Texto o Vazio que Consome
PERDIDO NA MULTIDÃO
Na minha loucura
Como quem anda à procura
Desvairada ilusão
Encanecido devaneio em que persigo
Um semblante ou um rosto amigo
Extraviado na multidão
Na minha loucura
Aonde o vento murmura
Promessas de um amor distante
Inquietante minha alma vislumbra
Sentindo um vazio na alma
Entre tanta e tanta gente
Na minha loucura
Como quem anda à procura
Minha andança fugaz
Olhares olvidados nos céus
Conclamo à Deus
Que eu encontre qualquer dia
Mais calor humano, perdido nas ruas
Pois, o que vejo é sagaz
Não vivo.
Não acordo.
Não respiro.
Não choro.
Não dói.
Não grito.
Não adoeço.
Não causo dor.
Não vejo.
Não sinto.
Não amo.
Não entristesso.
Não perco controle.
Não trabalho.
Não estudo.
Não me preocupo.
Não me alimento.
Não defeco.
Não urino.
Não me limpo.
Não dou trabalho.
Não bebo.
Não uso drogas.
Não leio.
Não sou lido.
Não....
Não vivo.
Não vivo.
Não acordo.
Não respiro.
Não choro.
Não dói.
Não grito.
Não adoeço.
Não causo dor.
Não vejo.
Não sinto.
Não amo.
Não entristesso.
Não perco controle.
Não trabalho.
Não estudo.
Não me preocupo.
Não me alimento.
Não defeco.
Não urino.
Não me limpo.
Não dou trabalho.
Não bebo.
Não uso drogas.
Não leio.
Não sou lido.
Não....
Não vivo.
Ensaio sobre o tempo e o corpo: entre ocupar e preencher
O tema era as doenças da alma. O psicanalista declara: a alma se coloca no espaço do sintoma, que longe de ser um substantivo, é uma ação. É o corpo gritando o que nos planos mais sutis já é claro: onde está meu conteúdo interior?
A alma preenche o corpo daquele que lhe confere tempo.
Mas...quem tem tempo hoje?
Einstein compreendeu que medimos o tempo em função do espaço. Vivemos nosso tempo para conquistar espaços externos: trabalho, casa e carro. E, de fato, conquistamos todos eles. Percorremos distâncias cada vez maiores e, cada vez mais, dizemos: eu não tenho tempo. Paradoxalmente, quando os espaços e o tempo estão completamente ocupados, estamos vazios.
Utilizamos a lógica do ocupar em lugar de preencher. Ocupamos um corpo, mas não o preenchemos. Nossos corpos são tratados como carcaças. Os alimentamos e exercitamos como forma de obrigações para que continuem nos levando até onde precisamos. Em linguagem bruta, tratamos como um carro que abastecemos para que leve para o shopping. O objetivo é manter funcionando. Quando não quer pegar, nos irritamos. Nossos corpos são utilizados como meio, sem perceber que ele é o próprio fim. Pense bem, você só é considerado existente nesse mundo porque está em um corpo, seja lá qual for a condição dele.
A relação que mantemos com nossos corpos reflete a relação que temos com o nossos tempo. Apenas ocupamos, mas não preenchemos.
Mas o que é preencher?
Enquanto a ocupação dialoga com espaços externos, o preenchimento é amigo íntimo. Ou seja, é do espaço interno. Aqui, o tempo se torna eterno. Já ouviu a expressão “parecia uma eternidade”? Ou “eu nem percebi o tempo passar”? Como se vê, a eternidade do tempo existe tanto para experiências ruins quanto boas. Em todas, você esteva imerso em algo muito bom ou muito ruim. Percebemos, então, que o tempo existe enquanto percepção.
Fazemos exercícios porque disseram que teríamos que fazer, mas não procuramos uma atividade que nos traga prazer. A academia se torna, claro, uma tortura. Buscamos trabalhos para pagar nossas contas sem nos perguntar quais são, de fato, nossas habilidades que transcendem a percepção do tempo. Passamos de atividade em atividade dando “check” em obrigações e implorando para que o tempo, por favor, passe. E rápido!
Inconscientemente, pedimos: vida, por favor, passe. E rápido!
Nossos corpos são veículos que nos permitem preencher nosso tempo. Quando começamos a olhar para ele, começamos a dialogar com nossas almas.
Hoje eu acordei e, antes de comer, sentei para escrever. O tempo passou, eu sequer percebi. Um amigo esses dias contou que estava fazendo o bolo de aniversário da sobrinha e, quando viu, já era madrugada. São apenas dois exemplos em que corpo e mente estão no mesmo lugar e o tempo foi esquecido.
Tempo preenchido é tempo esquecido.
O preenchimento está onde você, de fato, está. Quando você está em um lugar, pensando em outro, realmente, falta algo. E pior, você está querendo fugir de onde o seu corpo está. Comece a perceber as contradições entre seu corpo (onde estou?) e sua mente (onde eu gostaria de estar?).
No tempo, você percebe que o preenchimento é mais da ordem do estar. Estar em nós. Enfrentar o tédio e descobrir qual melodia somos capazes de criar quando estamos a sós. Normalmente, fugimos de nós. Buscamos o outro. Ou buscamos lugares. Tudo é desculpa para ocupar e não preencher.
Estar em nós é saber exatamente o que nos faz esquecer o tempo quanto estamos sozinhos. Para esquecer, é necessário perceber que ele, de fato, existe. Precisamos sentir a sua finitude para o corpo e sua eternidade para a alma, comunicá-los, para, então, transformar o tempo em preciosidade.
Rock and Roll Lullaby
Me tortura o arrependimento que sinto quando penso
Em todas aquelas horas perdidas...
Quantos olhares!
Muitos sorrisos!
Tantos silêncios...
Pensando bem, foi uma vida!!
É incrível que se possa estar tão perto da felicidade
E não perceber absolutamente nada.
Eu sabia que procurava alguma coisa, mas o quê?
Como se pode ser tão cego?
E você estava lá o tempo todo !!
Não havia distância.
Era só estender minha mão.
Agora fico imaginando...
Se talvez a culpa não foi também um pouquinho sua,
Você sorria com seus olhos
Um leve sorriso de assentimento é verdade
Mas seus lábios silenciavam
Sua voz nada me dizia.
Você sempre soube o quanto me amava
E pacientemente esperou...
Apenas dando uma oportunidade pra conhecer meu próprio coração e finalmente nele encontrar meus verdadeiros sentimentos.
Mas eu...pobre idiota, nada percebia !!
Você cansou, com razão.
Não esperou mais !
Hoje é tarde!
Estendo minhas mãos e nada mais encontro.
Tudo vazio!!
Tudo vazio pra mim.
Agora eu sei que te amo.
E numa última tentativa me ofereço à você...
A vida do ser humano se compara a um baú, no decorrer diário vamos guardando tudo que vivenciamos: Alegrias, amizades, família, estudos, profissionalismo, amores, decepções... Mas o que chama mais atenção é que sempre existe alguém de baú vazio e que vive de criticar os outros em vez de lutar para adquirir também
algo que favoreça o preenchimento do seu baú.
Apenas ignore...
Hoje ao acordar, senti sua falta, ao passar a mão no travesseiro não achei os seus cabelos, não senti teu cheiro, e vi que ali você não mais estava.
Procurei os seus braços, seu toque, sua pele e só senti o vazio o frio estar só.
Nem mesmo a mais bela canção que ates me fazia feliz tem sentido, nem mesmo o respirar, a falta que fazes, é tal qual a escuridão de uma caverna onde não a luz, ainda assim através de teu sorriso um dia ei de encontrar.
Já não enxergo mais ninguém
Na rodovia só existe o meu carro, e eu não ouço o seu motor.
Na rua estou sozinha
Parece que o mundo está vazio, sem pessoas , sem pássaros, sem luz.
Em meio ao silêncio, escuto minha alma chorar de dor, é ensurdecedor este barulho que não aceita o meu grito "silêncio" pedindo para se calar.
Seguia passando aquelas cores no seu rosto cansado, tentando se convencer que elas realmente a tornavam mais bonita. Um risco sob a marca dos seus olhos distantes, um contorno pela boca desgostosa de sua própria existência, um esfumaço sobre bochechas que continuamente iriam fingir movimento expressivo. Cabelo já artificialmente arranjado, meia calça apertada, sapatos altos suficientemente desconfortáveis, saiu. Ou entrou?
Ambiente de beleza fingida, pessoas sem rostos. Sons completamente mudos que vem e vão de bocas ressecadas pelo álcool são disferidos contra seu ser sem se darem conta de como gradativamente a sufocam. Bebendo mentiras e mastigando navalhas, faz pequenas pausas apenas para forçar gargalhadas. Quando a batida finalmente termina, se despede manchando de sangue invisível a roupa daqueles estranhos.
Senta no banco traseiro do táxi e da janela vê luzes se apagando, moças rindo histericamente abraçadas pelo fulano qualquer que pensa ter conquistado algo naquela noite e alguns senhores limpando a sujeira causada por todo aquele teatro. “Leve-me para longe, por favor. “
Agora é só esperar pela próxima noite de diversão.
Antigamente dava uma tristeza no tempo do frio, hoje eu sei que tudo está na mente, você tem o poder de controlar as emoções e deixar fluir somente os pensamentos que você quiser.
Se você consegue dominar sua mente você muda uma vida toda ao seu favor. Tudo que te acontece passa pela sua mente.
É uma batalha pelo controle total da nossa mente.
Nós não gostamos de vazios
Não sabemos lidar com vazios. Logo que nos deparamos com um, temos a urgência de logo enchê-lo de coisas, pessoas, comidas, pensamentos.
Uma rua vazia e escura mete medo. Uma carteira vazia desespera. Um cômodo vazio incomoda. Um copo vazio não serve. Um estômago vazio dói. Uma cabeça vazia não evolui. Um coração vazio não se alegra. And silence like a cancer grows...
Uma casa vazia é quase sinônimo de tristeza. Queremos logo enchê-la de risos, música, móveis. Nesse ímpeto desesperador de preencher o nada com qualquer coisa vamos ficando pesados. Acabamos nos entulhando de muitas coisas sem utilidade, ou de muitas coisas sem qualidade.
Consideremos nosso corpo a nossa casa. Mãos vazias logo são ocupadas por um celular ou cigarro. A boca vazia não fica assim por muito tempo, logo é se enche por comida, bebida ou conversa fiada. E assim vamos entulhando nossos vazios...
A maior parte do problema dos vazios se deve aos pensamentos de má qualidade que temos em relação a eles. Geralmente não ficamos encarando ou procurando por qualquer coisa dentro de um, pelo simples medo do que vamos encontrar lá.
A outra parte do problema de um vazio é que todos sabemos mesmo inconscientes que dentro deles reside algo sim, algo que não queremos ver e por isso tampamos com muitas coisas por vezes inúteis. Na verdade o vazio é um espelho. Apenas o reflexo de nós mesmos.
E nós não sabemos lidar com nós mesmos.
Mais uma noite me acordo
Com o corpo molhado de suor
O coração batendo forte,
Quase saindo do meu peito
Isso foi um sonho?
Ou foi pesadelo?
Ainda me lembro do seu beijo.
Queria não ter acordado,
Queria ter ficado, do seu lado
Sonhando mais um pouco,
Foi tudo tão real,
O calor do seu corpo,
Seus lábios doce como o pecado.
Porque você se foi?
O que eu fiz de errado?
Já disse!
Não queria ter acordado.
Sera que estou perdido?
Tinha deixado tudo de lado,
Meu amor, estou morrendo!
Perdi a noção do que é certo e do que é errado!
Me diz que foi apenas um pesadelo,
Pra eu depois voltar aos seus braços.
Isso foi realidade ou ilusão?
Não se brinca com o coração
Coração vazio também palpita
É oco, mas não morto.
Você se foi, pensei que essa dor me mataria,
Mas não tem como matar o que já é morto.
Saudações mundo
As vozes das árvores ecoam roucamente em meus ouvidos
E ao acaso a noite me conquista
E meus olhos negros cegam com tanta nitidez
Viver com histeria não é mais tão frugal
Um nom de plume em nome de cada história
Para que não se percam em um tempo qualquer
Medieval é o amor, e o tempo se desfaz com ele
Benquisto era o romantismo
Hoje é apenas abominação dos bruxos
Saudades do azul da manhã
Lembranças de um viver qualquer
Saudações mundo
Como se faz hoje em guerra
Antes se fazia em paz
E pela mitologia de atena
Vibra ainda a voz rouca das árvores
Como uma singela canção
Que vibra no firmamento do segundo céu
Era tudo extremamente rudimentar
Hoje as árvores falham a voz
Pois não tem mais o que cantarolar
Vozes cintilam na beira da estrada
E eu corro vigorosamente em busca do amanhã
E o amanhã nos meus sonhos é sempre e será eternamente
Como nos dias passados
Como o rei é coroado
Eu coroo a noite como rainha do amor
Entre plebeus e marajás há tanta infinidade
pouco se sabe quando não há o que saber
toda sabedoria é plena quando há pelo que plenar
Planeje o futuro para não prender-se ao passado
Escolha entre ambos para não pender-se em um penhasco
Suba de galho em galho e alcançará o fim e um belo horizonte
Dono de mistérios e mistérios, teu e todo o império
Era assim os dias de antes e será assim os de amanhã
Hoje o mundo se perde
e vaga pobre num vazio infinito.
Conflitos e Harmonias das Realidades
Toda relação constitui uma realidade, um destino, (um desastre?)(uma Glória?), com o contexto da Pós modernidade e a realidade instantânea e solúvel os indivíduos existem em vários âmbitos com efeito de consequências variáveis, a realidade deixou de ser um estado presente muitas vezes até tida como espontânea, especulam hipóteses e conseguem estabelecer harmonia nas suas insatisfações pessoas sanadas pelas relações Tecnológicas, visto as inúmeras perguntas que são fomentadas ao longo da vida, a bigamia parece ser menos nociva quando o parceiro tecnológico é só um estimulo da imaginação que prepondera sempre sobre os demais visto assumir a posição de ideal, todas os outros gestos apenas reproduzem num corpo vazio, a razão e o sentimento pairam na dúvida e isso parece bom, visto o fortalecimento dos indivíduos aos demais ao projetarem em si mesmos um ideal alcançável nas pontas dos dedos, então aquilo que será não precisar ser e o futuro pode ser reproduzido agora e os valores morais do ente civil, já não existem no âmbito virtual.
Sorriso
Um sorriso que tudo mostra
Um sorriso que tudo esconde
Um sorriso.. sem ser um sorriso
Um sorriso que mais parece choro
Um choro oprimido
Que jamais será ouvido
Um lamento
Um grito
Um choro
Quanto esconde esse sorriso
Por quanto tempo há de brilhar
Onde a sua luz já não é mais bem-vinda ..
Por quanto tempo
Tu irás brilhar
Onde não deves
Destruição sem fim
Antes eu sentia amor por tudo
Pela vida, por você, pelo futuro...
Hoje já não sinto mais
Serão esses tempos brumais?
Minha vida perdeu o sentido...
Não quero continuar existindo
Não enxergo solução
Para essa situação...
Meus sonhos do passado
Se perderam neste espaço...
Vago na escuridão, no vazio
Buscando explicação
Para toda esta destruição...
O ser humano me entristeceu
Com sua ganância e ódio
Se perdeu...
Não quero fazer parte
Deste massacre...
Não suporto mais viver assim...
Nesta destruição sem fim...
Nada
Nada também é alguma coisa.
De costume
Não é nada!
Não tem nada
Não sei nada
Não deu em nada
Talvez o nada seja uma explosão de coisas que estoura tão rápido que não dá pra interpretar o que foi
Se fosse um lugar, penso que seria um lugar vazio
Vazio porque alguém procura algo pra colocar
Mas há tantas coisas pra escolher, ao mesmo tempo tantas coisas fúteis, tantas coisas que serão tão passageiras ou propicias ao enjoou que não merecem preencher esse lugar.
Nada na verdade é um espaço curvo, um espaço de espera de procura de medo de descanso é o lugar que todos os sentimentos podem estar acumulados.
E um momento Nada
Seria aquele no chuveiro que os olhos fixam em lugar nenhum
E é no chuveiro pro desespero da conta de luz que é impossível não pensar em todas as coisas que se passa
pensa pensa pensa e boom explodi, é como se você estivesse anestesiado por alguns instantes
E mesmo assim dá pra sentir a água rolar pelo corpo, ela é o insight
Desperta sem assustar, aquece e relaxa
Todo mundo tem um nada, e nada pode ser tudo.
E você não vai mais encontrar,
nem o sorriso, nem os lábios
e nem o olhar.
Já não há mais nada para te segurar,
para se segurar,
para me segurar.
Que a mascara mantenha
o que maquiagem nenhuma pode disfarçar,
e vamos festejar.
Afinal, o que mais fazer com todo esse vazio,
senão dançar?
Nem a natureza, nem o corpo,
um ser vivo,
um ser morto, ou,
um ser torto?
Que permaneça enquanto ser
que se manifesta,
que surge do vazio,
festa!
E que não se segure à nada.
São desses picos que
surge a floresta, e,
já não importa mais o que me resta,
que eu os enfrente a todos,
mesmo que perca tudo,
mesmo que seja esta,
a grande batalha,
a última festa.
"Homem invisível"
Falta de empatia
Sinto apatia
Falta de amor
Sinto desamor
Falta de saudade
Sinto que o desapego me pegou de jeito
Antônimos que me deixam longe de tudo
Sinônimo que estou seguindo em frente
Ir para uma direção sem ponto marcado
Andar pra frente, pra trás e pros lados
Sem me preocupar com o certo ou errado
Se fico longe de todos
Me aproximo do mais importante
Eu mesmo
Já estive mal
Agora estou bem
Já estive muito além
Já procurei ausência
Agora tenho minha atenção e presença
Fui fraco por vontade própria
Sou forte agora e isso é o que me importa
Odeio dormir no claro
Algumas vezes tenho pavor do escuro
Não gosto de subir escadas
Não quero descer no elevador do prédio
Ando cheio de pensamentos vazios de entendimentos
É possível ser mais complicado ?
É impossível
Me sinto o homem invisível,
Sinto-me arder a alma
A alma que não cala
A fala que responde
O sentimento que se esconde.
Sinto-me perdido
Quando estou sozinho
Cheio de um vazio
Que ao meu peito me inclino.
Sentir poder ser um luxo
Um amargo gosto profundo
Que me faz perceber o barulho
Deste meu coração ainda a bater.