Texto para um Amor te Esquecer
SEMEANDO SONHOS
Hoje, a vida me perguntou:
“O que farás quando acordares do sonho de viver?”
Respondi-lhe com propósito:
Minha estrela-guia me conduz para um recanto de paz e luz...
Lá, viverei da brisa que sopra os mares,
dos ventos que embalam os penachos das palmeiras da minha terra.
Adormecerei até florescer nos campos,
o aroma das flores.
Viverei da espera infinda pelo reencontro de cada amor,
que em vida amei e por eles, certamente, com amor serei nutrido.
Abraçarei cada amigo que convivi.
Deixarei que o silêncio tranquilo da aurora
avive em meu semblante os momentos de felicidade!
E a sombra da calmaria, de nada terei temor.
Viverei da essência de cada canção que um dia escrevi.
Reviverei cada um dos poemas adormecidos,
calmos e latentes como um vulcão pronto para entrar em erupção.
Me entregarei completamente ao tempo da espera...
Viverei dos desejos incontidos
entre o real e a simples ilusão
de tê-los um dia podido ou não evidenciá-los.
Esperarei com perseverança ao chamamento do juízo final.
Mas, enquanto do sonho de viver eu não acordar,
seguirei vivendo e semeando novos sonhos,
pois, sei que ainda é tempo de viver e de sonhar!
MÁGOAS ÀS MARGENS DO UNA
(Do recital “Alma de Poeta”)
Vou jogar as mágoas
Às margens do Una
Para que as águas do Rio
Carreguem para o mar
Sob o olhar da Baraúna
Toda minha tristeza
E que o mar sem fim
Feliz possa desaguar
Fazendo ressuscitar
Quem gosta de mim
Mas, se por acaso o mar
Esquecer de se lembrar
Novamente as mágoas
No Rio irei jogar
Porque todo amor
Que existe em mim
É um mar sem fim!
ONDE NAVEGAR MINHA NAU?
Onde navegar minha nau?
Tudo anda tão seco, árido
Esturricado pela desilusão
Sem encanto, sem vento
Desamparado, sem manual!
Onde navegar minha nau?
Sem água, sem dia, noite
Ferido no próprio coração
Perdido na solidão do tempo
Vivendo como um Bacurau!
Onde navegar minha nau?
Se não existe porto, mar
Tudo anda revolto na imensidão
Sem ver na linha do horizonte...
Um destino que possa atracar!
PINTAM A VIDA OS POETAS
Pintam a vida os poetas
Com cores fortes, vibrantes
Sem adornos, em linhas retas
Exposta numa imensa tela
De amor e poesia delirante
E neste quadro pintado
Com ternura e simplicidade
Logo se vê o lindo retrato
Exibido sem alguma vaidade
E dá-se as vezes na vida
Sem leitura, o mesmo trato
Mas vida de poeta
É vida bem vivida
Nada lhe sobra, ou falta
Tendo no horizonte o céu
Está completa a sua pauta
E todas as pérolas juntas
Nada teria para o poeta
Rubis, diamantes e ouro
A divina importância
Nos seus versos e rimas
Seu tão estimado tesouro.
CALA-ME COM TUA BOCA
Cala-me com tua boca!
Deixe apenas que eu sussurre
Meu grito silencioso, introspectivo
Prazer delirante de tanto querer-te
Murmurando em teus ouvidos
O mais sábio de todos os adjetivos!
Cala-me com tua boca...
Deixe apenas que eu respire
O aroma da tua pele morena, macia
Quando desnuda como flor viçosa
O vento bate, sopra, passa, se delicia
Antes que eu em teus braços delire!
SIGA EM FRENTE
(Poema canção)
Ando perdido pelo caminho
Apenas na memória os dias, as horas!
Sem parente, sem vizinho
Vagando pela praça da história
Sem afago, sem carinho...
Sigo em frente, vou sozinho!
A cidade não vai a lugar nenhum
Você é apenas mais um
Desapareça no tempo, no espaço
Aconselhou um velho de vários saberes
São apenas crianças, não mulheres
Vendendo seus corpos seus sabores
Está no diário dos tabloides...
Cada vez mais sujo, cada vez mais mortes!
Sigo em frente...
Siga em frente vá sozinho,
Vasculhe outra rua, outra saída
As cartas já foram traçadas
Os viciados estão por todos os lados
Vigiados por olhares ocultos
Pela tristeza dos abandonados!
Os homens enlouquecem por dinheiro
Enchendo sacas, cofres, mealheiros
Meus heróis e bandas mudaram de nome
Ficam propagando a miséria
Na barriga dos que passam fome!
Está no diário dos tabloides...
Cada vez mais sujo, cada vez mais mortes!
NÁUFRAGO
(Poema canção)
(...) Quando você tomou o rumo
Quebrou uma rotina desvalida!
Minha vida respirou aliviada
Me soltei, me livrei, me libertei...
Das amarras enferrujadas
Que o cais do porto tratou de desgastar!
Já fui louco, já fui torto
Vivi sem nome, alma ferida
Meu barco procurando porto
Preso, encalhado, sem destino
Minha bandeira tremulando em desatino
Vivendo a esmo para encontrar...
Meus passos, meus pedaços!
Tristeza em viver a vida em desalinho
Apenas sonhando os sonhos...
De um rabisco em pergaminho!
É PRECISO SABER PERDOAR
Todos os dias vou aprendendo
Que é preciso saber perdoar!
E se alguém disser a você
Que é fácil, estará mentindo!
A prática do perdão é necessária
Para desafogar o ódio no coração
À medida que você vai perdoando
Aumenta a sua convicção
Você cresce espiritualmente
Melhora sua estima como também
Alivia o peso da consciência
E além de tudo nos faz bem!
Não quero dizer com isso
Que você precise necessariamente
Se humilhar, se ajoelhar, ter afeto
Basta você o mal não desejar!
E pedir sempre que Deus...
Ampare e ilumine seu desafeto!
MAR DE PAIXÃO
(poema canção)
Das janelas, das vidraças
Quando meu olhar se afasta
Procurando quem tanto amei
Nos lençóis frios de solidão
No cais de pedra da paixão
Minha praia anda deserta
E por horas a fio em alerta
Buscando nos olhos do farol
Um aceno dia e noite
Até o romper do sol
Mar de maré cheia,
Mar azul de pedra e areia
Mar de amor sem fronteiras
O tempo é triste de felicidade
Quando o mar se alegra em calmaria
Escuto sua canção em agonia
Dos gemidos cortante das ondas
Se tocando contra o cais
Do cais de pedra da paixão voraz
Mar de maré cheia
Mar azul de pedra e areia,
Mar de amor sem fronteiras!
SE NÃO PUDERES ME AMAR
Se não puderes me amar
Então, resignado te pedirei:
Por favor me esqueça.
E por bondade não me odeie!
Se nas nossas vidas...
Algumas coisas são impossíveis
Por que torná-las amarguradas?
O amor é um presente, dádiva
Não se pode usá-lo, maltratá-lo!
O ódio é vil, traiçoeiro, mesquinho
Devemos cada vez mais amar!
Odiar? Não! Muito pelo contrário...
Trilhar sempre um novo caminho
Pois, a vida gira como redemoinho
E quando menos se espera...
Reencontramo-nos no mesmo itinerário!
MADRIGAIS
(POEMA CANÇÃO)
Tudo aqui lembra você
Mesmo quando a cidade
Me sufoca de saudade
Bem dentro de mim...
Toda cidade é você!
Até a brisa do mar
Que soprava sem parar
Aquecendo nossos corpos
Acordando o prazer
Em mim toda cidade é você!
Eu te tocava como quem toca uma arpa
Eu te queria como a noite quer o dia!
Corpos trêmulos de amor
Na suave brisa da manhã!
Quando era noite...
Tinha você como um açoite
Corpos, canções, recitais
Despertávamos mais um dia...
Pois, sabíamos que outros dias...
Eram noites em madrigais!
LA SOLEDAD
En la tierra, esta tierra
Planté mi vida
Por siempre en mi corazón
Para ser feliz, vivir feliz
Mi madre mi hermano.
Y en la calma de la soledad
Aprendí a amar
Con la fuerza de mi corazón
Bajo la lluvia, ni flores
O con flores de verano.
Al principio, un niño
Cada hora de esta vida
Siguiendo los pasos del destino
Con el poder de una canción
En el jardín de nuestra casa
Mi amor, mi pasión dulce.
Mi querida soledad
Soledad dulce amigo
Soledad de mis sueños
Soledad de mi vida.
MURO DAS ILUSÕES
(POEMA CANÇÃO)
No muro das ilusões
Pintei minha arte mais bela
Você que aparece nela
Fascínio de bela pintura
Retocada por minhas mãos
Sob olhar de contemplação!
Nos jardins da estrada
Não preciso de roupa engomada
Apenas de uma flor de encanta!
Na manhã da aurora boreal
Preciso encontrar seu sorriso
Por mais longe que ele possa estar
Minha roupa de puro linho
Serve apenas de burburinho
Pra quem me ver passar!
No mar de amor, onde tudo começou
Escrevi na areia fina
Nosso poema predileto
Que reinventa nossas vidas
Mas, o que eu quero mesmo
É você aqui, bem perto
E apenas de uma flor encantada!
PASSAGEIRO DO SILÊNCIO
(Poema canção)
Sou passageiro do silêncio
Nas noites, nas chuvas, nos ventos
Na solitária estrada do sentimento
No caminho incerto do deserto
Na vida meu maior contratempo
É a não previsão do tempo!
Na morte, meu maior tormento
É a frieza do isolamento!
Trago a pressa de lugar nenhum
Dos mistérios, dos medos, dos segredos
Embora, conheça o refúgio de cada um
dos amores, das paixões, dos guetos!
Se me calo ao raiar de um novo dia
À noite o meu mundo silencia
Se me agito na tempestade
O fogo abranda a minha iniquidade!
Por isso mesmo e muito mais
Não me acho guru, mas me acho capaz
O homem pode até morrer de susto
Mas por covardia, diz o ditado, jamais!
MEU CORAÇÃO DE CRIANÇA
(Do recital “Alma de Poeta”)
Meu coração de criança
Canta a canção dos imortais
Brinca na leveza da dança
Como se o amor em minha vida
Fosse durar pra todo o sempre
E muito além de tudo mais
Meu coração de criança
Tem alma de menino feliz
Bate forte com esperança
Pula, corre, não se amedronta
Mas quando se trata de amor
É um eterno aprendiz!
TERRA
(Poema canção)
Na terra que o homem trabalha
Arregaça as mangas, ara.
Adubando com afinco seu sustento
Com honra criando seu rebento
Homem simples, terra santa
De tão prometida fica esquecida.
Terra mãe, terra vida
Terra que amo, terra querida!
Terras de tão pucos homens
Homens de tão poucas terras!
Deixar a terra é desertificar o coração
É não expurgar os males da plantação
Forçadamente deserdar amor e chão
E sem terra o homem não sobrevive
Nem o arroz, nem o milho, a cana e o feijão
Lavrar a terra com paixão
Brotar o fruto de cada chão
O olhar feliz que corre a gleba
Na doce terra do sertão
Terra que nos alimenta,
Terra que nossa essência
Na terra que o homem trabalha...
Arregaça as mangas, ara!
►Você se lembra?
Você se lembra do nosso beijo?
Você se lembra do nosso desejo?
De quando ficávamos com vergonha, sem jeito
De quando ficávamos com medo
E hoje quando eu me deito
Lembro do aconchego
De quando encostava a cabeça sobre seu peito
Aquele era um momento mais que perfeito
Nosso amor não estava no contexto
Lembro que no começo não nos dávamos bem
Só que depois, longe um do outro não vivíamos sem
O charme que você tinha, sua alegria
Você havia capturado o meu coração
Você se lembra de quando pedi sua mão?
Você se lembra da nossa paixão?
Mas hoje não consigo acreditar
Que ao meu lado você não mais está.
O destino foi cruel comigo
Meu desejo era somente estar contigo
Me vejo perdido, não sei qual caminho eu sigo
A tristeza e a solidão
O destino levou a Eva do Adão
Por que você se foi?
Vejam o que aconteceu depois
Me afoguei na amarga depressão
Os dias já não tinham mais uma motivação
Havia perdido a razão
Viver sem você não dava não
instalei-me na escuridão
Pois minha luz foi embora
Esse foi o final da minha história.
A pessoa mais importante hoje se encontra distante
Agora se alguém precisar de um transplante
De coração não vai adiantar
Pois o meu parou de pulsar
Ele não virou gelo
Virou de pedra, creio
As vezes tenho certos devaneios
Em que me vejo dentro dos seus abraços meigos
Por que teve que ser assim?
Você foi embora, foi meu fim
Por que o mundo fez isso?
Qual o sentido disso?
A mulher dos meus sonhos
A única que eu almejava ter encontros
Hoje vivo a vida pela metade
Pois a outra parte está a saudade
O que aconteceu foi deveras uma grande maldade
Mas quando cheguei do serviço, já era tarde.
Meu desejo agora era poder te ver
Só mais uma vez te ter
Mas agora de nada adianta
Eu perdi a esperança
O meu ser foi enterrado junto ao teu caixão
No cemitério está enterrado minha única paixão
Agora, me despeço então
A falta que você me faz
As memórias que sua foto me traz
Você era capaz
De me dar aquela paz
Bem, mais enfim
Você me fez feliz sim.
Do perambular e do acreditar
(à Pequetucha de minh’alma, Neide Marchioli)
Do perambular...
Eles vagaram pelas noites
Perambularam pelas ruas
Entraram e saíram
Sorriram e choraram
A cada encontro uma esperança
A cada esperança uma decepção
Foram tantos encontros
Mas tantos e quantos desencontros
Que já não mais sonhavam
Só perambulavam, e perambulavam...
Não mais acreditavam
Afinal, para quê?
Não mais sonhavam...
O acordar era um pesadelo
Uma noite mal dormida
Não mais buscavam
De nada lhes adiantava
Ao término do dia, no final da rua...
Ao cair da noite, inicio de madrugada...
Nada encontravam
Só perambulavam, e perambulavam...
Mais do igual...
Mais um ano, e nada de novo
Mais um verão, e nada de calor
Um novo outono, de árvores sem cores
Um novo inverno, mas um inverno cinza
Nada de branco...
E chega outra primavera
Mas uma primavera sem flores
Sem vida, sem cores
Dos sinais...
Mais um Natal...Igual?
Um novo ano...
Novinho em folha, com novas estações
Aqui e acolá os sinais...
Um novo verão, e um novo outono...
As árvores experimentavam um novo tempo
Pareciam se preparar para algo novo...
Para um novo inverno, pleno de cores
(Afinal o branco é o pai e mãe de todas as cores...)
Pareciam se deliciar, já, com uma nova primavera
Com um tempo sem contar o tempo...!?
Reconhecendo os sinais...
Um dia, outro dia...
E uma dança, e... outra dança
Os sinais, e uma esperança
Um passo, outro passo
Uma visão no meio de tantas visões
Uma mão estendida...
O convite para rodar
Não mais para perambular e perambular...
Para rodar juntos
Rostos colados, corações selados...
Mãos dadas...
De mãos dadas, desde então
Rodam pelos mais diversos salões
Rodam pelos mais diversos caminhos
As mãos não se soltam
Os corações não se separam
Todo Natal é Natal
Cada ano é sempre novo
Cada verão é mais quente
Cada outono fala de coisas novas
Cada inverno é aquecido
E cada primavera traz novas cores
E a vida se renova a cada estação
E o amor se propaga, desde então...
.......
Cheguei a pensar que tinha te esquecido, até o dia em que estava passando e ouvi a nossa música, aquela que fiz questão de não ouvir, mas que sempre estava comigo, até nos meus sonhos.
E quando eu ouvi, passou um filme pela minha cabeça, me tremi e suei frio.
Percebi que ainda não te esqueci, poxa!
Tanto trabalho pra nada.
E sinceramente não sei se nossos caminhos se encontraram novamente, mas quando sentir sua falta eu olharei nossa fotografia e sei que o sorriso brotará dos meus lábios, afinal o amor pode curar e sarar a alma, vivenciei isso ao teu lado.
Se é o fim ou um recomeço não sei exatamente, só sei que te amo ... e guardarei este amor em uma fotografia!
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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