Textos e poemas
Doíam-me os poemas
nas suas páginas em combustão
alastrava a raiva dum fogo posto
Para o qual não havia água
Que o abrandasse
Lacrimejava-me o olhar
De tanto verso incendiário
- Quem é que via o meu  sangue a arder ?
E se me perguntares:
qual a razão desse impulso ardente
Dir-te-ei:
-Nunca soube em que ponto cardeal
O poema se cruza com a sua estrela ! ...
[Távola De Estrelas] Index - Eu Canto O Poema Mudo
Perdi os poemas ébrios
de ritmo
feitos ao sol da manhã
Esse tantã longínquo que me acordava
manhã cedinho
antes de subir na minha bicicleta
reduzida ao mínimo para pedalar até ao liceu,
acordava-me como uma loa,
cântico virginal
puro…
ou como um ritmo escondido
no regaço da mais linda mulata
da sanzala
Um poema ébrio de ritmo
órfico
em dionisíaca celebração
um cântico mestiço
místico
pagão
negro soneto espúrio
de um povo híbrido de muitos deuses
e de mais irmãos ainda…
Hoje o meu poema já não é ébrio 
de ritmo
nem o som do tantã tem o sol puro
erguido pela manhã
cedinho
O meu poema é de sangue
e dor
lavrado pelo frenesim dos tiros
O tantã que me acordava
manhã cedinho
e trazia no som o ritmo
dos beijos,
hoje
já não me acorda deste sono
que não durmo
sobressaltado
O tantã traz agora na sua voz longínqua
o som próximo
da metralha
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
UM POUQUINHO DE MIM
Todos os poemas que fiz,
Nos momentos que pensei
Que era triste ou infeliz,
Todas as palavras que falei
Ou tudo que deixei de dizer,
Todos os beijos por compaixão,
Por paixão ou por prazer...
Por tudo que eu disse sim,
Ou tudo o que eu calei
Quando não dizia não,
Por algum motivo á toa,
Todas as lembranças boas
Ou que eu julgava assim...
Foi por uma doce ilusão,
Que já ficou esquecida
E deixada para trás
Porque pensava infinito
O que era apenas bonito
Mas que logo tinha fim...
Por tudo isso eu digo,
Que todos os poemas que escrevi
Tinha um pouquinho de mim...
Na penumbra da dor...
Senti....senti muita saudade....
Escrevendo poemas...
Onde colhi as flores mais belas...
Do meu jardim por abrir....
Senti a quimera....
Do desejo...
Acordei na Primavera...
Verde....verde de esperança....
Os nossos sonhos correram...
Onde as ilusões...
Fazem castelos no ar.....
A voar de nostalgias...
Como nunca ousei fazer......
Numa cadeira vazia...
Naveguei .....
Naveguei e esqueci-me da dor....
Nas vinhas plantadas...
Nas asas da madrugada.....
Dei asas ao pensamento....
Lavei o meu tormento...
Deitei a saudade......
Nas ondas do nosso mar....
O nosso sonho......
Tornou-se em desilusão....
Fizemos um porão...
Do nosso navio...no cais...
Nas ondas do mar vadio....
Onde deixamos os desejos....
Com o calor...e a saudade...
Demos beijos...ao sabor...da ilusão.!!
Se eu fosse poetisa...
Morreria de saudade....
De saudade de todos os poemas escritos
Voava por terras de Portugal
Serras
Montes
Rios
Nas asas do vento
Percorria o mar sem mágoas
Pisaria a areia branca fina
Cobriria de cetim o firmamento
Deixava que a nostalgia
Me desse os aromas
Perfumados das giestas
Rosmarinho
Jasmim
Alecrim
Rosas
Orquídeas
Se eu fosse poetisa o meu coração
Continuaria a ser teu
Como sempre foi
Tu serias o vento
O calor
A brisa
Se eu fosse poetisa
Continuava a ser uma simples camponesa!
Quero ser poeta, mas não posso ser
Como posso ser se não sei pensar
Sou muito inspirado em poemas
Mas cada poema que escrevo parece ja ter expirado
Pensar é reflectir melhor
O poeta é pensador
A pessoa só pensa quando sente a dor
A dor do poeta as vezes esta no amor
O Poeta para reflectir sente amor por alguém
Não ha poeta que não ama, amar é sofrer
A pessoa que não ama é tudo, mas não é pessoa
Poemas inacabados - 1
Emiliano Lima de Araujo
Resumo: 
Poemas que em outro momento da minha vida desejo terminar.
Nesses dias nublados em que o coração acorda atordoado, 
Onde o medo toma conta e o futuro nos desespera, 
Nesses dias eu rezo e peço pra que aja da forma correta. 
De forma a concretizar nossos planos, nossos sonhos. 
Quero refletir nos sorrisos o bem que você me faz. 
Conquistar nos desafios as metas que nos aproxime sempre mais 
Meu mundo pode ser do formato que for, desde que você, meu amor
Não esteja mais distante, à não sentir seu calor. 
Nossas vidas se uniram, criamos raízes e florescemos. 
Somos parte de um mesmo inteiro, frutos do mesmo sonho. 
Meu amor quero erguer à sua volta uma realidade digna, 
Pra deixar pasmos os mais loucos sonhadores. 
Ah meu amor, só você me faz tão bem
Poemas inacabados 3
Emiliano Lima de Araujo
Essa noite eu sonhei de novo 
Pensei em talvez ficar, sei lá 
Não entendo o porque de acordar 
Se a realidade insiste em decepcionar 
Não, por favor não entenda errado 
Não é como se a realidade fosse assim tão má 
Mas nos meus sonhos quase tudo é cantado 
E todo espaço pra dançar é todo espaço que há 
Por favor não me acorde ao me ver sorrindo 
Não tire de mim esses meus momentos 
Deixe-me viver, mesmo que me iludindo 
Que é assim que me esqueço do sofrimento
Você
Emiliano Lima de Araujo
Procuro longe sobre o que falar 
não queria que meus poemas sinonimassem a: “Amo você.” 
Mas meu amor, quão rico sou, se no meu alfabeto 
só existem as letras do seu nome. 
Posso falar do brilho das estrelas, de toda imensidão do universo 
Posso falar do brotar de uma simples semente, ou da divisão de um célula, 
mas meu bem, poesia só existe em você. 
Não quero me limitar, falar só sobre amor, 
Mas devo concordar e agradecer, seu amor que 
Me poetizou. 
E à você dedico, toda beleza que existe, e tudo que um dia vá inspirar, 
fazendo de você hoje, a dona de toda a poesia que existe.
Eu  sinceramente  
já não sei mais o que fazer pra ganhar seu coração 
já fiz poemas 
uma canção
ta difícil
não consigo mais enganar meu coração
pedindo pra ele ter paciência
dizendo que está agindo sem razão 
mas quem somos nós pra mandar no coração
eu posso até me segurar mas segurar esse pobre coração não dá 
ele esta louco gritando dentro de mim como eu quero te amar
IPIRANGA
Entre amigos,
gargalhadas,
poemas a declamar,
ouvidos atentos.
Néctar fermentado,
não me faz tremer,
poema citado,
agora podemos beber.
Beber e ler,
antes do sol nascer,
do bar fechar e
o som desligar.
Pés errados no meio fio,
visão embaçada,
palavras dobradas.
Somos tão jovens,
Como Renato,
selvagens.
Bexigas cheias de cerveja, 
banheiros do posto am/pm
pensamentos embaralhados,
ser-veja.
Sentir-se sóbrio após mijar,
apenas mais um efeito do álcool,
que resulta em poesia.
Poemas de letras....
palavras escritas no tempo....
Ser poeta é escrever letras....
Soltas ao vento....
Acompanhadas de amor…
Vivas de paixão,
Revestidas de emoção,
Letras em contraste feitas de cor…
Ver as papoilas dos campos a florir....
Os pássaros voam para dar carinho…
Sentir a brisa…tempestade de um oceano...
Ao coração ...a alma de quem precisa…!!
REVOLUÇÃO LITERÁRIA
Alguns poemas sorriam,
outros se armavam de facas, 
alguns traziam flores, 
outroa traziam brasas 
em papel veludo 
com laços vermelhos, 
alguns me cumprimentavam, 
outros me humilhavam 
e me punham de joelhos, 
alguns me traziam namoradas 
e as despiam na cama, 
outos me jogavam na lama 
e me tornavam a piada, 
alguns faziam a neblina 
no final da tarde, 
outros faziam carnificina 
sem nenhum alarde....
Dos poemas meus títulos bem pouco encontrarás.Quero deixar em obscuro o que no meu íntimo resgatei e o que vivenciei.
Algumas  coisas são pra ser ditas,outras para  serem guardadas ou acalentadas.
No coração da pobre menina que hoje virou mulher,os pés ainda  no chão e  a cabeça no sonhar.
O mundo que me rodeou sempre  foi meu e eu girei em torno de  eu mesma.
O navegar do meu barco foi útil inutilmente.
E as chagas nem  precisava ter ficado entre  abertas.
As não lágrimas de mamãe,foi o que me tirou a dor.
Mofina é igual a amor  de mãe.
Porquê?
Porquê escrever, com dor na alma? 
Se eu gosto de escrever poemas.
São como filhos acabados de parir. 
Porquê andar por caminhos de pedras?
Se o meu chão é feito dos teus carinhos e ternura.  
Porque é que eu ando a chorar pelos cantos?
Se apetece-me cantarolar, quando tu olhas para mim.
Porquê gritar aos sete ventos, todos os meus desejos?
Se eu oiço os murmúrios dos teus beijos.
Porque é que ando a fugir dos teus braços....
Com medo de sofrer?
Se posso sentir o teu desejo a deslizar no meu ser.
Porque é que ando a morrer por dentro de dor e solidão?
Se digo-te com loucura e com desejo.....
Amo-te meu amor "com prazer"!
Fico muito feliz, quando as pessoas me dizem que se encaixam nos versos dos meus poemas. Por sentirem um pouco dentro deles acreditando que eu os escrevi para elas e que conheço o íntimo delas. Penso que todas as pessoas sensíveis se enquadram neles...porque almas sensíveis como a minha sente a alma do outro.
Só isso poderia explicar, tanta coincidência.
Almas sensíveis têm a mesma sintonia, captam sonhos semelhantes.
Estou fechado para balanço mas meus poemas e poesias ainda continuarei criando, mesmo duvidando de minha capacidade, continuarei me mostrando, assim vou levando, a vida não é ruim, ruim é quem achamos que é bom, por isso trago aqui o que acho ser bom;
Mãe!!! Um dia tudo passa, tudo se coloca no seu devido lugar,
Mas e a senhora?? És capaz de se perdoar??? A você eu não sei, mas que Deus me perdoou, disso eu sei...
O dom de escrever recebi com amor, e com ele vou levando as palavras além da dor...
Faço rimas com o coração, com amor lhe tenho compaixão, e a Deus??? Eu apenas peço que lhe de o perdão!!!
De menos já fui rogado, de muito já fui chamado...
Mas acredito no amor que sempre vem logo após a minha dor...
Amigos eu tenho, palavras de conforto, sempre ganho, pois acredito que por mim sempre tem alguém que, não quer ver o meu fim...
Agradeço aos amigos de verdade, e a família que me restou, mas agora é hora de, "eu encontrar o meu próprio amor"...
Assim o farei e sempre seguirei, vivendo meu dia a dia sem pensar em um dia, desistir de ser meu próprio REI...
BULIÇOSO
Na calçada o vento ler os meus poemas, 
Numa velocidade motorizada. 
Além do que meus olhos podiam acompanhar
Exposto agora estou,
A tantos quantos ele segreda,
Saberão dos meus delírios, minhas frustrações,
Meus rompantes de amor.
Todos saberão que não ando feliz
E itso me faz sentir uma revolta num repente,
Resultando numa indignação maior
Do que uma violação na carne.
Eu cá comigo guardava os batimentos
Dos meus versos.
O vento entorna, e mais interessado
Volta a reler meus papéis
E comenta, me condena.
Eu ouço, no vai e vem incontrolável
Das dobras nas páginas marcadas,
Acentos, riscos, abalizados
De onde suponho o meu distrair maior, 
Aonde acredito haver
Algo que me comprometa
Pelos meus incógnitos pensares
Que o vento não traduziu, 
Partes pequenas que a ele bastou
Para agarrar-se a mim, 
No desejo de entender e dizer
De um pobre poeta, 
De gramática, 
Só, verticalmente estático.
Naeno*com reservas
Hoje acordei sem poemas na mente,
Sem sonhos nos olhos,
Sem luvas nas mãos...
Somente coloquei meus pés no chão
E senti a madeira fria nos meus dedos...
Acordei consciente, viver mais um dia...
Fazer o melhor que puder,
Pois existem tempos em que as ilusões
Devem dar lugar às ações,
E preciso construir algo mais concreto,
Preciso algo mais concreto...
Quem sou eu ?
Quem sou eu pra tentar te conquistar
Com meu jeito de falar,
Com poemas e canções?
Quem sou eu pra tentar te convencer
Com esse meu jeito de ser,
Se tu sabes tudo de mim?
Mas a uma diferença
Quando é de coração pra coração
Mas a uma diferença
Quando é de coração
Quem sou eu pra tentar te conquistar
Com meu jeito de falar,
Com poemas e canções?
Quem sou eu pra tentar te convencer
Com esse meu jeito de ser,
Se tu sabes tudo de mim?
Mas a uma diferença
Quando é de coração pra coração
Mas a uma diferença
Quando é de coração
Às vezes, a maior prova de amor
É esquecer tudo que sou
E abrir mão de mim
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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