Texto Sobre Silêncio

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⁠SOLIDÃO INQUIETA

Inquieto no peito os soluços e os gritos
Do silêncio que rege uma tal despedida
Há choro, lamento, e tarares contritos
Para, infeliz, galgar o prosseguir da vida

Teu cheiro, nos meus dias viraram ritos
O meu capricho está sempre de partida
E os meus ineditismos estão proscritos
Sem tu, o coração é uma imensa ferida

Mas tua alma ficou, tatuada na poesia
E assim os sonhos confidencias pra lua
Das noites de devaneios, amor e magia

E nas trovas de solidão inquieta e nua
O poetar é de dor em forma de agonia
De quem vagueia despovoado pela rua

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 de junho de 2020, Triângulo Mineiro
Sertão da Farinha Podre
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

⁠O tempo levou
Carregou com peso
Nós estávamos caindo
No silêncio profundo
Naquele quarto escuro
Diminuindo o ritmo
Não pude encontrar

Saída mais leve
Corri contra o vento
Pra poder caber
Me desmanchei em segredo
Tentando entender
Clareando o caminho inteiro
Deixar ir, deixar ir

Chuva forte
Vem sem avisar
Invadindo a alma
Você sabe que eu posso ir mais alto
Te olhando de longe
Minha janela sem trava
Está sempre aberta

Inserida por Lisramos

⁠Eu procurei por palavras a serem ditas, procurei em meio ao silêncio a melhor forma de sentir saudades. Mas em mim não existe saudades, existem diferentes tipos de apegos; apego as lembranças que eu deveria esquecer, apego as pessoas que foram embora quando eu pedi pra ficar; apego aos desejos e sonhos mais antigos, como aqueles deixados bem no fundo de minhas memórias. Mas o que eu poderia fazer para não me sentir apegado?
Eu procurei em meio ao silêncio a melhor forma de sentir amor. Amor as lembranças que precisam ser lembradas; amor a pessoas que ficaram quando eu pedi pra ficar; amor aos desejos e sonhos novos e também os mais antigos, porque sei que algum lugar eles se guardam. Mas como poderia existir amor em alguém que não acredita sentir saudades?
Então eu procurei em meio ao silêncio a melhor forma de viver, porque vivendo eu saberia que é possível sentir apego na mesma intensidade que é amar e sentir saudades.

Inserida por harliesdhascar

⁠Acho que sou distante de tudo
Sempre quero me resguardar
Permaneço em silêncio
Ninguém consegue me decifrar

Sei que quero estar em qualquer lugar
Pra poder fugir da incerteza

Me pergunto todo dia
Se o que eu sinto vai passar
Queria achar uma alternativa
Pra escapar de mim

Certos momentos pedem calma
E eu sei por começar
Mas as vezes não encontro a graça
Nas histórias contadas pra agradar

Sei que quero estar em qualquer lugar
Pra poder fugir da incerteza
Me pergunto todo dia
Se o que eu sinto vai passar
Queria achar uma alternativa
Pra escapar de mim

Inserida por Lisramos

QUARENTENA II

Mais um dia de quarentena, onde o silêncio monitorou todos os meus passos, sem abraços.
Só olhares familiares, cúmplices de sentimentos, antes tão ocultos, agora tão expostos.

Dia sim, dia não, essa melancolia, essa agonia, saudade de liberdade, que sequer era notada. O ir e vir foi delimitado, imposto sem minha permissão, por um desconhecido assustador.

Todos dizem, tudo passa, mas enquanto isso, fico me reiventando pelos cômodos da casa, pelas gavetas, com as panelas. Remexendo, tentando entender, tentando não transparecer essa insegurança nos meus próprios pensamentos.

E o dia termina como se fosse o fim da água fresca do pote, mas na certeza de que a noite chega para fornecer as provisões esgotadas e restabelecer novo alento e esperança para continuar a jornada.

melanialudwig - 21/04/2020

Inserida por MelaniaLudwig

⁠tem dias que eu me sinto como um vidro quebrado
nada me reflete, me cura ou me enxerga
o silêncio é tão perturbador enquanto minha mente não para
como uma bomba que está prestes a explodir com tanta angústia
por breves instantes tudo fica calmo
silencioso
e você vem a mente
e automaticamente
lágrimas teimosas saem de mim
nossas memórias não se apagam
tudo está aqui
cada toque, olhar, risadas
mas também a dor, lágrimas e noites mal dormidas
você brincou com meus sentimentos, me manipulou, me traiu
e me deixou quebrada, abandonada

Inserida por andressa_kimura

Do Profundo Abismo -

Do profundo abismo destes versos
ergue-se a mortalha de silêncio
que me veste o corpo desde o
berço ...
Há faces (tantas) por saber em minha face,
ventos, labaredas, agonias e cansaços.
Puras são as pedras! Que francamente
sendo pedras não desejam ser mais nada!
São elas! Assim! Inteiras! ...
Outros barcos virão que a morte não dá,
outro cais, outro mar ...
A vida está presa aos nossos dedos sem
estar em nossas mãos ... tudo é efémero!
Não tenham pena dos meus poemas
castigados!

Inserida por Eliot

⁠Jamais poderia

Eu não poderia fazer isso com você.
Não poderia passar tanto tempo em silêncio.
Não seria justo para comigo e com você.
Não lutar contra todo esse incêndio.

Incêndio da distância e do medo,
Que inflama de incertezas um frágil coração,
Incêndio que aprisiona em um degredo,
Incêndio que provoca a solidão.

Saiba que jamais carregarei ódio
Pois sempre lhe desejarei o bem.
Precisava desse tempo no ócio,
Esquecer do mundo, não falar com ninguém.

Tu és uma pessoa maravilhosa,
Merece tudo de bom e de puro,
Nessa estrada totalmente sinuosa,
Cheia de desafios e apuros.

Não preciso de sua misericórdia,
Pois sou gigante e forte,
Chega de guerra e discórdia,
Deixe o futuro a propria sorte.

Por favor,pena não!
Já não somos mais crianças,
Sabemos que tudo não foi em vão,
Podemos sonhar com a esperança.

Estou preocupado com você,
Sonhei que estavas triste,
Então;resolvi escrever,
Que a vida, de amor consiste.

Lourival Alves

Inserida por Diariodeumcravo

⁠Minha alma
Anseia
Seu olhar
Vai longe
E não fica
Pede por
Silêncio
Não é
Ouvida
Temcede
Não por água
Mas por
Sossego
Angustiada
Grita na sua
Sensatez por
Paz
Sozinha
Diante de
Um mundo
Arrogante
Cheia de ódio
Caminha
Sedenta
A procura do
Amor
Como
Um andarilho
Noite e dia
Madrugada
Fria
Perambula
Perdida
Sem endereço
Procura
Um recanto
Cheiro de
Luz
Para se
Fixar

Inserida por eliane_ferreira_1

ENFADA DANÇA

Oh, meu melancólico sofrimento
Por que no silêncio recomeças
Ritmando o árduo sentimento
Numa agitada dança, as pressas

Eu vago sozinho pelo lamento
Na solidão, que queres?... Peças!
No dia, na noite, és só firmamento
Assim, sem que nada te impeças

Tu danças ao amuo do vento
Ao relento, trazendo o medo
E o pranto. Oh doce fomento

Um enredo... sou desesperança
Vago só e errante neste lajedo
E tu me leva nesta enfada dança

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13/12/2019, cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

MEU BATUQUE


Escuta o meu batuque! Vai até a madrugada.
Meu batuque é silêncio que me põe a vida pensá...
Deixa ele batucá... té que eu dance a ultima música
e alguém me põe pra niná.

É batuque com repiques dos sinos lá da aldeia
e dos sons das ondas do mar,
de cheiro de campos floridos,
e da areia branca da estrada...
Da canção dos violeros!
Tem gosto de céu estrelado e dos causos
que meu pai contava, à noite, lá no terrero.
Das roupas que mamãe lavava e secava
no varal da minha infância...
De quando levava a gente na cidade pra comprá
os tecidos boladinhos para ela costurá,
vestidos dos contos de fadas mais lindos daquele lugá.

Por isso, deixa meu silencio batucá.
A cada vez que ele batuca
põe-se minha alma a pensá.
Deixa ele batucá...
Té que eu dance a ultima música
e alguém me põe pra niná.

Inserida por joanaoviedo

Dor dos meus Jejuns -

No branco silêncio de um depois
fica sempre um cheiro de vazio
porque esse alguém, p'ra onde foi,
não levou a saudade nem o frio.

E lá na rua onde morava
oiço ainda o eco dos seus passos
o cheiro a rosas que deixava
quando nos envolvia nos seus braços.

Às vezes, fechando os olhos, vejo ainda
aquele olhar que nos trespassava
e oiço aquela voz que nunca finda
dizendo o quanto nos amava.

Eram gestos, palavras incomuns
que ao fundo da infância davam paz
e fiquei livre da dor dos meus jejuns
minha alada e adorada Monsaraz!

Inserida por Eliot

Eu e nós outros



evangelista da silva


Recolho-me!......

Da janela vejo o silêncio mórbido das ruas.
Encontro-me frente a frente à tv.
Observo o carnaval.

Um surto psicótico explode!...
E as almas decaídas aprisionam os possessos
Endiabrando os corpos em estereótipos catatônicos
Que são conduzidos aos infernos.

É carnaval!...

A maioria dos mortais se desequilibram
Enquanto atentos outros usurpam o transe infernal.
E tudo acontece nesse instante:
Cenas macabras desfilam em sangue e mortes... Dessa forma a infelicidade aumenta:
Torturas, toxicodependência, e melancolia.

É carnaval!...

Das prisões às avenidas
Favelas e nobres bairros...
É um urro agonizante de desrealizações.
E, nesta fúria satânica e neutralizante,
Onde tudo se confunde,
Vê-se alegorias, fantasias, arte, circo e palhaçadas!...
Religião, zoada e perturbação musical.

Sim, é carnaval!...

Nesses instantes esquizofrênicos
Ninguém para nada serve
A não ser para lambuzar-se em merda.

Vai-se indo mais um carnaval!...

E neste frenesi torporizado
Entre o real e o imaginário,
Os manipuladores da emoção
Deformam a realidade.
Vendem felicidade e beleza.
Pregam em tudo, pureza e simplicidade
Enquanto a turba agitada e enlouquecida
Agita-se em movimentos bruscos
Ouvindo um som que vem dos infernos
Criando a sinfonia perturbadora das notas musicais.

Santo Antônio de Jesus, 27 de fevereiro de 2017.

Às 16h 03min.

Inserida por Rjevangelista

SOFRÊNCIA

Nu, o meu lamento pranteia na solidão
Na minha dor o silêncio me comprime
E, em suspiro visceral que me oprime
A boca saudosa de teu beijo, só ilusão

Nessa tortura aflitiva do meu coração
O desejo de outrora não mais inanime
Uma realidade, o que já foi tão sublime
Faz-me arrepiar em amarga sensação

Em melancolias de dessabores infinitos
E minh’alma vozeando em frêmitos gritos
Rompe a exaustão do dia, em um frenesi

E o tempo alonga as horas, lentamente
Escreve a sofrência já no cerrado poente
Num soneto jeremiado, e chorado por ti...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18/12/2019, 17’14” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Quando eu for embora

Quando eu for embora
Ficarei
Primeiro nos segundos
Do minuto de silêncio
Das horas que se arrastam
Dos dias que não passam
Por anos estarei
Nas esquinas e olhares
Nos aromas e lugares
Nos conselhos que te dei

Povoarei sua lembrança
Cada olheira e cada trança
No vazio da madrugada
Nos sorrisos das crianças
Que rabiscam a calçada
Cada som e cada dança
Cada roupa amarrotada
Na ilusão da esperança
Naquela blusa emprestada

Até no brilho da lua
Na placa no nome da rua
Em cada historia sua
Eu viverei
Em cada momento
Nem que seja no esquecimento
Eu estarei...

Quando eu for embora eu não irei

Inserida por joao_carlos_marrao

Nem todo silêncio é sábio e estritamente necessário...
Há silêncios e silêncios... Muitas vezes "ele"o silêncio é a resposta que não queremos ouvir.O silêncio não fala grita, oras, se Deus nos deu o poder da língua para falar e o cérebro para fazê-la calar, por que não usá-los para o diálogo?Falando cá com meus botões, conversando é que os humanos entendem os fatos ou se desentendem de vez e faz barraco.

Inserida por SoniaMGoncalves

São as mesmas noites longas e frias
Habituada escuridão
Fecho os olhos, respiro fundo
O silencio traz à tona o passado

Não sentia saudade, nem dor
Bons momentos estavam distantes em sua memória
As nostalgias não mais o faziam sorrir,
Nem sequer chorar

Pela janela do apartamento, olhou
Olhou para a imensa escuridão
Tantas vidas que se foram
Tantas vidas que querem ir

Olhou...
Sua cidade vazia, rumo a destruição
Assim como a sua alma
Assim como o seu corpo

Se vai o que já não existia mais

Inserida por vinicius_rosa

Abraço Desarrumado

Aperto a luz da manhã
e encurto as mangas ao silêncio.
Onde estão os meus cadernos
de puída pedra calcária?
Perdi-os num coração estrangulado.
Caminho em compassos arados
aonde vai desmesuradamente
o abraço desarrumado que ficou
nas articulações de um novo dia.

Inserida por JoniBaltar

Nosso Deus está marchando

O Senhor está em Seu santo templo. Que toda a terra fique em silêncio diante dEle. -
Habacuque 2:20

Escritura de hoje : Habacuque 2: 6-20

Em 1861, durante a Guerra Civil dos EUA, a autora e conferencista Julia Ward Howe visitou Washington, DC. Um dia ela saiu da cidade e viu um grande número de soldados marchando. No início da manhã seguinte, ela acordou com palavras para uma música em sua mente.

Ela estava ciente de toda a feiura da guerra, mas sua fé a levou a escrever: “Meus olhos viram a glória da vinda do Senhor.” Ela viu, creio, que apesar de e por toda a feiura, Deus estava "marchando" para o dia em que Ele corrigirá os erros dos tempos.

O profeta Habacuque chegou a uma conclusão semelhante. O capítulo 1 de seu livro nos diz como ele ficou perturbado quando soube que Deus puniria o povo de Judá, deixando-o ser conquistado pelos iníquos babilônios. No capítulo 2, Deus garantiu a Seu servo que - apesar de toda e feiúra e injúria da história - Ele está "marchando" para o dia em que "a terra será preenchida com o conhecimento da glória do Senhor" ( v.14).

Se acreditarmos que Deus está "marchando", apesar de todos os conflitos brutais que marcam nossos dias, não nos desesperaremos. Podemos aguardar silenciosamente o veredicto final de nosso Senhor, que governa o universo a partir de "Seu templo sagrado" (v.20).

Refletir e orar
Deus governa como Soberano em Seu trono,
Ele julga grandes e pequenos;
E aqueles que destruiriam a sua terra
debaixo da sua vara cairão. -D. De Haan

Um dia a balança da justiça estará perfeitamente equilibrada. Herbert Vander Lugt

Inserida por 2019paodiario

Solitário.

No silêncio da noite
Eu sinto a dor
Desse pavor

A dor de amar
A dor de zelar
A dor da saudade

Saudade no peito
Eu tento matar
Mas aqui você não está

O corpo está
Mas você não está
O que devo falar?

Se eu falar
Eu sei que que vou me machucar
Melhor me calar

Sinto sua falta.

Inserida por guicwb9

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