Textos de Manha
E na manhã chuvosa de Primavera
Alguem realmente me espera
Tomo meu café
Sento me ao Jardim das Rosas Perfumadas
Com o coração na estrada
Escrevo coisas que nem sei
Alma que vibra estremessendo meu corpo
Hora de agir então na vida refletir
Cuidadosamente pego lhe uma Rosa
E das Petalas desfeitas momentos da vida
Lembro me então daquela noite em que o Fogo aumentou meu calor
E o profundo dos seus olhos sensualizava dando me uma tremula sensação
Quando seus lindos labios disse que me desejava
Docemente sorriu meu coração
Nas estações passadas meus caminhos te acompanhava
E agora perdida no teu mundo sem direção
Sem saber pra onde vou
Assim como um velho barco agitado pelo vento navegando
O desequilibrio invade o coração descompassado
Pela incontida afeição
As noites são longas intensas e não terminão
Não posso, Não sei dormir
Falta você
Você para deitar ao meu lado
E me aquecer
Traz para os braços meus
A pequena flor
Nascida de puro Amor
Amor que vem de Deus
Aquele que sofre e espera
Mudando raios seus
Nas formas de Primavera
Segunda-feira pela manhã o caminhão encostou na rua e eu vi, pouco a pouco, meu apartamento começar a esvaziar. As paredes de repente ficaram nuas sem os móveis e com agilidade os móveis eram carregados escada abaixo e colocados no caminhão. O apartamento foi esvaziado e, à medida que isso acontecia, fui ficando aliviada e comecei a chorar. Não eram lágrimas de tristeza, eram lágrimas de alforria. Eu me sentia como se a cidade me sufocasse de fora para dentro. Sem energia, sem vida, sem cor.
Sair dali me trouxe alívio como se eu tirasse as algemas e saísse de uma penitenciária. Foi como se eu tivesse em meu benefício uma medida de habeas corpus e estivesse enfim livre...
Eu acordei e ela ainda estava lá,
A lua, tão linda de se observar,
Observando-me de manhã,
Onde ela não devia estar...
A lua não mora na noite?
Porque hoje de dia posso então olhar?
Todos os dias ela se vai,
Mas hoje ela não quer ir embora,
Escolheu ficar, acho que vai morar aqui...
Na minha janela.
O Monólogo do Abstêmio
São oito horas da manhã de um domingo,
Os raios de sol invadem a cozinha pela janela,
Uma paz enorme me toma,
Como que quando fechou os olhos pareço flutuar,
É como se eu estivesse nos braços do Universo,
Como um abraço,
Me sinto tão completa agora,
Tão feliz,
Uma força motriz,
De dentro para fora,
Enfim, consigo me enxergar,
Respirar,
Sem a face escondida pela máscara do vício em álcool,
Sem a depressão que só passava no fundo de um copo e num comprimido de Rivotril,
Comprimido era meu ser, minha alma,
Num engano intrínseco,
Em passar um pano,
Em fugir da realidade ao invés de enfrentá-la,
O álcool era minha bengala,
Velha, quebrada e que no final o resultado era o chão,
As perdas imensuráveis,
Os vexames inomináveis,
Que agora ficam só na lembrança,
Sim, tenho que me lembrar,
Porque para aquele buraco,
Nunca mais quero voltar,
Essa liberdade que agora sinto,
Eu voltei a respirar...
Como uma noite fria espera por uma manhã de sol, eu te esperei.
Como um bebê que amamenta espera pela mãe.
Como um corpo quente espera a água fria.
Como pernas cansadas esperam um alívio.
Eu te esperei...
Como um ser sedento no deserto espera encontrar um oásis.
Como a lua espera seu encontro com o sol para um lindo eclipse.
Como a pipa espera pelo vento pra ser erguida.
De tantas formas. Por tanto tempo. Por um único motivo!!!
Te esperei como nenhum ser teve forças pra esperar por outro ser...
Mas ao contrário das outras esperas, a espera por ti é a única que ainda está em processo de acontecimento.
Ainda te amo.
02:02 da manhã... Pensamentos e pensamentos.
Ultimamente venho pensando sobre minha vida e o quanto ela mudou. Nem sempre estamos preparados para uma mudança tão repentina, mas acho que com o tempo, nos adaptamos.
Mudanças são necessárias. Algumas pessoas julgam sem conhecer o propósito, mas quem deveria ligar? Não são eles que estão sujeitos a uma mudança.
Tenho tentado aceitar, tenho tentado ser forte. Algumas vezes me vejo desviando o caminho, para um caminho obscuro... Isso é normal? Talvez faça parte do processo de superação.
Eu espero ficar bem.
Que a pura luz da manhã preencha tua retina
Que a suave bruma da manhã refresque teu caminhar
Que o singelo olhar da criança seja teu Norte
Que o brilho de amor dos Anjos torne teus pensamentos serenos
Que teu dia transcorra suave e belo
E que ao cair da tarde ,
Teu espírito, grato e tranquilo
Possa perceber a grandeza da vida
E que tudo neste dia valeu a pena!
21 de setembro de 2024. 05:26
São cinco e vinte da manhã de um sábado, e a memória de você vem forte como o vento frio que me toca nessa manhã, o seu rosto se rapaz no interior da minha mente, e junto com a música que toca nesse carro me recordo de tudo que vivemos juntos, me lembro o quanto foi bom te ter ao meu lado, o nós já passou, não existe mas, mas nossas memórias ainda são vivas na minha mente, lembro de como você me olhava, da sua mão quente passando pelo o meu corpo. Nosso ciclo encerrou, e mesmo com tudo, ainda sua falta. Não é falta de você exatamente, e sim do que vivemos, pois você eu nem conheço mais. Você perdeu sua essência, seu brilho, você passou a ser só mais um, passou a ser igual a todos os outros.
11 de setembro de 2024.
10:50 da manhã.
era quarta-feira as 09:54 da manhã
meu coração batia forte, acelerado
meus olhos brilhavam e meu peito florescia, e foi ali naquele instante que percebi que estava apaixonado por você
o vento frio da manhã que batia na minha pele, trazia uma lembrança boa de você dos momentos que tivemos juntos, o calor do sol me lembrava o calor dos seus lábios
o brilho do sol, juntamente com o brilho dos meus olhos lembravam os seus, naquele domingo, onde o meu olhar cruzava com o seu e me trazia um sentimento de paz
uma paz que era e é surreal, uma paz que eu já não sentia há um bom tempo, e mesmo com a rotina corrida e cansada
eu só penso em você, e em quando eu vou poder te ter em meus braços de novo.
com você a vida se torna leve
as horas parecem cessar
a vida se torna colorida
e tudo se torna mais divertido
acho que isso é paixão
a paixão que arde no peito
o sentimento de amor que vem
nascendo a cada momento compartilhado contigo
ouvir teu coração batendo naquela noite
me fez te ver além do corpo
não foi apenas um acaso
não foi apenas um encontro
foi conexão, foi encontro de almas
eu senti que te conhecia antes mesmo te conhecer.
MANHÃ
Demétrio Sena, Magé RJ.
De repente alcanço este sossego de saber quem sou. De saber o que faço e me sentir caber em mim. Chega o tempo em que alcanço meus sonhos e durmo para o medo que sempre tive de saber os mistérios do meu próximo passo. Do pouco além de onde piso.
Faço das verdades que agora me assaltam, meus ases num jogo. Minha pilha, minha fogueira, recarga vital. Razão pela qual sei ganhar mais um dia na roleta ou na mesa das noites. É assim que driblo essa enorme fila de assédios da hora sexta ou tardia. Consegui me alcançar na vertigem das horas, e tão somente pouso em meu colo, para me deixar seguir. Navegar na leveza de não ter mais pressa.
O meu fogo é de lenha, mas de lareira em chalé. Minha paz é de quem é, mas ao mesmo tempo se deixa estar. Hoje fecho meus olhos, abro a minh´alma e sinto este cheiro de manhã que rompe as tardes, vence as noites e continua sendo manhã.
TEMPO É VIDA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Tenho tempo de olhar a manhã renascente,
receber dose a dose dos raios de sol,
pra depois ir em frente; mastigar meu dia
e fechar com a lua que seduz meu céu...
Não importa que as nuvens ponham pano em tudo;
nada pode apagar o que tal pano filtra,
nem deter o meu tempo de saber que o mundo
lá no fundo é tão raso que posso tocar...
Sempre tive um momento pra lembrar de alguém,
uma tenra saudade pra sentir sem dor,
um amor do tamanho de minha verdade...
Não me nego a ter tempo e confessar meu ócio,
ser humano que às vezes menospreza ofício,
pra início; pra meio; pra fim de conversa...
A Guardiã da Aurora
Era a manhã de 7 de outubro de 1939, e o céu ainda carregava o silêncio enganador para um dia um dia da festa da juventude. Amit Gur, uma mãe dedicada e soldado determinada, acordou com o som de sirenes cortando o ar.
O instinto a fez pegar sua pistola, a única arma ao seu alcance, enquanto deixava um beijo apressado na testa de sua filha adormecida. "Volto logo", sussurrou, embora uma sombra de dúvida a envolvesse seria aquele o último adeus?
Os relatos chegavam rápido: terroristas haviam invadido a área, trazendo caos e destruição. Sem tempo para hesitar, Amit correu para o confronto. Sozinha, com o coração acelerado e a mão firme no gatilho, ela se posicionou em um ponto estratégico. O barulho de tiros e gritos ecoava ao seu redor, mas ela não recuou.
Diante dela, vários inimigos armados avançavam, confiantes em sua superioridade numérica. Mas Amit tinha algo que eles não podiam prever: coragem indomável. Com precisão e sangue-frio, ela disparou. Um a um, os terroristas caíram, surpreendidos pela resistência feroz de uma única mulher.
Cada tiro era um ato de bravura, cada movimento uma prova de que o medo não a dominaria. Em sua mente, a imagem da filha a impulsionava ela lutava não apenas por si mesma, mas por todos que amava. O combate parecia eterno, e Amit acreditava que seu fim estava próximo. Mesmo assim, não desistiu.
Quando o último inimigo tombou, o silêncio voltou, pesado e surreal. Ferida, exausta, mas viva, ela percebeu que havia vencido o impossível. Cambaleando, retornou para casa, onde sua filha a esperava, alheia ao heroísmo da mãe. Amit Gur não buscava glória.
Sua bravura nasceu do amor e da necessidade, uma força silenciosa que transformou uma manhã de terror em um testemunho de coragem eterna. Ela sobreviveu e com ela, a esperança de um futuro mais seguro.
"A cada nova manhã somos enviados à morte nesta selva de pedra em que vivemos.
Nem durante a noite estamos livres dela (morte).
Este é o destino ao qual estamos fadados.
Mas há muita vida neste percurso e somos agraciados com visões paradisíacas vez por outra.
O encanto e a beleza estão muitas vezes escondidos, assim como o ouro e o diamante inexplorados.
Existem pessoas encantadoras no nosso trajeto e da mesma forma as más (Estas não precisamos procurar muito)."
'Põe-me uma mesa, Senhor, na presença dos meus amigos (Só os verdadeiros) e nos fartaremos nela.'
"Quando eu era criança achava que o sol era de vidro e que explodia a cada manhã.
Os estilhaços atingiam o solo, rasgavam a terra em busca das sementes, molhadas pela chuva, e a vida se manifestava em forma de pequenas plantas.
Hoje, olhando o passado, percebo que eu tinha razão. Do meu jeito, mas tinha".
Há tanta sabedoria na ingenuidade, que "emburrecemos" ao nos tornarmos "adultos espertos."
༻Força Para Continuar༺
༺༻
Num dia quente de Agosto
Pela manhã de casa sai
Sem alegria segui
Acompanha por ti …
Tu que não escondias a preocupação
Tu que em ti sentias a dor que calava
Tu que a minha doença e dor já desesperava
Se sentia mais em ti que em mim
E eu… eu sabia sim estar a ir
Só não acreditava estar a ir para o fim
Não aceitando a mim acontecer
Daquela forma então adoecer
Muito menos estar a fazer
O último dos meus caminhos
Se não mudava direção
Meu destino o fim simplesmente seria
Só eu não via então onde ia
Talvez a dor me cegasse
Talvez o prazer de sempre te ter
Talvez dúvida tivesse
Um talvez que me foi então assegurado
Sem ser esperado então
E então acordei para a realidade
Para a minha nova verdade
Me recusar a ver o que o mundo via
Não ia resultar
A dor da doença me consumia
A força para a disfarçar acabara
Queria apenas ficar
Só que assim não podia…
Tu que me acompanhas sofrias
Só eu não via
Apenas me permitia a sentir
Teu amor e cuidado
Tua preocupação me despertou
Ver que por mim lutavas
Ver que não irias desistir
Naquele dia me fez aceitar
Era hora de permitir me cuidar
De meu egoísmo travar
E o orgulho deixar
Teu jeito protector de cuidar
Teu carinho e amor
Nesse dia em mim se tattoo
Nunca dele duvidando
Mas nunca tão límpido o vendo
•••
Já mudara a estação
E desde Agosto mês passaram
É meio de Outubro então
E volto então ao lugar que deixei
Acompanhada por ti
Naquele dia quente de Agosto
Tudo se mantém no mesmo lugar
Ao que parece…a verdade é outra
Nunca mais será possível
A vida pegar onde a deixei
Tudo por uma doença inesperada
Que chegou a mim para ficar
Mas o melhor da vida se mantém
E isso está em mim
A vontade de viver mais um dia
Um dia de cada vez agora
Junto de quem nunca me deixou
Mesmo nas horas que eu própria me abandonei
Não se cobra amor!!!
Quando este queremos dar assim fazemos
E tu que me acompanhas sem te cansares
Nada mais nada menos que tudo me tens dado
Através de teu carinho e cuidado
Tudo tenho para me segurar aqui
Para lutar por dias cheios de sol
༺༻
Tc.19102024/129
ALVORECE DE NOVO NO CERRADO
Alvorece de novo o alvorecer no cerrado
Em cada manhã nasce um novo amanhecer
Num novo dia, outra vez de novo, a haver
De um renovo do velho pro novo, airado
E nesse amanhecer de um novo romper
Quero ser o novo, e do velho desanuviado
Dos gestos gastos deixá-los no passado
Desabrochando o ser prum novo querer
Assim, nesta festa do novo engrinaldado
Deste cada novo amanhecer... o reviver
Em botão, florescendo, amor engalanado
Então, quero crer, no novo, ao amanhecer
Metamorfoseando a vida no novo denodado
Onde amanhece o novo a nos surpreender
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano
MATUTINA (soneto)
Na manhã matutina do planalto
Vagueia o horizonte tão rubente
Numa dança de cor em contralto
Cintilando o azul do céu nascente
Ultrapassa os jardins do asfalto
Sem esquinas, nuvem ausente
No espetáculo como ponto alto
Riscando o cerrado num repente
E o vento chia, é julho, tão frio
Brasília de curvas retas, feitio
Sereno, num panorama pleno
Rompi o dia em arauto gentil
Ipês floridos, de sertão bravio
E amanhecer nunca pequeno
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Planalto central - Brasília
AMANHECÊNCIA
Na manhã do cerrado, a amanhecência
O sequioso sol escorre numa enxurrada
Dissolvendo a noite numa transparência
Do azul visceral do alto céu da esplanada
O dia flana no horizonte com paciência
Onde a luz sem um pouso certo, calada
Suga o primeiro brilho, adiante essência
Da mão de Deus traçando a madrugada
Deglutindo o breu, o espasmo nascente
Beija o dia virgem do alvorecer inocente
Devagarinho qual uma gentil namorada
O pólen do raiar se espalha tão ardente
No enxuto sertão do chão árido vigente
Num espectro mágico e Deia iluminada
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano
MANDRIÃO
E, já de dia, a manhã então me pedia
Que do leito preguiçoso eu acordasse
Eu, com o corpo tardo, morboso, dizia:
Não pode! não vês que a alvorada nasce?
O dia ainda, nuvioso, e sem luz a porta
A alma dos sonhos roga que não afastasse
Há! Como pode ser assim: tão fria, morta?
Mais um pouquinho só, neste sono sagrado
Que diria a preguiça, dirá que não importa?
Não, ela me vê, exausto, torpe, cansado
E todo pelo agasalho dos lençóis macios
Confortavelmente assim perfumado...
O sono, madrugada, corta com este frio
Espera! Até que está preguiça desapareça
Aconchegue-se comigo, ele está vazio
Sobre os travesseiros deixa-me a cabeça
Adormecido, como a pouco embalava
Espera, só um pouquinho, por que a pressa?
E ela me contagiava, mandrião. E eu ficava
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
16/07/2019, 05’55”
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
pra um amigo paulistano
NÃO DIZ NADA!
Não diz nada!
Nem a poesia vã
A ventura está selada
Suave está a manhã
Em nada se dizer
Se tem o amanhã
Há tanto prazer
No sossego
De sentir e ver
Nenhum apego
Deixa acontecer
Sinta o aconchego
Talvez em outra trova
Há tudo para puder
Sem reprova
Ou somente crer
No tudo vale a pena
Se forte é a fé no viver
Então, fique em cena
Só tenha a agradecer
O ato de ser aprendiz...
Estamos nesta estrada
Para ser... - sou feliz!
Não diz nada!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
17 de novembro de 2019 – Cerrado goiano
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