Texto Sobre Silêncio
Sem respostas 04
Silêncio da noite
Com o silêncio da noite, tento me expressar através das letras sem rumo e sem um azimute do pensar.
Navego em uma noite deserta da minha mente a deriva, sem o porque de um desejo de te ter, em meus braços sem poder te abraçar, sem poder falar versos em um ouvido sensível em poesia viajar, sem poder te tocar em seus lábios beijar.
Viajo no silêncio da noite e a minha mente letras a vagar em versos diversos a se misturar em uma mente barulhenta de letras a barrar em se.
Tento controlar versos á surgir e não consigo, minha mente viaja em sonhos do desejo de um poeta solitário, a procurar expressões letras repetitivas a formar seu nome, que forma em palafitas do desejo em um deserto de um, sei lá ... (rsm) 12/01/2020
TEU SILÊNCIO
Amo teu silencio de frutas frescas
Assim amo teus lábios roxos das vinhas.
As tuas mãos de luvas bordadas e finas
Amo-as tão pequenas, quase de menina!
Teu silêncio... Esse de paz sepulcral.
Teus lábios, um mel que me alucina
Tuas mãos de luvas bordadas e finas
Em minha pele tu as faz tão divinal!
E então, pobre de mim que sonhei
Pela vida a fora desenhei-te
Para sempre tê-las agora...
Mãos de fadas encantadas, tão pequenas!
Suaves, feito luvas finas, bordadas
Alvas... Ainda sinto o cheiro das açucenas!
Joana de Oviedo
Com o tempo aprendemos que o silencio fala muito, que lagrimas não lava só a face mas a alma , que só sonha quem dorme, realiza quem acredita, que não tem amizade, amores, trabalho, familia perfeito, e que aceita cada um exatamente como são e o segredo do sucesso ou de uma boa convivência, aprendemos com os erros, aprendemos com a observação, aprendemos com os altos e baixos aprendemos a ter gratidão
Gratidão a vida, e toda suas extensão.
Paz
Do meu quarto,
ouço o barulho do metrô;
ouço os carros na avenida.
Agora ouço o silêncio;
ouço os pingos da chuva
que enaltecem o meu descanso.
Daqui, fecho os olhos
e sinto que estou em plena paz.
Respiro,
Adormeço o desespero e a
acalmo o coração;
e os sonhos vêm e abraçam
o meu corpo e fortalecem a minha alma.
Pertences ao teu ser e divide-se em dois
Proclama no desespero do teu silêncio, a lágrima escondida
Feres a ti mesmo, como feres ao pai.
Que o desejo de me encontrar perdida em lágrimas forje mais um dos belos sorrisos
O poeta jamais deixará de ser um sofredor rico, rico de esperança, ganhas o tempo com palavras doces e estimuladas, contenta-se o fraco.
Limita-se a amargura destinada ao coração...
O atraso constante de idéias não poetizadas me coloca na cara um sorriso único de alegria,
que saudade do tempo em que eu nem percebia e mesmo assim, sorria.
Não confundam tristeza com silêncio.
Intensa no sentir... Assim sou.
As vezes é preciso sair de cena.
E escutar meu próprio barulho.
Palavras nem sempre são necessárias.
Quando amo ...Amo intensamente.
Quando sinto... Sinto intensamente.
Quando me entrego... é por completo.
O intenso me surpreende.
E é só assim que sei amar.
DÚBIO (soneto)
Falei tanto de tristura!... de solidão
Silêncio, tortura, nas rimas negaça
Ou ninharia fugaz, que vem e passa
Na brisa breve que veio, duma ilusão
O verdadeiro valor, é cheio de graça
Simplicidade, afago, farto de emoção
Todos lavrados e vindos do coração:
O abraço certeiro, passeio na praça
Falei tanto de melancolia! baixinho
Ou até mesmo em um alto vozeirão
Se bom era poetar somente carinho
E nas tais rimas de delírio e barulho
Só sofreguidão, me fiz pequenininho
Na poesia infeliz, sem amor e orgulho...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
31 de janeiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
O poeta está ali, no silêncio da madrugada. Enquanto todos repousam, uma imensidão de ideias lhe invade. A imaginação aguçada, sentimentos aflorados. Com ímpeto incontrolável, deseja pôr tudo no papel.
O relógio, que o observava, e vendo que as horas se avançavam, encurvou-se para o escritor e lhe disse:
- O sol já vai despontar. Que tal dormir agora?
- Tudo bem, mas... posso escrever só mais uma?
#Ecos #de #silêncio #que #chama...
Sombra de cada um que passa...
Pelas pedras azuis...
Calçadas...
Encantar da chuva que forma...
Em tarde calma...
Silenciosa...
Um coração solitário...
Que a tudo observa...
Da tranquilidade...
Faz a paz...
E assim o espírito eleva...
Sonhos criam asas...
Que bebe em cântaros de saudades...
Aos céus sobe...
Em meio às potesdades...
Do mundo leva a ilusão...
Do que foi e não deveria ser...
Do dito pelo não dito...
Do que deveria esquecer...
No Supremo se aninha...
Sua alma encontra a felicidade...
Inocentemente retornando...
A sua mais tenra idade...
A brisa perfumada...
Então o chama...
Embalado em suas asas...
Retorna à realidade...
E de volta às pedras azuis...
Da cidade que ama...
A tarde finda...
No céu a lua desponta...
Deixando para outro dia...
A chuva que se formava...
Sandro Paschoal Nogueira
— em Trav. Profa. Geralda Fonseca.
COMO GOSTO AMAR
Gosto quando as minhas palavras
Se aninham na tua alma em silêncio
Gosto quando as minhas palavras sorriem
Para dentro do teu coração florescendo amor
Gosto de ti como um verso , desses versos
Que se escrevem nos troncos das árvores
Daqueles que ficam eternos sem se conseguir apagar
É no barulho do silêncio
E no silêncio da multidão
Que posso ouvir você
Cantando uma canção
É recitando uma poesia
É conversando com a solidão
Que descubro que uma heresia
Pode ter perdão
É vivendo sem vida
É chorando sem lágrimas
É voltando sendo ida
É perdoando com mágoas
Vou vivendo sem sentido
E sem sentimento
Com tristezas
Mas também com alento
Ah, se por um momento
Ela me notasse de verdade
O meu pensamento
Se encheria de vaidade
29/08/2019
Silêncio é o mais alto barulho
É na calada da noite e no escuro
Que descubro o obscuro
Que minha doença eu curo
É durante esse momento
Que me vem um alento
Que o meu pensamento
Não é mais sofrimento
É durante as lagrimas
Que se acaba a solidão
É durante o nosso choro
Que preencho meu coração
É durante um abraço
Que o mais forte amasso
Se deságua em alegria
Trazendo-me euforia
É durante o seu beijo
Que sinto seu cheiro
É apenas neste momento
Que acaba meu sofrimento
18/08/2019
OUSADIA (soneto)
Longe do poetar o amor, a alma nua
A solidão escreve! Um silêncio cego
Do claustro, em um vazio e no ofego
Insiste e teima, sofre e tudo continua
Mas o velho coração na dor entrego
Na esperança que o pesar construa
Prática. E não a uma desilusão crua
Largue o querer, em um aconchego
De tal modo, que o viver no suplico
Então chore, grite, e assim agrade
A ilusão. E então valha o sacrifício
Porque a pureza, barda da liberdade
Da arte casta, nunca usa de artifício
Pra amar com leveza e simplicidade
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11 de janeiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Às vezes temos que alinhar coração e razão...
Ficar em silêncio, ouvir a respiração pulsar, ouvir ao seu redor o que há de acontecer
Voltar para si, olhar para si
Mesmo sabendo como é difícil, mas vale lembrar, é só questão de costume
E sei o que digo, pois o meu querer é tudo para ontem.
Tente viver com calma, sem pressa, viva para você.
Sou um Grito de Arte,
Uma escritora falida,
Num estrondo de silêncio,
Ensurdecedor,
Minha Arte vive em mim,
Mas, não posso viver da minha Arte,
Sou um Grito,
Estrondoso,
De silêncio,
A vida é uma violência à minha inteligência,
Onde todos os dias,
Sou violentada à deixar a esferográfica de lado para os versos,
E colocá-la entre os dedos,
Para melhor atendê-los,
Essas são as grades do capitalismo selvagem,
Onde,
Um uniforme, para alguns é capaz de ditar regras de julgamento,
Onde deixo meu mundo das ideias,
Escritora que sou, para escutar insultos,
Falta de educação, falta de empatia, não de todos,
Mas, de muitos,
Que julgam-se melhores por estarem por detrás de uma mesa...
Ou com um crachá de cargo à mais,
Tanto faz.
Plenitude do desejo 01
Perdido
Mesmo com o seu silêncio, viajo nos seus desejos, viajo em uma tempestade de maior grau de satisfação, quando atinge a plenitude do desejo.
Navego sem vento e sem sentido, navego sem barco, navego sem pensamentos, que vivi a procura de um porto sem atracação de navios... (rsm) 15/02/2020
"Hoje"
Hoje o dia!
Está vazio…
… e sem graça.
O silêncio está intenso…
… e eu não ouço a tua voz.
Hoje o dia!
Ele está em pedaços.
Hoje o dia!
Está calmo…
… sereno…
… e tranquilo.
Que pena!
Hoje o dia!
Não teve suas gargalhadas.
Hoje o dia!
Está se findando…
… sem a tua brilhante presença.
Que dor…
… que dor.
Que dor de saudade.
Hoje o dia!
Respirou a tua ausência.
Hoje o dia!
Ele gritou por você…
… praticamente o dia todo.
Olha!
Foi sem falhas…
… ou intervalos.
Hoje o dia!
passou o dia…
… esperando por você.
Admilson
16/02/2020
Se eu te vejo, mudo minha concepção de tempo e espaço.
Se não a vejo, o silêncio no olhar ensurdece-me a alma
e cala meus ouvidos,
me fazendo destilar a verdadeira mentira entranhada no amor
e disfarçada de prazer no calor estar em contato
com o teu corpo.
Preciso apenas de um olhar avulso, e de um sorriso perfeito
por trás da indiferença que não aprendi de certo administrar.
Amar-te
Amar-te
no prisma
sonoramente refletido
no mais alto silêncio.
Amar-te
no corpo espelhado
sem máscaras
sem fingimento
no vazio do caos
imenso.
Quisera.
Amar-te
sem ameaça, sem perigo.
Amor atento e dedicado…
E, nesta via de mão dupla…
amar-te, intensamente amar-te…
e, ser amado.
MEU SILÊNCIO
Eu consigo ouvir o som ensurdecedor do meu silêncio.
Um silêncio que não é completo e nem poderia ser.
O pulsar de cada artéria do meu corpo grita mais alto que um agonizante soldado ferido.
Mas, as falas dentro de mim, tornam-me mais audível, viva, serena.
Quisera ser somente eu e o meu silêncio.
Necessário é que seja assim.
Calo-me diante do meu silêncio e busco compreendê-lo. Saio do mundo para entrar dentro de mim mesma.
Por vezes falo mais alto que a voz dentro de mim. Perco-me em pensamentos incompreendidos justamente pelo fato de não deixá- los falar.
Aquilo que não é necessário falar não deveria ser dito. Aquilo que não pode ser compreendido deveria ser falado. Por vezes as repostas estão nas horas silenciosas que insistimos em falar.
As vezes no silêncio de mim mesma ouço outras vozes agonizantes, todas fora de mim.
Muitos que não ouvem seu próprio silêncio buscam ser ouvidos por quem não poderia compreendê-lo.
Minha atitude diante disso é o silêncio, silêncio que fala, que sente, que ouve.
Há um certo egoísmo no meu silêncio, e um certo altruísmo comigo mesma.
Calem-se todos, e fale eu! Eu ouvirei meu próprio silêncio. Mas, serei solicita as vozes que me falam.
Ouvirei muito, ouvirei tanto, até compreender a razão do silêncio dessas vozes. Compreenderei o vosso silêncio, e entenderei o meu.
Enquanto ouvem-se as vozes, eu ouvirei o silêncio, e falarei a mim mesma o que é pedido que eu cale. E, neste meu silêncio e no vosso silêncio, compreendo muito mais do mundo do que pelas vozes que me falam.
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