das
lembranças inalcançáveis
a infância dura
uma vida inteira no adulto
que busca voltar atrás
do que passou e ainda fica
o pular incessante
da esfera em consciência de saber
que mais vale uma infância bem vivida
do que uma vida adulta inteira
sem saber o que significa ser criança.
Um pouco mais de natureza me faria feliz, quem sabe?
Um cavalo para afagar,
Um cachorro para rolar no chão,
Borboletas e passarinhos...
Um rio para colocar os pés,
E observar as pedras que brilham
Logo abaixo das águas cristalinas.
Um raio de sol sem pretensão,
Um tempo sem promessas,
O perfume da floresta,
Amar a quem merece,
Observar o que merece ser visto.
Não mais sonhar com o amanhã,
Só me distrair com os bichos
E ser um bicho, como eles são.
Que existe sereno no agora,
E não tem desejos,
A não ser de estar.
Um pouco mais de silêncio
E solitude me faria feliz, talvez?
Menos gente, menos gente...
Menos coisas e ideias...
Menos pressa para o abismo
Que o destino nos reserva.
Sono de melhor qualidade,
Mais céu e menos muro.
Mais natureza me faria feliz, quem sabe?
Acariciar um gato e sentir seu cheiro,
Abraçar um bezerro,
Adormecer sob uma árvore,
Sem nada para me preocupar.
Pensar menos na morte,
Sentir menos medo e saudades,
Brincar sem observar que estou sozinha.
Inocência que eu nunca tive,
Onde foste morar, antes que eu viesse ao mundo?
Coração sereno que nunca me pertenceu,
Sempre percebi tua falta.
Na minha imaginação ao menos,
Repouso sob um arco íris
Criança minha, que ficou no Céu.
DOR E AFETO
Me vem ligeiramente na mente,
uma nostálgica lembrança.
Tempo em que os pés viviam empoeirados.
Poucas atribuições, muita ciranda.
Avistava as andanças pela fresta do
portão .
As mesmas pessoas rotineiramente por ali passavam, enquanto eu, ansiosamente lhe esperava descer da condução.
Infância que dói, sentimento que constrói.
O semblante é nítido da pureza,
e com tantas pedras no caminho,
esqueceu-se da dor e voltou a brincar de vida.
Há uma necessidade extrema de conscientização dos pais ante a criação de filhos, primordialmente nos primeiros anos de idade. Diante dos estudos da psicanálise infantil e da medicina é sabido que os primeiros dias, ainda que no útero materno, são delineadores do emocional da criança. Os impactos de traumas e lesões são maiores na medida dos primeiros anos, sendo que exercerão um papel de delineamento do fator estressor deste ser humano. Pesquisas recentes realizadas no EUA, já mostram mais de 50% das crianças afetadas por traumas e lesões emocionais. Um ambiente de conflito, mágoas, discórdias, insegurança e instabilidade são ingredientes para gerar lesões graves no desenvolvimento cerebral. Tais situações também terão implicações no trato da alma, tais como: pensamentos negativos, espiritualidade afetada, baixa autoestima, produção de mágoas e rancores capazes de inibir a plenitude de sua humanidade. Por isto, é fundamental que haja uma boa preparação de cada individuo, visando compreender a complexidade do processo de desenvolvimento humano, tentando evitar ao máximo erros graves, permitindo a nossa sociedade obter seres com plena capacidade para as funções da vida.
JOSÉ LUIZ DE SOUSA NETO - PSICANALISTA
POR UM MUNDO MELHOR
Que alegria...
poder acordar todo dia
e estar sempre na melhor companhia.
Minha vida de criança
é feita de pura esperança
acredito num lugar colorido
onde todos estarão bem unidos.
Tenho um pincel mágico.
Vou pincelando aqui e ali.
Te convido, amiguinho querido,
a comigo esse caminho seguir.
Juntos colorindo a estrada.
Juntos fazendo brilhar nossa estrada.
Juntos somos mais fortes...
Abraçamos nosso mundo com muito amor...
Espalhamos alegria, paz e carinho...
Fazemos um mundo melhor pra todo mundo dispor.
Para os que Virão: Parte VII
Não permitam que a infância seja engolida por retângulos de luz, pois, as telas são um veneno doce, que adormece mãos curiosas e aprisiona olhos que deveriam decifrar o mundo. Exijam que as crianças caiam no chão, risquem os joelhos, sintam a terra úmida escorrer entre os dedos. A lama não é sujeira: é tinta, é mapa, é o primeiro diálogo com a vida real.
Há uma conspiração silenciosa para substituir o cheiro de grama molhada por notificações, o susto de uma minhoca por likes. Resistam. Brincar na terra não é nostalgia é treino para ser humano, é ali que se aprende a criar com o que existe, a frustrar-se com as formigas que invadem o castelo, a celebrar a tempestade que arrasa tudo. A tela ensina a consumir; a terra, a transformar.
Não tenham medo do tédio, do barro nas unhas, do silêncio que parece vazio. É nele que a imaginação cresce raízes. Seu futuro não será salvo por algoritmos, mas por mãos que sabem semear.
Desliguem. Cavem. Existam.
Saudades de mim
Quando ria sem fim
A alegria fazia morada
E viver, era uma bênção aproveitada.
Saudade da minha inocência
De Minh 'alma plena
Sem nenhum resquício de maldade ou do
pecado que me envenena.
Saudade da minha criança
Das boas lembranças
Das feridas rápidas curadas
E da contentação com o que tinha em casa.
Saudade do meu coração
Quando era inteiro
Sem cicatrizes ou medos.
POEMINHA DAS VOGAIS
A,E,I,O,U
Que lindas são as vogais
E além de lindas, importantes
Nos textos gramaticais
Formando belas palavras
Sendo elas as iniciais.
Primeiro a letra A
Ave, agulha e algodão
Ela também se apresenta
Na água e no avião.
Vejam só que coisa linda
Eu falo da letra E
Com ela escrevo escola
Onde aprendo a escrever.
Ioiô, igreja e ilha
Iogurte e injeção
Como é bela a letra I
Importante na lição.
Onça, orelha e olho
Onda , objeto e ovo
Aí vem a letra O
Cumprimentando o povo.
Já quase lá no final
Um salve a letra U
Urso, uva e urna
Unha, universo e urubu.
Vogais que são importantes
No nosso lindo alfabeto
Sem ela o Português
Não estaria completo
Não teriam os brasileiros
O seu belo dialeto.
Thiago Rosa Cézar
Começamos a envelhecer e a complicar as coisas, e é aí que vida passa num estalar de dedos
Pois você..
Se prende em uma rotina que te esgota
Em um emprego que não te faz prosperar
Em um relacionamento onde não se tem nem um pingo de respeito..
O tempo não para
E Por fim, vai se ver deitado numa cama
E nem se quer visitou os lugares e países, que tanto salvou no celular
Manter vivo o olhar de criança é simplesmente mágico
Parar
Respirar
Poder contemplar o mundo a sua volta
A simplicidade
E se aventurar..
Quer lugar na “janelinha”? Pague!
Na era das redes sociais, tudo vira tribunal público. O caso da passageira Jennifer Castro, que se recusou a ceder seu lugar à janela para uma criança em um voo, é o mais recente exemplo de como a civilização às vezes tropeça em sua própria etiqueta.
De um lado, uma mãe indignada, filmando a cena e postando sua revolta. Do outro, Jennifer, acusada de egoísmo por se apegar ao que comprou com antecedência e planejamento. Entre as duas, uma criança que ainda está aprendendo a lidar com uma palavra aparentemente simples, mas cada vez mais ausente em sua formação: “não”.
Crianças não nascem sabendo que o mundo não gira ao redor delas. Isso é ensinado. Mas, quando se cria a ideia de que tudo pode ser conquistado por insistência, lágrimas ou exposição pública, o que será delas no futuro? Que tipo de adulto nasce de uma infância onde a frustração é tratada como ofensa?
No avião, o assento de Jennifer representava mais do que conforto; era um símbolo do esforço de alguém que escolheu, pagou, e estava, no direito absoluto, de ocupá-lo. Sua recusa não deveria ser enxergada como um gesto mesquinho, mas como um lembrete de que limites existem — e precisam ser respeitados.
A questão vai além do assento à janela. Está na cultura crescente de evitar dizer “não” para poupar os sentimentos das crianças. Um “não” dito hoje poupa adultos decepados pela realidade amanhã. E que realidade dura será esta, quando descobrirem que nem tudo se resolve com um pedido educado (ou uma gravação postada no Instagram).
Jennifer não deveria ser condenada por defender o que era seu. Afinal, como ensinamos às crianças o valor do esforço e da responsabilidade, se a lição implícita é que o choro ou a viralização sempre vencem? Quer um lugar na janelinha? Pague, planeje, mereça.
Assim, no futuro, essas crianças talvez entendam que o mundo é muito mais do que um assento de avião. É um lugar onde limites, direitos e responsabilidades coexistem. Respeitá-los não nos faz piores; pelo contrário, nos torna mais humanos.
✍🏼Sibéle Cristina Garcia
De como me inventei
Passei meus dias em meio às coisas miúdas.
Aprendi com as borboletas a carregar nas costas o mundo,
e com os pingos da chuva, a fazer serenata no chão.
A torneira aberta dos céus
jorrava horas inteiras de poesia,
e eu, menino sem bicicleta,
inventava que as palavras tinham rodas.
Brincava de crescer pelos olhos,
onde cabia o universo e um pé de grama.
Ensinava o absurdo a se acomodar no meu quintal:
uma pedra virava amiga,
uma nuvem, brincadeira de adivinhar.
Enaltecer os ordinários era meu jeito
de me desconhecer um pouco por dia.
As frustrações, eu punha no varal.
Torcia minhas tristezas até o último soluço
e pedia ao sol que secasse tudo antes da próxima chuva.
Porque a chuva sempre volta,
mas as tristezas, se bem secas, viram outra coisa:
lençol para embalar sonhos
ou sombra fresca para esquecer o calor.
Assim fui me criando,
com as faltas vestidas de beleza
e com os vazios repletos de poesia.
Nunca esperei o fim chegar,
porque quem vive de esperar
não interage com o presente,
nem cresce pelos olhos.
Escolhi viver assim:
de mãos dadas com o invisível,
sendo mais do que sou.
Ou sendo menos.
Afinal, quem precisa de muito
quando tem o céu inteiro dentro de si?
Cael Arcanus e o Sonho de um Voo Roubado
Na infância, aos cinco ou seis, recordo bem,
Travessura marcada em minha história.
Meu irmão, na beira, inocente, além,
Brincava de herói, tão cheio de glória.
Fralda no pescoço, um manto a brilhar,
Sentado na borda, tão cheio de fé.
Na mente de criança, ele iria voar,
Mas o gesto cruel desceu por meu pé.
Empurrei-o, e ao chão ele tombou,
Entulho e porcelana o receberam.
Na coxa, o corte fundo se cravou,
Trinta pontos, e lágrimas se verteram.
Por meses vi sua ferida sangrar,
E o peso da culpa jamais foi calar.
Chegou com o sol da manhã
Nos olhos um brilho, promessa de flor
Pequena rainha do amor
Na casa vazia, fez festa e cor
Primeiro sorriso encantou
O tempo parou só pra ver seu olhar
E a gente aprendeu devagar
O que é ternura sem precisar falar
E no balanço do tempo,
Ela trouxe a canção
A doçura dos ventos
E um novo coração
Carolina chegou pro samba da vida
Com passos pequenos, com alma querida
É a alegria dos pais e dos avós
Um mundo inteiro cantando por nós
Carolina chegou, flor de mel e de luz
E cada gesto dela é o amor que conduz
Carolina, doce estrela a brilhar
Veio ao mundo pra nos encantar
Tão leve no colo da mãe
No riso do pai, já tem melodia
É verso bordado de dia
Nos olhos da vó, pura poesia
Com cheiro de sonho e jasmim
Ela dança entre a calma e o luar
É canto que veio pra ficar
O nome dela o tempo vai eternizar
E no compasso do peito
Bate firme a razão
Carolina é o enredo
Do mais lindo refrão
Carolina chegou pro samba da vida
Com passos pequenos, com alma querida
É a alegria dos pais e dos avós
Um mundo inteiro cantando por nós
Carolina chegou, flor de mel e de luz
E cada gesto dela é o amor que conduz
Carolina, doce açucar a brilhar
Veio ao mundo pra nos encantar Mesmo a distância és açucarada a nos encantar.
Carrega no nome a História familiar açucarada para amar...
"homem não chora"...
Uma das frases mais criticadas e incompreendidas na sociedade atual, mas que eu acredito que deveria sim ser dita não só aos meninos, mas às meninas também, com apenas uma leve adaptação para:
"Adulto não chora".
Toda criança quer ser tratada como adulta, mas, quando adulta, ficar chorando não vai resolver os problemas, apenas fechar a cara e enfrentar a realidade é que pode trazer a solução.
Tal frase era dita aos meninos porque por muito tempo o homem foi o símbolo de provedor e protetor da família, aquele que detinha a obrigação de não se deixar abater diante de problemas, sair e trazer o sustento pra dentro de casa, pagar as contas e defender mulher e filhos de perigos externos, por isso eram ensinados desde cedo a não se perderem em meio as dores da vida e manterem a cabeça erguida
Hoje temos diversos tipos de estruturas familiares, o homem já não é exatamente o centro em todas as bases de estruturas familiares, logo devemos ensinar aos futuros adultos que a vida adulta não é só liberdade, é também esforço, cobranças, responsabilidades e sacrifícios, só um pouco dela é realmente liberdade, felicidade e gozo.
Adulto não chora.
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