Textos de Mar
Alucinações 70
Sem destino
Viajo em uma ilusão sem destino a tomar, em um mar através das suas ondas, a quebrar em um barco sem casco e sem mastro a velas a guiar.
Tento através das ilusões, a minha mente caminhar sem meus passos destinos á tomar.
Tento construir sonhos, distante de ilusões e de caminhos que me leve a palafitas sem teto e sem piso e um mar sem água ao ultrapassar a linha do horizonte mar ... (rsm) 29/02/2020 e 06/02/2020
O MAR DE MINAS PEDE SOCORRO
Insensíveis pelo lucro e ganância,
Deixam nascer a insegurança e desesperança.
O que já foi orgulho e beleza,
Se tornou incerteza e tristeza.
As regras traçadas e riscadas
Já não são as mesmas utilizadas.
O volume antes necessário,
Era um mero leito e berçário.
Não importa a imagem destruída,
Não importa uma vida construída.
A beleza lúdica e colorida,
Ficou rude e dolorida.
A conta cara e distraída
Foi desculpa da chuva diminuída.
Mas Deus na sua sabedoria,
Trouxe à tona o que o engano nos escondia.
Que as comportas das portas do poder,
Façam justiça e um novo acontecer.
O retorno das águas e da beleza,
Refazendo o estrago na natureza.
Já perdemos as minas de ouro,
Nos deixaram os buracos sem o tesouro.
Nosso mar já está no matadouro,
Se não fizermos nada só sobrarão lágrimas de choro.
Não queremos só fotos na parede.
Queremos ver o pássaro matando a sede.
O ribeirinho descansando em sua rede e a
Bela imagem da água beijando o verde.
Élcio José Martins
Vida de mar
Madrugada Balançando nas ondas
Que atras de horizonte escondas
Sobre cada tempo que for traçoeiro
E debaixo de um nuvem chuveiro
Buscando a vida diante do perigo
Tempestade é meu grande imimigo
Provoca me calafrio no meu umbigo
Esperança é no farol que eu abrigo
Distanciando da terra a muita milha
Sobre o perigo que os olhos nao brilha
Lutar pelo sustento da minha familia
Entre ondas bravas igual a armadilha
Esta e a Vida de um regresso incerto
Algo em comum entre mar e deserto
Nosso sexto sentido sempre esperto
Nas dificuldades que se preve é certo
ElyseuDiMaria
As ondas do mar recuam para pegar impulso e alcançar meus pés na praia
Ele não desiste
Sentado na areia observo seus constantes movimentos, indo e vindo cada vez mais perto.
O mar anseia pelo abraço da mae terra, e deve ser por isso a sua insistência e agonia
As vezes é preciso dar uns passos para trás, que é para pegar impulso e pular mais longe e chegar onde queremos chegar
Persistir
Resistir
Prosseguir
E nunca desistir.
Assim, como este mar que vejo agora.
- Farley Dos Santos -
VERDE ESPÍRITO DO MAR
Teu olhar emite sons,
palavras "impermitidas" no ar,
que agitam o verde espírito do mar.
Facho de luz,
que rompe a fresta do meu ego,
me reluz e eu não me nego
a esse gozo cósmico que me entrego.
Te amando em consequência
dessa entrega permanente,
de uma sabedoria inconsequente
onde morro vivendo a cada dia
no teu corpo eternamente...
Almas Gémeas
Cinco horas e treze minutos...
Madrugada!
Olho, pela minha janela, o mar.
O mar majestoso e manso,
por vezes cruel e traiçoeiro.
Raios obscuros numa metamorfose
de luz se projectam no seu seio
fazendo parecer mais e mais
um mar vibrante de pirilampos
que líquido salgado em repouso.
Algo me ocorre no pensamento,
como tantas outras vezes,
(que) deixo vaguear o espírito:
- Se o mar tem alma?
Como nós...?
Se ela é igual à nossa?
Alma com a mesma paixão
e defeitos que nós humanos,
e se matéria também...
Mas porquê alma?
Porque não espírito,
uma força motriz qualquer
provocada por nervos em vibração!
Porquê alma?
Porque não coração?
Apodero-me do momento,
dos ego, id e super-ego em ebulição.
Toda a reacção de um cérebro ao rubro
me rebentam na pele fria, arrepiada,
nos dedos febris em movimento,
na boca sequiosa de um ai,
nos olhos cheios de maresia…
Cativo folhas de papel virgem
e rasgo-lhes os ventres
com lápis acerado de negro.
Ordeno as ideias (vã tentativa)
e, de raiva, transmito à mão
mensagens sem fim.
E escrevinho letras a eito,
Sem jeito nem decoro,
Sem tino, demente,
palavras que não atino.
Mas escrevo, ditador,
o que sinto e me aterroriza,
como um louco furioso,
por algo descabido...
- UMA ALMA GÉMEA!
Parecidas como duas gotas de água,
que se encontram, enamoradas,
e se reproduzem sôfregas!
Algo utópico, algo ilógico…
Abortado pelo destino,
ou uma força estranha
e de poder misterioso?
Mas para quê lamentar?
Tudo que resta é o sonho!
Almas gémeas!
Quem as viu ou as sentiu?
Se conhecerem algumas,
digam-me...
- Diz-me mar!
- Diz-me céu!
- Diz-me chuva!
- Diz-me vento!
Nada?
Nada!
Não haverá amor, entre vós,
um par sequer, dois seres
para formar uma alma gémea?
Nada?
Nada!
Só passar por esta vida
deixando apenas impressa
a nossa presença
numa reles fotografia que obtemos,
então: "matemo-nos"!
Oh! Seis horas e vinte e um minutos.
Vai despontar a madrugada,
num qualquer dia mais.
E eu???
Mudo a máscara do drama,
da circunstância e do preceito.
Vou voltar à realidade...
"Almas gémeas"?
Canção do Mar
Por Gilson de Paula Pires
Mar que dança sem cansaço,
nos compassos do arrebol,
teu azul é meu abraço,
teu rugido, meu farol.
Sal que cura velha dor,
brisa que canta esperança,
me ensinas o valor
do tempo que nunca cansa.
Nas tuas ondas me esqueço
do que o mundo fez pesar,
sou menino em recomeço,
sou silêncio a navegar.
Teu mistério me fascina,
tua fúria me seduz,
és abismo, és disciplina,
és espelho que conduz.
Oh mar, irmão dos valentes,
confidente dos sem lar,
me ensina a ser permanente
e livre como teu mar.
— Gilson de Paula Pires
*“O Lugar Onde o Amor se fez Mar”*
Eu andava pelas ruas da ausência —
um deserto de silêncio e de promessas,
onde o tempo escorria em pó e vento,
mas ouvia, no fundo, aquela canção:
o canto leve do rio, o sussurro da areia,
o abraço antigo da terra e do céu.
Sentei-me na margem do instante,
onde a água se dobra em espelhos de calma,
e o cansaço, esse velho amigo,
desfez-se como fumaça de cigarro na madrugada.
Ali, o mundo era só um gesto simples —
um abraço que não pede nada,
um silêncio que fala de eternidade.
Os anos, esses ladrões de lembranças,
tentaram apagar o mapa do nosso refúgio,
mas o lugar ficou — intacto, suave,
como um verso guardado na pele.
Não é só um ponto no espaço,
é o começo e o fim do nosso tempo,
o jardim secreto onde o amor germina
mesmo quando a gente esquece de regar.
Hoje procuro com os pés cansados,
mas sobretudo com o coração que sabe —
a dor que é saudade é também promessa.
Será que existe um retorno?
Um caminho feito de memórias e luz,
onde possamos reviver a primeira vez,
onde o amor não morre, só se reinventa?
Vamos, então, deixar o tempo de lado,
e abrir a porta daquela casa antiga,
onde o amor se fez mar e a vida, poema.
Porque o amor que nasce assim, tão simples,
não se perde — só se transforma,
e será sempre o nosso lar,
o lugar onde o amor se fez mar.
Destino e Amor
O destino traça linhas no ar,
como o vento a brincar no mar.
Cada curva, um mistério a se abrir,
cada encruzilhada, um novo sentir.
E o amor, teimoso e sereno,
segue os traços, dança ao tempo.
Às vezes brisa, às vezes furacão,
mas sempre ecoa no coração.
Se o destino nos guia sem ver,
o amor nos ensina a escolher.
Entre as rotas que a vida desenha,
só o amor faz a jornada ser plena.
Copyright By Izaias Silva
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A menina que abraçou o mar
Sinta-se em paz
Ele é seu
Aperte com vontade
A onda que invade
É o mar lhe fazendo carinho.
Você o completa
Ele retribui
Força imparável da natureza
Dois formando um de rara beleza
És a menina que abraçou o mar.
A Lua aprova a união
Ela é o horizonte imensidão
Testemunhas do amor incondicional
As ondas quebrando em espiral
Formando nuvens de espumas aos seus pés.
A areia acariciando seu existir
A correnteza que não lhe deixa partir
O infinito implorando para você ficar
E as estrelas sempre irão lhe admirar
Afinal, você é a menina que abraçou o mar.
Saudades do meu Açores
Atravessei o mar...
Nem sabia aonde ia dar.
Aqui cheguei.
Mas meu coração lá deixei.
Quanto tempo faz?
Nem lembro mais...
Da memória apaguei o que por aqui passei.
Diante de mim um mar de azul sem fim...
Passa um veleiro.
Um lenço branco a acenar.
Saudade como veneno em minhas veia a entrar.
Lembranças do meu Açores:
Vila do Corvo onde nasci.
Toda a minha infância lá vivi.
Vila pequenina.
Casas branquinhas baixinhas.
Sobem encostas ruas sinuosas.
Ruas de uma limpeza intensa onde respiro amplidão.
Açor – arquipélago que abriga todo o meu amor.
Há lá um brilho de névoa no ar trazido pelo mar...
que todas as Ilhas está a circundar.
Hoje cá estou – neste Brasil varonil.
Meu coração, porém, lá está onde o mar carrega meu Açores nas mãos.
Na areia da praia.
Nas águas do mar.
Quero pra sempre morar.
Ondas que batem no costão.
Rede que pescador joga pra buscar seu pão.
Marejar.
Água salgada meu corpo a salgar...
das dores e tristezas do mundo a me purificar.
Vivo no mesmo vai e vem das ondas... num pra lá e pra cá.
Pés na areia... mãos no mar.
Teço versos com delicadeza,
Embarco nesse mar de sutilezas,
Crio laços de pura magia,
Entre palavras e poesia.
A conexão que nos une é intensa,
Numa dança poética, imensa,
Das palavras surge a identidade,
E a criatividade em sua plenitude.
Somos artistas desse universo,
Compondo o roteiro do verso,
Projetando sentimentos na tela,
Em cada gesto, em cada janela.
Como uma festa de Halloween,
Cada palavra é uma cena,
Numa entrevista com a emoção,
Nos preparamos para a evolução.
Que a poesia seja nossa guia,
Nessa jornada de pura sinfonia,
Onde a arte e a vida se entrelaçam,
Num poema que eternamente abraça
Setembro dormiu cedo
Areia nos bolsos e o cheiro do mar no cabelo.
Era só isso. E, por um tempo, foi tudo.
As janelas do carro abertas,
e você dizendo que não queria prometer nada.
Eu disse que também não queria.
Era mentira.
Te esperei como quem espera verão em cidade fria.
Escrevi seu nome na parte de dentro dos meus pensamentos
e apaguei com o canto da mão —
como se isso bastasse pra esquecer.
Mas ainda vejo a gente,
preso num instante que nunca virou agora,
num fim de tarde que não sabia que era fim.
Setembro dormiu cedo,
e eu fiquei acordado esperando você voltar da escola.
Eu me lembro:
das suas costas contra o céu dourado,
de quando você dizia "só hoje",
como se amanhã não fosse pesar.
A gente se encontrou no intervalo do mundo,
nos bastidores da vida real.
Promessas murmuradas atrás do mercado,
planos que só eu levava a sério.
Você era um talvez disfarçado de agora.
E eu achava que tinha sorte.
Eu cancelei noites, amigos,
e até a mim,
só pra ter mais alguns minutos de você.
Você, que nunca foi meu.
Mas me chamava de "sorte"
quando esquecia o nome das outras.
A gente era o que não era.
O que quase foi.
O que não coube no tempo certo.
E eu ainda te procuro nos dias nublados
e nas músicas tristes demais pra tocar de manhã.
Você se lembra?
Do portão velho,
do meu "entra no carro",
da minha espera que você nunca pediu?
Do sol batendo no seu ombro,
e de mim achando que aquilo era amor?
Setembro dormiu cedo.
E eu fiquei, sozinho,
esperando que você acordasse de novo pra mim.
Mas não acordou.
Você nunca foi meu.
Mas fui inteiro por você.
Beira-mar (Poema-canção)
Ah, sofrido beira-mar,
Quem vem sem o eu
Pra amar, se faz o desfaz sem reluz.
Ah, pare de queimar
O meu amor pra me desligar.
Vem do aomirante andar,
Sobre as águas, largar...
Ah, sofrido beira-mar,
Vem de novo me achar,
Pra poder lhe esquecer.
Vai, seguindo aomigrante,
E a lua minguante,
De tanto aguardar...
Você.
Impossível lhe esquecer,
Por mais que tento,
Não dar pra tentar.
Vem, noite brilhante,
Que passou no instante
De cada amor...
Parapararaparaapararararapara
Parapararaparaapararararapara
---
Vem, balançar na minha rede,
Que me mata de sede;
E que é lua minguante,
Dá de ver todo o mundo de cá.
Volta, meu amor, me amar...
Quase todo dia, estou a esperar
Mudes minutos pra mim,
Notas que sou assim,
Pra não ficar.
Amor, ao balançar-me contigo,
Contudo dispostas
A me separar... voltes amiga, colega —
Amiga, poeta, poesia que está no meu coração,
O que falta: a noção do tempo
Que estou sem você...
“A sombra da lua reflete o mar nos teus olhos”
Explicação:
A sombra não reflete.
Mas aqui, nem o mar é real — ele é um reflexo no vazio, um eco na ausência.
O olhar está escuro, distante, sem vida própria, como se o único brilho que nele houvesse viesse de uma ilusão — da lua encoberta, do mar não tocado.
Um reflexo no escuro... de algo que nunca foi seu.
Uma Boa Lembrança
Da areia o mar infinito
Como um arco a praia se faz
Olho o azul do mar em ondas que chegam
Espumas rolam em minha direção
Sereias desfilam a beira mar
Golfinhos sorriem dizendo que sim
Ao fundo um quadro de montanhas
Delas nasce um sol lindo a brilhar
Em um céu limpo azul ele sobe
Uma leve brisa refresca meu rosto
Sinto a maresia no camarote do paraíso
Sentado em areia macia percebo a beleza
Quanta alegria em um só momento
Apenas areia, um mar e um céu
A memória do poeta colocada em papel
Renovação.
Cheguei.
Estando aqui nessa calçada, posso observar o mar de longe. Consigo olhar para frente e observar o fim.
Não do mundo, apesar de às vezes achar que sim.
O fim, o horizonte.
Olho para baixo: degrau.
Dou um pulo e caio naquela areia morna.
Sentindo ela passando pelos meus pés.
Caminho em direção à água.
Penso em como isso é lindo e como essa água fria vai molhar minha calça de linho branca.
Dobro as pernas da calça e continuo a andar.
Paro no meio da praia e olho para cima.
Sol, nuvem, um pôr seguido por um olá para o satélite.
Esse céu amarelado, com uma miscigenação de cores — o rosa, o azul-claro, o branco indo para o obscuro — me lembra você.
Por trás dessa obscura cor, escondem-se outras luzes.
Assim como Você o sol se foi, por força maior.
Levanto o braço esquerdo e tento pegar com minha mão você.
Sol.
Abaixo a cabeça e percebo esse mar.
Abro os olhos: enxergo não as cores, e sim os sentimentos.
Transmissão
Caminho e me molho, molho com intenção de lavar.
Levar tudo, trazer um novo eu. Submergir e voltar como eu.
Um novo eu, assim como ele fez.
Voltar com mais uma proteção, dada por quem você queira.
Mas eu sei que veio daqui.
Como esperado, não veio um pássaro branco, assim como na passagem.
Mas eu vi uma gaivota.
Voo para casa.
Acho que já conta.
@ondas.q.escrevem
ALVORADA
A alvorada sobre o mar...
Traz a luz da esperança
Se aumentando devagar
Até onde a vista alcança...
Mostra tanta intensidade...
Na sua insinuante beleza
Que vira poema verdade
Contendo plena natureza...
A humanidade gentil sauda...
Sempre sendo atemporal
E se abençoa não malda
Deixando tudo especial...
(ALVORADA - Edilon Moreira, Maio/2025)
SE TODO POETA MORASSE NO MAR
Se todo poeta morasse no mar...
Jamais lhe faltaria a inspiração
Pois tudo que veria ao acordar
Era o horizonte em tridimensão...
O sol, a lua, o vento, a maresia...
Desfilando em frente à varanda
As águas agitar-se noite e dia
Conforme fosse sua demanda...
Veria milhões de estrelas no céu...
Criava poemas de vivo encanto
Faria um extraordinário fogaréu
Para iluminar o negro manto...
(SE TODO POETA MORASSE NO MAR - Edilon Moreira, Maio/2025)
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