Coleção pessoal de joanadeoviedo

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⁠Imagens: Miragens!
Dedução do olhar
Imagens: Miragens!
Redução de um pensar.
Miragem: Imagens!

⁠Todas as noites
trazem seus encantos:
Amanheceres sucessivos
Que chamam vida.

⁠Muitos buscam
o mistério,
São fascinados
pelo Desconhecido
Ainda
que valha
tão pouco
Ou nada.

⁠A VIDA

A vida?
A vida.
A vida!
Há vida.
Ávida
Havida.

A vida! Ávida! Havida!


Nas águas profundas d'um mar
fiz meu barco de poemas
lancei frágeis remos
afundei-me.
Às vezes é preciso
te guardar comigo
junto à algas azuis.
No escuro e sombrio
Oceano ciano.

⁠TRANSLUCIDEZ

Era uma rosa amarela,
Translúcida
Mas não lúcida
Era trans versus lúcida
E de tão lúcida!
Que escolheu dentre todas
A cor que desejava ser.
E não podendo,
Preferiu morrer.
De sede, sem cor,
de amor.

⁠BEM NATURAL

Quisera a vida
E suas quimeras.
Feito flor de primavera
Quisera encontrar um canto
Num canto guardado
Só para eu achar e ouvir
Nas entrelinhas das canções
Um sorrir desenhado
__Tudo imaginação.
Quisera esse pensamento
Ser feito de vento que toca as folhas
E as fazes nas árvores dançar
Como filho pequeno que quer nos braços
De sua mãe baloiçar.
Eu seria essa flor de primavera
Pintada, as vezes de amarelo
Qual o girassol.
Ou mesmo esse canto
Saído de um piano secular
__Alguém está dentro dele
Parece um precioso lar
Eu quisera lá guardar, nossos segredos.
Moldar nossos medos.
Ou mesmo, ser aquelas folhas que dançam
Sem cor e sem nenhum pudor,
Sem nenhum poder sobrenatural
Mas naturalmente
Bem natural!

⁠Busco ser atemporal
Em ciclos onde se medem
A vida com ponteiros
E calendários construídos
pelo próprio ser humano
Que inventou o tempo para
Medir sua própria finitude.
Sou eterna em cada dia
Que rompo o anoitecer.

⁠Hoje Já escrevi
meus poemas.
Que pena!
Ainda quero viver.

⁠De uma pequenina estrela sou o estilhaço.

⁠IN-TERVALO

A mim me basta
O primeiro e o último ato.
Os demais são intervalos,
Da pose para um retrato
do retrato que não tiramos
E a tinta a perecer, a escorrer
Sobre o papel borrado
Depois...
Sob um branco véu
De bolinhas brancas.
Teu rosto desfigurado
No papel do retrato.
É a vida um papel
Em sua complexidade de atos.

⁠Cada um defende
A sua verdade,
E isso não significa
Que o outro não pensa.
Só não pensa
como vc pensa
Porque ele não é vc.

⁠Consciência
não tem coautoria.

⁠E lá se foi o vento
da esperança
com outras lembranças
causar outros desalentos.
Esse vento que leva um tempo
não só bate as portas
fende-se janelas
e arrombam telhados
de sofrimento.
Mata a esperança
que já não é mais tão viva.
__E daí? o que se atenta?
É a vida! E tudo fica certo
depois, em seu devido lugar
onde deveria estar.
Fecham-se a abóboda
e as cortinas de um espetáculo
monossilábico, sem prosa...
Ninguém fala!
Para que?
E logo ali na casinha branca
uma rosa amarela se escancara,
linda e bela.
sem medo de nuvens,
sem temer o tempo
e o vento que talvez
um dia retornará.

⁠Não sei quando finda
Uma ou outra estação
Mas sei que é primavera
Quando muros se cobrem
De Heras e um botão de rosa
Aparece na janela.
E minha alma ri
Porque tão logo
Estará ali.
_Saudade das horas
em que as heras violam nos muros
Todos os espaços vazios
Então, vem me traz, outra vez
a primavera!

⁠Uma força contrária nos retiram
um do outro.
E está tudo bem, sem choro nem "amém".
A força do Universo sabe de todos os porquês. Então, calo-me e saio a ouvir
as cançõesdas folhas secas ao vento.
Sabendo que assim possoser feliz outra vez, e de outras formas.

⁠Mãe
Da minha alma o primeiro cobertor.
Minha primeira casa.
Eterno habitat do meu amor. .

⁠Entendi há muito
o seu adeus.
Só não consigo
pronunciar o meu.]
_____________
Balbucio...
Mas pronuncio
em êxtase o nome seu.

⁠És o meu poema,
e a distância,
a pena!

⁠Ninguém notou
a flor azul na noite escura.
Ela era negra!
naquele momento
crucial de sua tempestade.