Textos de Coração
Chore sem receio
Abra o seu coração
Liberte essa dor
Mostre a sua aflição
Esparja as suas lágrimas
Sobre mim
Diga o que sentes
Estou aqui pra te ouvir
Chore enquanto...
Apoies no meu ombro
Ou apertes a minha mão
Chore...
Não esconde as suas lágrimas
Chore com esperança
Logo virá um novo dia
Não se desespere
Virá o tempo de alegria
Não se atrasará
Em breve ele virá
Às vezes, a gente cansa de ser sempre o que sente demais. De dar tudo, de entregar o coração sem freio, sem medo, sem limites...
E receber tão pouco em troca. Mas a verdade é simples e brutal: nem todo mundo que te deseja está preparado para te merecer. Porque sentir é fácil, mas cuidar... cuidar exige presença, coragem, constância. E o seu coração exagerado, esse que ama com força, que se entrega inteiro, não merece migalhas, nem metades. Haverá quem te olhe e te queira. Mas vai chegar alguém que te veja e escolha ficar. Alguém que te abrace nas tempestades internas, que decifre teus silêncios e cuide do teu caos com calma. Essa pessoa vai entender que teu exagero é só amor querendo espaço para ser vivido. E quando isso acontecer... você vai entender por que teve que esperar tanto.
Você sempre foi coração demais para quem só tinha medo de sentir.Sempre foi entrega, quando o mundo só oferecia distância.Mas um dia, alguém vai te amar do jeito que você ama:sem medo, sem metades, sem ausências.E esse alguém vai te fazer esquecer todas às vezes em que o amor doeu.Já te chamaram de exagerado, de dramático, de “demais”…Mas a verdade é que você só sabe ser inteiro.Não nasceu para ser metade de ninguém.Seu amor não é peso, é presente.E um dia, alguém vai desembrulhar esse presente com o cuidado que você merece.E então, você vai perceber:nunca foi você que amou errado…Foi só que te deram menos do que você valia.
opióide I
abre espaço
pro entorpecimento.
confusão — coração
lasso.
a sensação
do esgotamento
se esvai
em um abraço.
o traço, o laço
que entorpecia
desaparece num
retrato opaco.
letargia.
silêncio,
dormência,
espaço.
a melodia da monotonia
encontra na nostalgia
o ópio
(da poesia)
e a brisa da inércia
suspende, cessa.
sufoca a essência.
despe a alma
com delicadeza adversa.
a sensação do cansaço
encontra,
enfim, na cama, abraço.
alquimia do corpo.
torpor —
afunda travesseiro.
e o universo
mergulha em inteiro
esquecimento,
lento.
escrevo nos versos,
brincando de alquimista,
enquanto esbagaço
o pedaço
da harmonia
que novamente
encontra poesia —
e juntos
formam magia
(em suave contraste)
com a agonia.
simpatia desencontra
a euforia,
a alegria
vira utopia
(sonho acordado)
com a calmaria —
como se,
em alquimia,
essa anestesia tecesse
uma sinfonia
que se perde
em fantasia.
e os tormentos morrem
injetados entre sílabas
e remédios dourados.
No coração das matas, onde os rios serpenteiam, veias do Brasil,
Corre, livre, a água da vida,
Que brota da terra, viajando,
Até o coração do país.
Nos tesouros perdidos, em que um povo se resgata,
Os caboclos bradam.
Nas lendas da Amazônia e nas senzalas,
Ecoa, forte, o grito ancestral de resistência.
Mistérios antigos, escondidos no seio das florestas,
Gente que fala com as árvores,
Que entende o canto dos ventos e a língua dos animais,
Conhece os caminhos das águas, do céu e da terra,
Esta, nossa pele sagrada,
Resistente ao esquecimento, jamais se renderá,
Nem será dobrada pelo medo.
Esta é a terra da Ararajuba,
Das belezas do Rio de Janeiro,
Mas também da Revolta dos Alfaiates,
Onde o sangue da resistência ainda fervilha nas ruas.
E nos cantos africanos, me abrigo,
Na força dos ancestrais que nunca nos deixaram.
Reencontrando a terra que nos gerou,
Erguemo-nos, firmes e imbatíveis,
Com coragem inabalável, raízes que nos sustentam,
Lutamos para assegurar o direito de viver,
E proteger o amanhã,
Na força da mata, nas folhas da Jurema,
Os povos que aqui estavam e os que chegaram,
Ainda resistem,
Guardados pelas forças ancestrais.
A liberdade, a ferro, foi conquistada,
Na carne e nas marcas de um povo heroico,
Que jamais deixou de crer
No axé, na luta,
Na força que brota de sua terra.
Não mais seremos subjugados,
Não seremos apagados nem silenciados,
Porque a nossa voz ecoa,
Mais forte que os grilhões
Que um dia tentaram nos calar.
Ainda lutamos,
Com a clava forte,
A terra é nossa,
E jamais será tomada.
Coração blindado.
Só sente quem prova que merece.
Hoje, escolho com cuidado quem deixo entrar.
O mistério é meu charme;
a verdade, só para quem sabe valorizar.
Ser incrível é ser farol
quando todos escolhem se apagar.
Sou cicatriz que virou história,
superação em cada linha da minha pele.
Ser intenso é meu dom,
ser raro, meu destino.
Ansiedade: O Grito do Coração Acelerado
Aprender a descansar no tempo de Deus. Como lançar sobre Ele toda a ansiedade.
Versículo-chave:
“Lancem sobre Ele toda a sua ansiedade, porque Ele tem cuidado de vocês.”
— 1 Pedro 5:7
Reflexão
Ansiedade é um coração tentando correr à frente de Deus. É a mente tentando prever, controlar e resolver o que ainda nem aconteceu. É viver hoje como se o amanhã já tivesse estourado suas portas.
Ela se manifesta de várias formas: preocupação constante, aperto no peito, pensamentos acelerados, cansaço que não passa, insônia. É como um alarme interno que soa sem motivo claro — e às vezes, sem parar.
Mas Deus vê. E Deus cuida.
A Palavra nos chama a fazer algo que, à primeira vista, parece simples, mas exige coragem e fé: lançar sobre Ele toda a nossa ansiedade. Não escondê-la. Não mascará-la com força. Não lutar contra ela sozinhos. Mas lançar. Entregar. Confiar.
Essa entrega é um ato de rendição. Um reconhecimento humilde de que não temos o controle — e nem precisamos ter. Porque Deus tem. E Ele cuida.
O verbo “cuidar”, no original grego do versículo, carrega a ideia de zelo amoroso, atenção contínua e cuidado pessoal. Não é um cuidado distante ou genérico — é o cuidado de um Pai que conhece cada batida do nosso coração e cada lágrima que seguramos antes de dormir.
Descansar em Deus não é negar o que sentimos. É escolher confiar que, apesar do que sentimos, Ele continua sendo bom, fiel e soberano.
A ansiedade pode gritar dentro de nós. Mas acima dela, há uma voz suave e firme que diz: “Eu estou aqui. Eu cuido de você. Deixe isso comigo.”
Oração
Pai amado,
Meu coração está cansado. Minha mente corre sem parar, tentando resolver o que está além da minha força. Às vezes, a ansiedade me domina e eu me sinto sem controle, sem chão.
Hoje, eu escolho Te obedecer e lançar sobre Ti toda a minha ansiedade. Ajuda-me a descansar em Ti. A lembrar que Tu tens cuidado de mim — não de forma distante, mas com amor real, diário, presente.
Sustenta minha mente. Acalma meu coração. E ensina-me a viver um dia de cada vez, confiando que o Teu tempo é perfeito e o Teu plano é bom.
Em nome de Jesus,
Amém.
Tempo...
Há muito tempo, no passado, com pena do meu coração, tranquei-o numa caixa com uma chave velha e gasta, não queria que ninguém, além de mim, tivesse acesso ao que já foi ferido e enganado tanto. Portanto, fiz um favor a mim mesma, perdi a chave na suposição de que ninguém, nem mesmo eu, jamais a encontraria. Assim, eu não teria que me preocupar com a possibilidade da caixa ser aberta novamente.
Senhor, obrigado por mais um dia. Hoje Te entrego meu coração, minhas lutas e meus sonhos. Enche meu dia de paz, livra-me do mal escondido, fortalece minha fé e sustenta minha alma. Que eu veja Teu cuidado em cada detalhe. Multiplica a bênção sobre mim, sobre minha casa e sobre tudo que eu colocar as mãos. Sei que o Senhor está comigo e com Deus, tudo é possível! Salmo 37:5 "Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e o mais ele fará." Em nome de Jesus, Amém!
Bom Dia Paz E Graça.
A tristeza pode até bater à porta do seu coração, mas não permita que ela faça morada na sua alma. Deus é maior que qualquer dor, e a cada amanhecer Ele renova nossas forças. O que hoje parece pesado demais, amanhã pode ser leve nas mãos dEle. Confie. Respire. Ore. Há um propósito maior em tudo, e mesmo na dor, Ele trabalha por você. Cuide do seu interior, alimente sua fé e escolha acreditar que dias melhores virão. Sua alma é lugar de esperança, não de escuridão. Entregue, descanse, e siga com Deus no comando.
Bom Dia Paz E Graça.
Fogueira de São João
Ah, fogueira de São João,
Por que tumultuou meu coração
Com cinzas que partiram…
Vai, seguindo nessa luz,
Todo amor que me conduz
Nesse céu azul sem cor.
Pra quê falar de amor
Nessas noites que não passam,
Nas promessas que se foram?
Ah, que tristeza se eu tivesse
Uma amiga, uma peste,
Pra me fazer amar?
Vem, segue-me avante,
E me mande que cante —
Por favor, não precisa pedir.
Vai, sem mim agora, e olhe lá fora:
Será que a fogueira apagou?
Ah, fogueira de São João,
Por que tumultuou meu coração
Com cinzas que se partiram…
Vai, seguindo nessa luz,
Todo amor que eu compus
Nestes papéis sem cor.
Vai, e vê se não reluz
Cada cor que não seduz
Nesse novo amor...
Fogueira de São João,
Partiu meu coração…
Clareia a lua — que está tão só —
E me devolve o chão.
Se eu pudesse mandar um recado pra minha terra,
diria com o coração apertado e cheio de lembrança:
Querida Rio Verde das abóboras,
Hoje me peguei lembrando do menino Júlio – o "Julin",
"fi" da dona Gilza, neto da "véia" Tieta.
Nasceu e cresceu onde tudo parecia possível,
mas quase nada se podia para o povo humilde daquele solo —
um velho retrato da botina suja de poder.
“Como, agora, olvidar-me de ti?” —
verso do hino que ainda ecoa no meu lamento.
Saudoso, jamais esquecerei do que vivi.
E é mesmo estranho sentir saudade
de um lugar marcado por dor e violência,
mas mesmo com tudo isso,
eu olho pra você hoje e digo com orgulho:
Que bom te ver melhor, Rio Verde!
Espírito Santo,
Entra em meu coração e sara as feridas.
Ele está cheio de cicatrizes,com feridas vivas por debaixo delas.
Necessito do teu amor ágape,
aquele que transcende todas as coisas e as transforma.
Ensina-me a abrir as portas do meu coração,que está calejado e assustado.
Sinto o teu bater;
Teu toque é suave.
Se necessário, arromba essa porta e preencha esse vazio.
Minha voz ecoa, a gritar:
“Entra, Espírito Santo, e faça morada em mim,
e nunca mais me sentirei só,
pois comigo Tu estás.
Amor é a nossa união
Hoje, dia 12 de junho, usarei o meu coração,
No dia mais especial de nossas vidas,
Vamos comemorar o amor da nossa atração,
Entre abraços e beijos de mil carícias floridas.
Eu te amo entre todas as constelações do céu,
Juntos podemos agrupar todas as estrelas,
No único beijo festivo como um grande troféu,
Assim, você sempre será minha cinderela.
Amar tem um sentido e eu vou lutar para não te perder,
A princesa de minhas emoções, minha bela donzela,
Vou crer para obter no dia dos namorados acontecer.
A chama da meiguice em uma formosa rosa vermelha,
Eu vou beijar com cafunés a magia e encanto do amor,
A namorada com ardor que parece uma flor de groselha.
CIDADE DE CIMENTO
Cidade de cimento cimentou meu coração!
O que me comovia, hoje me dá medo;
No que eu repudiava, me tornei então!
Cidade de cimento
Bagunçou o meu discernimento;
Dissipou os meus bons sentimentos;
E me tornou num bloco de cimento...
Cidade de cimento cimentou a minha esperança!
Vejo tudo com desconfiança...
Aprendi a viver com a violência cotidiana
E me acostumei com a insegurança...
Já não me assusta a corrupção,
Já me adaptei com a miséria da população,
Já não me comove, só vou dizendo não, não, hoje não...
Já me acostumei a dizer não!
Já me acostumei a negar o pão!
Vou seguindo a ordem de não dar esmolas
no trem, na estação...
Cidade de cimento cimentou o meu coração;
Cimentou a minha humanidade;
Cimentou a minha emoção!
Cidade de cimento transformou seus cidadãos
Em blocos de cimento, sem calor, sem paixão!
O que restou de sentimento foi a triste sensação
De estar em 1800, na Industrial Revolução,
Onde tudo era cimento, fome, dor e desalento...
E o operário que, sem tempo para o próprio pensamento,
Se tornou num bloco de cimento.
Cidade de cimento cimentou!
O Tesouro do General
Se me perguntam o que tenho de valor,
Eu digo: meu coração.
Não ouro, não espadas, não reinos —
Mas o coração onde guardo meu verdadeiro tesouro.
Pois aquele que ignora o próprio peito
Já perdeu, mesmo antes da primeira batalha.
E o mundo está cheio de homens derrotados,
Cativos de vontades que não são suas.
Enquanto isso, o general — prudente e silencioso —
Conquista sem lançar uma flecha.
Ele manipula desejos, oferece migalhas à alma,
E logo transforma homens livres em servos agradecidos.
Há escravos por todos os lados,
E o pior de tudo: não sabem que são.
Se dobram diante do ouro, se ajoelham ante o prazer,
E se julgam senhores por vestirem correntes polidas.
Mas eu… conheço o meu coração.
Belo por dentro, firme por fora.
Embora cercado pelo mal que tenta perfurar,
Ele permanece inabalável.
Porque quem domina o próprio coração
É senhor de si — e quem é senhor de si
Não precisa temer reis, nem exércitos, nem morte.
Pois já venceu a guerra que os outros sequer enxergam.
Não existe combate contra esse homem.
Pois enquanto os inimigos gritam e sangram,
Ele permanece de pé, calado —
E os derrota… sem que saibam quando perderam.
Quando Tudo Pesa
Minha cabeça está a mil.
Meu coração, apertado como se estivesse sendo espremido por dentro.
Minha respiração é curta, ofegante.
Minhas mãos tremem,
meu peito arde,
minha mente parece prestes a explodir.
Tô tentando fugir de tudo,
mas me sinto preso num labirinto sem fim,
num beco escuro, sem saída, sem luz, sem direção.
É como estar dentro de um sonho sufocante —
eu corro, corro, corro…
mas não saio do lugar.
Estou sendo esmagado entre pensamentos que gritam
e sentimentos que queimam.
É como se a minha própria mente estivesse me engolindo,
me arrastando para um buraco sem fundo.
Sinto-me sufocado.
Pressionado.
Imóvel.
Como se meu corpo não respondesse.
Como se respirar fosse um esforço gigante.
Tô sem rumo.
Travado.
Perdido de mim mesmo.
Chorar aliviava.
Mas já não me restam lágrimas.
Sinto que fui um oceano — imenso, profundo —
mas agora sou só areia seca, esquecida no meio do deserto.
Transbordei tanto… que me sequei.
Confesso: estou cansado.
Exausto.
Esgotado.
Estou tentando ser forte todos os dias,
mas a cada dia que passa, a força me abandona mais um pouco.
E eu já não sei por quanto tempo
vou conseguir segurar tudo isso sem cair.
Mas se ainda estou aqui,
é porque algo em mim, mesmo que quase apagado,
ainda insiste.
Mesmo sem direção,
mesmo sem forças,
ainda existo.
E às vezes, existir… já é um ato de resistência.
O Para Sempre
Na vida, nem tudo é para sempre, mesmo que o desejo exista, mesmo que o coração peça, as coisas acabam, mudam, se trocam, envelhecem…algumas morrem. Tudo, em algum momento, é substituído. Nos relacionamentos, costumamos dizer: “seremos para sempre”, mas o “para sempre”, quase sempre termina, ainda assim, seguimos afirmando, mesmo sabendo, lá no fundo, que o fim também faz parte do caminho. Desejamos eternidade, mas a eternidade mora na memória, não no tempo, mora no pensamento, não no destino. O amor que vive em mim, não precisa durar no mundo todo, mas ele existe inteiro dentro de mim, e mesmo que um dia tudo se acabe, eu escolho amar, até o fim, até o último ar, até o último suspiro. Talvez o meu “para sempre” não esteja no tempo, mas no sentimento, na lembrança, na fotografia, na carta guardada, na música que toca e traz de volta aquele dia bom, um sorriso teu, um abraço que ainda mora na pele. O amor verdadeiro, esse, não acaba, pode se esconder, pode silenciar, mas não vai embora, porque o que foi vivido…isso, ninguém apaga. Talvez exista um tempo de afastamento, de esquecimento até…, mas sempre vem a hora:
Da lembrança, da saudade, do “e se?”, da vontade de viver de novo. E é assim que sou, mesmo sentindo solidão, mesmo com a ausência do teu corpo e da tua voz, me pego desejando reviver cada momento, cada detalhe, cada dia, cada sorriso, mesmo as dores…porque até elas foram reais. E se tudo o que foi ruim, pudesse ser esquecido, substituído por alegrias novas, eu escolheria de novo, viver ao teu lado. Porque acredito na capacidade do ser humano, de perdoar, de esquecer, de amar de novo, acredito que o tempo ensina, e o amor —o amor verdadeiro — cura as feridas que ele mesmo causou, por isso, eu desejo, felicidade, paz, esperança, união, fé, perdão e amor, muito amor.
O “para sempre” não é real, mas o que a gente sente…isso sim é eterno. Quem ama de verdade sabe, o amor tem buracos, feridas, rompimentos, mas só ele mesmo é capaz de se curar. Amar, é cair e decidir levantar, é romper e, mesmo assim, querer costurar tudo outra vez, e eu…eu sou esse alguém que deseja amar até o fim, que sonha com o “para sempre” sabendo que ele não existe, mas ainda assim o busca — porque a esperança mora onde há amor, e mesmo que seu par esteja mais ao meu lado, mesmo que tudo tenha mudado, eu guardo comigo um amor puro, um sentimento limpo, e a vontade sincera de tê-lo de volta até o fim.
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12 de junho de 2025
“Conto Sem Fuga”
Viaja, coração — sem mapa, sem bagagem,
cruzando desertos de rotina e miragens,
na esperança de que o amor seja real,
e não apenas um eco no quintal da alma.
Liberdade soa linda…
até que ela custa o toque,
o riso em dia nublado,
o cheiro no travesseiro —
onde antes havia lar, há silêncio calado.
Sentimentos se embaralham como vento em véus,
confusos, intensos — ora céu, ora breu,
e as lágrimas que caem não são fraqueza,
são bilhetes molhados ao universo, pedindo beleza.
Pagamos caro por sonhar:
o apego, o abrigo, o beijo não dado,
o amor que nunca disse a que veio,
mas ficou sentado no peito, espreitando.
E ainda assim — sorrimos.
Colocamos a máscara de contentamento,
enquanto o "eu" lá dentro
grita por toque, por verdade, por alento.
Grita por um conto de fadas
que não precise de dragões ou castelos,
mas de mãos que se reconhecem,
e olhos que digam: “eu também me perdi, mas vim te achar.”
E talvez o encanto esteja nisso:
na dor que não some,
na pele que ainda arrepia só de lembrar o nome,
no beijo que mora sem nunca morar,
no instante que foi…
e ficou para eternizar.
Mas ao final da página —
não há fuga, nem feitiço.
A realidade sempre nos chama
e exige o compromisso.
“Não sou feito para a calmaria. Meu coração bate forte, grita alto e ama com a alma inteira. Ou é tudo, ou não é nada. Intensidade não é escolha, é essência.”
Ser intenso não é escolha, é necessidade. É sentir tudo de uma vez, a dor que rasga, a paixão que consome, o amor que não cabe no peito. É viver sem filtro, sem medo de se expor, porque para quem é intenso, o raso nunca foi suficiente. Ser intenso é estar à beira do abismo, mas se jogar sem hesitar. É abraçar o caos interno e transformar cada cicatriz em combustível para continuar lutando, amando, desejando mais. Não é para qualquer um. É para quem tem coragem de ser real, de ser bruto, de ser vulnerável e poderoso ao mesmo tempo. É ser fogo que queima, que ilumina e que não se apaga fácil. Porque amar pela metade, sentir pela metade, viver pela metade… isso não é vida. Quem é intenso quer o tudo, o prazer, o sofrimento, a glória. Porque só assim, de peito aberto, a gente realmente vive.
Aqui não tem meio-termo, é tudo ou nada.
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