Textos de Chuva

Cerca de 3027 textos de Chuva

⁠hoje, chove
amanha, choverá
ontem não choveu
mas na chuva não vou me molhar
em casa
olhando os pingos de chuva
que deslizam de ponta cabeça
pela estrutura de cimento
olhando o céu
cinza pelas nuvens de chuva
eu lembro daquele outro seu
o céu de um mundo que fazia mais sentido
eu gosto da chuva

Inserida por Pelufe

⁠Chove lá fora e aqui o barulho é intenso, quase nem posso ouvir o som da chuva no telhado ou o canto do sabiá.
Meu submundo está bagunçado, barulhento e desalinhado.
Neste mergulho sem fim estou me questionando quando foi que eu me tornei tão anti social… será minha culpa?
Sim, eu sei, é essencial conviver com as diferenças… mas os gritos, a voz alta, isso me enlouquece, me tira do prumo
Eu amo o silêncio, a chuva e o céu nublado … meu esconderijo foi invadido, estou feito criança perdida na rua…

Inserida por Lu_Correia

CHOVE LÁ FORA...e aqui dentro também


Acordar pela manhã
ouvir os pingos da chuva
em ritmo cadenciado
salpicando a calçada
Retinindo no telhado

Chuva que quebra o silêncio
De forma majestosa e bela
Causando quietude na mente
De pensamentos reticentes

Chuva que molha o chão
Gotas que sugerem vida
Chuva que banha a semente
Trazendo vida em explosão

Inserida por editelima

Quando a chuva cai
Me riacho, me lagoa.
Me sol, nuvem, ainda chove.
Me silêncio, mudo, quando me barulham.
Me ensurdeço o grito, quando a alma grita.
Transpareço triste, me enxugo e cubro lençol, mesa vazia.
Me calor quando viro flor,
me frio quando ninguém viu.
Me esquento quando te sorrio,
me esfrio quanto tu partiu.
Me só quando tu só ia,
me lá para tu voltar.
Me fico para ti morar.

Inserida por WesleyNabuco

⁠INVERSOS

A chuva chove lá fora,
Meus olhos chovem em lágrimas,
Queria chuva de meteoros,
Estrelas cadentes,
Faiscando no céu escuro...

Pra que raios e trovões?
Pra que vendaval?
Pra que tormentas?
E furacões?

Quero a brisa leve,
Que bate no rosto,
Esvoaçam os cabelos...
Quero voar ao vento,
Voar pensamentos,
Pairar nas nuvens...

⁠chove lá fora
Chove sem parar
Choveu a noite inteira
Ouço o pingar da goteira
Chuva fina ,
chuva fria
Vento gelado
embaça a vidraça
que chora em gotinhas
entristecendo a tardezinha
Fico ali parada
pensamentos tristonhos
despertados pelo dia enevoado
de repente meu olhar
é despertado por um
pássaro molhado .
Pássaro desgarrado
ali todo encorujado
é o mesmo pássaro
que vem toda manhã
dançar no peitoril
de minha janela a cantar
O pássaro a observar
longo tempo a meditar
Lá fora a névoa acinzentada
as folhas silenciadas
já não balançam mais
somente os pingos que caem
como lágrimas a rolar
Edite/ junho 2020

Inserida por editelima

CHUVA

Enquanto chove
Fumo meu cigarro
Encostada na janela em
meu apartamento
Vendo pingos de chuva
Escutando a chuva
Uma calmaria enquanto
chove
Com meu cigarro na mão
Penso o quão bom é
morar só
Sabe aquela paz que tanto
desejei
Agora eu tenho
E essa chuva
E esses sons da chuva caindo
no chão
Uma brisa maravilhosa
pra curtir a paz
Com uma música que me faz
relaxar
Curta a brisa da chuva
Ai chuva,
como é bom te observar
caindo.

IZA LIMA.

Inserida por Iza_Lima

Chuva que chove lá fora
Chuva que molha o chão
Humidade que não vai embora
Agua que trás o pão.

Chuva que desenlaça a terra
Que escorre pro mar
Que esconde e soterra
Agua que corre a andar.

Ó chuva que molhas e lavas
Chuva que entristece
Chuva que tudo agarras
Chuva que trazes a noite que esmorece.

Chuva com lagrimas
Agua desnutrida
Constróis obras-primas
Rios de água bem comprida.

Ó chuva que trazes o Natal
Chuva de inverno
Vais deixando infernal
Com a visão pro inferno.

Ó chuva de Domingo
Que me trazes a saudade
Ó chuva que vais construindo
O tempo que me deixa com ansiedade.

Ó derradeira chuva
Que me viste a crescer
E que agora me preparas a fuga
Antes que me faça mais sofrer.

De ti me vou despedindo
Desta chuva e da indústria
Me levas partindo
Para a minha terra, pra minha Pátria.

Inserida por JoseCapitaoVieira

Chove sem parar ao cair da noite, o vento orienta a chuva e faz às árvores dançarem num rítimo ordenado e viçoso, um frio intenso toma sua face, os raios caem com intensidade e parecem raízes que fincam constantemente energia sobre a terra.
O sono não vem, Ela encolhida no sofá da varanda enrolada no cobertor que ainda expelia a fragrância do último encontro, bebia o vinho que tinha o gosto do beijo daquele que se apoderou de seus pensamentos, por isso, bebia e saboreava gota a gota. A sensação de tê-lo perto às vezes parecia tão real, mas suas mãos tateavam um espaço vazio, em aflição, como se buscasse constantemente aquele a quem sua alma procura, podia senti-lo, mas não tocá-lo. Era quase verossímil a interação e a freqüência que esse contato lhe proporcionava, Ela percorria seus pensamentos tentando transportar sua mente para o passado, que a levara a reavaliar conceitos, adquirir comportamentos antes ausentes, imaginar novos sonhos e desistir ou adiar os velhos, sensações que preenchiam a sua vida com um misto de serenidade e turbulência.
Podia sentir seu espírito sorrir ao imaginar aquela expressão suave descrita por um leve sorriso, porque ele fazia transparecer nos seus lábios e no esverdido do seu olhar a terna alegria do instante. Sentia prazer ao ouvir o som da fala áspera e cava daquele homem e das palavras que eram entoadas por ele. Sentia-se impotente perante as suas carícias, lembrou-se de que ele possuía sobre ela todos os direitos, e isso já seria razão suficiente para viver plenamente esse momento tão maravilhoso, que a fazia feliz, seja como for, isso era para Ela um privilégio. Ela estava apaixonada.
De repente, o aroma embriagante daquele amor pairava no ar, misturava-se com o vento, com a energia brilhante dos raios, dançava como as árvores e molhava como a chuva, refrescando a brasa incandescente daquele amor e o desejo de mais uma vez tocar-lhe o corpo e sentir à amena, seca e agradável sensação de beijar-lhe a boca.
Lembrou-se do aroma e do calor que aquele corpo exalava, aumentando o desejo incontrolável, insaciável, de se transportar frequentemente para aquele desejo repleto de incertezas. Ela temia se tornar dependente daqueles braços, daquele corpo, daquela boca, daquela alma... e não conseguir mais exercer sobre seu corpo “o domínio”, e ao se entregar tornar-se-ia fraca e acabaria contando-lhe seus segredos mais íntimos, sussurrados com hesitação, confidências ecoadas em cada sussurro proferido, perdido no ar, indo de encontro ao vento e se espalhando, acalentando corações perdidos e inertes, que por medo de se entregar ao amor deixam de viver todos os dias como se fosse o último.
Imaginou os raios de sol entrando pela janela, tocando-lhe a face, em mais um despontar do horizonte, de um lado as mesmas sensações e o recente encontro de um amor, que existe, mas não pode ser tocado.
Sentia-o tão perto... que o cheiro constante de sua pele se sobrepõe a qualquer outro aroma que possa inalar e os seus beijos povoam os seus sonhos e não se esvaem quando desperta, porque é um sentimento penetrante, oculto e alimenta as suas lembranças no transcorrer do dia.
Lembrou-se do primeiro encontro, subitamente em meio a multidão surge aquele Ser, uma criatura que simplesmente brilhava, sua imagem ofuscava tudo a sua volta, seu coração começou a palpitar, Ela ficou inquieta, aflita, ansiosa, sensações que a deixaram perturbada, repentinamente, parou de ouvir o barulho das conversas paralelas, do som da música que entoava ao fundo, só conseguia ver aquele estranho.
Ela precisava de um motivo para se aproximar, e espantar qualquer pessoa que pudesse atrapalhar sua convicção. Refletiu por alguns instantes, intrepidamente levantou-se e seguiu em direção a aquele ser, dotado das chamadas qualidades viris, que para Ela era o seu grande e lídimo amor, até então, recôndito na imensidão do universo, perdido durante tantas vidas e que finalmente retornou.
Achegou-se, ao vê-lo tão perto perdeu o medo, pediu-lhe um cigarro, sua voz rouca com um leve sotaque, ecoou dentro dos seus ouvidos como uma melodia que nunca se esquece. Era um sentimento que só o espírito poderia perfazer, narrar. As palavras, os gestos, o comportamento, não possuem recursos suficientes para decifrar essa linguagem tão única, exclusiva. Seus pensamentos foram transportados à expectativa de um encontro acanhado, era como uma sucessão rítmica, ascendente ou descendente, de sons simples, a intervalos diferentes, cuja fascinação pela sonoridade do instante, tornava cúmplice toda a euforia que poderia inebriar esse engano dos sentidos, marcado pela ilusão de um grande acontecimento.
Deliciava-se com o devaneio daquele impulso, esperado, ambicionado, desejado, que fazia a parte limitada da matéria inflamar-se de anseio, uma sensação que tomou conta do seu corpo e do seu coração aquecendo-lhe a alma.
Cerrou os olhos, pode sentir ele se aproximar devagar, passando seus braços em torno da sua cintura, puxou-a contra seu corpo (sentiu seu coração latejar), curvou o pescoço e beijou-lhe a nuca, a orelha, o rosto, a boca, a alma... Dessa agitação profunda sentiu entremeada a respiração cansada e ofegante, imaginou-se possuída por uma divindade de personificação masculina, que representava para Ela, naquele momento, seu homem. Este era o verdadeiro amor, que despertava o abstrato e o concreto, até então adormecidos.
Por fim, sorriu ternamente, beijou-lhe a face e partiu...

Inserida por ROMMY

⁠*
"Será que o SOL 🌞
está em servidão
rendido pela Chuva⁉️"
🤔💭
*
🌧️Afinal chove desde novembro
de 2021...☔🌨️💧

🌞👈...Ou será que o SOL perdeu
os direitos autorais de aparecer
diariamente pra aquecer
essa pobre HUMANIDADE
lhe dando assim mais IMUNIDADE ⁉️
🤗💭
***

Inserida por ostra

Quando chove a chuva traz
lembranças do bem
que você sempre me faz
pode parecer que não
mas se você olhar para trás
talvez veja uma luz
que se esconde
quando você olha
Sempre que a chuva me molha
Eu posso chorar sem medo
Não vão nunca descobrir
deste afeto, que guardo em segredo
Este amor, mesmo sendo tão grande
e mesmo sem ter aonde
esconder
eu escondo aqui no peito
e vou te amando do meu jeito
não é do jeito que eu
sempre quis
mesmo assim fico feliz
em poder te enviar
essa luz
Que se esconde
Quando você olha
Talvez seja a nossa sina
Pois sempre
que a chuva me molha
Meu amor em forma de luz
te procura e te ilumina

Inserida por edsonricardopaiva

Eu tento uma coisa nova
Invento chamar a chuva
Reclamo quando não chove
E quando chove, também
Eu faço do mesmo jeito
Não me lembro de como ele era
Saio à chuva, depois que ela pára
Reclamo enquanto não chove
Eu tento chamar a chuva
E chove
Eu tenho um jeito novo
Pra fazer as velhas mesmas coisas
Meu melhor modo
É deixar tudo de lado
Da mesma maneira
Um velho pássaro vem
Pousa em meu telhado e morre
Já passou-se a vida inteira.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Quem sou eu

Quando chove
Sou as lagrimas da chuva
Com saudades de você...

Se e noite
Sou o clarão da lua
Ou o brilho das estrelas
Sou ate o sorriso
Que brota da minha boca...

Se e dia
Sou o sol
Sou o calor
Quero me bronzear
Aquecer-me...

Procuro saber de onde venho
Talvez da magia da lua
Ou das ondas que desliza
Morrendo lentamente
Nas areias mornas da praia...

O que procuro
Quem sabe o silencio da noite
O agito das manhas
Um entardecer chocante
De um por do sol
Encanto, encanto...

Autoria- Irá Rodrigues
http://ira-poesias.blogspot.com.br/

Inserida por Irarodrigues

Amargura do cerrado

Aqui no centro do cerrado
Onde a chuva não chove
Chora o pó sulcado
Ressecado, onde o verde escorre
Pelo vento que levanta o chão
De sede que a existência morre
E o céu que rubra em explosão
O cinza que por ai colore
O rincão árido de erosão
O caboclo queixa por água
Nas promessas em oração
Das fendas escorregam bágua
Suspirando bafo de sequidão
De queimadas que frágua
A amargura do sertão
Poetado com carvão e mágoa
O estio do cerrado em aflição...

Inserida por LucianoSpagnol

CHOVE N'ALMA (soneto)

Ouço chuva na minha alma, lá dentro
pingando na solidão pingos de nostalgia
é chuva de tempestade turbulenta e fria
inundando o coração com triste tormento

Tento na saudade ter qualquer analogia
nas quimeras, então, busco aquecimento
nas estórias de venturas, sem sofrimento
pra ter momento de estiagem e melhoria

A chuva, ainda cai num compasso lento
avolumando dor e sentimento na alegria
em rajadas de voluptuoso e firme vento

Em vão, a razão quer sair da melancolia
debruça na janela da alma, em lamento
vê que é pranto, está chuva de carestia

Luciano Spagnol
Novembro, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

EM UMA MANHÃ DE CHUVA NO CERRADO

Verão. Defronte o cerrado. Chove além
Abro a janela, o cheiro de terra molhada
A melancolia... na imensidão, me provém
Invade a minha alma, e ali faz pousada

Sobre o pequizeiro as gotas, e também
O meu olhar, que pinga lágrima mastigada
Suspirando o ar úmido que dor contém
E no vaivém, do vento, lembrança alçada

Olho o céu gris e vejo o meu poetar triste
E o pranto do silêncio por onde sumiste
Encharcando de sofrência a vil inspiração

As águas cantam. Rolam, caem. Um vazio
E na enxurrada um padecer tão bravio
Que vai arrastando a saudade e a ilusão

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/01/2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Encontrando Pessoas

Há dias dourados,
que encontro pessoas especiais.
De sorrisos largos...
De almas leves.
De ombros amigos.
Há dias de chuva...
Que encontro
pessoas que desejam molhar comigo.
Nas gotas de emoções que veem do céu.
Há dias de brisa...
Que encontro pessoas especiais.
Que me fazem flutuar.
Sonhar...
E que me dão asas.
Para que eu chegue,
além das suas almas.
Me dão aconchego
e de lá não desejo mais sair.
Há dias...

Rosto
Rosto nu na luz directa.

Rosto suspenso, despido e permeável,
Osmose lenta.
Boca entreaberta como se bebesse,
Cabeça atenta.

Rosto desfeito,
Rosto sem recusa onde nada se defende,
Rosto que se dá na duvida do pedido,
Rosto que as vozes atravessam.

Rosto derivando lentamente,
Pressentindo que os laranjais segredam,
Rosto abandonado e transparente
Que as negras noites de amor em si recebem

Longos raios de frio correm sobre o mar
Em silêncio ergueram-se as paisagens
E eu toco a solidão como uma pedra.

Rosto perdido
Que amargos ventos de secura em si sepultam
E que as ondas do mar puríssimas lamentam.

Meus olhos observaram aquela estrada molhada,
em que os lados eram cobertos por árvores,
no qual a água de uma chuva já passada deixou um brilho em toda a paisagem,
onde o vento congelante se fez de música e entre os galhos das árvores aos poucos criaram uma doce canção.

Nesse momento minhas pernas ganharam vida
e assim como em efêmeros pensamentos,
eu caminhei, um passo atrás do outro, sem rumo,
apenas olhando o fim daquele longo trajeto que parecia nunca chegar.

Um passo atrás do outro,
eu me imaginava como nuvens no céu lentamente seguindo seu destino,
sendo guiadas apenas pela força da natureza,
sem procurar ao certo um lugar.

Um passo atrás do outro,
eu ouvia os pássarinhos batendo suas asas
e meus ouvidos me davam imagens,
imagens lentas, calmas, coloridas.

Um passo atrás do outro,
eu estremecia meu corpo por inteiro,
meus dentes batiam como um martelo,
mas o meu frio era bem mais quente que uma fogueira no clímax de seu calor.

Você Cuidou de Mim
( Cleyton M. Ribeiro - letra e musica)

Quando mais precisei de alguém
você estava lá e me tratou tão bem
Com seu jeito todo especial de amar

Agradeço por ter você aqui
Não mereço mais ainda vou pedir
Que esse amor não se acaba nunca mais

Você cuidou de mim mostrou pra mim
Um lugar especial
Ninguém pisou aqui, vou retribuir
Prometo te amar até o final

Lá fora a chuva cai então
Eu escrevendo esta canção
Pra te dizer o quento eu penso em você
te enxerguei onde ninguém mais viu
Mesmo quando tentou se esconder
Linda nossa amor trouxe você
De volta pra mim